Os ministros não vacilaram nos bons modos por acaso. A presença de uma mulher na cadeira do poder os interpela à masculinidade dos carrinhos e dos aviões de um mundo em que a toga do poder sempre foi privilégio dos homens.
As águas do Rio São Francisco, acompanhadas pelo lindo cenário da cidade de Piranhas, em Alagoas, (que na novela transformou-se Grotas de São Francisco) banham uma história shakesperiana: o amor impossível entre Santo (Domingos Montagner) e Tereza (Camila Pitanga) por causa da rivalidade de suas famílias. Depois de altos e baixos, e faltando poucas semanas para o último capítulo ir ao ar, os dois finalmente se acertam e já encaminhavam seu final feliz.
A grande personagem que também é cenário da trama de Benedito Ruy Barbosa salvou Santo. O rio abraçou o herói da ficção e o levou rumo a uma comunidade indígena, que o acolheu e curou suas feridas. Na internet, quem assiste à novela percebeu a coincidência nos enredos, da ficção e da realidade, mas a diferença nos desfechos.
Mas distante, é bom deixar claro, do grupo que ainda acredita numa completa inocência de Lula. Repito: Ele tem muito o que explicar. Mas o que o Ministério Público está fazendo não parece correto. Pode ser legal, mas não é certo. Sabemos que todos os dias a justiça comete injustiças. Mas uma coisa é, por equívocos aos quais todo ser humano está sujeito, cometê-las sem ter consciência disso. Outra coisa, completamente diferente, é cometê-las de maneira proposital.
Todos já devem saber da lamentável morte do ator Domingos Montagner, afogado no Rio São Francisco, ambos protagonistas da atual novela de destaque da Globo. Montagner teve suas raízes na arte circense, foi inclusive fundador de um circo. O picadeiro, por sua vez, é uma das raízes da cultura brasileira e da Sétima Arte, o Cinema, do qual a teledramaturgia descende.
Existe um conflito entre a lei brasileira e o projeto de poder do Partido dos Trabalhadores. Se os ataques ao julgamento constitucional que cassou Dilma Rousseff pelos seus crimes fiscais já davam esta impressão, fingir que Lula é perseguido politicamente pelas forças policiais e judiciais que expõem suas atividades criminosas retira qualquer dúvida da mentalidade totalitária que permeia o Partido.
Apesar do título, não. O cronista não beberá da água de Gregório Duvivier. A seguir, uma crônica-delírio. Um devaneio público. O cronista recebeu um passe e acho, por erro de cálculo das entidades, baixou o espírito-vivo de Jair Bolsonaro, deputado federal eleito pelo Partido Progressista - sabe-se lá o que o termo significa no dicionário do nobre parlamentar. O resultado, sinto adiantar, não é nada animador. Desculpe o transtorno.
Ao meu ver, Cunha foi descartado - como presumivelmente o seria após o afastamento de Dilma - e então, uma vez retirado o bode da sala, voltamos ao nosso jantar fingindo normalidade, como se ele nunca houvesse estado lá. E este meus caros, é o verdadeiro problema.
Tenho certeza de que os Jogos Paralímpicos deixarão um legado para as futuras gerações. Tanto para os jovens que assistiram de casa quanto para os que estiveram a oportunidade de acompanhar de dentro das arenas. As medalhas conquistadas não são as mais importantes, mas sim a provocação de que os Jogos deixarão.
Dizem que a ordem dos fatores não altera o resultado na matemática. Mas a matemática da política mostra que a ordem pode ser crucial para determinado futuro, sobretudo quando um País está um jogo.
Depressão e doenças psicológicas são desenvolvidas também em decorrência dos abusos constantes. Precisamos nos curar, precisamos nos permitir a ser fracos para que juntos possamos ser fortes, pois somos a resistência. Eu tenho aprendido a lidar diariamente com a depressão, mas é sem dúvidas a relação mais abusiva que vivo.
E disciplina, aqui, assume um sentido de rotina, e não de ordem. A disciplina democrática exige respeito aos mandatos e aos procedimentos. Uma vez que eles já não foram respeitados, que venha, então, mais democracia, que venham novas eleições diretas para a presidência, com mandato até 2018, quando então será restaurada a rotina democrática.
Fica a reflexão que a democracia no Brasil não deu certo como ela está desenhada agora. Que, claro, o País vai evoluir e será muito melhor para ambos os lados - afinal a batalha é única aqui. A pergunta que fica é quando teremos educação e como para fazer a diferença e ter boas lideranças de fato.
Ela é uma das maiores celebridades do momento: contratos milionários com grandes marcas, uma carreira musical invejável e papéis no cinema o suficiente para fazerem dela uma pessoa que é admirada por milhares de meninas mundo afora.
Pouco se fala, mas é sempre bom lembrar: há uma epidemia de zika em curso no Brasil. E o protagonista não é o mosquito, mas mulheres e crianças. O procurador-geral da República Rodrigo Janot emitiu parecer na última sexta-feira dia 06 de setembro e defendeu a proteção de direitos constitucionais de mulheres e crianças afetadas pela epidemia, e reconheceu que a maioria são "mulheres pobres e nordestinas, vítimas da negligência estatal".
Em democracias em crise, as diferenças de classe se misturam com outras formas de identidade social. Partidos políticos estabelecidos inevitavelmente perderão espaço. Narrativas que tentam se conectar com e tratar das queixas das massas que perdem poder preenchem o vazio deixado pela morte da democracia representativa. Vemos isso com Donald Trump nos Estados Unidos e a crescente xenofobia na Europa.
O governo esquece da discrepância dos seus salários, das suas vantangens econômicas diante da população, sendo assim, é conveniente, sádico e prazeroso para eles jogarem para o povo a carga tributária gasta pelos políticos.
Muitos brincam que o Uruguai para e marcha por qualquer coisa, independentemente de sindicatos. Seja pela agressão a uma jovem negra na porta de um bar, seja pelo TISA, seja pelos recortes no orçamento para a Educação, seja pela carência do setor audiovisual, seja pelo reconhecimento do genocídio armênio 100 anos atrás, seja pela água da torneira que certa vez apresentou algum odor (diga-se de passagem, o Governo chegou a oferecer um desconto na conta de água enquanto durasse o problema).
O reconhecimento da legitimidade do governo Temer vai depender de seu desempenho no combate à crise econômica. Por outro lado, uma deterioração das condições econômicas vai aumentar a força política da oposição. Um fracasso retumbante poderia até ocasionar em um retorno do PT ao governo em 2018.