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HIBRIDIZAÇÃO GENÔMICA COMPARATIVA POR ARRAY (CGH ARRAY)

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• published: 13 Sep 2016
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AVALIAÇÃO DA INDICAÇÃO, TAXA DIAGNÓSTICA E APLICABILIDADE DE EXAMES DE HIBRIDIZAÇÃO GENÔMICA COMPARATIVA POR CHIPS DE OLIGONUCLEOTÍDEOS (CGH ARRAY), SOLICITADOS VIA UM LABORATÓRIO DE GENÉTICA DE SANTA CATARINA. Nome Do Bolsista: Tiago Fernando Chaves Nome Do Orientador: Angélica Francesca Maris Centro De Ciências Biológicas Departamento De Biologia Celular, Embriologia E Genética Laboratório De Neurogenética Do Desenvolvimento Ciências Biológicas Genética Humana E Médica Universidade Federal De Santa Catarina Palavras-chaves: Deficiência intelectual, CGH array, CNVs, distúrbios do desenvolvimento Cerebral. RESUMO Distúrbios do Desenvolvimento Cerebral (DDC) afetam cerca de 3% da população mundial, ocasionando fenótipos como deficiência intelectual (DI) e/ou autismo, associados ou não com Anomalias Congênitas (AC). O CGH array, que detecta desequilíbrios cromossômicos, incluindo microdeleções e microduplicações, tem sido recomendado como o teste de primeira escolha na investigação de pacientes com DDC devido a sua taxa diagnostica ser em torno de 20%. Desequilíbrios cromossômicos podem afetar a função do gene, causando perda funcional, haploinsuficiência ou superexpressão, podendo acarretar em DDC. O exame de CGH array proporciona a detecção de Variações do Número de Cópias (CNV) em microresolução, a partir de 200Kpb para ganhos e 100Kpb para perdas genômicas. Essas alterações podem ser de relevância clínica (patogênicos), variantes de significado incerto (VOUS) ou variantes benignas. A pesquisa teve como objetivo correlatar e caracterizar dados genômicos com o quadro clínico e a taxa diagnostica de pacientes com DDC encaminhados para o exame de CGH array no Laboratório de Genética Humana Neurogene. Foram coletados dados de 192 pacientes que realizaram o exame entre 2014 e 2015, utilizando apenas o número de cadastro para preservar seu anonimato. Para tal foi registrado o quadro clínico relatado pelos médicos solicitantes do exame, o sexo, as características das CNVs, o cromossomo alterado, a região genômica e a interpretação clínica no diagnóstico do CGH array. Os dados foram compilados em planilha Excel. Resultados: dos 192 pacientes, 110 (57%) eram do sexo masculino e 82 (43%) feminino. Nestes foram detectados um total de 209 CNVs. A taxa diagnostica nessa coorte foi de 24% de resultados patogênicos (46, 20 homens e 26 mulheres), 113 (59%) benignos, 13 (7%) VOUS, sendo que 20 (10%) apresentaram longos trechos de homozigose comprometendo a interpretação clínica. Dentre os diagnósticos patogênicos pode se constatar 13 microduplicações, 26 microdeleções, além de 6 pacientes portando ambos tipos, com tamanhos variáveis de 151 Kbp até 29,95 Mbp. As CNVs patogênicas prevaleceram nos cromossomos 16, 22 e X. As VOUs detectadas foram 5 microduplicações e 8 microdeleções. Os fenótipos mais frequentes correlacionados as CNVs patogênicas foram a DI (65%), dimorfismos faciais (50%) atraso de fala (20%), sobrepeso (17%) e autismo (13%). Os dados genômicos foram inseridos nos bancos de dados DECHIPER e CAGDB. A taxa diagnostica do estudo é compatível com a literatura e reforça a importância deste exame para diagnóstico de DDCs e a colaboração de pesquisadores, médicos, laboratórios clínicos e bioinformatas na interpretação das CNVs. Contato: tiagochavo@msn.com