Primeiras Palavras - Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire (Parte 1)
Paulo Freire deixou explícita a sua consciência de que todo conhecimento é inacabado, no sentido de que é um processo que se desenvolve continuamente. Inscreva-se
http://bit.ly/canaldoAndre
Vídeo anterior https://goo.gl/W5unlg
Próximo video https://goo.gl/PEZNOo
Curta a nossa página no
Facebook - https://www.facebook.com/pedagogiaautonomia
---
Realizadores
Edudream http://www.edudream.co
Costureiras de Histórias
Adriano Espíndola Cavalheiro
Cristina Amorim
Jose Cezar Pimentel da
Silva
Produtores executivos:
Abigail Silva ,
Ana Paula Pajaro,
Ananda Gabriel Matos,
Andrea C. Centeno R. da
Cunha,
Antonio Serra, Aparecido Passarelli,
Bruno Mazzo,
Carlos von Sohsten,
Gustavo Lopes Perosini, Héctor Pittman
Villarreal, Indiara Ferreira, Júlio
Prado,
Kennedy Piau Ferreira,
Luís Fernando Oliveira,
Luiz Carlos Jeolas,
Marcelo Silva, Márcia de
Fátima Martinez,
Marta Rosenaide
Lucena,
Michelle Reis,
Natalia Aparecida Morato
Fernandes,
Paulo Machado,
Ricardo Moraes
Cardoso Pereira Filho, Rogério
Francisco Borges Pereira Faria, Vinícius Silva Flausino, Zilda Andrade
Incentivadores
Ana Elisa Santana,
Antonio Luiz Gonçalves Albernaz,
Camila Barbosa
Martins Nogueira, Carla de Oliveira Tôzo,
Clarissa Paulo Barreira, Cleusa
Rocha Asanome,
Daniel Burle Orlandine,
Daniel Fernando Francener,
Fabiola Gomes, Gabriel
Gauss de Moraes
Morais, Glaucio
Henrique Chaves, Ilce
Mara de Syllos Cólus,
Lucas Maier,
Pris Normando, Priscila Drumond
Pinheiro, Ralfer Zaidan, Tais Oliveira Peyneau,
Vanessa Ferreira Pinheiro.
William Grasel
Apoiadores
Alexandra Bujokas de Siqueira,
Alina de Almeida
Linch Silva,
Augusto Cesar de
Castro,
Danielle Sales, Elisa
Maria Furtado de Mendonça, Fabrício
Alves,
Felipe Caruso, Felipe Mateos, Iara Fernandes,
Juliana Reis,
Livia Maria
Macedo,
Mabel Nyland,
Paulo Roberto de Oliveira, Quilédia Cristina Scaranello,
Rafael Fernando da
Fonseca,
Renato Garcia,
Ricardo Costa, Talitha Brinati
Dornelas,
Tânia Mara Garcia,
Thais Helena de Syllos Cólus,
Thiago Henrique Ramari, Thiago Riccioppo.
E mais dezenas de apoiadores listados no primeiro vídeo de introdução da série -- https://youtu.be/Bc-ioue8bPM
Trilha sonora:
Hermeto Pascoal -
Viva Jackson do Pandeiro
---
Nas primeiras palavras Paulo Freire faz um convite para que o leitor crítico interfira no seu texto pra incorporar novos elementos na análise. De certa forma, é isso que estou fazendo com esses vídeos.
E ao justificar a retomada de temas que ele já havia analisado nas obras anteriores, ele explica, inclusive de forma coerente com a sua pedagogia, que o que ele faz não é apenas repetir o que já havia escrito. Porque o seu próprio pensamento se transformou, as suas ideias se desenvolveram no decorrer dos anos e isso o levou a rever as suas reflexões sob novos ângulos.
Ou seja, ele deixou explícita a sua consciência de que todo conhecimento é inacabado, no sentido de que é um processo que se desenvolve continuamente, incorporando novas referências e jamais deixando de questionar, sobretudo a si mesmo.
Isso tem a ver com uma noção freireana importante, que parte do princípio de que o próprio ser humano é um projeto ainda inconcluso. E a perspectiva de Paulo Freire é que se nós participamos da humanidade, com a nossa inteligência e com a nossa sensibilidade, relacionando os conhecimentos com o mundo, é assim que nos humanizamos. Mas se a gente apenas se adapta ao mundo, nós estamos desperdiçando a oportunidade de nos humanizarmos. De participar do mundo.
A noção de consciência ingênua, ou consciência mágica, e a conquista da consciência crítica pela educação é outro princípio fundamental da pedagogia da autonomia. A consciência mágica é aquela que atribui um poder superior ao conhecimento, às coisas e às relações, de modo que a pessoa se sente necessariamente dominada e subjugada por uma força que ela não se sente capaz de compreender, e muito menos de interferir.
Por isso, a pessoa simplesmente se rende a alguma autoridade que se anuncia como detentora do saber, como se o conhecimento fosse uma propriedade inabalável, inatingível, inquestionável, restando à pessoa aceitar a realidade, se adaptar e se submeter àquele modelo de educação autoritário e desumanizador que mencionamos no vídeo anterior.
Já a consciência crítica é aquela que parte do princípio de que os conhecimentos, a cultura e a história são produtos humanos e se transformam permanentemente a partir da nossa ação sobre o mundo.
E é aí que compreendemos, mais uma vez, o sentido de humanização da pedagogia da autonomia.
E assim ele reafirma a sua crítica àquele modelo escolar regido pela ideologia do mercado, que para ele, está focado em treinar alunos para que ele se adaptem às regras que restringem as suas potencialidades.
Aquele modelo que, no lugar do diálogo, ensina a repetição de um slogan.