Hoje o Brasil é para mim a visualização da violência, também institucionalizada, que é gerada aqui e no meu país, mas da qual sou o sujeito. Porque o que foi praticado no meu país, comigo e contra a minha família, não tem cessado após a minha saída de lá. Porque lá me seguem negando direitos fundamentais como meus documentos docentes. Porque se prorroga a tortura cortando as comunicações com meus seres queridos.
Mais de 60 celebridades aparecem ao lado de refugiados e deslocados internos de vários países em um vídeo solicitando apoio a essa população de 65 milhões de pessoas - o maior número desde a Segunda Guerra Mundial.
Quer fugir do roteiro óbvio no Rio de Janeiro? O blogueiro Nick Ellis apresenta um tour pelo Centro da Cidade Maravilhosa. Tem bares, restaurantes e até um local secreto para os amantes da literatura.
Se o Ministro Fachin tem mesmo dúvidas sobre as razões para a proibição da doação, respondo com clareza - não há justificativa de saúde pública. O desafio não será identificar o equívoco - ele está claro na peça inicial apresentada à Corte. Aguardo com ansiedade para saber quais serão os argumentos para a revogação das normas: atestar a ciência ultrapassada é caminho mais fácil; é preciso dar o nome correto, presente na Constituição Federal - proibir gays de doarem sangue é discriminação.
Minha incredulidade em mudanças estruturais se dá pelo simples fato de que a CBF não tem como prioridade a adequação do calendário do futebol brasileiro ao internacional; além de ser pouco rígida com relação ao fair play financeiro e à distribuição das cotas de televisão. Dessa forma, Tite enquanto treinador poderá salvar a seleção. O que dói na alma é saber que ela novamente será o "engana bobo" do torcedor brasileiro.
Aparentemente o Brasil continua sendo um grande sertão, onde a sobrevivência nunca está garantida. O que me assusta é que os jagunços do sertão real podem ser muito mais insanos e intolerantes que aqueles do sertão da ficção. Não vejo justiça, vejo estupro. Ela diz: fui estuprada.
Oito meses depois de os partidos PSOL e Rede darem entrada na representação contra o deputado afastado Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o processo finalmente chegou ao final, após dezenas de manobras de Cunha e seus aliados para atrasá-lo.
Dizer que essa questão vai "muito além de um cobertor no inverno paulistano", tentando justificar ou diminuir o papel do prefeito nessa absurda ação vai além de se calar -- é defender cegamente aquilo que não representa nossas ideias, e sim uma personalidade, um individuo político.
E o que aprendemos com tudo isso? Que é preciso parar de se importar com o que as mulheres fazem das suas vidas. Criticar Taylor porque ela 'já' está com outra pessoa é o mesmo que criticar qualquer mulher que agiu de forma semelhante. É julgar uma situação sem saber quais as premissas e porque as pessoas decidiram ficarem juntas naquele momento.
Antes de participar de um encontro com empresários em São Paulo, conversei com o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha (PMDB), que demonstrou estar despreocupado com eventuais repercussões negativas da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado no governo comandado pelo presidente interino Michel Temer (PMDB).
Os trabalhos voltados a essa parcela da população representam, sem dúvidas, um grande desafio, não apenas pela ampliação dos serviços de acolhimento, mas também pelas peculiaridades de cada pessoa e de cada caso. Todos recebemos as notícias dos últimos dias com tristeza e solidariedade. É preciso que, neste momento, tenhamos serenidade para lidar com uma questão tão complexa e preocupante, além de sabermos que há muito trabalho pela frente.
A primeira coisa que deveria dizer é que estou gravando Inglaterra e País de Gales para assistir mais tarde em casa, então, por favor, não me contem quanto foi o jogo. É sério. Se você tem um app no celular que te alerta quando sai um gol, você sabe o que tem de fazer! Peço que desliguem os celulares, mas vocês provavelmente são o público errado para pedir esse tipo de coisa.
O massacre na boate Pulse, em Orlando, chocou o mundo no começo de junho. Com 50 mortos e número ainda maior de feridos, o ocorrido será lembrado nos Estados Unidos como o maior tiroteio de sua história e o pior atentado no país desde o 11 de setembro. Autoridades americanas e internacionais manifestaram rapidamente sua solidariedade às vítimas e suas famílias e muito possivelmente o evento figurará nos debates entre os candidatos à Casa Branca.
Resta a dúvida: até que ponto o potencial de estadia na prisão é capaz de soltar a língua de quem delata? Prender para colher informações não colocaria em xeque a liberdade de quem depõe? Comparar a prática do juiz Sérgio Moro com um ato de tortura é discutível, até porque a prisão preventiva é uma resposta jurídica possível em alguns casos. Agora, isso não significa dizer que essa atitude não seja passível de críticas e que ela não possa oferecer problemas para o "programa" de delações.
Não quero saber quem era o atirador, a menina ou os 33 homens, os detalhes de suas vidas não me interessam. Na verdade, todos nós criamos as condições para que esse tipo de tragédia continue a acontecer e por isso todos nós precisamos agir para que casos como o do Rio ou de Orlando nunca mais aconteçam.
A encruzilhada em que o STF e o Senado se meteram é tamanha que, se aceitam a prisão dessas quatro figuras emblemáticas da política nacional, jogam gasolina na crise política dando a ela ares ainda mais imprevisíveis e abrem espaço para diversos outros pedidos de prisão de políticos que podem vir em seguida. Por outro lado, se rejeitam tal pedido, transformam a prisão de Delcídio em mero casuísmo.
Pressão pode ser a gasolina que você precisa para terminar um job no prazo ou o martelo que vai fechar o seu caixão. É um elemento extremamente volátil e difícil de manejar, por isso é imprescindível aprender a lidar com ele. Um dos sentimentos mais libertadores que existem é falar um "foda-se!"
A mineração tornou-se pauta recorrente para os brasileiros após o acidente com o maior dano ambiental já registrado na história do país: o rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana-MG, ocorrido em novembro de 2015. Os danos ambientais e socioeconômicos são de proporção tão elevada que ainda não foi possível sua mensuração exata, mas já é fato que uma comunidade inteira foi devastada e outras gravemente afetadas.
É preciso que revisitemos a maneira como socializamos meninas em nossa sociedade, que revisitemos o olhar que temos para a cidadania de meninas negras e pobres, e que percebamos que em se tratando de direitos, a lógica não pode ser o "pelo menos", e sim, é pelo máximo, é pela plenitude que devemos nos relacionar com a efetivação de seus direitos.