Navio desaparecido no Ártico há 160 anos é encontrado
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Embarcação fez parte da expedição de
Sir John Franklin no Ártico, em 1845
O primeiro-ministro do
Canadá,
Stephen Harper, anunciou nesta terça-feira que uma das duas embarcações que integraram uma expedição no Ártico, em 1845, foi encontrada. O britânico Sir John Franklin liderou dois navios e 129 homens para mapear a Passagem do Noroeste, no Ártico Canadense. As embarcações desapareceram durante a operação.
Mais de cinquenta missões de resgate foram organizadas entre os anos
1848 e 1859, sem sucesso.
Em 2008, o governo canadense começou a procurar pelos navios, como parte de uma estratégia para assegurar a soberania do país sobre a passagem, informou a rede britânica
BBC. O descongelamento das calotas polares nos últimos anos tornou a região acessível para a navegação. Imagens de sonar feitas nas águas do
Estreito de
Victoria mostram os destroços do navio. O primeiro-ministro canadense afirmou que a descoberta abre caminho para que a segunda embarcação também seja encontrada, ajudando a esclarecer o que aconteceu com a expedição.
A descoberta é considerada um dos principais ganhos para a arqueologia marítima na história.
Para o arqueólogo britânico
William Battersby, especialista na expedição de
Franklin, o achado é “uma das maiores descobertas do mundo desde a abertura da tumba do faraó egípcio Tutancâmon, há mais de
100 anos”. “
Pelas imagens, está claro que muitas evidências da expedição foram preservadas, possivelmente incluindo os restos mortais da tripulação e, talvez, algumas fotografias”, acrescentou.
Contos sobre os navios, batizados de
HMS Erebus e
HMS Terror, vinham alimentando o imaginário de gerações. Especialistas acreditam que os navios ficaram presos no gelo, forçando os exploradores a buscar ajuda pelo Ártico. Relatos de povos que habitavam a região dão conta de que os homens, em um ato desesperado por comida, teriam recorrido ao canibalismo para tentar sobreviver.
A mulher de Franklin, confiante de que encontraria o marido vivo, financiou uma operação de busca com cinco barcos que chegaram a lançar alimentos enlatados no gelo. Mais de um século depois, nos anos
1980, três corpos que seriam de tripulantes foram encontrados na região com uma alta quantidade de chumbo, o que levou as pessoas a acreditarem que eles poderiam ter sido contaminados por um vazamento de chumbo das latas. Contudo, pesquisas mais recentes apontaram que os enlatados não eram ácidos o suficiente para matar os tripulantes, sugerindo que o chumbo pode ter saído dos encanamentos das embarcações.