Cruzeiro 3 X 1 Campinas 4º Set Final Superliga Masculina de Vôlei 10.04.2016
O maior de todos, aquele que já havia erguido cinco troféus nos cinco campeonatos que disputou na temporada (
Mineiro,
Copa Brasil, Supercopa, Sul-Americano e Mundial). Aquele que foi campeão do mundo e só precisava de mais uma vitória para ter um ano perfeito. O
Campinas não se intimidou. Saiu na frente com a vontade de quem disputava sua primeira final de
Superliga, mas não conseguiu conter o ímpeto de Leal.
Quando o
Cruzeiro mais precisou, quando se viu sob forte pressão, o cubano fez o time respirar.
E o caminho que parecia complicado se abriu. Neste domingo, no ginásio Nilson
Nelson, em
Brasília, o time mineiro escreveu uma nova página em sua história, vencendo a partida por 3 sets a 1 (23/25, 25/23, 25/15 e 30/28) e faturando o terceiro título seguido na competição (o quarto no total) e o sexto no ano. O terceiro colocado foi o
Taubaté.
Wallace subia e o duplo estava montado bem na sua frente. O xará do Campinas freava o oposto do Cruzeiro e apontava o dedo para o céu. O time paulista estava atento sem deixar o adversário fugir no placar (
6/6).
William acionava Leal e
Eder na tentativa de desgarrar, mas um ponto era o máximo que conseguiam. Até que Leal começava também a tirar proveito do saque, arrancava um ace
e fazia Alexandre Stanzioni pedir tempo (13/10). Na volta, forçava de novo e aumentava a diferença.
Do outro lado,
Wallace Martins reagia. Freava o ataque da equipe celeste e via os rivais cometerem erros em sequência (14/13). O jogo estava de novo equilibrado.
Marcelo Mendez fazia a inversão: William e Wallace davam lugar a
Fernando e
Alan. Pouco depois os titulares voltavam à quadra. O Campinas seguia dando trabalho e chegava ao empate (19/19).
Lucas Lóh queria mais. Colocava a bola no chão e conseguia a virada. A frente aumentava com um erro de Wallace no ataque (21/19). Mas as falhas mudavam de lado, e o Cruzeiro deixava tudo igual (22/22). A equipe paulista insista. Lóh fazia 24/23, e o romeno Olteanu fechava o set para o Campinas: 25/23.
Marcelo Mendez conversava com seu time. Na lateral da quadra, enquanto esperavam a retomada da partida, os jogadores também tentavam arranjar uma solução para voltar aos trilhos. Mas encontrava resistência. O levantador
Demian Gonzalez distribuía bem as jogadas, e seus companheiros correspondiam.
O Cruzeiro tinha dificuldade na recepção e pagava o preço (
6/4). A torcida tentava acordar os atuais campeões. Pedia a virada e ela vinha (7/6). A essa altura, a equipe já vibrava mais. Leal soltava o braço, e Isac conseguia um ace logo em seguida (12/9). O respiro durava pouco tempo. O Campinas empatava (12/12). E não demorava para retomar o comando do marcador (15/14). O Cruzeiro se recuperava e ia para a segunda parada técnica em vantagem (16/15). Só que os debutantes na final não se entregavam. Faziam boas defesas e tiravam proveito dos erros de saque time de Leal & Cia. Daquela linha, Wallace Martins conseguia um ace e colocava a equipe paulista na frente (21/20). Leal consertava tudo. O líbero
Serginho pedia o apoio da arquibancada (22/21). Luizinho se redimia da falha no contra-ataque e parava Leal com um bloqueio (23/23). Wallace e Eder, com um ace, colocavam fim ao sufoco: 25/23.
O jogo do Cruzeiro passou a fluir como de costume. O Campinas trocava as peças na tentativa de se aproximar no placar (11/8). De nada adiantava. Os comandados de Marcelo Mendez encontravam espaços e engrenavam uma sequência de três pontos seguidos. O jogo ficava mais falado. O Campinas reclamava da arbitragem. O Cruzeiro fazia o mesmo e mantinha a parcial sob controle (19/13). Do outro lado,
Maurício Souza pedia calma aos companheiros. Mas
Gonzalez se estranhava com Leal na rede. Não gostava da comemoração do ponteiro, que dava de ombros e cravava outra bola na quadra adversária. O set ia para a conta do Cruzeiro: 25/15.
O Campinas jogava pelo tie-break.
Dois saques de Lucas Lóh davam a vantagem aos estreantes (10/8). O Cruzeiro empatava. Mesmo com câimbras na perna direita, Leal não parava de pontuar. Depois de ter recebido atendimento médico, teve seu nome gritado pela torcida (13/11). Os adversários respondiam com a virada promovida pelo central
Maurício (16/15). O saque de Luizinho na rede deixava tudo igual. Os comandados de Stanzioni reagiam e abriam novamente (20/18). Marcelo Mendez parava o jogo. Isac e Leal seguiam direitinho as orientações e faziam
20/20. Após um bom rali, novo empate. E outro e outro e outro (24/24). Uma pancada de Leal dava o match
point ao Cruzeiro. O Campinas salvava. Wallace aparecia e criava nova oportunidade de fechar.
Nada feito. Vini deixava o banco para sacar. Errava. Leal fazia o mesmo (28/28).
Filipe fazia o ponto. E desta vez, contando com um ataque para fora de Lucas Lóh, os campeões de tudo puderam finalmente comemorar: 30/28.