Seção brasileira do Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores

Seção brasileira do Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores

Tese ao V Congresso Nacional do PSOL

Construir uma alternativa socialista unitária contra o “lulismo” e a direita

Uma tese da Liberdade, Socialismo e Revolução (LSR), Grupo de Ação Socialista (GAS), Reage Socialista, Alternativa Socialista Nova Práxis e independentes.

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Nem PT, nem PSDB: Por uma frente de esquerda e um PSOL inserido nas lutas! Imprimir E-mail
LSR - Liberdade, Socialismo e Revolução, Reage Socialista e Independentes - 10 de setembro de 2015

altTese ao congresso do PSOL no Rio de Janeiro

Vivemos em um turbilhão, onde somos surpreendidos, a cada momento, por novos ataques aos direitos, cortes no orçamento, aumento da inflação. Está dado o fim da estabilidade política e econômica do Lulismo, e com isso um novo alinhamento da direita, mas também uma reorganização da esquerda. A retomada das lutas tem se intensificado, mas ainda de forma fragmentada, e o Rio de Janeiro tem sido cenário para muitas delas, como a greve dos terceirizados das universidades estaduais, dos trabalhadores das universidades federais e as vitoriosas ocupações do MTST, primeiro em São Gonçalo e agora em Niterói.

O governador Luiz Fernando Pezão com a desculpa da crise econômica fez um corte de despesas entre as 25 pastas do governo, de entre 25 a 35% do orçamento com relação ao ano passado, totalizando cerca de R$ 1,5 bilhão.

Em 2009, quando o Rio de Janeiro candidatou-se a sede dos Jogos de 2016, estimou-se no dossiê de candidatura que o evento custaria R$ 28,8 bilhões (valores da época) 25% menos do que o custo atual. Após a divulgação da nova versão do documento, já é possível dizer que a realização da Rio-2016 custará ao menos R$ 38,2 bilhões. Percebemos que a crise econômica não alterou o aumento dos gastos com as Olimpíadas, ou seja, tem dinheiro para os megaeventos, mas não tem dinheiro para os serviços públicos.

Pezão mantém a ladainha da crise econômica afirmando que o Estado do Rio deve perder cerca de R$ 4 bilhões: R$2,2 bilhões com os royalties do petróleo e mais R$ 2 bilhões de perdas no ICMS. "Contratos serão reavaliados, assim como as gratificações especiais, terceirizações. Isso serve para todas as áreas, nossa dívida ativa é de R$64 bilhões, isso não pode acontecer”, definiu o governador.

Esse discurso de crise serve como uma desculpa, para justificar a precarização ainda maior dos serviços públicos. Por trás disto, vemos aumentar o número de pessoas morando nas favelas, o número de mortos pela polícia, a política de segurança bélica, a “higienização social”, a repressão e criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, etc.

A privatização da saúde pública está promovendo no Rio de Janeiro uma verdadeira “farra do boi” com o dinheiro público. O governo vem montando vários contratos superfaturados com as OSS (Organizações Sociais de Saúde) que, hoje, estão tomando o lugar do Estado e gerindo o serviço público como se fosse uma grande fábrica: impõem às equipes de saúde metas de produtividade, como se o cuidado em saúde se restringisse à quantidade de atendimento, como uma linha de produção.

As OSS acabam com a gestão pública. Além disso, como os funcionários contratados são regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), isto não os tornam profissionais com estabilidade, como os funcionários contratados através de concurso público. O que ocorre nas unidades é um misto de contratos: uns por OSS, outros por instituições publicas (prefeitura, estado e federal). Os profissionais que não têm contrato público são coagidos a não se rebelarem contra as políticas verticais antidemocráticas que estão adoecendo os profissionais e assediando moralmente os funcionários das OSS.

É, também, triste a realidade da educação para quem trabalha e estuda nas escolas públicas: não há professores e orientadoras pedagógicas e educacionais suficientes, mesmo com as longas filas de aprovados em concursos públicos aguardando convocação.

Também não existe a quantidade necessária dos demais profissionais do ensino fundamental para o funcionamento da escola, como agentes escolares, secretários, auxiliares de serviços gerais, porteiros e cozinheiras. Em muitos casos, estes trabalhadores são contratados por empresas terceirizadas, com vínculos temporários e situação precária de trabalho.

As salas de aula estão lotadas, com mais de 40 alunos por classe, sem climatização e com paredes, portas e mesas degradadas. Faltam materiais básicos como papel, tinta, produtos de limpeza, papel higiênico, fraldas e panelas. Há computadores, mas não temos manutenção dos mesmos nem acesso à internet, impedindo o uso didático.

A subserviência a este projeto neoliberal é garantida através de bônus dados aos profissionais e escolas que atinjam as metas adequadas. Resulta que, cada vez mais, se criam mecanismos para maquiar a realidade escolar em busca de notas satisfatórias do IDEB, ainda que todos saibamos da calamidade das escolas, com alunos que chegam ao final do ensino médio sem ao menos ter o domínio pleno da leitura e da escrita.

Há um descontentamento generalizado da população com a inflação, aumento de tarifas, corrupção, demissões, cortes na educação, saúde e programas sociais. Um agravamento da crise hídrica, que também pode desencadear uma crise energética, pode piorar ainda mais o cenário.

A resposta do governo Dilma e dos governadores, prefeitos, empresários e banqueiros tem sido atacar os direitos dos trabalhadores, provocando um crescimento da polarização social no país. Setores conservadores estão “saindo do armário” e propagandeando ideias que sempre existiram em nossa sociedade, mas que as pessoas não tinham “coragem” de dizer como hoje. Se trata de uma reorganização da direita em resposta a retomada e avanço das lutas.

Nesse cenário vemos que a luta dos trabalhadores vem crescendo desde 2012, com um salto qualitativo a partir das jornadas de junho de 2013. Só uma Greve Geral construída pela base poderá unificar as lutas que hoje são fragmentadas e derrotar esses e outros ataques.

O tema da necessidade da unificação das lutas continua sendo central nessa conjuntura. Nem PSDB e nem tão pouco o PT, por isso rejeitamos qualquer iniciativa que vise salvar a imagem do governo, como o “Grupo Brasil”. É necessário construir uma saída pela esquerda, uma alternativa que aponte para uma ruptura com o sistema político e econômico podre do país, por uma alternativa socialista.

Na Área de Transportes

Um dos grandes desafios do PSOL deverá ser a mobilidade urbana. Atualmente, a política de transporte público se encontra colonizada pelos interesses lucrativos de pequenos grupos empresariais, que chantageiam os governos locais e o estadual, em troca de mais privilégios na oferta de serviços concessionados.

Nos trens, a superlotação se transformou em regra, já há muito tempo. Houve casos de passageiros até chicoteados para que funcionários da empresa privada que administra o serviço pudessem 'conseguir fechar as portas' de um vagão. Além disso, o calor é intenso, há desrespeito à regra de exclusividade feminina no vagão rosa e os ramais são insuficientes para atender a demanda.

No metrô, o serviço é um pouco melhor, mas a superlotação também é constante. O valor da passagem é caro e, neste caso, as opções de destino são ainda menores. O único metrô do estado do Rio atende a uma pequena parte da Zona Norte e termina em Ipanema.

Nas barcas, não é difícil lembrar episódios com embarcações à deriva. Apesar de diversos anúncios de melhoras, o serviço continua superlotado e inconstante.

Na falta de opções de transportes de massa, que são aqueles com capacidade para receberem um maior número de passageiros por vez, recai sobre os ônibus a tarefa de garantir mobilidade urbana no Rio. Estes andam superlotados, obrigam cada vez mais baldeações, não possuem ar-condicionado, são reajustados sem um critério claro e transparente e tampouco conseguem absorver toda demanda. No interior, é a falta de linhas e a repetição da relação promiscua com os empresários do setor que prejudicam a população.

Ao PSOL cabe apontar que as falhas nesse setor de transporte não são naturais ou próprias de uma grande demanda. As falhas nos transportes são conseqüências esperadas de um projeto de Cidade-empresa que, nos últimos anos, tem beneficiado pequenos grupos. Na Capital, são as grandes empreiteiras, algumas das principais denunciadas na Operação Lava-Jato, que estão por detrás de trens, barcas e metrô. Nos ônibus, chama a atenção a força de alguns empresários e conglomerados, entre eles os que venceram a licitação da Prefeitura do Rio. O Tribunal de Contas denunciou formação de cartel nessa licitação e o Mandato Eliomar Coelho foi proponente de uma importante CPI da Caixa Preta dos Transportes que deve ser reivindicada.

O atual secretário municipal de transportes do Rio de Janeiro, Rafael Picciani, é um jovem de 27 anos e sem experiência profissional na área. O secretário estadual, Carlos Osório, tem como único destaque no currículo seu parentesco com dono do grupo Ambev. Antes dele, durante 7 anos, o secretário estadual foi Julio Lopes, ex-presidente da FETRANSPOR, o principal sindicato patronal das transportadoras.

Contra lógica dos empresário do setor, o PSOL deve buscar a Tarifa Zero. Na direção oposta do interesse lucrativo dos empresários, o PSOL deve buscar a ampliação da noção de mobilidade como direito. O direito de ir e vir não pode ser limitado pelo poder do dinheiro. O espaço da Cidade deve ser visto de maneira integrada, a fim de que se evite a necessidade de mais moradias precárias, habitações de rua, especulação sobre imóveis e marginalização social nas periferias.

O PSOL nas periferias

Nas periferias, o Rio de Janeiro revela a quem serve os Jogos Olímpicos. Apenas entre 2009 e 2013, segundo denúncia do importante livro “SMH 2016: Remoções no Rio de Janeiro olímpico”, mais de 67 mil pessoas foram removidas de suas casas, na Cidade. Mais gente que em todo período em que governaram Pereira Passos e Carlos Lacerda somados.

Símbolo do atual projeto urbano, os próprios imóveis que servirão como Vila dos Atletas, ao oposto do que aconteceu na última Olímpiada, em Londres, serão vendidos por até mais de 1 milhão de reais, logo em uma das áreas de maior valorização imobiliária do país. Se na última sede, escolheu-se uma área degradada e o modelo de habitação popular, aqui, Eduardo Paes entregou o grande projeto de habitação dos Jogos nas mãos do empreiteiro Carvalho Hosken, que defendeu publicamente que aquela zona da Cidade não seja habitada “por pobres”.

Por sua vez, o governo do estado, sempre igualmente alinhado com os interesses das mesmas construtoras, investe na tese de um “Porto Maravilha”, onde atualmente não mora quase ninguém. E no trato exclusivamente policial para favelas e subúrbios.

O resultado desse urbanismo colonizado pelos interesses privados é uma escalada sem precedente no preço dos imóveis e alugueis, e a sua consequente expulsão dos mais pobres para lugares mais distantes dos seus empregos. Ou, ainda, a obrigação de um comprometimento maior da renda com moradia ou a aglomeração de familiares numa mesma residência.

Nos lugares mais distantes, para onde são levados os que já não podem pagar pelos novos preços especulados, vive-se a falta de estrutura básica: escolas, transporte público, saúde e opções de lazer.

No Complexo da Maré, 30 após o fim da Ditadura, moradores são levados a Tribunais Militares para responderem por crimes como “desacato” e “desrespeito ao toque de recolher”.

Na Comunidade Vila Autódromo, há despejos frequentes, ações de intimidação, uso de Tropa de Choque e pagamento de indenizações que podem não passar de 18 mil reais (!) por uma casa. Tudo para proporcionar a valorização de novos lançamentos imobiliários no entorno do Parque Olímpico.

Em Campo Grande e em Santa Cruz, os condomínios construídos pelo programa Minha Casa, Minha Vida foram tomados por grupos milicianos, e boa parte dos moradores não consegue ou tem medo de habitar os prédios.

Na maior área de UPP do estado, o Complexo do Alemão, há duas escolas e mais de 5 postos avançados da polícia.

Na Baixada Fluminense, onde o policiamento é uma fração daquele destinado aos bairros da Zona Sul do Rio, a violência dispara, como resultado da provável migração de grupos criminosos da Capital e do abandono da região pelo poder público.

O Norte Fluminense, grande recebedor de royalties do Petróleo, viu sua maior Cidade, Campos dos Goytacazes, encabeçar o ranking nacional de trabalhadores escravos – sendo a maior parte deles do setor de cana-de-açúcar.

Todo esse retrato demonstra que o Rio de Janeiro vive a experiência do que se pode chamar “modelo de Cidade-negócio”. Neste modelo, o papel do poder público é o de fomentar e garantir o melhor ambiente possível para realização de grandes negócios, independente das aspirações da maioria da população. As decisões de interesse público são ‘terceirizadas’ para grandes empresas, e a população é convidada a ser uma mera observadora dos fatos. Ou seja, uma platéia.

Para as favelas, comunidades e periferias, é preciso defender a inversão de prioridades. O caminho para superação da marginalização política é o da democratização do poder. A vida, as pessoas, o bem-estar social, devem ser priorizados, ante os lucros de alguns poucos financiadores de campanhas. As decisões que afetam os bairros devem ser discutidas com suas populações. A aparente interpretação de que bairros pobres são obstáculos para o desenvolvimento urbano precisa ser substituída por um modelo que transforme esses espaços em motores de um outro tipo de planejamento, que seja mais inclusivo e participativo.

O Rio de Janeiro como Cidade Olímpica

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro estão inseridos no calendário de Mega Eventos a que o Brasil se ofereceu, e conquistou, para sediar. Esses começaram com a Copa das Confederações, passaram pela final da última Copa do Mundo de Futebol e, agora, caminham para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

Esses grandes eventos, apesar de demandarem cifras colossais de dinheiro público, são controlados por entidades privadas e seus benefícios, antes anunciados como de grande impacto social, tem ficado circunscritos aos lucros de redes de televisão e marcas patrocinadoras.

Chama a atenção que Carlos Nuzman seja presidente do Comitê Olímpico Brasileiro há mais de vinte anos e, agora, acumule o cargo de presidente do Comitê Organizador dos Jogos. E ainda, que personalidades centrais da recente Copa do Mundo, como Ricardo Teixeira, da CBF, e Joseph Blatter, da FIFA, estejam atualmente respondendo a grandes processos de corrupção e compras de votos nas entidades.

A preparação do Rio como Cidade-Sede, também, tem contribuído à especulação imobiliária, fazendo disparar o valor de imóveis e alugueis, à remoção de milhares de famílias de suas casas, à instalação sem preparo de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPP's) e ao crescimento das diferenças sociais, entre as regiões da Cidade que contemplarão eventos esportivos e as que não figuram nos mapas do evento.

A recente utilização do estádio de atletismo Célio de Barros, na Tijuca, como estacionamento é um marco da atual gestão coordenada entre as esferas muncipal, estadual e federal para os Jogos.

Ao PSOL deve caber a denúncia dos reais interesses envolvidos com os Mega-Eventos na Cidade e a disputa pelos recursos públicos destinados às entidades privadas. O PSOL deve lutar para que as moradias construídas para as Olímpiadas, por exemplo, sigam o exemplo de Londres 2012, e se transformem em habitações populares. O novo porto da região central deve ser instrumento de adensamento populacional. As instalações esportivas da Zona Oeste, após as olimpíadas, devem servir à população, permanecendo abertas às escolinhas, grupos da terceira idade e aos atletas.

A sub-utilização de instalações dos Jogos Pan-Americanos e o fracasso do modelo de privatização do Maracanã, que agoniza com públicos medíocres, devem ser aprendizados para luta pela democratização dos espaços públicos. O PSOL deve se posicionar contra aspirações freqüentes de 'elitização' no esporte.

Apesar da reconhecida importância de grande clubes tradicionais, como são Botafogo, Vasco, Fluminense e Flamengo, são os pequenos clubes, nos bairros, nas favelas e comunidades que tem maior potencial para deixar um legado social para população. O PSOL deve lutar pela nucleação dos esportes e pela auto-gestão das unidades no desenvolvimento do seu calendário. O esporte deve fazer parte da rotina dos jovens, como complemento na sua formação ou opção de lazer, e não somente como espetáculo.

Na Luta contra todas as formas de Opressão

Hoje, para garantir a realização dos seus projetos, os pequenos grupos financiadores de campanha distribuem seus recursos entre candidatos dos mais diversos tipos e eleitores. Sabe-se, por exemplo, que Eduardo Cunha, investigado pelo recebimento de propinas na Lava-Jato, foi o campeão nacional de doações empresariais. Essa necessidade de cooptação para avançar com medidas anti-populares, federalizando aqueles dispostos a entregar seu apoio por privilégios nas campanhas, faz os atuais “donos do poder” fomentarem vítimas preferenciais para suas decisões. São os setores mais historicamente discriminados da sociedade: os LGBT’s, as mulheres, os negros, os portadores de necessidades especiais, as minorias religiosas, os imigrantes e os abolicionistas penais.

Os discursos de segregação tem sido aceitos ou até incentivados, desde que, em troca, seus líderes entreguem apoio ao projeto dos donos do dinheiro.

Nas últimas semanas, à exemplo, o Rio de Janeiro assistiu o popular pastor Silas Malafaia saudar a Prefeitura pela revogação de uma permissão para que travestis fossem internadas em alas femininas dos hospitais.

Antes, em 2013, uma vereadora do Rio (Leila do Flamengo), defendeu que moradores de rua tivessem seus direitos de cidadãos cassados e criticou programas de alimentação popular.

Em ambos os casos, vê-se que o estado autoriza e colabora com discursos de ódio para transferir suas responsabilidades sobre mazelas sociais para minorias.

É simbólico que o governador Pezão, ex-chefe de Gabinete de Rosinha Garotinho e ex-colega de Alvaro Lins, defenda a proposta nacional de redução da maioridade penal. A medida, que também poderia turbinar eventuais lucros de presídios privatizados, atingiria sobretudo a juventude negra e pobre das periferias, criminalizada sob critérios específicos pelo poder público, mas também pela sociedade. A medida absolveria o poder público de qualquer responsabilidade sobre a violência.

Contra essa farsa, que utiliza a disseminação do medo, de preconceitos e o incentivo à violência para manutenção do poder, o PSOL deve-se postar como pólo aglutinador das forças que lutam por liberdades individuais. Contra a LGBTfobia; o machismo; o racismo; a xenefobia; a discriminação de idosos (etarismo), de pessoas com necessidades especiais e de minorias religiosas.

O Partido deve fortalecer seus núcleos setoriais e convidar a população a participar de demonstrações públicas contra as opressões, como são a Marcha da Maconha, o Grito dos Excluídos, a Marcha Contra o Genocídio do Povo Negro, a Marcha das Vadias e o Amanhecer Contra Redução (da idade penal).

Por um PSOL Ecossocialista

O desastre climático, que pode condenar o Planeta, tem impacto social direto sobre a vida das populações, mas inflige preferencialmente sobre os mais pobres.

Através da globalização de capitais, os “donos do dinheiro” tem historicamente chantageado os governos, em esfera nacional e regional, pela redução ou suspensão de medidas de preservação do ambiente. Sob ameaça de perderem investimentos, governos da direita e da esquerda negacionista-climática tem cedido ao lobby de setores da agro-exportação, da mineração, de geração de energia e da alta poluição do ar, ainda presos à idéia de uma conciliação entre desenvolvimento capitalista e sustentabilidade.

Esses setores, que pensam a maximização dos seus lucros, pagam campanhas políticas, oferecerem vantagens individuais e, por vezes, acenam com boicote econômico, para avançar no seu projeto de geração de lucros através da apropriação de recursos naturais. Eles exigem menos proteção do ambiente para baixar (artificialmente) os custos das suas respectivas produções.

Neste caso, é simbólico que a tecnologia utilizada pelo grupo alemão Thyssen, responsável por uma chuva de material tóxico sobre o bairro de Santa Cruz, no subúrbio do Rio, seja vedada na Alemanha. O caso exemplifica como o ambiente tem sido transformado em uma commoditie, um produto negociado, disposto pela burguesia.

O PSOL deve se posicionar contra essa apropriação da natureza pelas elites econômicas, enfatizando seu papel como Partido ECOSSOCIALISTA. O Partido deve lutar pela substituição da matriz energética poluente por uma matriz renovável; pelo desmatamento zero; pela recuperação de nascentes, rios e lagoas; pela reversão do quadro de ausência de saneamento básico; pela irrevogabilidade do status de reserva de áreas ainda protegidas; e contra os alimentos transgênicos, que desequiliberam o ecossistema e envenenam o produto final da alimentação.

O Partido deve, ainda, incentivar seus setoriais ligados à causa ecológica e convidar sua militância a participar de eventos como a Marcha Mundial Pelo Clima. No contexto local, o Partido deve apoiar movimentos como Ocupa Golfe; Ocupa Marina da Glória; Baía Viva; Agro-Vargens; e os pólos de produção de orgânicos dos moradores da Região Serrana e do Norte Fluminense.

O Papel do PSOL

A esquerda socialista precisa se organizar para acender o fogo do descontentamento, que mostra suas faíscas por todos os lados. Há possibilidade e espaço para uma alternativa de esquerda com a crise do PT, cabe ao partido aceitar a tarefa que está colocada para ele. Organizar suas fileiras de modo a se construir como um instrumento forte, capaz de pautar uma alternativa ao atual sistema assim como ser reconhecido como um espaço legítimo articulador e organizador das lutas dos trabalhadores e trabalhadoras.

As importantes lutas em curso e as que virão exigem um partido militante, organizado, e inseridos nas lutas. Propomos a Frente de Esquerda nas lutas de 2015/16 e nas urnas nas eleições de 2016, com um perfil de independência de classe e anticapitalista, buscando coligações com PSTU e PCB. Além de buscar construir um projeto alternativo dos trabalhadores em conjunto com movimentos sociais combativos, como o SEPE, SINDSPREV e movimentos sociais combativos como MTST e outros setores. 

O PSOL já é referência no que tange à combatividade e coerência, mas para se transformar numa alternativa organizativa da classe, tem que atuar cotidianamente nas lutas, participar, como partido, dos principais fóruns dos movimentos sociais e sindicais. Isso não é uma tarefa de alguns militantes do PSOL, ou de mandatos do partido, mas de todo o partido.

O episódio do ato do dia 16 abril foi ruim nesse sentido. Depois de um ato unitário no dia 15 abril, que ocorreu em vários estados simultaneamente, contra as medidas de austeridade feita pela Dilma para combater a crise econômica e contra o projeto de lei das terceirizações, o PSOL organizou sozinho o ato do dia 16, na mesma semana. Apesar de o ato do dia 16 ter sido marcado anteriormente a decisão do PSOL de aderir as mobilizações nacionais do dia 15, este ainda não tinha sido divulgado amplamente e poderia ter sido cancelado para centrar força política na unidade da esquerda. Se trata aqui de o que é prioridade política ou não. Pois o que foi mais gritante foi à diferença de estrutura que o partido mobilizou para esses dois atos. No ato unitário, alguns militantes, poucas bandeiras. No ato “puro sangue” do PSOL, presença de todo o partido. Defendemos atos unificados com PSTU/PCB e movimentos sociais contra as medidas de austeridade neoliberal deste governo.

O PSOL só será uma alternativa para os trabalhadores se conquistar a confiança e fortalecer o conjunto dos movimentos combativos da classe. Não será somente fazendo atos próprios, mas construindo a unidade ampla, e apresentando nossa política socialista e de ruptura com o sistema capitalista.

Tudo começa nos núcleos

Acreditamos que um partido socialista, como instrumento eficaz da luta dos trabalhadores, deve ser construído democraticamente, de forma que cada militante do partido faça parte das decisões políticas, para nós a existência de núcleos partidários é uma concepção de partido militante, deve ser uma política na qual a direção é responsável por incentivar e ajudar a organizar. Defendemos a realização de plenárias Estaduais bimestrais, onde os núcleos sejam convocados e representantes indicados, assim, teremos um quadro permanente dos núcleos em funcionamento e dos militantes, que terão condições de decidirem diretamente sobre os rumos do partido no Estado e no município. A existência de núcleos vivos aumenta o poder de mobilização e de socialização dos acontecimentos para os ativistas e militantes do partido. Os setoriais também devem ter todo o incentivo do partido para funcionar.

O Internúcleos na cidade do Rio de Janeiro representa um avanço no fortalecimento do PSOL como um partido construído pela base, desta forma indicamos a realização desta inciativa em outros municípios.  

É importante que os eventos oficiais do Partido, seus eventos oficiais e a troca de informações com os mandatos seja itinerante, evitando a concentração no eixo Tijuca-Centro-Zona-Sul.

Mandatos parlamentares e o partido

Para nós, o mandato parlamentar é do partido. A política expressa deve ser a discutida coletivamente, isso fortalece o parlamentar, fortalece o partido. As finanças do mandato também são do partido. O parlamentar e seus assessores devem receber um salário de um trabalhador qualificado, ou o mesmo salário que tinha antes de ser eleito. Estes devem, ainda, manter debates freqüentes com os núcleos, setoriais e a militância independente.

Defendemos que o PSOL não deva aceitar nenhum tipo de doação das empresas. A independência financeira dos instrumentos de luta dos trabalhadores é condição para a independência e autonomia das nossas lutas, não podemos ter rabo prezo com quem nos ataca.

Da mesma forma, a nossa unidade é com os lutadores e lutadoras e pela esquerda, por isso não fazemos aliança com partidos burgueses. Vemos com muita preocupação a ofensiva que setores do PT, como a DS, corrente de Tarso Genro, estão fazendo sobre o PSOL, com o intuito de apoiarem a possível campanha a prefeito de Marcelo Freixo. O PSOL precisa deixar claro para o povo quem são nossos aliados. Não podemos cair na lógica de que “pequenos erros justificam grandes vitórias”, como alianças eleitorais com partidos que não estão do mesmo lado que nós na luta de classes, para ganhar uma eleição a qualquer custo.

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Assinam:

  • Deborah Regina Salim, Rio de Janeiro/RJ - Setorial Nacional Ecossocialista
  • Gustavo Gomes, Niterói/RJ Diretório Estadual do PSOL/RJ
  • Hafid Omar Abdel Melek de Carvalho, Volta Redonda/RJ - Presidente do Diretório Municipal
  • Jonathan de Oliveira Mendonça, Rio das Ostras/RN - Presidente do Diretório Municipal
  • Luciano da Silva Barboza, Niterói/RJ – Executiva Estadual do PSOL-RJ
  • Mariana Cristina M. da Cunha, Rio de Janeiro/RJ – Diretório Estadual PSOL-RJ
  • Paulo Eduardo Gomes, Niterói/RJ - vereador
  • Renatão do Quilombo do Grotão, Niterói/RJ
  • Renatinho, Niterói/RJ - vereador

  • Adauto Miguel, Rio das Ostras
  • Adhara Aline Bezerra Batalha, Rio das Ostras
  • Ádia Machado, Quilombo do Grotão
  • Adiney Machado, Quilombo do Grotão
  • Akauan Machado da Costa, Niterói
  • Alex Nardi de carvalho Dantas, Rio de Janeiro
  • Alex Rodrigo, Volta Redonda
  • Alexandre Dias da Silva, Rio de Janeiro
  • Alexandre Ribeiro dos Santos, Maricá
  • Almir Martins Dias, Niterói
  • Amanda Regina Pereira Neto, Niterói
  • Ana Alice dos Santos Porto, Rio das Ostras
  • Ana Beatriz da Silva Barboza, Casimiro de Abreu
  • Ana Claudia Chaves Mello, Niterói
  • Ana Flávia Carvalho, Rio das Ostras
  • Ana Isabel de Azevedo Spinola Dias, Rio das Ostras
  • Ana Moraes, Niterói
  • Ananda da Silveira Viana, Volta Redonda
  • Anathyele Brandt Amaral, Niterói
  • Anderson Peter Nascimento dos Santos, Rio de Janeiro
  • André de Oliveira Miguel, Rio das Ostras
  • André Luiz Sales Melo, Niterói
  • André Pereira, Rio de Janeiro
  • Anísio de Souza Borba, Rio de Janeiro
  • Anna Carolina Jeronimo Martins, Rio de Janeiro
  • Antônio Enagio Farias de Oliveira, São Gonçalo
  • Ary Gabriel Girota de Souza, Niterói - Núcleo Cantareira
  • Barbara Lisboa, Niterói
  • Bianca Resende da Silva, Niterói
  • Bruno Almeida, Rio de Janeiro
  • Bruno Azevedo Spinola Pinto, Rio das Ostras
  • Bruno dos Santos Azevedo, Niterói
  • Bruno Dutra Leite, Niterói
  • Bruno Rafael Dias Azevedo, Rio de Janeiro
  • Camila Brito Moreira, Niterói
  • Camila Valente, Rio de Janeiro - Núcleo Ilha
  • Carlos Alberto vale Amorim, Itaborai
  • Carolina Galant Da Paz, Niterói
  • Cayo Resende, Niterói
  • Celso Ferreira Dantas, Rio de Janeiro
  • Claudio Correia, Niterói
  • Clovis André Dhamasceno da Hora, Nova Iguaçu
  • Curt de Oliveira Mueller, Niterói
  • Dan Gabrial D'Onofre, Seropedica
  • Daniel Cassemiro Sampaio, Rio de Janeiro
  • Daniel Ferrari Barbosa, Niterói
  • Daniele Cabral de Freitas Pinheiro, Rio de Janeiro
  • Danielle Botelho Dutra, Niterói
  • David Salvador, Casimiro de Abreu
  • Debora Urbach Malheiro, Niterói
  • Deuza Volpi de Oliveira, Niterói
  • Diego Lopes Xavier, Rio de Janeiro
  • Diogo Bezerra do Nascimento, Rio de Janeiro
  • Diogo Lopes de Carvalho, Niterói
  • Eduardo da Costa Pinto D'Avila, Rio de Janeiro
  • Eduardo Moraes - Diretor coordenador da capital – SEPE, Rio de Janeiro
  • Eliana Conde Barroso Leite, Niterói
  • Eliana Leite, Niterói
  • Elizia Januário da Silva, Rio de Janeiro
  • Elza Maria Cristina Laurentino de Carvalho, Rio de Janeiro
  • Eriton de Assis Silva Rio de Janeiro
  • Eugenia Marina Scarcella Garcia - Núcleo Centro-Lapa, Rio de Janeiro
  • Evelyn Melo da Silva, Macaé
  • Fabiana Baraldo Gomes Antunes, Rio de Janeiro
  • Fabiana Lins de Castilho, Rio das ostras
  • Fabiane de Almeida Chagas, Niterói
  • Fabiano Amaral, Niterói
  • Fabrício Itaboraí, Valença
  • Felipe Barros Monteiro, Campos
  • Felipe da Silva Duque, Rio de Janeiro
  • Felipe Mesquita Antunes, Rio das Ostras
  • Felipe Vieira, São Gonçalo
  • Fernando Tinoco Ferreira, Niterói
  • Gabriel Cordeiro de Azevedo Pinheiro, Niterói - Núcleo Cantareira
  • Graziela Daniele Montenegro Lisboa, Quilombo do Grotão
  • Guilherme Lemos Villela, Campos
  • Guilherme Lucio Abelha Mota, Niterói
  • Hailton Pinheiro de Sousa Junior, Niterói
  • Helio Lopes Junior, Rio de Janeiro
  • Henrique Campos Monnerat, Niterói
  • Henrique Vianna Pinho, Niterói
  • Ian de Paula Lo Feudo, Rio de Janeiro
  • Ilza Helena, Rio de Janeiro - Núcleo Ilha
  • Ingrid Beatriz Gomes de Araujo, Nucleo Leopoldina
  • Isaac Rezende Mohamad, Rio de Janeiro
  • Isabel Cristina Lisboa Machado, Quilombo do Grotão
  • Isabela Celchin Celjar, Rio das ostras
  • Isabela Leoni, Niterói
  • Isabela Monteiro dos Anjos, Paciência
  • Ismael Serrano, Volta Redonda
  • Jeniffer Scarcella Das Neves, Rio de Janeiro, Núcleo Centro-Lapa
  • Jennifer Pereira Carvalho, Rio das ostras
  • Jéssica Oliveira Monteiro, Rio das Ostras
  • Jessica Rodrigues Ramos, Rio das Ostras
  • João Caetano Soares da Costa, Niterói
  • João Feitas, Volta Redonda
  • João Verani Protasio, Niterói - Núcleo Cantareira
  • João Victor Barbosa Lima, Niterói
  • Joédimo Nunes de Souza, Quilombo do Grotão
  • Joeny Bessa Borges, Campo Grande
  • Johnatan Gomes Mendes, Niterói
  • Joubert Assumpção, Niterói
  • Juliana Araújo Meato, Niterói - Núcleo Dandara
  • Julio Cesar de Brito Coelho Gomes, São Gonçalo
  • Jurgleide Castro, Niterói
  • Karla Silva Da Gloria, Niterói
  • Kézia Bastos Figueiredo, Rio das Ostras - Executiva Municipal
  • Laís Villaça de Azevedo, Rio das Ostras
  • Lara Rodrigues De Brito Pinheiro - Diretora DCE-UFF (Oposição de Esquerda), Niterói
  • Larissa Franco, Volta Redonda
  • Larissa Raven, Volta Redonda
  • Leonardo Gama de Araujo, Rio de Janeiro
  • Leticia Pentagna Avila, Valença
  • Lídia Maria de Souza Porto, Niterói
  • Lívia Cassemiro Sampaio – Núcleo Zona Oeste II, Rio de Janeiro
  • Lucas Lima Aguiar, Rio das Ostras
  • Lucas Mathaeus Novaes da Costa, Valença
  • Lucas Onorato de Melo, Niterói
  • Ludmila Lustosa Lessa, Niterói
  • Luis Orlando Miúdo, Niterói
  • Luiz Augusto de Oliveira Gomes, São Gonçalo
  • Luiz Felipe Vieira, São Gonçalo
  • Luiza Leite, Rio de Janeiro
  • Maheus Fontenelle, Rio de Janeiro
  • Maíra de Oliveira Alves, Niterói
  • Malcolm dos Santos Almeida, Duque de Caxias
  • Manoela Braga Alves Pinto, Niterói
  • Marcelle Leal, Rio de Janeiro
  • Marcio Malta, Niterói
  • Marcio Moises de Souza Barbosa, Rio de Janeiro
  • Marco Antonio Monteiro Coutinho, Niterói
  • Marcos Ramalho, Niterói
  • Marcos Vinicius Moreira Lamarão, Rio de Janeiro
  • Mareda Fiorillo Bogado, Niterói
  • Margarete Mallet, Niterói
  • Maria Beatriz Barmaimon Garcia, Rio das Ostras
  • Maria da Conceição Itaboraí Ferreira, Valença
  • Maria de Lourdes Itaboraí Ferreira, Valença
  • Maria Luzia Lisboa Furtado, Quilombo do Grotão
  • Mariana Freitas, Volta Redonda
  • Marilia El-Kaddoum Trajtenberg, Rio de Janeiro
  • Marilza Barbosa da Silva, Quilombo do Grotão
  • Marina Alves Dutra, Niterói
  • Marinéia da Silva Barboza, Casimiro de Abreu
  • Marinna Brandão Bastos, Rio das Ostras
  • Mateus de Oliveira Figueiredo, Rio das Ostras
  • Matheus Fontenelle, Rio de Janeiro - Núcleo Leopoldina
  • Mauro Amaral, São Gonçalo
  • Mayara Porcina, São Gonçalo - Núcleo Dandara
  • Mayco Barroso Rodrigues, Niterói
  • Maycon Rangel, São Gonçalo
  • Maykeline Leite, Rio de Janeiro
  • Miguel Fontes Pinheiro, Niterói
  • Mike Pontes, Rio de Janeiro - Núcleo Ilha
  • Natália Coelho de Oliveira, Niterói - Núcleo Dandara
  • Nívea Silva Vieira, Niterói
  • Paulo Roberto Gentil Leal, Rio de Janeiro - diretor Sinpro-Rio
  • Pedro Cavalcanti, Rio de Janeiro
  • Priscila Monteiro do Nascimento Silva, Rio das Ostras
  • Rafael Barreto Pinto, Niterói
  • Raphael Arauho, Rio das Ostras
  • Raphael Custódio de Araújo, Niterói
  • Raphel Mota, Rio de Janeiro - Diretor de cultura, formação sindical e assuntos educacionais - SEPE
  • Raquel Sant'Anna da Silva, Niterói
  • Raylane Raimundo Walker, Rio das Ostras - Executiva Municipal
  • Reginaldo Jose Costa, Niterói
  • Renata Azevedo Campos, Niterói
  • Renata Camargo de Souza, Niterói
  • Renato Gonçalves Pereira, Itaboraí
  • Ricardo Oliveira Barros Filho, Rio de Janeiro
  • Ricardo Paris, Rio de Janeiro
  • Rodolfo França Gomes Santos, Niterói
  • Rodrigo de Azevedo Cruz Lamosa, Niterói
  • Rodrigo Luis Veloso, Rio de Janeiro
  • Rodrigo Marins, Niterói
  • Romulo Abreu Ferreira, Rio das Ostras - Diretor DCE-UFF (Oposição de Esquerda)
  • Silas Feche Brocanelli Mendes Barboza, Niterói
  • Stela Regina Francia Araujo, Niterói
  • Taina do Vale Cardoso, Niterói
  • Tamina Batan Rody Lima, Rio de Janeiro
  • Tayná Santos Conceição, Rio das Ostras
  • Telma Tinoco, Niterói
  • Thalissa Santana Salsa Gomes, Niterói
  • Thiago Batrista, Niterói
  • Thiago de Oliveira Macedo, Rio de Janeiro
  • Thiago Reis Marques Ribeiro, Niterói
  • Thiers Castro, Niterói
  • Tiago Sales Lima Figueiredo, Niterói
  • Tiko Arawak
  • Vanessa Silva do Nascimento, Niterói
  • Veridiana Chiarigatto, Niterói
  • Vinicius Gomes, Niterói
  • Vitor Azevedo Spinola Pinto, Rio das Ostras
  • Wagna Cristina Araujo Lisboa, Quilombo do Grotão
  • Wallace de Lima Berto, Niterói
  • Wallace Santos Terra, Niterói
  • Weslley Hanns Carvalho Matos, Rio de Janeiro
  • William Fernandes, Rio de Janeiro
  • Winnie Santos Freitas, Rio das Ostras
  • Yan Lima de Souza, Rio das Ostras

 

 
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