(Vídeo disponível em 1080p)
Adaptação de “DESPERTAR DA PRIMAVERA” – tragédia musical juvenil
A pressão pela perfeição
Tempo de novas primaveras. Tempo de despertar. Depois de quase 125 anos, deviam ser estes os tempos. As crianças deviam poder ter uma infância sem a pressão de ter boas notas. Sem terem que ser os melhores em tudo. E ainda têm que ser os mais bonitos. Os mais populares. Os mais bem vestidos. Os que têm mais amigos nas redes sociais.
A pressão da família condenou
Moritz. A pressão da sociedade condenou Wendla. E todos os outros também eles, estão condenados de uma maneira ou de outra. Estão condenados pelo preconceito. Pelo estereótipo do ser perfeito.
Depois de quase 125 anos, devíamos ter razões para afirmar que a razão do suicídio é não ter razão de existir. A tragédia destes jovens é a tragédia de um país sem voz. De uma escola sem alunos. De um deus sem seguidores.
Quantos de nós não temos ou tivemos um
Melchior na turma ou no nosso círculo de amigos? Quantos de nós não conhecem um Hanschen e um
Ernst cujo amor proibido os leva a ter uma vida em segredo, condenando-se a si próprios? Quantos de nós não somos Wendlas e Moritz sem condições para poder escolher o seu próprio caminho?
É uma tragédia juvenil esta história de um grupo de adolescentes, escrita na
Alemanha em 1891, mas que poderia ser em qualquer lugar.
Aqui.
Hoje.
Abdicam de crescer. Abdicam da identidade.
Para serem aquilo que os outros querem que eles sejam. Não os querem a pensar. Não os querem a amar, a seguir os seus sonhos
... Não será também isso que nos acontece a todos? Não é preciso ser um jovem de 14 anos, personagem de uma peça alemã. Para isso acontecer, basta viver. Aqui. Hoje. Mas há esperança. Há "senhores disfarçados" que nos levam para a luz. Há alternativas. Há vida, ainda que para isso, outros se tenham sacrificado. Resta saber se a vontade chega. Resta saber se nos aguentamos. Enquanto houver voz, cantaremos. Enquanto nos bater forte o coração, faremos isto. Despertaremos!
Cláudia Carvalho
“Queremos com este espetáculo final, despertar em nós todas as estações, todos os sois e todas as tempestades, as noites e os dias, o fogo e a água. Nós não somos só de uma maneira, somos tudo apesar de às vezes nos sentirmos nada.”
A turma 11t
FICHA TÉCNICA
Orientação, adaptação dramatúrgica, conceção cenográfica e de iluminação: Cláudia Carvalho
Direção
Musical:
Nuno Mendes
Coreografias:
Leonor Barata
Direção de cena e assistência de encenação:
Clara Carvalho / Cláudia
Guia
Assistência na pesquisa musical e dramatúrgica:
Carlos Baião
Contra-regragem, figurinos e adereços: Catarina Abreu / Leonor
Tavares
Construção de cenário: Sr.
Manuel Luís
Confeção de Figurinos – D. Conceição
Conceção Gráfica:
Miguel D´Eça
Luz e Som:
Filipe Ferreira
Músicos:
Beatriz Ventura (Bateria)
Diogo Alves (Violino,
Guitarra Elétrica)
Diogo
Martins (Violoncelo)
Diogo Soares (Baixo)
Manuel Gaudêncio (Guitarra
Clássica)
Nuno Mendes (
Piano)
Intérpretes (alunos do 11ºano do Curso Profissional de
Artes do Espetáculo-Interpretação / triénio de 2013-16):
Alexandre Santos (MORITZ)
Alexandre Vieira (MELCHIOR)
António
Nascimento (HANCHEN)
Beatriz
Augusto (
SRA.BERGMAN)
Carlos
Baião (ERNST, SR.STIEFEL e SR. GABOR)
Catarina Abreu (
ANNA)
Catarina
Espírito Santo (
ILSE)
Clara Carvalho (WENDLA)
Cláudia
França (WENDLA)
Cláudia Guia (WENDLA)
Filipa
Domingos (WENDLA)
Filipe Barradas (MORITZ)
Ilda Martins (ILSE)
Inês
Santos (SRA BERGMAN)
Leonor Tavares (
THEA)
Maria Mensa (
MARTHA)
Maria
Sousa Teles (MARTHA)
Miguel d`Eça (GEORG e DIRETOR)
Nádia Matos (SRA. GABOR)
Tatiana Pinheiro (SRA. BERGMAN)
Vídeo:
Imagem e som: Escola da Noite
Pós-produção e grafismo: Miguel d`Eça
Agradecimentos:
Escola da Noite
“Fatias de Cá”
Pais e familiares dos alunos
Músicos
D.
Elvira
D. Conceição
Sr. Manuel Luís
Sr. António
Paulo Felício
Sr. Márcio
E a todos os que tornaram possível este espetáculo.
- published: 10 Jul 2015
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