COMO COZINHAR FEIJÃO EM 6 MINUTOS POR MARA CAPRIO

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• published: 03 Oct 2015
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Boatos que surgem nas redes sociais, costumam assustar a população. E a facilidade no acesso e compartilhamento dessas informações, faz com que muitas vezes, elas sejam disseminadas antes de checar se realmente se trata de algo verdadeiro. O caso mais recente é o da larva do feijão. A história vem sendo compartilhada por um áudio no aplicativo WhatsApp e em um vídeo no Facebook. Os arquivos alertam que lotes do feijão com larva teriam matado dez pessoas, inclusive a chefe do plantão do Hospital e Maternidade Santa Joana, na zona sul de São Paulo, além de deixar centenas de pessoas com sintomas como diarreia, dor de cabeça, vômito e mal-estar. O áudio afirma que não adianta ferver os alimentos e que seria necessário deixar o alimento de molho no vinagre. Entretanto, em nota enviada à imprensa, o hospital disse que trata-se de uma informação inverídica. Já com relação ao vídeo postado pelo consumidor, sugerindo que o feijão estivesse com larvas, a empresa que empacota este feijão, a Broto Legal, também se pronunciou a respeito. A mídia oficial, abordou o assunto, esclarecendo de forma técnica, o que ocasionou a radícula o feijão, que foi confundida com larva. Roberto Martins Figueired, conhecido como Doutor Bactéria, também desmentiu o fato em entrevista à repórter Carla Mota. “Essa história do feijão é totalmente inverídica. É um boato sem lógica. Como um inseto resistiria à panela de pressão, que chega a 120ºC? Mais absurdo ainda é que, tendo uma resistência deste ponto, ele morreria com uma solução de vinagre. É absurdo”, destaca. Confira a matéria na íntegra. O site E-farsas também abordou o assunto, relembrando de outros boatos sobre o feijão que foram disseminados na internet e redes sociais e, que acabaram incentivando a diminuição do consumo. Veja Mais. O site Boatos.org faz uma análise do áudio que circulou nas redes sociais falando sobre a morte de 10 pessoas em São Paulo, que foi causada pelo feijão contaminado. Veja Mais. A reportagem do Jornal Extra, em São Paulo, entrou em contato com a empresa que empacota o feijão. Segundo eles, o feijão estava sendo cozinhado com radículas, estrutura do grão que dá origem à raíz e às primeiras folhas da planta e que, foram confundidas com larvas. Veja aqui. O site Biologiatotal explica os motivos pelos quais é praticamente impossível que o feijão estivesse contaminado pelo Trypanosoma cruzi ou por uma larva, que teria provocado diarreia e a morte de 10 pessoas em São Paulo. Veja aqui. O facebook da empresa Broto Legal, também postou os laudos de prova e contra-prova do produto retirado na casa da consumidora que postou o vídeo onde supostamente teriam sido encontradas larvas no cozimento do feijão. “Os laudos foram emitidos pelo Instituto Biológico da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Neles é possível observar a conclusão dos peritos, que não encontraram nenhuma espécie de ser vivo no produto retirado na casa da consumidora e em outro produto, do mesmo lote, utilizado para contra-prova. Foram sim encontradas radículas no feijão cozido. Radículas fazem parte da estrutura do grão”, informou. Veja aqui. A empresa também postou um vídeo explicativo. O vídeo postado no Youtube, pelo perfil Cozinha Fome Zero, explica que como estamos em um período de estiagem, com o tempo seco e pouca incidência de chuvas, o feijão colhido está mais seco, e assim, é mais propício a quebrar e o embrião dele sair. O vídeo ainda mostra um experimento, mostrando o feijão cru, o grão após ficar de molho na água, e depois de cozido. Veja o vídeo aqui.