FADO DE VILA
BOA
(Pádua & Nasr
Chaul)
PÁDUA
PÁDUA - A história e a carreira musical desse goianiense não são diferentes de tantas outras por esse país continente.
Vindo de família humilde, o filho mais velho do Sr. Sebastião e Dona Eva descobriu a música ouvindo rádio e tentando imitar os artistas que ouvia.
Isso lá pelos 7 anos de idade. "Era a única forma de contato com a música, além dos cânticos religiosos na
Catedral de
Goiânia e das raras visitas da folia de
Reis!" (Não descobri a música em minha vida, fui descoberto por ela!) A música não foi a única manifestação artística na vida desse cantador, o desenho também veio compor essa parceria, acontecendo na mesma época. A influência do rádio, as histórias de Dona
Ana, sua avó materna, e o dom manifestado bem cedo nesse menino, acabaram traçando um caminho, um estilo musical, que faz do repertório, quase uma colcha de retalhos. E isso começou a se definir no início de sua carreira profissional, na segunda metade dos anos 70. Na mesma época em que começou a cantar na noite, Pádua começava a se tornar conhecido no meio artístico local como cartunista. o cantor ainda se organizava meio no anonimato, Atuando em casas noturnas não muito conhecidas, e com isso aprimorando seu trabalho musical. Pádua causou surpresa a muita gente que ainda não conhecia esse seu lado cantor e compositor. "
Nesse começo, não divulguei muito as minhas apresentações, porque achava que ainda não estava pronto. e o trabalho em jornal naquele momento me dava mais garantia, e tinha o fator horário, porque tudo acontecia no periodo noturno. muitas vezes sai de apresentações em casas noturnas na madrugada direto para redação do jornal". Dividindo as atividades entre jornais e as cantorias, Pádua foi se tornando conhecido e formando plateias, que viraram seguidores fiéis em todos os lugares onde se apresentava. Um dos motivos que fizeram com que ele se destacasse na noite, foi o lado contagiante de suas apresentações, e o repertório, que nunca se prendeu aos modismos da época, e se diferenciava, não por ser rebuscado ou sofisticado, mas por não ser exatamente o que se costumava tocar nos bares da cidade. Com seu trabalho já bem conhecido no começo dos anos 80, Pádua, que até então se apresentava apenas com voz e violão, começou a formar uma "banda", que na verdade era dois aprendizes de percussão junto com ele no palco. Por brincadeira, batizou a banda de "Asa da
Cobra" (não era comum haver bandas tocando em bares por aqui, as casas eram abertas, ainda não se podia contar com equipamentos de som adequados, e a grana era bem curta, na época ainda não se cobrava couvert artístico em Goiânia.
Nasr Chaul nasceu em
Catalão, GO, no dia 30 de maio de
1957. Filho de
Rômulo Chaul e
Esmeralda Fayad Chaul. É formado em Direito pela Faculdade Anhangüera de Ciências Humanas. Licenciado e pós-graduado em História pela
Universidade Federal de Goiás e doutorado em História Social pela
Universidade de São Paulo. É coordenador geral de pós-graduação e pesquisa da
UFG. Pertence ao
Instituto Histórico e Geográfico de
Goiás e ao Instituto de Pesquisas e Estudos Históricos do
Brasil Central. Presidente da Fundação Cultural
Pedro Ludovico, no governo
Marconi Perillo. Escreve artigos para o jornal O
Popular e é articulista do jornal desde
1996. Fez letras para vários músicos goianos em cerca de
300 composições. Publicou inúmeros textos e artigos em revistas, suplementos e cadernos de pesquisa. Publicou como co-autor o livro Arquivos Cartoriais, organizado pela prof.ª Dalísia Doles, publicado pela UFG em
1984 e como coordenador em conjunto com o prof.º
Paulo Ribeiro, o livro Goiás: identidade, paisagem e tradição,
UCG,
2001. Coordenou o livro Goiás: 1722-2002, que veio a ser o livro oficial do Governo do Estado. Recebeu a medalha Peregrino
Júnior,
2000, troféu AFLAG e Otavino Arantes, ambos em
2002; medalha Veiga
Valle,
UBE,
Rio de Janeiro (2000 e
2003).
A vila se chamou
Vila Boa
So além mar de
Lisboa
Cruz do índio Goyá
A vila, minha terra encantada
Não tem ouro e nem prata
Tudo brilha por si
Vida não conhece fronteiras
Mãe de outras bandeiras
Em nome de
Deus
Vila, Vila Boa goiana
Minha mãe lusitana
Arraial de
Santana
Velhos farricocos, meninos
Tocam todos os sinos
Do amor, do destino
O rio é vermelho brilhante
Onde a lua minguante
Fica cheia de amor
A serra é dourada de areia
Goiandira semeia
A essência da cor
Vida, tudo é só sentimento
Casa velha da ponte
Fogaréu
Vida, os mistérios são tantos
Veiga
Vale fez santos
Vivem no BoaMorte
Cora e o poema do milho
Cada mãe com seu filho
Meu amor, meu exílio
Tudo é pleno de paz
Meu amor, meu Goiás
...
BLOG PÁDUA:
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- published: 28 Dec 2013
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