Como a mídia abafava a corrupção no governo FHC
Vídeo mostra como a corrupção no governo de
Fernando Henrique Cardoso (
PSDB) era abafada e omitida.
Como todo mundo sabe, em todos os escândalos de corrupção do governo
FHC, a "tropa de choque" do então presidente ( (liderada por seu amigo pessoal Sérgio
Motta) entrava em ação para colocar panos quentes e abafar qualquer tentativa de ser abrir qualquer investigação.
Foi assim, por exemplo, com a
CPI do Banestado (a 'mãe' de todas as corrupções segundo o senador
Roberto Requião), a CPI da Corrupção, a compra de votos para que fosse aprovada a emenda da reeleição de FHC etc.
No vídeo, o jornalista
Fernando Rodrigues, da
Folha de São Paulo, conta como foi o processo da investigação sobre a compra de votos que propiciou a reeleição de FHC. Após a denúncia da
Folha, vários deputados (que venderam seus votos) renunciaram aos seus mandados. Comenta-se que as renúncias foram para que tais deputados sumissem da vida pública e ficassem em total silêncio. oram motivadas por muito dinheiro. E, claro: foram 'motivados' por muito dinheiro. Como disse
Delfim Netto, em tom irônico, na época: "
Nunca vi ganhar um boi para entrar e uma boiada pra sair".
Menos de um mês após a "CPI da compra de votos" ter sido abafada com ajuda do
PMDB, FHC nomeou Íris Rezende (PMDB) para ministro da Justiça e
Eliseu Padilha (PMDB) para ministro dos Transportes.
Segundo Fernando Rodrigues, todo o resto da imprensa (Globo,
Grupo Abril,
Estadão etc) nunca se interessou em repercutir o escândalo. Pelo contrário: a ordem era omitir.
O Procurador Geral da
República (
PGR),
Geraldo Brindeiro, engavetou todos os processos criminais contra o governo que chegaram até ele - o que acabou lhe valendo o apelido de Engavetador Geral da República.
Apenas alguns pontos importantes sobre o PGR:
- é o PGR que, em caso de ilícitos, oferece denúncias contra o Presidente da República, o Presidente da
Câmara dos Deputados, Presidente do
Senado, deputados, senadores etc.
- o Presidente da República é livre para escolher o PGR, mas não é tão “livre” assim. Não é “tão livre” porque, na verdade, quem escolhe o PGR são os membros do MP (
Ministério Público), em votação interna. Após esta eleição, o MP apresenta ao Presidente da República a lista com os três primeiros colocados na tal eleição. Cabe ao (republicanismo do) Presidente optar (ou não) pelo primeiro nome da lista, ou seja, o Procurador mais votado na eleição do MP. Acontece que FHC, sempre descartando a lista tríplice do MP, optou por reconduzir Geraldo Brindeiro três vezes ao cargo de PGR.
- Os presidentes
Lula e
Dilma, diferente de FHC, sempre nomearam como PGR os primeiros colocados na lista tríplice do MP.
Todas as denúncias contra petistas e não petistas que viraram escândalo nacional vieram das acusações dos Procuradores escolhidos por Lula e Dilma.