Space Today TV Ep.147 - Fireball Sobre o Atlântico A 1000 Km do Rio de Janeiro
No dia 6 de Fevereiro de 2016, por volta das 14:00
UTC (12:00
Hora de
Brasília), um pequeno pedaço de uma rocha espacial entrou na atmosfera da
Terra e queimou, muito provavelmente de maneira explosiva a cerca de
30 km de altura sobre o
Oceano Atlântico.
A energia liberada nesse evento foi equivalente a 13
000 toneladas de
TNT, fazendo desse o maior evento desse tipo, desde a explosão de um meteoro registrado em
Chelyabinsk na Rússia em Fevereiro de 2013.
Bem, antes de todos entrarem em pânico, o impacto foi bem pequeno, e como não aconteceu em uma área populosa, e
sim no meio do oceano levou semanas para podermos saber dele.
Mas o que aconteceu?
Na astronomia, esse tipo de fenômeno é chamado de uma
Fireball ou Bólido. Por definição são meteoros extremamente brilhantes que alcançam magnitude de -3 ou até mesmo mais brilhantes do que isso. As
Fireballs que explodem na atmosfera são tecnicamente chamadas de bólidos, embora os dois termos são usados muitas vezes para designar o mesmo fenômeno.
Normalmente os objetos que causam as Fireballs não são grandes o suficiente para sobreviverem a uma passagem pela atmosfera da
Terra de maneira intacta, embora algumas vezes, meteoritos ou fragmentos possam ser recuperados como é o caso que aconteceu em Chelyabinsk.
Estima-se que o objeto que causou esse Fireball de 6 de Fevereiro tinha entre 5 e 7 metros de diâmetro, ou seja, do tamanho da sua sala de jantar, mais ou menos. Em comparação com o objeto de Chelyabinsk, esse tinha cerca de 19 metros de diâmetro.
E onde aconteceu essa explosão na atmosfera?
Isso é que é interessante para nós brasileiros. De acordo com o site da
NASA -
Near Earth Program, que lista os Fireballs detectados pelos sensores, essa explosão aconteceu a cerca de 1000 quilômetros da costa do
Rio de Janeiro no Oceano Atlântico.
Embora não tenha causado nenhum dano, nenhum acidente, e pouco provavelmente alguém tenha observado esse Fireball, o que chama a atenção é o fato de não termos identificado antes esse fenômeno, da mesma maneira como aconteceu em Chelyabinsk.
Como sempre o
Cristóvão Jacques do SONEAR nos fala, embora existam sistemas de observação dos objetos próximos da
Terra, e dos objetos potencialmente perigosos, ainda temos uma boa parte do céu que não é coberta por esses sistemas e daí podem vir esses fenômenos.
Por isso a importância de divulgarmos que existe maneira de qualquer um ajudar com esse sistema, quem quiser pode conversar com o pessoal da BRAMON e da
EXOS que contam com câmeras de monitoramento do céu literalmente caçando meteoros. Vou deixar os dois endereços na descrição para quem quiser conhecer o trabalho dos dois grupos.
No
Brasil o SONEAR é uma referência mundial na identificação e na caracterização dos chamados NEOs e também na descoberta de cometas.
Temos que ficar sempre de olhos bem abertos e sempre olhando para cima!!!
Esse evento não causou nenhum dano, nenhum problema e nem é motivo de alarde, de fim de mundo e de coisas do tipo, mas serve como um lembrete para que possamos itensificar essa rede de busca, identificação, observação e caracterização dessas rochas que caem do céu, sem aviso prévio.
Onde saiu a notícia:
http://www.slate.com/blogs/bad_astronomy/2016/02/20/fireball_over_atlantic_ocean_on_february_6_2016
.html
http://earthsky.org/space/largest-fireball-since-chelyabinsk-falls-over-atlantic
Links da NASA:
http://neo.jpl.nasa.gov/fireballs/
http://neo.jpl.nasa.gov/index.html
Minor Planet Center:
http://www.minorplanetcenter
.net/
Projeto Exoss:
http://press.exoss.org/
Projeto BRAMON:
https://www.facebook.com/bramonbr/
SONEAR:
http://sonearobservatory.com/
Vídeo com as informações sobre cometas, asteroides, meteoros e meteoritos:
https://www.youtube.com/watch?v=uKSy8Yan9tw
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Obrigado pela audiência e boa diversão!!!