Uma truculenta ação de reintegração de posse ocorrida na aldeia Cahy, localizada na Terra Indígena (TI) Comexatibá, na Bahia, pegou de surpresa 24 famílias do povo Pataxó do extremo Sul da Bahia na manhã desta terça-feira (19). Casas foram destruídas, muitas delas com os pertences dxs indígenas em seu interior, além do posto de saúde e da escola, cujos materiais local foram jogados em uma área a quase um quilômetro da aldeia.
Juti (MS – Brasil): Guarani e Kaiowá ocupam e retomam parte de seu território tradicional.
Na madrugada desta sexta (15), indígenas do povo Guarani e Kaiowá retomaram mais uma parte de seu território tradicional na Terra Indígena (TI) Taquara. A área retomada, sobre a qual está sobreposta uma fazenda, é conhecida pelos indígenas como Lechucha e integra a tekoha – lugar onde se é – Taquara, localizada junto ao município de Juti, no Mato Grosso do Sul (MS). Durante o dia de hoje, indígenas relataram ter recebido ameaças de homens armados em caminhonetes, os chamados “jagunços” ou “pistoleiros”.
Atenas: Nova Okupa no 58 da rua Themistokleous, em Exarchia
Na noite de domingo, 10 de Janeiro de 2016, ocupámos o prédio vazio na rua Themistokleous nº 58, em Exarchia, Atenas. A intenção é abrir um lugar onde xs imigrantes – bloqueadxs aqui na Grécia, devido às políticas europeias de imigração- possam viver e se auto-organizar, livres do controle do Estado. Somos um grupo de indivíduos de diferentes lugares e contextos, conectado através da luta contra o Estado, nações, fronteiras, campos de concentração para imigrantes, prisões, capitalismo; eventualmente contra todas as partes deste sistema podre de dominação que nos oprime. Estamos abertos a qualquer um/a que concorde com os nossos princípios básicos e que, sem qualquer agenda política oculta, queira participar no projeto.
Esta Okupa não se destina a ser um serviço público. Não somos “voluntários” e não vemos os imigrantes como vítimas. Um dos desafios deste projecto será o de superar, na prática, a separação que nos foi imposta por fronteiras e cidadania. Esta casa almeja tornar-se num lugar onde as pessoas se organizem e que mutuamente aprendam umas com as outras, independentemente das suas origens. [Read More]
Rio de Janeiro (Brasil): 1º ANO DA CASA CULTURAL AUTONOMA FORMIGA PRETA
No dia 19 de dezembro, a Casa Cultural Autonoma Formiga Preta, situada no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, recebe o Festival Complexo para comemorar um ano de existência e resistência. Segue a programação completa:
Leipzig: nova okupação EWI
As Casas para aqueles que precisam!
Há alguns meses vivemos como centenas de milhares de pessoas que atravessam as fronteiras européias. Milhares já morreraram só esse ano no caminho. Sem rotas de fuga legais e uma mudança profunda para o combate contra as causas de fuga, as pessoas vão continuar arriscando suas vidas na tentativa de uma vida humanamente digna. Dez milhares começaram a ajudar e apoiar os refugiados no caminho ou na chegada deles. Ao mesmo tempo um dos países mais ricos do mundo constrói cidades de tendas e vilas de container. Assim foi criada uma situaçao de ermegênçia artificial. Quem gera uma situaçao dessas contribui ativamente para a desumanizaçao dos refugiados e prepara um solo fértil para os incendiarios/as de Direita. Contra às pessoas que falam sobre “A crise do asilo“ e “A exigência excessiva do estado“, nós, que apoiamos os refugiados, queremos mostrar o quê significa agir solidariamente. [Read More]
Niterói (RJ – Brasil): Aldeia Caiçara Imbuhy é desalojada pelo exército.
Foram demolidas ontem, 7/12, pelo exército brasileiro as moradias de pelo menos cinco famílias de pescadores artesanais, moradoras históricas da centenária aldeia caiçara do Imbuhy na região oceânica de Niterói. A ação repetiu, em proporções ainda maiores, a covardia acontecida no último dia 23 de março, quando foi mobilizado um aparato bélico jamais visto no local – helicópteros, lanchas, tropas, spray de pimenta e armamento pesado – tudo isso para expulsar três famílias de pescadores de suas casinhas rústicas, que foram postas abaixo em poucas horas.
Sumaré (SP – Brasil): Ameaçada de despejo, a Ocupação Vila Soma resiste!
A Ocupação Vila Soma nasceu em julho de 2012 quando aproximadamente 50 fámilias ocuparam um terreno baldio de 500 mil metros quadrados em Sumaré, a 115 quilômetros de São Paulo. O local estava ocioso há ao menos 20 anos, sendo que parte do terreno pertenceria à empresa Melhoramentos Agrícolas Vifer. Depois de dois meses de ocupação o número de famílias subiu para 300. Atualmente, a estimativa é de aproximadamente 2,5 mil famílias, cerca de 9 mil moradoras e moradores morando na ocupação.
Montevidéu (Uruguai): Comunicado do centro social autônomo La Solidaria com relação a notificação de desalojo recebido em 30 de outubro de 2015
No dia 30 de outubro chegou às portas do centro social autônomo La Solidaria uma notificação de desalojo. Segundo diz a apresentação do mencionado documento – que insta a desalojar o imóvel em um prazo de 15 dias -, a casa onde funciona dito espaço estaria “precariamente” ocupada por um “grupo anarquista”. Esse grupo seria responsável de ter invadido com violência o edifício em questão, de ter ameaçado e atacado aos donos de dito edifício e também da deterioração do edifício e as pragas de roedores na quadra. Os anteriores donos, A Igreja Evangélica Alemã, haviam brindado provas – que constam no informe apresentado junto com a denúncia – de todas estas coisas, mas, não obstante, haviam tolerado a ocupação. No entanto, tudo mudou porque o edifício, ocupado faz 3 anos, havia sido vendido a uma cidadã chilena nacionalizada uruguaia que teria a vontade de seguir os processos judiciais necessários para recuperar o imóvel. O domicílio da nova proprietária que consta na notificação é um escritório do World Trade Center de Montevidéu. [Read More]
Belo Horizonte (Brasil): Erecatú – Mostra independente de cultura e resistência indígena
Essa mostra surge da necessidade urgente de maior conhecimento, conscientização e mobilização da população em relação à opressão que os povos originários (indígenas) têm sofrido. Convidamos que se juntem a nós nessa causa pela terra, vida, justiça, demarcação e liberdade aos povos indígenas.
Geralmente as pessoas não sabem dos reais acontecimentos, vivendo uma ilusão de bem-estar, assistindo alienada a uma mídia parcial e mentirosa, enquanto inúmeros povos tradicionais sofrem ataques em seus territórios, sua dignidade e possibilidade de sobrevivência. Esses povos são invisibilizados pelo Estado e usurpados pelo interesse do grande capital, baseado em uma economia que deseja crescer sem limites, causando enormes impactos sobre diversas comunidades, que tradicionalmente viveram seus conflitos longe do conhecimento da maior parte da população, em situação de esquecimento social.
Porto (Portugal): Jornadas libertárias 02 a 11 de outubro
Propôr e apresentar umas Jornadas Libertárias, só pelo que significa cada uma destas palavras, é difícil, porque entre nós e o Outro as palavras alimentam fossos e tecem rupturas. Mas também aproximam e geram cumplicidades. O desafio germinou na periferia do nosso ser e estar durante a primavera de 2015, entre encontros e desencontros, afinidades e des-afinidades, como um corpo a corpo necessário e imprescindível.
As Jornadas Libertárias 2015 que pensámos, desde cedo, como um terreno exploratório, revelam-se uma necessidade e acabam por chegar ao Porto num momento em que são mais precisas: numa altura de oportunismos políticos feitos de aproveitamentos desviantes de várias questões que nos afectam o quotidiano. Este ar pestilento é destilado por uma crise co-produzida pelo capitalismo e pelo estado para perseguir o ciclo de gestão de todos os aspectos das nossas vidas, perpetuando o subterfúgio de uma ordem e organização social submissa, obediente e reprodutora de mecanismos autoritários.