Current Market Outlook, é o relatório anual elaborado desde 1964 pela Boeing, com a previsão da demanda de passageiros e aeronaves, para os proximos anos. Graças a sua análise, a Boeing lançou o 737, que voou em 1967, dois anos depois do Douglas DC-9, para rotas domésticas. Até então, as rotas domésticas, estavam sendo voadas por turbohélices, ou o Lockheed Electra L-188, cuja estréia foi desastrosa, na aviação civil, ou pelo Vickers Viscount, o Britannia, e o Canadair CL-144, aviões que efetivamente não poderiam competir com jatos. Neste contexto, através do Current Market Outlook, a Boeing identificou que dois anos depois, o 737 tiraria proveito da poderosa turbina JT-8, do DC-8, que também equipava o DC-9, mas que foi estratégicamente colocada nas asas, diferente da configuração do DC-9, que era a mesma do SudQuest Caravelle, e do BAC Oneleven. Mesmo rivalizando, com o 737 no início, não teve como o DC-9 utilizar turbinas turbofan, quando assim a Crise do Petróleo de 1973 o exigiu, nem mesmo, quando a FAA decidiu limitar o nível do ruído dos aviões, eliminando assim os motores Ramjet. Rapidamente, o 737-200, teve substituída a JT-8 pela CFM-56, no modelo 737-300, razão pela qual, hoje há quase 8.000 737 produzidos, contra apenas 1.000 DC-9. Também o Current Market Outlook, salvou o 747, quando ele perdeu a licitação CX-HLS para o Lockheed Galaxy C-5. Foi o relatório, que identificou um aumento na demanda de 15%, para vôos intercontinentais, o que fez a Pan Am, assegurar os primeiros 23 aparelhos, em 1965. Mantendo o cockpit elevado, a corcunda seria sua caracteristica, e seria a primeira vez, que utilizou-se a configuração 3+4+3 fileiras de assentos. Foi o 747, um ano após a venda da McDonnell Douglas para a Boeing, que inaugurou o uso de Winglets, que poderiam economizar em até 3,5% o combustível utilizado. Dez anos depois, o 737, agora rivalizando com a nova familia do Airbus, a A-320, teria o uso de Winglets, uma vez que a Airbus, utilizava de um refinamento da Boeing no 757 e 767, o Glass Cockpit, onde os instrumentos analógicos, deram lugar aos digitais, em telas de LCD. Atualmente, o 747 tem uma nova asa, que incorpora a tecnologia desenvolvida para o 787 Dreamliner, o Smooth Ride, que limita os efeitos das turbulências, no corpo humano. Foi utilizada, no 747-8. Seu nome Jumbo, vem de um elefante, que pesava quase 6 toneladas. O Jumbo tem em torno de 270 Km de fios. Este vídeo homenageia o Presidente da Boeing, William Allen, que incorporou o Current Market Outlook, e foi responsável pelo desenvolvimento do 747, até um ano antes de seu vôo em 1969. Gênesis Project X, the true History http://www.youtube.com/watch?v=SnA5is6qbyA

• published: 17 Jan 2014
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