Você jurou em se vingar
Quando se concretizou o meu abandono do lar
Mas até hoje eu não descobri
Onde é que eu fui errado
Eu não podia viver
Total e completamente enganado
Você feriu meu coração
Porém não se tocou que homem não é leão
Nada é mais sensato do que esquecer
E recomeçar
Apesar do tempo que passou
A vida vai continuar
Nada é mais sensato do que esquecer
E recomeçar
Apesar do tempo que passou
A vida vai continuar
(Djavan)
O que era flor
Eu já catei pra dar
Até meus lápis de cor
Eu já dei
G.I. Joe, já dei
O que se pensar
Eu já dei
Minhas conchas do mar
Ah! Minha flor
Chega de maltratar
O que mais pode agradar
A você
Eu já fiz de tudo
Cadê que adiantou
Que louco
Que é o amor
Tem graça viver
Quando ela fica de mal
Não quer brincar...
Txucarramãe
Krenacroro
Kalapalo
Yawalapiti - iiii - iiii
Kamayurá
Kayabí
Kuikúru
Waurá
Suyá
Cantar
É mover o dom
Do fundo de uma paixão
Seduzir
As pedras, catedrais, coração
Amar
É perder o tom
Nas comas da ilusão
Revelar todo sentido
Vou andar, vou voar
Pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar
Encheria o que eu tenho
De fundo.
Sorria para mim, meu Brasil
assim,
ria largo do fundo, aqui
ria aqui do nada
não vá trair
o seu dom de cair de pé
logo agora que eu escrevi
uma canção de fé
atenção: quem descobriu o Brasil foi Pedro
quem libertou o Brasil foi Pedro
quem construiu o Brasil foi Pedro
quem descobriu...
Quem libertou...
Quem contruiu...
Quem já viu tanto Pedro viver assim...
Feito coisa ruim, no ar
bem fez Pedro lá no céu
que aprendeu chover, estiar
e hoje tem grande poder pra lá
mas nada pode aqui
mas nada pode aqui
mas nada pode aqui
mas nada pode aqui
Saí na porta de casa
olhei pro céu e pensei:
parece que vai chover
parece que vai chover
parece que vai chover
o amor que trago no peito
é carga pra mais de dez
morena de endoidecer
morena de endoidecer
morena de endoidecer
morena de endoidecer
vai pensamento, vai
viajar de navio pra ver
que fim levou minha vida
quando você foi embora
o céu deu de escurecer
será que eu fiquei chorando, ô ô
parece que vai chover
será que fiquei chorando, ô ô
parece que vai chover
será que eu fiquei chorando, ô ô
parece que vai chover
Foi numa noite de luanda
que um clarão me abalou em lobito
como fosse um raio de susto, um facho místico
talvez o sol tenha esquecido
uma gota do dia na noite
pra saciar a sede do espírito em seu pernoite
ou foi o ar que incendiou
num grito da mãe oxum
dizendo: "menino, onde é que tu anda?
Eu te batizo africamente
com o fogo que deus lavrou tua semente"
luanda, luanda, luanda, luanda
luanda, luanda, luanda, luanda
luanda, luanda, luanda, luanda
No dia em que eu vim de casa
cheirando à beira-de-rio
no pensamento umas asas
pra cumprir melhor meu desafio
meu pensamento rodou...
Cortando o torrão nesse trem
andando bem...
Acho que a mais de cem
de maceió aqui parece ali...
Mãe disse que eu não aceite
corja com más companhias
quando deitar, tome o leite
depois reze três ave-marias
meu pensamento rodou...
Cortando o torrão nesse trem
andando bem...
Acho que a mais de cem
de maceió aqui parece ali...
Um dia ainda sou cantor
faz um ano que eu te disse brincando
eu fui pensar no meu amor
agora tô aqui quase chorando...
No dia em que eu vim de casa
cheirando à beira de rio
no pensamento umas asas
prá cumprir melhor meu desfio
e muita água rolou...
O amor é um grande laço
Um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculo
Pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada
Com a fuga de uma ilha
Tanto engorda quanto mata
Feito desgosto de filha
O amor é como um raio
Galopando em desafio
Abre fendas, cobre vales
Revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro
Se perderá no caminho
Na pureza de um limão
Ou na solidão do espinho
O amor e a agonia
Cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio
O cio vence o cansaço
E o coração de quem ama
Fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando
Que nem o meu nos seus braços
Eu devia ter sentido o teu rancor
mas tava doido num jogo de vasco-ô-ô-ô!
Eu fiquei cego na estrada de damasco
e armei num botequim, virei a mesa
tava em êxtase que nem santa teresa
eu devia ter partido a tua cara
mas eu era um são sebastião flechado
mais um seu zé mané, ungido e mal pago
escada pro céu na rua da passagem
aura marginal do morto na garagem
barrabás, querubim, pinel
eu, xará, um bárbaro arataca saqueando roma
eu, xará, um bêbado babaca em estado de coma
eu, xará, o cordeiro de deus, o bode expiatório
a testemunha ocular que não tem nada a ver
o condenado que não tem nada a perder
o mordomo na chanchada de suspense
o presunto na baixada fluminense
Um facho de luz
Que a tudo seduz por aqui
Estrela cadente reluzentemente sem fim
E um cheiro de amor
Empestado no ar a me entorpecer
Quisera viesse do mar e não de você
Um raio que inunda de brilho
Uma noite perdida
Um estado de coisas tão puras
Que movem uma vida
E um verde profundo
No olhar a me endoidecer
Quisera viesse do mar e não de você
Porque seu coração é uma ilha
(Djavan)
Te querer
Viver mais pra ser exato
Te seguir
E poder chegar
Onde tudo é só meu
Te encontrar
Dar a cara pro teu beijo
Correr atrás de ti
Feito cigano, cigano, cigano
Me jogar sem medir
Viajar
Entre pernas e delícias
Conhecer pra notícias dar
Devassar sua vida
Resistir
Ao que pode o pensamento
Saber chegar no seu melhor
Momento, momento, momento
Pra ficar e ficar
Juntos, dentro, horas
Tudo ali às claras
Deixar crescer
Até romper
A manhã
Como o mar está sereno
Olha lá
As gaivotas já
Vão deixar suas ilhas
Veja o sol
É demais essa cidade!
A gente vai ter
(Djavan)
Pode quebrar
Sofrer, cair, descer
Contorcer de dor
No vou mais
Me prender a voc
Fazer o mesmo show
Vou bater
Na porta da vida
Receber e pagar
Sem ter que me entregar
A ningum
Seu muito pra mim
pouco
Eu quero a paz
De viver solto
Vai dizer que sou outro
Sou no
Eu me cansei
De ser seu avio
No vou voar no
Dessa vez...
Nem me conformar com pouco
Tantos anos devotados, renunciação
nada tocaria seu coração
se revelou desgarrado e plano
como vidro frio e sem cor
ao declarar tolo o meu querer
achei que a vida fosse
sob medida com você
um bem da natureza, mas... não
E na ilusão de que me querias, como eu
quanto amor se perdeu, Meu Deus!
Novos planos, vida nova,
alma de ateu
preso na parede o meu coração seu
pra onde vou,
o que mais farei,
de quem eu sou,
o que serei?
Eu não sei,
que será de mim!
Eu não sei
e nada me importa saber
eu só sei,
que havia um mar à vista ali
você passou assim por mim
e eu me perdi.
O véu luminoso do sol na bruma
cobre a serra molhada
por um buraco na névoa,
vara a espada de luz
libertando a terra ao tocá-la
a chuva parou,
o dia renasce para o passeio,
para o amor, para o trabalho
a princípio o cheiro é a primeira coisa a lembrar
o chìo enxugando, aquecendo
as poças diminuindo
o povo, os animais, o vai-e-vem
é dia de colher, é dia de pescar,
preparar o peixe
cheiro de limão me encanta
como se sente o fruto do limoeiro?
A virgindade verde se abre em gotas
para encenar o sabor
no teatro da boca,
onde o áspero se fere
ao ranger dos dentes
e o sangue é água, muita água,
uma nascente.
E se eu parar de tomar pra sempre sundae
e não amar lévi-strauss em seu enleio
se eu achar démodé , quem serei?
E se tiver tudo chato e o céu for feio
e eu decidir que chopin , não solfejarei
se eu fizer um ar blazè, quem serei?
Quando eu for saberei.
Como eu era um homem longe do que sou
preocupado em me mostrar capaz...
Nem que eu queira, hoje posso ser tal rapaz
não sou mais, não sou mais, não sou mais
não sou mais enfim
nem mesmo o que eu serei, sou
não sou mais, não sou mais.
E no balaio da construção de um homem
revejo os moldes e as massas que eu já usei
pois viver é reviver, hoje eu sei
quem eu for, já encontrei
e de quebra a experiência me ensinou:
é preciso juventude para que eu me torne avô
è preciso juventude
quem me dera tê-la intacta a cada era
como uma flor
que algum dia, alguém espera em outra porta
que o futuro preparou.
Existem coisas que o amor diz
com aquela coisa a mais
de quem é feliz
jóias caras produzidas no coração
tiaras sem fim
guardo essas luzes pra te servir
é tanta coisa que o amor faz
vem como um rio, em sua calma voraz
timidez mas, sabe voar
pra fugir da sombra do não-querer
ademais, quem é que quer sofrer?
Você, o sonho
meus pés, o chão
mesmo que bravo
o mar virá na canção
mística rosa, ave rubra
meu deus do céu da boca rubi
beijo esperado me leve a ti
é um sacrifício dizer um não
em seu ofício de obedecer à paixão
seja como for, sempre se faz por prazer
tudo o que o amor diz
aliás, quem não quer ser feliz?
Faca de ponta, peixeira
Pau na moleira, espingarda
Cano comprido estampido no ar
Clarão da espada afiada
A morte um dia há de chegar
Fogo cuspiu, labareda
Flora no mato, vereda
Prata boiando nas águas do luar
Clarão da espada afiada
A morte um dia há de chegar
Eu me criei no molhado
Areia e pedras do lado
Berço de uma sereia
As estrelas brilham sem saber
Mas cada vez melhor
Pois foi só você aparecer
Todas desceram pra ver você brilhar de cor
O que mais chamou minha atenção
Sua expressão sutil
Isso eu já não posso esquecer
Porque não foi só visão, o coração sentiu
A tenda da noite enche de sombra um sonhar vazio
Percorri tantas fontes, até ver você
Sair do nada pros meus horizontes
Que a manhã pura e sã
Com as mãos de jasmim
Vai roçar seu rosto
Pro amor ardente despertar por mim
Deus é pai, vai saber
Se acontecer serei seu até o fim
Em tempo de chuva que chova
Eu não largo da sua mão
Nem que caia um raio, eu saio
Sem você na imaginação
Kinshasa, beirute
maranhão
o negro que lute
pra poder sonhar
em mudar isso aqui
o poder tem tantas mãos
e só sabe mentir
quanto mais se diz
e mais o povo quer
eleição
ninguém esperava ver
a terra estremecer
com o apartheid
deus salve soweto
carêcia e calor
nos guetos
de cada canto do mundo
meu amor
com tantos assuntos
e eu a te adorar
absurdo seria
não pensar que é normal
se armar todo dia
para combater o mal
o povo votaria
e assim eu amarei
a serra, a mar é
o litoral
deus salve soweto
subtrai de governo
os que trairão,
esses não
já tem gente demais
a querer mandar
o povo quer florescer
e ganhar a vida.
Eu amei a sua cara
venha cá
é um prazer
ouvi-la falar
musical que nem um rio
que navio é
voce na praia
que visìo
é um abismo pro coração
sim, pelo que vejoa
voce é a mais bonita
filha da manhã
suave beijo
em lábios de maçã
queria saber
o que toca você
queria chegar
e poder te alcançar
eu quero dizer
que eu queria você
oh luz do querer
minha vida é voce
eu vou buscar
o céu, o mar
o que de mais
bonito há
pra te presentear
o céu, o mar
o que de mais
bonito há.
Hoje quando eu fui
te ver, meu bem
lembrando as coisas
mais banais
parei lá no lugar
voce já não tava mais
rio de janeiro secou
ou não?
Quem sabe eu esqueci
voce noutro lugar
sei lá, guarapari
tudo que era azul
ficou down
que mal não ter voce ali
ninguém
me viu
chorar
mas tá doendo
quem mandou me seduzir
se voce for
me leve daqui
pra onde vá
eu agora sou seu par
quando sair
me leve com voce
então não vá.
Subi ladeira
nas carreiras
te amei
desfiladeiro abaixo
encalacrei
no lodo, na lama
na areia movediça
da carêcia humana
o chão brilhava
a casa ria
clareava o dia
e eu nos teus braços
e viajei
fui bater na espanha
com o cheiro
que voce tem
me embriaguei
destruí casablanca
e me revoltei
contra nicarágua
após me atolar
lá no irã
teu beijo é nova york
o que quer dizer maçã
como é bom te querer
acordei, tava frio
dei a volta
e voltei pro rio
dei meia volta
e voltei pro rio
Quanto dá de ti
pra meu viver, florir
entre ares de verìo
não demore a vir
matar a minha sede
de cair na tua rede
pra saber
o tesão
que voce é
voce é um triz
que vai me fazer feliz
voce tem o sol na mão
ilumina aqui
ou eu sinto medo
tua chama é meu segredo
só eu sei
o tesão
que passei
quem te ve
e não quer
é louco
ou azarou, azarou
e não se deu bem
quem te imaginou
oh, oh, oh,
se chamava amor
oh, oh, oh
e o que vou fazer
nasci pra te querer
és o meu amor
Voce me faz sofrer
e diz que chorar
não faz mal a ninguém
eu quero ver meu bem
quando ôce vai
querer crescer
não vê que além de ti
não existirá
no mundo mais ninguém
também se mais houver
é loucura
refaça e diga
que quer me namorar
criatura do céu
e a gente faz amor
quando tiver
que acontecer
se eu te desejo
logo posso esperar
que um dia vou ver
a fera ronronar
com doçura
aí quem sabe
a gente emenda
aí quem sabe a gente vê depois da explosão
do vem-meu-bem
dou-não-dou
se apaixonar
o tempo passa o amor aumenta
e tudo passa
a ser demais
e a sensão
de conviver
com a dor
cai...
É natural
um vendaval
que passa aqui
mais doidice ali
ou uma seca que arrasou
pior é não te ver agora
aflora vícios
claras manhãs
ou tanto mais
que eu possa ter
nada quer dizer
se o teu beijo não é meu
cio chegando
calor explodindo
temores rondando o ar
e eu pensando em ti
me apaixonei
talvez, pode ser
enlouqueci
não sei, nunca vi
preciso sair
depois que eu descobri
que há você
nunca mais existi...
Quem vê cara
não vê que horas são
já vem passando a mão
não sou dessas
que voce tá pensando
voce quer me parecer
um lobão
faça favor
de não me olhar
como quem quer devorar
desista de vez
de me conquistar
o dono do meu coração
é puro e alemão
cismou de passar
o carnaval no rio
e desde que lhe conheço
vadio
voce é o último
em quem pensarei
água que não beberei
quem é você?
Eu não sei
vá procurar a sua laia
Living has given me a lot to do
i want love
i want to give you something
that you don't have
everything in the world is too little
for all that you deserve
i looked aroundéthere's nothing
when the sky calls
the moon appears
to light the way
when i'm away from you
daylight doesn't appear
it crashes in instead of gently alighting
solitude
shimmering transparency of a bride
and her bouquet
you walk by, so lovely
you see nothing
in your hurry to reach the sun
how are you able to create that look
on your face
i'ts not blue, but it's the sea
it shines so much that i shine too
look at me
and i will go take my rest
in the shadow of victory
taking pleasure in that glory
in peace
Quem me dirá, não o que desejo nem o que sei, mas aquilo de que preciso
sem botar nem tira uma sílaba? quem saberá contar o enredo
sem alterar o tom, o teor e o desfecho sem errar nem mudar uma vírgula?
toda amizade tem seus deslizes da empolgação à desilusão
é o afã que a gente tem sabendo onde vai dar num cenário idealizado.
bem que o desejo fala mais claro diz logo a que vem sem enrolação
mas se alguém insiste em ficar boiando na dor ora, faça-me o favor!
Eu já nem sei quem sou tão dedicado a ti um cobertor pro frio
queria ser teu "om" viver grudado, sim sempre ali, sempre ali
não sou nada indelével sou instável como a cidade
mas carrego pau e pedra só para ver-te mais à vontade
sem o mar a cobrir-te de sombras ou cores
livre pra amores desses que vêm e vão
sob o bronze da noite onde o mais são estrelas
todas ali para vê-la como fazer com os homens
ah! você que nasceu com o leito pro rio
que desafio querer-te acompanhar!...
Agora vamos ter os girassóis
do fim do ano
e o calor vem desumano
tudo irá se expandir
crescer com as águas
quiçá, amores nos corações
e um santeiro,
milagreiro
prevê a dor
de terceiros
e diz que a vida
é feita de ilusão
e um santeiro,
milagreiro
prevê a dor
de terceiros
e diz que a vida
é feita de ilusão
aquela que um dia o fez sonhar
se foi com o outro
no dia em que os dois
se casariam por amor
ele aluou
hoje o seu pesar
cintila nos varais
usou as sete vidas
e não foi feliz jamais
toda a imensidão
passou pela vida
e foi cair na solidão
mais um santo para esculpir é o que lhe vale
pra evitar que o rancor suas ervas se espalhe
Acho bom tu relaxar
aqui, mal começou
quer valer como isso vai
madrugada romper?
vê como isso tá show
olha aquela lá, que blusão
parece a mesma que tu pegou
e beijou na boca
muito arriscado
a lá o negão!...
cada uma mais demais
e neguinho mandando ver
ouvido aqui ouve de tudo
menos sobre amor de mãe
aqui tá bom pra mentir
lugar assim ninguém nem tá aí
aqui eu posso ser quem sou
ou ser ator...
tá ficando um arrocho danado
tô quase maluco
é demais o cheiro que a gente tem
e com tantos dedos
a coisa melhora bem
qual domador
o dj Dom Pepe põe na coleira
dark, metal, charm, punk, funk,
rasta, ploc, clubber
lugar comum
onde todos querem amar sem sofrer
e essa mulher, pura chave de cadeia
o que quer, o que faz
na minha teia?
se ferrou!
estou sonhando...
Quase à noitinha ela desce
a ladeirinha que faz lado
com o meu quintal
os seus passos ágeis, livres
trazem o amor ideal
feito de laço, posse, viço
vertical na dor
e um sol todo tempo a brilhar
pelos rios, matas virgens
desse seu corpo
que eu desejo amar
o dia é vago
quando eu não a flagro a sorrir
para mim
posso ver imagens no nada
duendes no edredon
e é só dormir para ouvir em qualquer lugar
sirenes no ar
ressaltando você
o dia nasce e você,
já envolta num véu,
traz a luz
flores se esgarçam num bailado
em busca de atenção
mais nada existe
enquanto a vejo passar
o que é seu andar?
que ventura
esse chão!...
tudo mais é puro alvoroço
que a imagem de um colosso
provoca dia a dia...
Eu vou cantar pra você
do que é feito o novo amor:
de um outro amar, que é ceder
pela unidade de todos nós
reinventar, reviver,
ressignificar o amor,
que esse que está
já não dá, caducou
essa já não é mais a época
de se ligar na própria dor!
e guerrear, sempre em nome do amor
pois o que ele quer
é crescer o mais que der
até a infinitude
do olhar, do ouvir,
nas mãos em algum jardim,
da gente da terra enfim
crescer,buscar, até chegar a Deus
pra amar essa terra e os seus
A farinha é feita
de uma planta da família
das euforbiáceas
de nome manihot utlíssima
que um tio meu
apelidou de macaxeira
e foi ai que todo mundo
achou melhor!...
a farinha tá
no sangue do nordestino
eu já sei desde menino
o que ela pode dar
e tem da grossa, tem da fina
se não tem da quebradinha
vou na vizinha pegar
pra fazer pirão ou mingau
farinha com feijão
é animal!
o cabra que não tem
eira nem beira
lá no fundo do quintal
tem um pé de macaxeira
a macaxeira é popular
é macaxeira pr`ali, macaxeira pra cá
e em tudo que é farinhada
a macaxeira tá
você não sabe
o que é farinha boa
farinha é a que a mãe
me manda lá de Alagoas!
Que será que existe
além desse olhar,
quanto há de segredo?
e entre Mozart e Liszt
por quem optará,
encara as alturas
ou a placidez?
e em caso de amor
virá tateando,
ou irá por onde eu for?
matinal ou vampira,
afeita ao pecado?
seja agulhada ou zen,
sou mais você e mais ninguém
para me tirar desse caos onde estou,
doido para amar, louco de amor!
quando quero ficar feliz
começo a pensar
em você me lambendo
me vejo atuar
em seu filme,
e bem enquadrado,
posso conferir sua perfeição:
que mal
pro meu coração...
brilho da noite
causa perdida
meu horizonte
tudo na vida
Fruta-de-conde,
Sua casca é um romance
Muito boinha você,
Viu? Laranjinha doce
Dulcíssima...
Pitomba jura
Amargura no caroço
Goiaba quase de vez
Mamoeiro dá um leite:
Que fel
Pitanga do céu
Amor de maçã
Debaixo do frio
Por dentro do mato,
Fruto do ato
Ligado do ato
Ligado à resina de cajá
Manga-espada inchada
Eu sou do mato
Brinquei com maturi,
Vou ficando por aqui
Nas costas da madrugada
Por dentro do mato
Fruto do ato
Ligado à resina de cajá
Manga-espada inchada
Eu sou do mato
Brinquei com maturi
Vou ficando por aqui
Meu bem me abraça
E a lua quer me dizer
Te amo.
Quero esquecer
é como nódoa e não sai
nem pra fugir,
sair já não me distrai
como extinguir
as sombras de uma paixão
retidas no mais segreto vão
tanto a dizer
mas tais palavras não saem
donas de si
pra não me verem ruir
me traem
eu me perdi
e eu não sei como explicar
o que foi que eu fiz
além de amar?
ou é desamor ou é intriga
seja o que for
já nos desune
se é por amar que a gente briga
bem pode ser ciúme
mas tudo é pouco
pra tanto sofrer sem razão
pra convecer meu coração
Você sabe fazer tudo o que faz nada existe em você que eu não goste demais
quando você diz me apaixonei por você, "meu"
faz a cara feliz de quem sabe o que é seu
eu nunca vi nada assim "ô loco"!!!
e o que faz o amor pra se proteger, dá um "zignal" na dor é vetado sofrer
discordar, discutir nada é mais saudável, não, não, não
um olhar neném de ser logo fecha a questão
eu nunca vi nada assim "ô loco"
ar, só com você, mar, com você qualquer fundura dá
tudo é tão meu quando você vem se chegando,
chegando de um modo só seu
Kremlin, Berlim
Só pra te ver
E poder rir
Luzes, jasmim
Meu coração, vaso quebrado
Ilusão, fugir
Da fronteira de topázio e lã
Vou até rubi
Sedução
Poder sonhar
Estupidez
Você arrasa
E me arrasou
Só pra anoitecer
O que é escuro
Ninguém me beijou
Mais puro
Tô lembrando de você
Uma vez...
Kremlin, Berlim
Pra não dizer Telaviv
Ilusão
Fugir de mim.
Desses olhos
Tenho medo
Quer dizer tudo
Tudo é segredo
Vejo em sua cor
Que tudo será triste
Se um dia eu deixar de te ver
O teu beijo
Eu invento
Na sala escura
Do sentimento
Quando bate a dor
Eu sei que o amor existe
E onde vive que eu chamo e não vem
Sofrer, cantar
Socorrer, fugir da paixão
Pra que?
Mesmo onde há certeza de dores
Que flores dão
Que nem de algodão
Vago em teu calor
Sou, sou tão leve
Se o amor é breve
Deixa nascer
Pra ver...
Se você quer me namorar
Enfrento mar,
Correria e trânsito
No sufoco grito rá
Um saravá
E se não der
Viro satã
Dou a mão à política
Cética
Crítica
Ou pratico o ramadã
Mas se você disser que não
Não largo mão
Desse jeito lânguido
Fico chato pra comer
A rua vem me ver
Não quero
Vou deixar a saudade lamber
O que ia ser mel
E sal virou
Meu bem
Sem você pra que o mar
Mesmo as estrelas
Hão de brilhar
Tão cheias de dúvidas
Na luz dos olhos meus
O que era pra bater
Bateu
Coração não dorme
E é quase de manhã.
Quero saber
Amor
Se me quer em seu coração
Eu prefiro morrer
Acabou
Só não quero levar um não
Quero saber
Amor
Se me quer em seu coração
Eu prefiro morrer
Acabou
Só não quero que a tristeza
Afaste você de mim
Nem desejo que o seu lindo olhar
E o que lembrar você
Me abandone
Se o céu incandescer de uma vez
Luz escorrer
Tudo virar verão
Me espere aqui
Que eu vou ali
Pegar Halley pra ti
Volto pra ver
Você correr
Pra me dizer
Que sim
É Alagoas
Quem dera nas suas águas
Me banhar
Muito mais
Mas deixa isso
Pra longe.
Vou lhe contar
Nem dá pra crer
Nada tem mais poder
Que um desejo engolindo tudo
Caminhando pro fundo
E ali no final
Crescer
Quero correr
Me libertar, defender
Mas cadê o chão
Que a paixão não vê
Veio no ar
E pá! No breu
Sem avisar desceu
Num deserto e fez o futuro
Desabrochar do escuro
E à luz do dia
Rompeu
Veio trazer a ressurreição de um ser
Que ao morrer de amor
Vive como eu
Vale acrescentar
Que mesmo quem tudo sabe
Em torno de lei
Não pode mudar
Amor é isso
É sacrifício a valer
Porém,
Milagres como ele
Nem Deus fará jamais
Meu amor, meu viver
É ver o sol a seus pés
E a terra uma pedra sem cor
Se lapidando...
Eu juro
Te querer enquanto o ouro
Do turno da tarde
Cair no beiral
Foi como eu disse a você
Sem lhe ter falado
Meu lado
Luz acesa de pescador
Bom de mar
Quer me ver sonhar
Traz a tua vida
Mais pra perto de mim
Tarde cai
E na descida se acabou de ver
O sol do lavrador
Brilhara,
Gritara na sua luz
Fez sinal
Que um dia desse
Deus dará em dobro
E finalmente se escondeu
A noite vem que vem
E eu ali
Mas não tava à toa
Tava contente
Tava com meu bem
Num canto da mente
Eu vou lá na Malásia te ver
Se você pra Ásia for
Eu nem contaria de um até três
Pensei, já fui
Já que eu posso sem asas voar
Sempre que tu me beijas
Não é histeria
Querer estar
Onde tu estejas
Impossível é não sucumbir
Tudo se faz por amor
Princesa se humilha
Vida se anula
Flores se dão
Eu vou seguir
Nas noites de medo e dramas
Vou cavalgar
O monstro sagrado do amor
Insaciável sempre a correr em chamas
Cruzar o espaço,
A procurar minha estrela, estrela
Saiu com a noite e me deixou
Quer me deixar
Não sei porque
Deixa eu pensar
Pra sei lá ver
O que fazer
Pra você ficar...
Sem seu amor
A vida passa em vão
Se você for
O que é de vidro quebra
No meu coração
Seu olhar é lindo
Ver você sorrindo
É demais
Por favor não faz.
Me dizer adeus
Vai me botar a perder
Tenha calma
Não se vá meu pop star,
Tenha fé
Te prometo vir a ser
Do jeito que você quer
Um amor de mulher
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doloridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao noter que tu sorris
Todo mundo ira supor
Que és feliz
Smile
A terra se quebrando toda
A fome que humilha a todos
Vida se alimenta de dor,
Que pobre povo sem socorro!...
Porque será que Deus pôs ali
O ser pra ser assim
Sofredor?
Sob a brasa do sol padecer
Do desdém do poder
Fingido.
Sem saber o que é ser feliz
Viver, como se diz:
Dá medo
Apesar de se ter céu azul
O mesmo lá do sul,
Mesmo Deus.
Que foi my love?
Quando você fica assim
Eu não sei,
Se a love story que nos envolveu
Ainda bate uma bola
Ou o gato comeu.
Me olha e diz se ainda está a fim
Vai logo, e taca um beijo em mim (claro!...)
Que foi my love?
Quando dei por mim
O clima já estava estabelecido
Acabou de passar batom vermelho
E pelo espelho
Me lançou um olhar sofrido.
Quer conversar, faz mais sentido
Quem sofre de véspera é peru.
Lembra-se da primeira vez,
Eu viajei nos rosas do seu corpo nú
Depois a gente se refez
E jamais você me pareceu tão bem
Estavas tão bem...
Que foi my love?
Nada pode justificar medos e dúvidas
Te quero agora como jamais
Poderei querer mais ninguém (eu acho né?...)
Mas, se não for exatamente isso
Relaxa e aproveita o que tem!
Eu sonhei viver
Com você assim
Tudo até o fim
E no frio te proteger
E te ver dormir
E ali ficar
Vivendo pra você
Melhor viver
De Deus usar a mão
Te puxar pra lugar seguro
Sempre que precisar
Estar aqui pra te atender
Te ouvir, te aconselhar, discutir
Te livrar do escuro
De um mundo real
Mas, não deu
Que mau...
Eu sonhei viver
Com você assim
Dedicado a mim
De tudo me proteger
Pra me ver feliz a te agradar
Contando estórias pra te ver sorrir
Distrair, pensar no bem
E ver a luz da vida se acender
No amor dos braços teus
Mas, não deu...
Tudo pra subir, tudo pra vencer
Tudo pra que eu possa
Ser seu na vida
Encontrar uma saída
Me envolver
Quando decidir, faça-me um sinal
E eu estarei apto
Pra ser seu e pronto
Faça de mim seu quintal,
Seu lazer
Entre beijos divinais
Uma mordida aqui, outra ali
Cresce nos matagais
O meu querer por ti
Perfumada flor-de-lã
Sua aragem me apraz e seduz
Cabelos, quantos pêlos
Tantos ui, uis...
Monumento colossal, deusa com véu
A tal, a que diz
Como e porquê
Merece ser a mais feliz
Eva, irmã de neon
Filha de barcelona e gaudi
Tu tens asas pra voar
Mas, eu te esperarei aqui
Pra mostrar o que é bom
E te contar como eu sou
Te ensinar coisas da vida
Ser seu guia ou o que for
Sair pra dançar contigo
Ser seu amigo, seu amor...
Te mostrar o que é bom
E te contar como eu sou
Te ensinar coisas da vida
Ser seu guia ou o que for
Sair pra dançar contigo
Ser seu amigo, seu amor...
Dia inteiro de olho nas nuvens
Em qual delas
Eu vou te ter um dia?
Passageiro de todas as nuvens
Eu navego com você a me guiar
Quero ver quem vai ser
Será eu ou você
Quem será,
Que decide a barreira romper?
Nosso olhar quer falar
Mas, o medo é demais pra agir
Deixa o amor resolver por nós
Deixa o sol sair.
Tudo é tão claro em mim
Sei que é amor
E será fundo como o mar
Vai acender uma lanterna no escuro
O que vai ser o mundo,
Com o que temos
E nos falta receber?
Vai ser você e eu enfim naquela nuvem
E o que o amor vai poder ajudar,
Quando a noite chegar?
Mesmo que chova...
O que eu tento explicar
É que sem você não há lugar
Você me marcou, não vou dizer
Que fazer, vou sair? Nem pensar
Recolher, desligar,
Vou dormir mais cedo.
Eu só sei o que sou
Se viver pra te amar
Body and soul, meu amor
Bocejar
Dia claro, vida a verdejar
Luz por entre os cachos amarelos do ipê
Deu pra ver
Você me tocou sem perceber
Você nem me olha
E eu não posso te esquecer
Creio em ti
Se for ilusão, que deus me guie
O que não fazer pra se merecer tal mulher
Cerração
Noite na janela meu querer
Porque te venero, sempre espero por você
Por sobre a cordilheira, o arco-íris
Meu corpo treme ao pensar no seu, frenesi
Te quero,
Mesmo pra te dar sem ter retorno
Te quero assaz
Te quero assim
Te quero pra mim
Escada pro pecado, caso de amor
Teus lábios tão sonhados
Vão me ter sempre aqui
À espera de um olhar que faz
Dia romper
O céu cair
Noite fechar
E faz o meu ar desaparecer.
O luar que eu vi no lago azul
Daria pra você
O luar que eu vi no lago azul
Num instante se escondeu
Trama em segredo teus planos
Parte sem dizer adeus
Nem lembra dos meus desenganos
Fere quem tudo perdeu
Ah, coração leviano
Não sabe o que fez do meu.
Este pobre navegante
Meu coração amante
Enfrentou a tempestade
No mar da paixão e da loucura
Fruto da minha aventura
Em busca da felicidade
Ah, coração teu engano
Foi esperar por um bem
De um coração leviano
Que nunca será de ninguém.
Pai e mãe
Ouro de mina
Coração
Desejo e sina
Tudo mais
Pura rotina
Jazz...
Tocarei seu nome
Pra poder
Falar de amor
Minha princesa
Art nouveau
Da natureza
Tudo mais
Pura beleza
Jazz...
A luz de um grande prazer
É irremediável néon
Quando o grito do prazer
Açoitar o ar
Reveillon...
O luar
Estrela do mar
O sol e o dom
Quiçá um dia
A fúria
Desse front
Virá
Lapidar o sonho
Até gerar o som
Como querer
Caetanear
O que há de bom
Ai....
Quanto querer
Cabe em meu coração
Ai....
Me faz sofrer
Faz que me mata
E se não mata fere
Vai....
Sem me dizer
Na casa da paixão
Sai....
Quando bem quer
Traz uma praga
E me afaga a pele
Crescei, luar
Prá iluminar as trevas
Fundas da paixão
Eu quis lutar
Contra o poder do amor
Caí nos pés do vencedor
Para ser o serviçal
De um samurai
Mas eu tou tão feliz!
Dizem que o amor
Atrai...
Nossa velha amizade
nasceu
de uma luz que acendeu
aos olhos de abril
com cuidado e espanto
eu te olhei
no entanto você sorriu
concedendo-me a graça
De ver
talhado em você
a nobreza de frente
o amor se desnudando
no meio de tanta gente
um doce descascado
pra mim
Eu guardo pro fim
pra comer demorado
uma grande amizade
é assim
dois homens apaixonados
e sentir a alegria
de ver
a mão do prazer
acenando pra gente
o amor crescendo
enfim
como capim pros meus dentes.
O seu amor
Reluz
Que nem riqueza
Asa do meu destino
Clareza do tino
P étala
De estrela caindo
Bem devagar
Ó meu amor
Viver
É todo sacrifício
Feito em seu nome
Quanto mais desejo
Um beijo seu
Muito mais eu vejo
Gosto em viver, viver...
Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim
Vento cantou na mata
trovão roncou
filho de juca
que raio matou
mãe disse que eu
botasse olho em você
então
passa pra dentro menino
vai chover...
No burro a canga
na menina a tanga
o verde do mar é um
verde num toque quase azul
do infinito ao zoom...
Marelou...
Candomblé oxum
zamburar pra tirar egum
o que não se ve
tá aí
como tudo o que há
minha fé riu-se de mim
pelo quanto triste
eu falei de dor
como se no fundo
da dor
nìo vivesse a paixão
Mal-me-quer...
A vida segue seu lamento
um tanto flor
um leito de rio
no cio
um cheiro de amor
é amor
quando não diz
é fogo por um triz
um trem entrou
no meu òeuó
E divagou feliz...
E na dor
eu passo um giz
arco-irisando a solidão
na lição
que o sol me traduz:
viver da própria luz
O mar
vazou de uma paixão
atravessou meus olhos
encheu a minha mão
caiu no chão
em doces gotas de amor
evaporou na noite
nublou o céu de strelas
e derramou manhã
se o amor
sabe de tudo fazer
pode ter
um jeito de acasalar
o canto do mar
com minha voz de cantor
e fazer
do meu canto
um brado tão fundo
que só um grande amor atinge
pra amolecer o mundo
e seu coração de esfinge
Capim do vale
vara de goiabeira
na beira do rio
paro para me benzer
mìe dõagua sai um pouquinho
desse seu leito-ninho
que eu tenho um carinho
para lhe fazer
pinheiros do paraná
que bom tê-los
como areia no mar
mangas do pará
pitangueiras da borborema
a ema gemeu
no tronco do juremá
cacique perdeu
mas lutou que eu vi
jari não é deus mas acham que sim
que fim levou o amor?
Plantei um pé de fuló deu capim
Folha de saião
uma colcha de brim
longe um cantador
versejou pra mim
fumega lampião
na parede
o sonho secou
na nesga do amor
há sede
dias como bois
passam e nem me veem
ah meu cantador
versejar pra que?
Hoje eu tô tìo assim
sem saber,
prazer nenhum...
Sem meu amor
não tomo banho de rio
nem sou feliz tão cedo...
Abra o seu coração
Que eu quero passar
Andar de trem...
Flores beijando o chão
Pedras a sonhar
Tudo em transe de amor
As carícias virão
Soltas pelo ar
Vindas do além
E no seu coração
Ou qualquer lugar
Tudo brilhará também
Ali onde o ar beira a luz
Todo encanto vai navegar
No decorrer de uma paixão
Tempestade nasce no vento
Cresce e se faz mulher
Pra me levar
Na ilusão
Abra o seu coração
Que eu quero passar
Andar de trem...
Flexas de solidão
Cantam pra saudar
Noites de luar
Em vão.
Obi
Obi, Obá
Que nem zen, czar
Shalon
Jerusalém, z'oiseau
Na relva rala
Meu arerê
Tombara
Ali, Alá
Logo além
Nem lá
Logum
Pra cá ninguém faraó
No ver da gente
O samba é pedra mór
África
Benfica
E fica melhor
Amanheceu de um sorriso
Vida como é preciso
Sonhando
Sentindo
Cantando
Infindo
Ouvindo
Falando
Falo de mim
Pra você
Alô, olá
Se não for pra já
So long
Ouricuri madurou
No ver da gente
O samba é pedra mór
África
Benfica
E fica melhor.
Com mão de um desejo
Selvagem
Roubarei a seda
Que o beijo guardou
Só pra dar uma riqueza
Pro meu amor
Vivo por que te vejo
Miragem
Num lampejo de abelha
Fazendo o mel
Vou fazer no céu
Do teu carinho
Uma lã pro cio
Na certeza
De quem faz o vinho
Teu calor
Alucina
E a pleno rigor
Domina
Feito uma coisa
Que mata de prazer
Deixa ver
Se eu não morrer
Te quero de novo
Ando por onde vejo
Miragem
Um beijo passou por mim.
Amanhã
Outro dia
Lua sai
Ventania abraça
Uma nuvem que passa no ar
Beija
Brinca
E deixa passar
E no ar
De outro dia
Meu olhar
Surgia nas pontas
De estrelas perdidas no mar
Pra chover de emoção
Trovejar...
Raio se libertou
Clareou
Muito mais
Se encantou
Pela cor lilás
Prata na luz do amor
Céu azul
Eu quero ver
O por do sol
Lindo como ele só
E gente pra ver
E viajar
No seu mar
De raio
Um amor
ou um gen
da mesma cor
cintila
em mim
o chão a tremer
conduz
a luz
meu amor
e quer me matar
de amor
que seja
assim
por obedecer
viver
por mim
E voar
onde o longe é pouco
cruzar os muros
do alƒm
e assim
pousar na terra
e amar
muito mais que poucos
pousar a vida
em duas mãos
e assim
cruzar a terra
Liberdade
vai na poesia
traz meu destino
que eu vou
sair
Mil anos luz
Um instante estelar
No prisma de toda luz
Seu olhar
Tem a coisa que o laser traz
E não diz
Bate e reduz
Quebra a viga do sentimento
Expõe à luz do tempo
Me atrai
E me distrai
E ainda faz um fogo em mim
Chama que eu vou
Chama que eu vou
Chama que eu vou
Desce do ar
Pela cisma que a noite cria
E vem criar o dia
Que eu não conto a ninguém
O que foi que eu vi
Traz no olhar
Um encanto de arco-íris
De tanto mar na íris
Me atrai
E me distrai
E ainda faz um fogo em mim
Toma que eu dou
Toma que eu dou
Toma que eu dou
Por você eu deixo o meu viver
Pra me encantar por ti
Só voce pra me fazer sofrer
E me deixar feliz.
Tô perdido por alguém
Não consigo ver nada além
Do que eu digo nada sei
Compreender o amor
Não é de hoje
Já vai longe
E nem sinal
Hoje
Estou longe
Preso a você
Livre na prisão
Sem castigo
Faz chorar
Distraído rói devagar
É pedindo que Deus dá
Por falar no amor
Acho que vou buscar
Viver por você
Ou me acabar
Quem mandou me acorrentar
Fazer-me refém
Nas grades do amor
Te vejo lá no luar
Te espero lá do sol
Só eu sei
As esquinas
Por que passei
Só eu sei
Só eu sei
Sabe lá
O que é não ter
E ter que ter pra dar
Sabe lá
Sabe lá
E quem será
Nos arredores do amor
Que vai saber reparar
Que o dia nasceu?
Só eu sei
Os desertos
Que atravessei
Só eu sei
Só eu sei
Sabe lá
O que é morrer de sede
Em frente ao mar
Sabe lá
Sabe lá
E quem será
Na correnteza do amor
Que vai saber se guiar?
A nave em breve
Ao vento vaga
De leve e traz
Toda paz
Que um dia
O desejo levou
Só eu sei
As esquinas
Por que passei
Só eu sei
Só eu sei
Esse menino!
Encantaram o meu amor
ela foi encantada
pelo canto da lira
e nunca mais voltou
o canto da lira
deliraria
qualquer donzela
da cidade ou do interior
do meu brasil
encanta
A mãe da noite
o pai do dia
encanta o cantor
eu desconfio
que nìo tem jeito
essa ave tem um canto
tão perfeito
que encantou
até o mal feito
e o malfeitor
por que fizeste sultão de mim, alegre menina?
palácio real lhe dei, um trono de pedraria
sapato bordado a ouro, esmeraldas e rubis
ametista para os dedos, vestidos de diamantes
escravas para servi-la, um lugar no meu dossel
e a chamem de rainha, e a chamem de rainha
por que fizeste sultão de mim, alegre menina?
só desejava campina, colher as flores do mato
só desejava um espelho de vidro pra se mirar
só desejava do sol calor para bem viver
só desejava o luar de prata pra repousar
só desejava o amor dos homens pra bem amar
só desejava o amor dos homens pra bem amar
no baile real levei-a, tu, alegre menina
vestida de realeza, com princesas conversou
com doutores praticou, dançou a dança faceira
bebeu o vinho mais caro, mordeu fruta estrangeira
entrou nos braços do rei, rainha mas verdadeira
entrou nos braços do rei, rainha mas verdadeira
Se o Senhor me for louvado
Eu vou voltar pro meu Serrado
Por ali ficou
Quem temperou o meu amor
E semeou em mim essa incrível
Saudade
Se é por vontade de Deus,
Valei...
Valei!
Se pedir a Deus pelo meu prazer
Não for pecado
Vou rezar pra quando eu voltar
Rever todas as brincadeiras do passado
Cortejar meu Serrado
E em dia feriado,
Viva o cordão azul encarnado!
Eu sei, serei feliz de novo
Meu povo, deixa eu chorar com você
Serei feliz de novo,
Meu povo, deixa eu chorar com você
Nereci...
Quando o mar levou
Teria sido traição
Será que
Na maré de hoje
Ela virá
Rainha do mar
Além de
Todos além
Além do mar
Além do além mar
Nereci alguém
Do azul está
O descampado se via
E eu de esperar
Tava morta
Com jeito de agonia
Eu me encostava na porta
A disfarçar a barriga
Dos risos da fantasia
Fingindo ter
Nos meus olhos
Um sol que nunca podia
Via passar procissões
E os velhos nos caramanchões
ê, ê
Via passar esses dias
Como se fossem dobrados
Ardia em mim
Esse filho
Como se fosse pecado
Filho do pecado
Me apareceu
Tal rainha
Qual estrela
Pelo chão
No decote a "sianinha"
E, a fileira de botão
Elogiei seu vestido
Pra dizer que era nobre
Feito um rei oferecido
Eu estou as suas ordens
As ordens foram servidas
Com muito amor e paixão
De mil juras prometidas
Surgiu um lindo varão
Na festa de "Deus Menino"
Após dois anos de corte
Levou o menino à lida
Quase me levou à morte
O que sobrou de nós dois
Não dá nem pra repartir
O pior veio depois
Quando pude conferir
Pelos traços desse filho
Dá pra ler a minha estória
Um sofrer que vem de longe
Acobertado de glória
Você chegou
Você me viu
Você falou
Você me iludiu
Me beijou
E agora amor?
Você dormiu, se retirou e eu fiquei
Você destruiu o que fez
E agora, amor?
Na minha opinião
Isso é dupla traição
Se você não sabe pedir perdão
Volta que eu quero morrer de alegria
Depois agradecer
Índio cara pálida,
Cara de índio
Índio cara pálida,
Cara de índio
Sua ação é válida
Meu caro índio
Sua ação é válida,
Valida o índio
Nessa terra tudo dá
Terra de índio
Nessa terra tudo dá
Não para o índio
Quando alguém puder plantar,
Quem sabe índio
Quando alguém puder plantar
Não é índio
Índio quer se nomear
Nome de índio
Índio quer se nomear,
Duvido índio
Isso pode demorar,
Coisa de índio
Índio sua pipoca,
Tá pouca índio
Índio quer pipoca
Te toca índio
Se o índio se tocar,
Touca de índio
Se o índio toca,
Não chove índio
Se quer abrir a boca
Pra sorrir índio
Se quer abrir a boca,
Na toca índio
A minha também tá pouca,
Cota de índio
Apesar da minha roupa,
Também sou índio
Havia mais que um desejo
A força do beijo
Por mais que vadia
Não sacia mais
Meus olhos lacrimejam seu corpo
Exposto à mentira do calor da ira
Do afã de um desejo que não contraíra
No amor, a tortura está por um triz
Mas a gente atura e até se mostra feliz
Quando se tem o álibi
De ter nascido ávido
E convivido inválido
Mesmo sem ter havido.
Um olhar uma luz
ou um par de pérolas
mesmo sendo azuis
sou teu e te devo
por essa riqueza
uma boca que eu sei
não porque me fala lindo
e sim, beija bem
tudo é viável
pra quem faz com prazer
sedução, frenesi
sinto você assim
sensual, árvore
espécie escolhida
pra ser a mão do ouro
o outono traduzir
viver o esplendor em si
tua pele um bourbon
me aquece como eu quero
sweet home
gostar é atual
além de ser
tão bom.
Anteontem minha gente,
fui juiz numa função
de violeiros no nordeste
cantando em competição
vi cantar dimas batista e otacílio seu irmão
ouvi um tal de ferreira
ouvi um tal de joão
um a quem faltava um braço
tocava com uma só mão
mas como ele mesmo disse
com veia de emoção
eu canto a desesperan‚a
vou na alma e dou um nó
quem me ouvir vai ter lembrança
de tomás de um braço só
outro por nome de euclides
pedia com voz mais rouca
maior atenção de eurides
mas dizem que ela era mouca
já o joca de carminha
não via a hora chegar
por onde anda nezinha que não vem me cantar?
Dia tá bem, outro não
gosta de mim , mas não vem
futuro na profissão
mesmo assim jurou que vinha
e me fez ficar contando
sem saber cadê nezinha
joca foi desanimando
friagem no lajedo
no ar do olhar um tormento
cantar os males mode apagar
um amor ardendo
dentre todos repentistas
zé jacinto é o mais menino
esse nem tava na lista
mas é neto de jovino
joão brana e pernambuco
arribaram sem cantar
um porque tava de luto,
o outro não quis explicar
cá no desvão do nordeste
a vida não vale o nome
é gente que nasce e cresce
pra dividir sede e fome
mal come‚ou zé de tonha
todos caíram vencidos
Cantando suas vergonhas
foi ele o mais aplaudido
friagem no lajedo
no ar do olhar um tormento
cantar os males mode apagar
um amor ardendo
Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz só que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...
Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não.
Luz das estrelas
laço do infinito
gosto tanto dela assim
rosa amarela
voz de todo grito
gosto tanto dela assim
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
vai além de onde eu vou
do que sou, minha dor
minha linha do equador
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
passa mais além do
céu de brasília
traço do arquiteto
gosto tanto dela assim
gosto de filha música de preto
gosto tanto dela assim
essa desmesura de paixão
é loucura do coração
minha foz do iguaçu
polo sul, meu azul
luz do sentimento nu
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
vai além de onde eu vou
do que sou, minha dor,
minha linha do equador
mas é doce morrer nesse mar
de lembrar e nunca esquecer
se eu tivesse mais alma pra dar
eu daria, isso para mim é viver
Meu ar de dominador
Dizia que eu ia ser seu dono
E nessa eu dancei!
Hoje no universo
Nada que brilha cega mais que seu nome
Fiquei mudo ao lhe conhecer
O que vi foi demais, vazou
Por toda selva do meu ser
Nada ficou intacto
Na fronteira de um oásis
Meu coração em paz, se abalou
É surpresa demais que trazes
'Inda bem que eu sou Flamengo
Mesmo quando ele não vai bem
Algo me diz em rubro-negro
Que o sofrimento leva além
Não existe amor sem medo
Boa noite!
Quem não tem pra quem se dar
O dia é igual à noite
Tempo parado no ar, há dias
Calor, insônia , oh! Noite
Quem ama vive a sonhar de dia
Voar é do homem
Vida foi feita pra estar em dia
Com a fome, com a fome, com a fome
Se vens lá das alturas com agruras ou paz
Oh, meu bem, serei seu guia na terra
Na guerra ou no sossego sua beleza é o cais
E eu sou o homem
Que pode lhe dar além de calor, fidelidade
Minha vida por inteiro eu lhe dou
Tarde tramando a noite
luz e trevas no ar
trocando beijos
atração de azougue
guiando a carruagem do desejo
pra resultar num luar, talvez
que eu espero tão claro
quanto o sonho de ter voce comigo
dia dos namorados
há de te receber em meu abrigo
ginseng , ópio, coisa de acender
não tem poder de me ligar
um beijo seu pode muito mais
faz a cena mudar acender
a cidade para o baile que é voce
minha amada, minha estrada meu viver
a saudade vem dos mares
densa como uma nuvem
decidida a cobrir toda a cidade
penso em ti me dá medo
não suporto um dedo de saudade
pra te esperar eu vejo tv
dizem que a nova era
trará algo de bom pro mundo inteiro
no jornal da tv
mais um homem recua por dinheiro
ginseng, ópio, coisa de acender
sonho, odisséia, magia, lógica, poesia
dor , édem , unidade, alegoria, toque , amplidão
semente, linguagem, alimento, futuro, aura,
espelho, via, eterno, átomo, matéria, nada,
arte, tudo somos,
na insanidade exata do amor
Aturei andar de bar em bar
na contramão
pra seguir a sua direção
vou na praia e todos são iguais
queimados ou não
sempre a procurar sem direção
aturdido sem sentido
não sei onde vou
toda hora é como agora
é viver só pra lhe esperar
eu queria tanto descansar
o meu coração
uma nova má notícia não
seja lindo amor bem vindo
e creça o quanto for
me apareça e faça o seu gol
pra eu respirar
e ter alívio
e nessa condição
vou poder me situar
em seu convívio
tìo colorido
quiçá no lado azul
preto, branco, qualquer cor
mas sempre vivo
Mera luz
Que invade a tarde cinzenta
E algumas folhas deitam sobre a estrada
O frio é o agasalho
Que esquenta
O coração gelado
Quando venta
Movendo a água abandonada
Restos de sonho
Sobre um novo dia
Amores nos vagões
Vagões nos trilhos
Parece que quem parte é a ferrovia
Que mesmo não te vendo te vigia
Como mãe, como mãe
Que dorme olhando os filhos
Com os olhos na estrada
E no mistério solitário da penugem
Vejo a vida correndo parada
Como se não existisse chegada
Na tarde distante
Ferrugem ou nada
Sou um pouco árabe
Vivo das paixões
Há gerações
Por Andaluzia
Já cansei de andar
Trago no meu canto
Glórias ancestrais
E posso morrer de amor
Gitano eu sou
O que eu tenho de índio
Vai compartilhar
Desilusões
Triste, na floresta
Em que nasceu pra amar
Meu Deus, que pecado
O que o homem faz
Ao desfazer de tudo
O que o índio é
Eu sou negro ainda,
Pra não contar com milagres
E na ousadia
Almejar a mais
Sei que a vida é dura
Mas ela é justa também
E é só: só quem faz, tem!
Já que nasceu, vai fundo e tudo bem
Você nasceu pra tudo o que é seu
Nem queira saber o quanto você tem
Você é, você quer, você pode
E se não se render
Chega lá
Naquele instante
Em que o dia cai
E o sol finge brilhar
Pra noite
Todos os pássaros
Buscam um canto pra sonhar
E todo desejo é maior, hum!...
Quer me torturar, hein?
O que mais eu quero
É saber se me quer ou não
O que desejar, tem
O mais sincero
Tudo em mim é você
Veja bem, hum!...
Naquele instante
Em que o dia cai
E o sol finge brilhar
Pra noite
Tudo é tão raro
Quanto é inviável
Ter que se achar na vida
Amando só.
Esse matagal sem fim
Essa estrada, esse rio seco
Essa dor que mora em mim
Não descansa e nem dorme cedo
O retrato da minha vida
É amar em segredo
Não quer saber de mim
E eu vivendo da tua vida
Deus no céu e você aqui
A esperança é quem me abriga
Esses campos não tardam em florir
Já se espera uma boa colheita
E tudo parece seguir
Fazendo a vida tão direita
Mas e você o que faz
Que não repara no chão
Por onde tem que passar
E pisa em meu coração?
O teu beijo em meu destino
Era tudo o que eu queria
Ser teu homem, teu menino
O ser amado de todo dia.
Preciso sair
Distrair um pouco
Ser içado ao mundo
Do fundo do poço
Reaparecer
Com a tarde ainda
Porque o que passou, passou
Nada é para toda a vida
Tudo o que eu vivi
É passado, escombros
Deixo os seus jardins
E afins para os pombos
Pronto para seguir
Ticket só de ida
Outro lugar, um outro amor
Uma outra cor na vida
Nunca mais outras noites
Vão me seguir de madrugada
Sua lembrança já não me faz nada
Sair pro sol
Ver a ponte se abrir
Sorrir de tudo
Desencanar
'Cê sabe ser fria
Tanto quanto a Suécia
E eu o Brasil das matas tropicais
Mares de verão, cascatas de foz
Luar do sertão
E levo a vida bem melhor
Seguindo meu coração.
Por você de tudo farei
Te quero demais
Você sabe
Tudo, tudo é atitude
Até o mar que é a vida do pescador
Esse mar eu te dou
Diga o que é que eu sou pra você
Se sou pouco ou nada
Não me diga nada
Magoar pra quê?
Até porque eu
Não saberei viver sem você
Longe de ti, dias sem céu
A refletir nos olhos meus
Casas sem cor, nenhum lugar
Que eu queira ir ou passar
Se você não está ali
Pra me abalar
Com sua doce visão
As mãos frias de amor
Aquecendo as minhas mãos
Dona da luz
Que invade o meu coração.
Meu amor
Eu nem sei te dizer quanta dor
Mesmo a noite não sabia
O que o amor escondia
Minha vida
Que fazer com minh'alma perdida?
Foi um raio de ilusão
Bem no meu coração
E veio com tudo
Dissabor e tudo
Veio com tudo
Dissabor e tudo
Eu sei,
Eu não sei viver sem ela
Assim, um simples talvez me desespera
Ninguém pode querer bem sem ralar
Não há nada o que fazer
Amar é tudo.
Não sei julgar o que há em ti
Sentir com precisão
Se é fogo ou água, já desisti
O meu coração que agüente
Não há nada mais louco
Mais sensível
Que você junto de mim
Com o seu amor indizível
Eu faço e aconteço
Pra estar com você
Eu te abraço, amor
Te desfaço em flor
Nesse abraço a gente
Se veste um ao outro
Pra virar um bicho solto
Desordenar por aí
'cê de quatro, amor
Beira art-déco
Uma imagem no altar da luxúria
Você com esse jeito seu
Me venceu
Ah, gosto de você em mim!
O lascivo chega a brilhar
De incandescer mais que o sol
Lá no limiar do prazer
Estrelas pulam de alegria
Se fantasiam, mudam de cor
Pra ver o amor nascer
Um é par de dois
Quer ver, verás
Irei a ti pra viver
Depois morrer de paz
Ou não...
Quem saberá?
Ficarei sabedor se você temperou no sal
Ou se salobro nós
Me atiro, cívico
Aos meus amigos de varar a noite
Trazás nó cego, dirás
E eu rirei, pecador
No que você corará mais
E de cor entregarás
A minha alma viva e depenada para o satanás
Que enfim, quiçá lhe trai indiferente a mim
Que não lhe significa nada mais do que um lobo atroz
Perdido numa esquina de Hanói
Perdido numa esquina de Hanói
Meu bem querer... é segredo, é sagrado, está sacramentado em meu coração...
meu bem querer tem um quê de pecado acariciado pela emoção...
meu bem querer, meu encanto... 'tou sofrendo tanto...
amor e o que é o sofrer... para mim que estou jurado pra morrer de amor...
meu bem querer é segredo, é sagrado, está sacramentado em meu coração...
meu bem querer tem um quê de pecado acariciado pela emoção...
meu bem querer, meu encanto... 'tou sofrendo tanto...
amor e o que é o sofrer... para mim que estou jurado para morrer de amor...
Não vá levar tudo tão a sério
Sentindo que dá, deixa correr
Se souber confiar no seu critério
Nada a temer
Não vá levar tudo tão na boa
Brigue para obter o melhor
Se errar por amor Deus abençoa
Seja você
No que sua crença vacilou
A flor da dúvida se abriu
Vou ler a carta que o Biel mandou
Pra você, lá do Brasil:
"Eles me disseram tanta asneira, disseram só besteira
Feito todo mundo diz.
Eles me disseram que a coleira e um prato de ração
Era tudo o que um cão sempre quis
Eles me trouxeram a ratoeira com um queijo de primeira
Que me, que me pegou pelo nariz
Me deram uma gaiola como casa, amarraram minhas asas
E disseram para eu ser feliz
Mas como eu posso ser feliz num poleiro?
Como eu posso ser feliz sem pular ?
Mas como eu posso ser feliz num viveiro,
Se ninguém pode ser feliz sem voar?
Ah, segurei o meu pranto para transformar em canto
E para meu espanto minha voz desfez os nós
Que me apertavam tanto
E já sem a corda no pescoço, sem a grade na janela
E sem o peso das algemas na mão
Eu encontrei a chave dessa cela
Devorei o meu problema e engoli a solução
Ah, se todo o mundo pudesse saber
Como é fácil viver fora dessa prisão
E descobrisse que a tristeza tem fim
E a felicidade pode ser simples como um aperto de mão
Entendeu?
É esse o vírus que eu sugiro que você contraia
Na procura pela cura da loucura,
Quem tiver cabeça dura vai morrer na praia."
O que há dentro do meu coração
Eu tenho guardado pra te dar
E todas as horas que o tempo
Tem pra me conceder
São tuas até morrer
E a tua estória, eu não sei
Mas me diga só o que for bom
Um amor tão puro que ainda nem sabe
A força que tem
É teu e de mais ninguém
Te adoro em tudo, tudo, tudo
Quero mais que tudo, tudo, tudo
Te amar sem limites
Viver uma grande estória
Aqui ou noutro lugar
Que pode ser feio ou bonito
Se nós estivermos juntos
Haverá um céu azul
Um amor puro
Não sabe a força que tem
Meu amor eu juro
Ser teu e de mais ninguém
Um amor puro
Ando tão perdido em meus pensamentos
Longe já se vão os meus dias de paz
Hoje com a lua clara brilhando
Vejo que o que sinto por ti é mais
Quando te vi
Aquilo era quase o amor
Você me acelerou, acelerou
Me deixou desigual
Chegou pra mim
Me deu um daqueles sinais
Depois desacelerou
E eu fiquei muito mais
Sempre esperarei por ti
Chegue quando
Sonho em teus braços
Dormir, descansar
Venha e a vida pra você será boa
Cedo, que é pra gente se amar a mais
Quando te vi...
Muito mais perdido
Quase um cara vencido
À mercê de amigo
Ou coisa que o valha
Você me enlouquece
Você bem que merece
'Inda me aparece
De minissaia
Sério, o que vou fazer, eu te amo
Nada do que é você em mim se desfaz
Mesmo sem saber o teu sobrenome
Creio que te amar é pra sempre e mais.
É saravá é sucuri
é saravá de prajati
eis o siri-de-coral
sururu na casca é capote
no nordeste tem Santo Antônio, São Benedito
tem matrimônio de corpo invicto
quatro pimentas um prato feito
uma tapa na benta pra quem não comer direito
é rapariga não se tortura
dor de barriga, cidreira cura
é na casinha que se faz
aquela mocinha tá ficando um rapaz
em São Paulo é bom, mas como lá eu não digo
vou pegar ônibus vou rever meu umbigo
em São Paulo é bom, mas como lá eu não digo
vou pegar ônibus vou rever meu umbigo
Um dia preciso ir
na casa da solidão
só pra saber
se o que sofri
dá pra beber
outra paixão
em mim o amor se fez
do jeito que se inventou
toda razão
perde o seu fim
se um coração
for o juiz
vá redimir o medo de amar
saudade...
Enquanto o amor ferir
e o pranto a dor sarar
não digo não
nem dou sim
deixo o meu coração
chorar por mim...
Cuidar do pé de milho
que demora na semente
meu pai disse: meu filho
noite fria, tempo quente
lambada de serpente
a traição me enfeitiçou
quem tem amor ausente
já viveu a minha dor
do chão da minha terra
um lamento de corrente.
Um grão de pé de guerra
prá colher dente por dente
lambada de serpente
a traição me enfeitiçou
quem tem amor ausente
já viveu a minha dor
Pão é ouro
prata é lei
dor é nailon bis
amor é vidro
eu e deus
crescer é como trair
de repente amanhecer
já na hora de partir pra vida
viver é mais que crescer
é querer achar o fim
da lei
da vida
do nada
de tudo
de si
pão é ouro
prata é lei
dor é nailon bis
amor é vidro
eu e deus
crescer é como trair
de repente amanhecer
já na hora de partir pra vida
viver é mais que crescer
é querer achar o fim
do saber
da lei
da vida
do nada
de tudo
Baixou
Num centro de mesa de um bar
Um santo estranho
Cheirou, fumou, não cuspiu,
Sei lá.....
E tocou piano
Falou que "era aquele um"
Das quebradas
O santo de cama
Das mal amadas
Alguém do centro perguntou o seu ponto
Aí o santo lhe respondeu:
Meu ponto é qualquer um
Com bicheiro e taxi
Zarakiê, Zaraquiê, Zoroquiê
Zaraquiê, Zoroquiê
Zô
Deve ser bem morna,
deve ser maternal,
sentar num colchão e sorrir e zangar,
tapear com a mão,
isso sim isso não,
deve ser bem louca
deve ser animal,
hálito de gim,
vai fingir,
vai gemer,
e dizer "aí de mim"
e de repente
deve ter um engenho,
um poder,
que é pro menino fraquejar,
alucinar,
derreter,
deve estar com pressa
e partir e deixar
cica de cajú no olhar do gurí
por ai deve ser.
Em ou nada
(repete tudo)
Arrasa o meu projeto de vida
Querida, estrela do meu caminho
Espinho cravado em minha garganta
Garganta
A santa às vezes troca meu nome
E some
E some nas altas madrugada
Coitada, trabalha de plantonista
Artista, é doida pela Portela
Ói ela
Ói ela, vestida de verde e rosa
A Rosa garante que é sempre minha
Quietinha, saiu pra comprar cigarro
Que sarro, trouxe umas coisas do Norte
Que sorte, voltou toda sorridente
Demente, inventa cada carícia
Egípcia, me encontra e me vira a cara
Odara, gravou meu nome na blusa
Abusa, me acusa
Revista os bolsos da calça
A falsa limpou a minha carteira
Maneira, pagou a nossa despesa
Beleza, na hora do bom me deixa, se queixa
A gueixa
Que coisa mais amorosa
A Rosa
Ah, Rosa, e o meu projeto de vida
Querida, estrela do meu caminho
Espinho cravado em minha garganta
Garganta
A santa às vezes me chama Alberto
Alberto
Decerto sonhou com alguma novela
Penélope, espera por mim bordando
Suando, ficou de cama com febre
Que febre
A lebre, como é que ela é tão fogosa
A Rosa...
Rede de malha jangada de vela içada no ar
Quem não se arrisca não joga a isca
Atividade no mar
Quantas voltas dá meu mundo
Sei lá
Pasto na relva madeira de selva coberta de flor
Seja silvestre preste ou não preste
Atrai de longe o amor
Quantas voltas dá meu mundo
Sei lá
Chega domingo ninguém na igreja não tem oração
Tudo que é santo vive de encanto
Acorde a fé irmão
Quantas voltas dá meu mundo
Sei lá
Noite de lua viola na rua pra vida esquecer
Canto aberto verso incerto
A noite o amanhecer
Quantas voltas dá meu mundo
Sei lá
Jeito brejeiro retrato inteiro da população
Vida sem rumo mas em resumo
Amor no coração
Quantas voltas dá meu mundo
Sei lá
Obrigado por tudo quanto
Você me fez por nada
Por nada se mata
E morre de amor
Não quero parecer com nada
No mundo porque
Apesar da entranha ferida
Donde eu saí pro nada
Do nada também se nasce
Uma flor com todo seu poder
De colocação e magia
Tudo isso é uma questão de saber
Saber viver
Tudo isso é uma questão de amar
Pra entender
Tudo isso é uma questão de querer
Reconhecer
Que quem sabe tudo
nada há de ser, nesse compasso
Há espaço pra quem quiser viver
Muito obrigado
Muito obrigado
Muito obrigado
Por tudo que eu tenho passado
Eu tenho uma namorada viva no interior
Maria da Mercedes
Linda como um beija-flor
Ontem eu recebi carta dela cheirando a fulô
Meu nego, estou intacta, pura, volte por favor
Lá pros quarenta
Lá pros quarenta eu vou
Lá pros quarenta
Lá pros quarenta eu vou
Eu quis escrever pro velho endereço
Sobre tudo que eu conheço da cidade grande
Como fui infame, esqueci seu sobrenome
Se é Pereira, Moreira, Ferreira
Só sei que acaba com "eira" como aquela bananeira
Se é Pereira, Ferreir
a Só sei que acaba com "eira" como aquela bananeira
Reserve o mito da magia
Só pra você
Das leis sobrenaturais
Do amor jamais
Existiu você
Existiu você
Existiu você
Reserve o mito da magia
Só para você
Na dor unilateral
Do anti-amor na qual
Evadiu você
Evadiu você
Valei me deus, e o fim do nosso amor
Perdoa por favor, eu sei que o erro acconteceu
Mas nao sei o que fez tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei
Eu so sei que amei, que amei, que amei, que amei
Sera talvez, que minha ilusao
Foi dar meu coracao com toda forca
Pra essa moca me fazer feliz
E o destino nao quis
Me ver como raiz de uma flor de lis
E foi assim que eu vi nosso amor na poeira poeira
Morto na beleza fria de maria
E o de jardim da vida ressecou, morreu
Embola a bola embora
Sem rebolar
Embola a bola embora
Sem rebolar
Passo nessa vida
Como passo na avenida
Entre nobres e caras-de-pau
Sufocados no mesmo ideal
Mas, à mercê
De um falso alento
Eu me deito
Esperando
Sorrindo ou xingando
O que jamais
Teceu-me consideração
dança que marcou
Eu não
Parapara
Eu vou mudar de profissão
Eu vou ser cantor
Eu vou pro Rio de Janeiro
(2X)
No Expresso Brasileiro
pelo mês de fevereiro
Já cansei de ser ferreiro
Seu doutor, oh seu doutor
O meu som alagoano
Conquistou americano
vivo vindo dos Estados Unidos
E pra saber meu paradeiro
Lá no Rio de Janeiro
Consultei meu padroeiro
Meu amigo
O meu amigo,
o meu amigo falou:
Vá com fé e Deus
E que Deus ajude
Que Deus te cuide
deus não ilude
Café com pão no vera cruz
Jejum limão em japeri
A bolsa e a vida dançam nesse trem
Te cuida
Sacola, cabaço, futuro, tutu
Tem boi na linha, seu honório gurgel
Lá vai barão pras filipetas
Comendador entrou no pau
Turiaçu sem gororoba
Fez desse trem cabriolé
Negão quebrou a gabiroba
O mar bateu, voce me pegou
Pra confirmar o sol desmaiou
A onda vai, meu coração carrega
Eh, eh cordovil
Cavalo de ferro, cavalo de ferro, cavalo de ferro
Udp-um, udp-dois, udp-três
Udp-mil e udputisgrila udfêdapê
Cascudo, pedrada, cuspida, pisada
Vai pra anchieta, seu vigario geral
Engavetou, descarrilhou, descarrilhei, quebrei também
Ai, santa cruz, não sou jesus
Não sou jesus em santa cruz
Somos zumbis, todos os santos
Meu vai-e-vem
Parece o vaivém do trem
Parece o vaivém do trem
Eu quero ver
Voce mandar na razao
Pra mim nao qualquer noticia que abala um coracao
Eu quero ver
Voce mandar na razao
Pra mim nao qualquer noticia que abala um coracao
Eu quero ver
Voce mandar na razao
Pra mim nao qualquer noticia que abala um coracao
Se toda hora hora de dar decisao eu falo agora
No fundo eu julgo o mundo fato consumado e vou-me embora
Nao quero mais de mais a mais me aprofundar nessa histria
Arreio os meus anseios perco o reio e vivo de memria
Eu quero viver em paz
Por favor me beija a boca
Que louca, que louca
Eu quero viver em paz
Por favor me beija a boca
Teus sinais me confundem da cabeca aos pes
Mas por dentro eu te devoro
Teu olhar nao me diz exato quem tu es
Mesmo assim eu te devoro
Te devoraria a qualquer preco
Porque te ignoro, te conheco
Quando chove ou quando faz frio
Noutro plano
Te devoraria tal Caetano a Leonardo di Caprio
Um milagre tudo que Deus criou pensando em voce
Fez a Via Lactea, fez os dinossauros
Sem pensar em nada fez a minha vida e te deu
Sem contar os dias que me faz morrer
Sem saber de ti, jogado na solidao
Mas se quer saber se eu quero outra vida, no, no
Eu quero mesmo viver
(Djavan, 1981)
O amor um grande lao
Um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em crculo
Pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada
Com a fuga de uma ilha
Tanto engorda quanto mata
Feito desgosto de filha (de filha)
O amor como um raio
Galopando em desafios
Abre fendas, cobre vales
Revolta as guas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro
Se perder no caminho
Na pureza de um limo
Ou na solido do espinho
O amor e a agonia
Cerraram fogo no espao
Brigando horas a fio
O cio vence o cansao
E o corao de quem ama
Fica faltando um pedao
Que nem a lua minguando
Que nem o meu nos seus braos
Andr Velloso - Rio de Janeiro, Brazil
(Tom Jobim/Liuz Bonfá)
A correnteza do rio
Vai levando aquela flor
O meu bem já está dormindo
Zombando do meu amor
Na barranceira do rio
O ingá se debruçou
E a fruta que era madura
A correnteza levou
A correnteza levou
A correnteza levou...
E choveu uma semana
E eu não vi o meu amor
O barro ficou marcado
Aonde a boiada passou
Depois da chuva passada
Céu azul se apresentou
Lá à beira da estrada
Vem vindo o meu amor
Vem vindo, Vem vindo, Vem vindo
A correnteza do rio
Vai levando aquela flor
E eu adormeci sorrindo
Sonhando com o nosso amor
Sonhando com o nosso amor
Sonhando...
(Gilberto Gil/Djavan)
Na hora em que o céu se abre
No mesmo instante um raio explode
Concomitante um olho vê
E a pedra do corisco pode
Pode se tornar o que for
E tudo o quanto é testemunha
Pode até mesmo ser a dor
Cravada à carne pela unha
Telefax mandei
O mapa mundi do meu penar
Ande, mande logo um telex
Me confirmando quando será
Que a necessidade de amor
Lhe trará num raio
A necessidade de amor
Num dia de chuva
E na tempestade você
Fará com que eu saia
No exato momento de ver
(Djavan)
A vida j um absurdo,
Com voc longe, muito mais
A estrada ruim
Oh ! trnsito que no vai
Mas com a gente tudo ia em paz
voc que esquenta sem saber
Voc no me v como eu sou
Quando vou te ver
Dias sem calor
Que far, o que me dir ?
Fui pra cama cedo
Temendo o mistrio
Que desassossego
Me diz o que quer
E eu dou
E no dou
Esperando nada
Dou...
Silncio da noite,
A noite brilhando
Meu bem eu te adoro
Eu sigo pensando:
Vou !
Ou no vou ?
Eu preciso dela,
Vou.
Enfrentar o caos
Conceder, reconstruir
Retirar o sal
Vamos ver, se ela sorrir
Sorrirei tambm
E farei, seja o que for
Pra voltar atrs
(Nelson Motta/Arturo Castro)
Quem sabe assim
Você vai aprender que amar
Não é brincar de amor
E sofrer
Faz parte do querer
Mais uma vez
Você só quis amar a você
E agora compreende porquê
Amar é perigoso demais
A vida ensina
Que não se aprende a viver
Senão vivendo
Entre o não e o sim
Agora chora
E a quem querias
Não te ama e foi embora
Seca tuas lágrimas
E olha pra mim
Me diz o que é que posso dizer
Se é noite em nossa vida real
(Nelson Motta/Djavan)
Voc bem sabe
Que eu no sei te dizer
Tudo o que sinto por voc
Voc bem sabe
Que we always lie
But we can neve say goodbye
Voc nem sabe
Me dizer o que sentir
No corao
Mente sem ter razo
No vou fugir
Mas no vou ficar
Sempre loving you
S porque we were so happy
Voc no quer dizer no quer
Mas tambm no diz
Se feliz
E tem um novo amor
Vai ou no vai
Que eu vou ou no vou
Seja como for
Com voc, sem voc
Com voc, sem voc
As vezes parece um tambor
Mas nao tambor nem nada
o coracao
Que fica entre a paz e o terror
Quando vejo a sua cara entre as caras da multidao
Logo fico cansado
Como se tivesse estado a correr
Num segundo ja me sinto sem uma gota de sangue
Mal consigo respirar, sobreviver
S deus sabe o saldo
Creditado ao amor que lhe dou
Se terei sono tranquilo ou vida sobresaltada
Nao sei nada, nao sei nada
Olha pro sol, vencer o mar
Admitir, brigar com o par
Isso nada
Nao ter voce
Cair em si
Morrer de amor nao o fim
Mas me acaba
As vezes parece um tambor
Mas nao tambor nem nada
o coracao
Que fica entre a paz e terror
Quando vejo sua cara entre as cara da multidao
Logo fico cansado
Como se estivesse estado a correr
Num segundo me sinto sem uma gota de sangue
Mal consigo respirar, sobreviver
Olha pro sol, vencer o mar
Admitir, brigar com o par
Isso nada
Nao ter voce
Cair em si
Morrer de amor nao o fim
You appear on the horizon, far away
My desire to be there with you
Stirs the wind and fills the sails.
In the bay I drop the anchor down, swim ashore
On the beach the coconut palms,
Jasmine, frangipane and you...
Your silent eyes convince me
I'm marooned
We're safe inside this azure blue lagoon
I want to know you, bird of paradise
I want to show you, all the love that I feel
I need to touch you, bird of paradise
I need your touch to make this fantasy real
On sea o storm is raging, far away
And the ships - like so many toys -
Fear the wind and fight the waves
In your amrs it's a forgotten dream,
Nothing more
Here the sky is perfectly clear
Evening star, the moonlight and you
Your silent eyes convince me
I'm marooned
We're safe inside this azure blue lagoon
I want to know you, bird of paradise
I want to show you, all the love that I feel
I need to touch you, bird of paradise
I need your touch to make this fantasy real
I want to know you, bird of paradise
I want to show you, all the love that I feel
Just you and me, a mango tree
The bare necessities of love
My bird of paradise, I realize
That you were sent here from above
You're my bird
Of paradise
Don't' run away cause I can't stand it
Don't run away cause I can't stand it
Don't you pretend that I'm strong
Don't try to hurt me cause I can't stand it
Don't try to hurt me cause I can't stand it
Don't make me feel that I'm weak
Hey, you know
The worst thing you can do
Is to get me bored
Stay here tonight or I won't sleep then
Stay here tonight or I won't sleep then
Be cool to me or I'll cry
Don't dare to touch me or I won't sleep then
Don't dare to touch me or I won't sleep then
Treat me no good or I'll die
Hey, you know
The worst thing you can do
Is to ignore
Babe, I have given all my soul to you
Tell me, is the hapiness I felt untrue?
Babe, I have given all my soul to you
How can I tell my heart
Like this "it's through"?
I don't wanna throw upon you
All my wrath
So, please, be fair
Otherwise, whatever you do
Eu no sei se vem de Deus
Do cu ficar azul
Ou vir dos olhos teus
Essa cor que azuleja o dia
Se acaso anoitecer
Do cu perder o azul
Entre o mar e o entardecer
Alga marinha vai na maresia
Buscar ali um cheiro de Azul
Essa cor no sai de mim
Bate, finca p, a sangue de rei
At o sol nascer amarelinho
Queimando mansinho
Cedinho, cedinho, cedinho
Corre vai dizer pro meu benzinho
(Djavan)
Pode quebrar
Sofrer, cair, descer
Contorcer de dor
Não vou mais
Me prender a você
Fazer o mesmo show
Vou bater
Na porta da vida
Receber e pagar
Sem ter que me entregar
A ninguém
Seu muito pra mim
É pouco
Eu quero a paz
De viver solto
Vai dizer que sou outro
Sou não
Eu me cansei
De ser seu avião
Não vou voar não
Dessa vez...
Nem me conformar com pouco
(Djavan)
Solido
De manh
Poeira tomando assento
Rajada de vento
Som de assombrao
Corao
Sangrando toda palavra s
A paixo
Puro af
Mstico cl de sereira
Castelo de areia
Ira de tubaro
Iluso
O sol brilha por si
Guardi
Zum de besouro
Um im
Brancaa tez da manh
Fernando de Paula Junior
Estrela minha
Luz do dia, abacate e mel
Cheiro de haxi
Tarde de frio
Beija-flor, flores na varanda se transam
Sombra de luz
Ui de amor frugal, casa azul
Babalaô, Olorum, Alá, Dalai-Lama
Vigiai governador
Porque o povo, virgem Maria!
Sai da janela se quer sonhar
Vem pra cama
Deus lhe fez
Pra me querer amor
Quase 2000
Salvaria a arara azul
O circo é Orfei
Vai lua, é dia
Deixa vir os raios do sol
Tens a noite
Longe de mim
Sevilha incensa o ar andaluz
Babalaô, Olorum, Alá, Dalai-Lama
Vigiai governador
Porque o povo, virgem Maria!
Sai da janela se quer sonhar
Vem pra cama
Vem pra cá pra você ver
O que é bom pra você
Montes au ginkgo
Plein de rameaux
Viens d'ici soupçonner des oiseaux
Qui ne volent pas
Viens tu voler
Je voyage partout
Mais mollo
Soit l'image de tout
Le point ou
Se va bouger
Sortes du ginkgo
Plein de rameaux
Il y a prés d'ici un caraco
Si tu le mets, mis-en-scène
Soit le reine de tous
Comme la mousse
Qui j'ai rien fait-
Bien fait...
Gens et ginko
Pleins de rameaux
C'est Jolie
As estrelas brilham sem saber
Mas cada vez melhor
Pois foi só você aparecer
Todas desceram pra ver você brilhar de cor
O que mais chamou minha atenção
Sua expressão sutil
Isso eu já não posso esquecer
Porque não foi só visão, o coração sentiu
A tenda da noite enche de sombra um sonhar vazio
Percorri tantas fontes, até ver você
Sair do nada pros meus horizontes
Que a manhã pura e sã
Com as mãos de jasmim
Vai roçar seu rosto
Pro amor ardente despertar por mim
Deus é pai, vai saber
Se acontecer serei seu até o fim
Em tempo de chuva que chova
Eu não largo da sua mão
Nem que caia um raio, eu saio
(by Djavan & Cacaso)
Cuida do pé de milho
Que demora na semente
Meu pai disse "Meu filho
Noite fria, tempo quente"
No chão da minha terra
Num lamento de corrente
Um grão de pé de guerra
Pra colher dente por dente
Lambada de serpente
A traição me enfeitiçou
Quem tem amor ausente
Já viveu a minha dor
Lambada de serpente
A traição me enfeitiçou
Quem tem amor ausente
Já viveu a minha dor
No chão da minha terra
Num lamento de corrente
Um grão de pé de guerra
Pra colher dente por dente
Lambada de serpente
A traição me enfeitiçou
Quem tem amor ausente
Chegou, sorriu, venceu depois chorou
Então fui eu quem consolou sua tristeza
Na certeza de que o amor tem dessas fases más
E é bom para fazer as pazes, mas
Depois fui eu quem dela precisou
E ela então me socorreu
E o nosso amor mostrou que veio prá ficar
Mais uma vez por toda a vida
Bom é mesmo amar em paz
(Djavan)
Meu olhar se mirando em teu olhar
Se eu pegar na mão, te beijarei
Te beijarei
Não consigo mais de vontade de ficar
O que há entre eu e você
É raro
É na falta de ar do teu olhar
Que o sufoco crescerá eu sei,
Ora se sei!
Não encontro mais nada pra me segurar
Tudo poderá acontecer
É claro !
Tempestade de negras e louras,
Morenas mouras
Todas elas a me voduzar
Desnudas bailam nas ruas
E se vão nas luas
Do reflexo que sai da luz do teu olhar
Eu te desejo e quero
Porque deus quer
Quem não quer é você
(Djavan)
Faca de ponta, peixeira
Pau na moleira, espingarda
Cano comprido estampido no ar
Clarão da espada afiada
A morte um dia há de chegar
Fogo cuspiu, labareda
Flora no mato, vereda
Prata boiando nas águas do luar
Clarão da espada afiada
A morte um dia há de chegar
Eu me criei no molhado
Areia e pedras do lado
(Djavan)
Existem coisas que o amor diz
Com aquela coisa a mais
De quem feliz
Jias caras produzidas no corao
Tiaras sem fim
Guardo essas luzes pra e servir
tanta coisa que o amor faz
Vem como um rio, em sua calma voraz
Timidez mas, sabe voar
Pra fugir da sombra do no - querer
Ademais, quem que quer sofrer ?
Voc, o sonho
Meus ps, o cho
Mesmo que bravo
O mar vir na cano
Mstica rosa, ave rubra
Meu deus do cu da boca rubi
Beijo esperado me leve a ti
um sacrifcio dizer um no
Em seu ofcio de obedecer paixo
Seja como for, sempre se faz por prazer
Tudo o que o amor diz
(Djavan)
O vu luminoso do sol na bruma
Cobre a serra molhada
Por um buraco na nvoa,
Vara a espada de luz
Libertando a terra ao toc-la
A chuva parou,
O dia renasce para o passeio,
Para o amor, para o trabalho
A princpio o cheiro a primeira coisa a lembrar
O cho enxugando, aquecendo
As poas diminuindo
O povo, os animais, o vai-e-vem
dia de colher, dia de pescar
Preparar o peixe
Cheiro de limo me encanta
Como se sente o fruto do limoeiro?
A virgindade verde se abre em gotas
Para encenar o sabor
No teatro da boca,
Onde o spero se fere
Ao ranger dos dentes
E o sangue gua, muita gua,
(Djavan)
Eu pensei
Que fosse coisa
Para um dia só
Ficar de mal de mim
Reagi
Sou seu amigo
E digo, como vai ?
Você fica séria
E nem sinal
Brigou comigo
E a solidão servirá
De lugar pra nós dois
Se é amor
Que tal agir e não radicalizar ?
Sejamos mais lisos
Pega esse meu ombro
Rega, se adormecer
Eu sei que o sono passou a perna
Nessa distância férrea
Que marcou...
Meu amor, dormir contigo
É escutar Gal e Tom
O que rolar é bom
Passear, rever amigos
Conduzir boas novas
Visitar a Grécia
Luz das estrelas
laço do infinito
gosto tanto dela assim
rosa amarela
voz de todo grito
gosto tanto dela assim
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
vai além de onde eu vou
do que sou, minha dor
minha linha do equador
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
passa mais além do
céu de brasília
traço do arquiteto
gosto tanto dela assim
gosto de filha música de preto
gosto tanto dela assim
essa desmesura de paixão
é loucura do coração
minha foz do iguaçu
polo sul, meu azul
luz do sentimento nu
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
vai além de onde eu vou
do que sou, minha dor,
minha linha do equador
mas é doce morrer nesse mar
de lembrar e nunca esquecer
se eu tivesse mais alma pra dar
(Djavan)
Mil vezes te amo
Meu bem
Passo a vida
A procurar você
Não vejo graça em mais ninguém
Saí do Leblon
Lá pelas cinco da manhã
Sem ter ver
Como vou ficar sem você ?
Nêgo fala
Que é melhor abrir
Não paro de pensar em ti
Chego a delirar
Louco pra te dar um alô
Leio algo
Mas você não passa
Pego uma uva
Apago a luz
Me sinto nu
Vou dormir
Sem ter vontade, tarde
Porque você não apareceu
Dedo de Deus
Medo do pai
(Djavan)
Assim
Que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão
Dava pra ver o tempo ruir
Cadê você, que solidão
Esquecera de mim
Enfim
De tudo que há na terra
Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar
Longe de ti tudo parou
Ninguém sabe o que eu sofri
Amar é um deserto
E seus temores
Vida que vai na sela
Dessas dores
Não sabe voltar
Me dá teu calor
Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você deságua em mim
E eu oceano
E esqueço que amar
É quase uma dor
Só sei
Viver
Se for
Sabes mentir
Hoje sei que tu sabes fingir
Um falso amor
Abrigaste em meu coração
Sempre a iludir
Tu falavas com tanto ardor
Dessa paixão
Que dizia sentir
Mas tudo agora acabou
Para mim terminou a ilusão
Hoje esse amor já findou
E afinal para que amar
Sempre a iludir
Uma falsa emoção
Mas tudo agora acabou
Para mim terminou a ilusão
Hoje esse amor já findou
E afinal para que amar
Sempre a iludir
Tu beijavas com afeição
Sempre a fingir
Cantar
É mover o dom
Do fundo de uma paixão
Seduzir
As pedras, catedrais, coração
Amar
É perder o tom
Nas comas da ilusão
Revelar todo sentido
Vou andar, vou voar
Pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar
Encheria o que eu tenho
La noche no quiere venir
Yo quiero estar cerca de ti
Y poder robarte un beso
Y si no sabes quién es
Y poco a poco dejaré
Que me vayas descubriendo
Yo quiero estar cerca de ti
Cuando rompa el amanecer
O cuando se esté oscureciendo
Gritos de amor se oian
Una rosa seré para ti
En mis sueños respondias
Nunca te olvides de mi
Tu amor me ha robado el alma
Tu amor me ha robado el sueño
Ya mi me dejó sin nada
De la ilusión me mantengo
Soy cautivo de tus besos
Que a mi me queman por dentro
Mi ilusion y mi alegria
Oh, it's often used many words to say a simple thing
(How did you do this one, son?)
It takes thought and time to make opponents see!
Damn!
I rode the perfect...
I gotta be the highest nigger in the fucking world
No matter ... the highest being in the universe
I hit the ball and now I'm...
Should I pop some Cush outside the dreams,
or place some. with martians?
I just take out the scale and I weight my options
I'm not opened up to...
And have that pussy. intergalactic trapping
Niggers they call me Russia, or the way I...
And if your tolerance is low, low, come and get high
.and you'll be dead like Gregory...
.rip it like a fucking bong
And it's another hit, me it's on a...
And it's another hit, me is on a...
He always...
Smoking weed with my brother, I call that shit our family tree
Chorus:
Fly me to the moon
And let me play among the stars
Pray at the... take me down to the space
Stare at the window as we maneuver through the galaxies
Passing by comets says we pass the...
And all my niggers with me got weed,
so we're still... looking for the police
Full speed, play it cool!
Man, I connect...
He's in exploring a voyage or two
And he suggested... that I wait till I make it to the moon
And I'll be there soon, probably at the...
.yeah, that bitch an old school, too
Sound so smooth with the...
And damn all the fans, and bitches love me, I'm the man on the moon,
But nigger, I can't cut it!
I'm so universal, they thought I signed with Universal
But I'm just... form different universes.
Lay back on my planet, .full of Pluto purple
...as I'm flipping behind of it like a wrestling move.
Chorus:
Fly me to the moon
And let me play among the stars
Let me see what spring is like on Jupiter and Mars!
On Jupiter
Mars
On Jupiter
Pai e mãe
Ouro de mina
Coração
Desejo e sina
Tudo mais
Pura rotina
Jazz...
Tocarei seu nome
Pra poder
Falar de amor
Minha princesa
Art nouveau
Da natureza
Tudo mais
Pura beleza
Jazz...
A luz de um grande prazer
É irremediável néon
Quando o grito do prazer
Açoitar o ar
Reveillon...
O luar
Estrela do mar
O sol e o dom
Quiçá um dia
A fúria
Desse front
Virá
Lapidar o sonho
Até gerar o som
Como querer
Caetanear
(Djavan)
A vida já é um absurdo,
Com você longe, muito mais
A estrada é ruim
Oh ! trânsito que não vai
Mas com a gente tudo ia em paz
É você que esquenta sem saber
Você não me vê como eu sou
Quando vou te ver
Dias sem calor
Que fará, o que me dirá ?
Fui pra cama cedo
Temendo o mistério
Que desassossego
Me diz o que quer
E eu dou
E não dou
Esperando nada
Dou...
Silêncio da noite,
A noite brilhando
Meu bem eu te adoro
Eu sigo pensando:
Vou !
Ou não vou ?
Eu preciso dela,
Vou.
Enfrentar o caos
Conceder, reconstruir
Retirar o sal
Vamos ver, se ela sorrir
Sorrirei também
E farei, seja o que for
Pra voltar atrás
A terra se quebrando toda
a fome que humilha a todos
vida se alimenta de dor
que pobre povo sem socorro!...
Porque ser que Deus ps ali
o ser pr ser assim
sofredor?
Sob a brasa do sol padecer
do desdm do poder
fingido.
Sem saber o que ser feliz
viver, como se diz:
d medo
apesar de se ter cu azul
o mesmo l do sul,
(Djavan)
Quem não tomou banho de bacia
Não é sabedor
Que a água bem quente logo esfria
Não vá-se embora não
Você vive igual às andorinhas
Se mudando
Vê lá se não quer pousar na minha
Para parar de fugir, parar de fugir
Para que fugir tanto...
Você me domina desde o dia
Que o bumba passou
Com graça pegou tudo o que tinha
E deu para o boi lamber
Vestida de flores, pedraria
Visual umbanda
Esfregou nas fuças da vizinha
Todo esse seu jeito de ser
Passei na novena da igrejinha
Pedi pro meu amor
Depois carne seca com farinha
Na casa de Zé Nestor
Um dedo de prosa
E Zé me pôs a par que Júlia nasceu
Coitada da mãe é tão novinha
E dizem que o pai ali sou eu
Que graça sem graça, credo !
Tem graça, disfarça e sai pra lá
Entrei pela porta da folia
E vi um corredor
Que leva à torre da alegria
Onde vive seu amor
De lá com asas de andorinha
Sai voando, sai voando
Vê lá se não quer pousar na minha
Para parar de fugir, parar de fugir
Para de fugir tanto...
Vejo o quero-quero cantarolar
Ali por nós dois
E toda janela se abrirá
Pensando em você
E a saudade pinta o céu de encarnado
Com a água da lavagem do vermelho
E o dia desperta mal-encarado
Em ver toda ajuda desperdiçada
Não vá-se embora não
Que fique em nome da lei
Pra sempre onde eu te alcance
Se você sai voando
Que graça sem graça, credo !
Um dia frio
Um bom lugar para ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você
E tudo me divide
Longe da felicidade
E todas as suas luzes
Te desejo como ao ar
És manhã na natureza das flores
Mesmo por toda a riqueza
Dos Sheiks Árabes
Não te esquecerei um dia,
Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você.
E tudo nascerá mais belo,
O verde faz do azul com o amarelo
O elo com todas as cores
(Djavan)
Pelo vento frio que começou a bater
Pela paz interior do gado
Descuidado caiu do céu um pingo,
Vai chover
Sou um bicho perdido
Um der acuado num canto do abrigo
Um lobisomem...
Adorada distante noite escura
Onde Deus se flagra imaginando:
Oh ! que dor me dá de ver a terra se ferrar
Tá no índio, no grego,
Na pele do mundo
A mancha envenenada do ciúme
Assisto tudo sem ver,
Sem interesse maior
Vivo longe de casa
E nunca pensei em voltar
Assisto tudo sem crer.
Nada me toca
Dia triste, quantos ais
Onde estais ó meu amor ?
Com quem mais posso
Pensar no esplendor
Dia triste, dor a mais
Esplendor que se desfaz
Noutros ais
(Djavan)
Tantos anos devotados, renunciao
Nada tocaria seu corao
Se revelou desgarrado e plano
Como vidro frio e sem cor
Ao declarar tolo o meu querer
Achei que a vida fosse
Sob medida com voc
Um bem da natureza mas, no
E na iluso de que me querias, como eu
Quanto amor se perdeu meu deus !
Novos planos, vida nova,
Alma de ateu
Preso na parede o meu corao seu
Pra onde vou,
O que farei,
De quem eu sou,