- published: 26 May 2011
- views: 1172704
Sampa may refer to:
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Portuguese pronunciation: [kaeˈtɐ̃nu emanuˈɛw viˈɐ̃nɐ ˈtɛlis veˈlozu]; born August 7, 1942), better known as Caetano Veloso, is a Brazilian composer, singer, guitarist, writer, and political activist. Veloso first became known for his participation in the Brazilian musical movement Tropicalismo, which encompassed theatre, poetry and music in the 1960s, at the beginning of the Brazilian military dictatorship. He has remained a constant creative influence and best-selling performing artist and composer ever since.
Veloso was born in the city of Santo Amaro da Purificação, in Bahia, a state in the northeastern area of Brazil, but moved to Salvador, the state capital, as a college student in the mid-1960s. Soon after the move, Veloso won a music contest and was signed to his first label. He became one of the founders of Tropicalismo with a group of several other musicians and artists—including his sister Maria Bethânia—in the same period. However the Brazilian government at the time viewed Veloso's music and political action as threatening, and he was arrested, along with fellow musician Gilberto Gil, in 1969. The two eventually were exiled from Brazil, and went to London, where they lived for two years. After he moved back to his home country, in 1972, Veloso once again began recording and performing, becoming popular outside of Brazil in the 1980s and 1990s.
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São
João É que quando eu cheguei por aqui
Eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida
São João
Quando eu te encarei frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mal gosto
O que vi de mal gosto, mau gosto
É que narciso acha feio o que não é espelho
E a mente apavora que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes
Quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E que vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Por que é o avesso do avesso
Do avesso do avesso.
Do povo oprimido nas filas
Nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue
E destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe
Apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas
De campos, espaços
Tuas oficinas de florestas
Teus deuses da chuva Pan Américas
de Áfricas Utópicas
Do mundo do samba
Mais possível novo Kilombo de Zumbi
Que os novos baianos passeiam
Na tua garoa Que novos baianos te podem curtir