Página inicialCriatividade e inovação como processos solidários : viver o território e produzir a cidade de outra forma?

Criatividade e inovação como processos solidários : viver o território e produzir a cidade de outra forma?

Créativité et innovation comme processus solidaires : vivre le territoire et faire la ville autrement ?

Creativity and innovation as community processes: living the territory and making the city differently?

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Publicado Segunda, 15 de Julho de 2013 por Luigia Parlati

Resumo

O princípio dos encontros "Attillio" é, a cada proposta, associar quando possível, pelo menos um palestrante brasileiro e um palestrante francês. As comunicações devem privilegiar uma abordagem franco-brasileira comparativa ou permitir a perspectiva de temas que seriam específicos de um país em relação a fenômenos comparáveis identificados no outro. As reuniões devem ser uma oportunidade para reforçar e valorizar a comparação e a troca de experiências, melhores práticas, métodos de trabalho, etc., graças à uma discussão frutífera entre os palestrantes.

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Criatividade e inovação como processos solidários : viver o território e produzir a cidade de outra forma? Colóquio franco-brasileiro sobre as questões de planejamento e urbanismo organizado pelo laboratório TVES, Territoire, Ville, Environnement & Société e o Instituto de Planejamento e Urbanismo de Lille (I.A.U.L.) Universidade de Lille 1 com o apoio do Instituto de Urbanismo de Paris (I.U.P.) Université Paris Est Créteil (UPEC), e o Laboratoire LABURBA, E.A. 3482

Terça-feira 23 à Sexta-feira 27 de setembro de 2014 (data sujeita à mudança)

As datas precisas serão confirmadas posteriormente entre fim de setembro e começo de outubro de 2013

Objeto científico do colóquio

O princípio dos encontros "Attilio" é, a cada proposta, associar quando possível, pelo menos um palestrante brasileiro e um palestrante francês. As comunicações devem privilegiar uma abordagem franco-brasileira comparativa ou permitir a perspectiva de temas que seriam específicos de um país em relação a fenômenos comparáveis identificados no outro. As reuniões devem ser uma oportunidade para reforçar e valorizar a comparação e a troca de experiências, melhores práticas, métodos de trabalho, etc., graças à uma discussão frutífera entre os palestrantes.

Para a edição de 2014, propõe-se como uma orientação geral, o tema da criatividade e da inovação como alavancas solidárias para viver no território e fazer a cidade de outra forma. De fato, dados os muitos desafios no nosso planeta, agora bem identificados, que vão de questões relacionadas às mudanças climáticas aos de uma economia globalizada, com tendências contrastantes, especialmente entre a Europa e os países em rápido desenvolvimento (BRIC) ; a cidade, e o território são confrontados à alterações rápidas e siginificativas que nos fazem questionar suas mudanças, os mecanismos de resiliência, novas formas de ação e o papel dos atores, públicos e privados, que levam em conta as transformações atuais. Mais do que nunca, a criatividade e a inovação estão no cerne do pensamento urbano e territorial.

Esses problemas se encontram hoje no centro de todas as discussões relacionadas com a economia do conhecimento, que nos últimos anos tornou-se uma parte essencial das políticas públicas para o desenvolvimento regional e da produção urbana . A universidade, por exemplo, aparece não só como uma ferramenta de formação, mas também, através de sua função de pesquisa, como alavanca para transformar a cidade (plano campus na França), com a criação de novos distritos (como no exmplo do projeto GIANT em Grenoble) para melhorar os sistemas urbanos cognitivos[1], superando o antigo modelo tecnopolitano. É, portanto, o momento da produção da cidade (estes bairros possuem uma realidade física), que interessa ao urbanista, mas também gera uma nova sociabilidade em torno do conhecimento (sociedade do conhecimento), que solicita o sociólogo, à serviço do desenvolvimento territorial, que desafia o economista e geógrafo territorial.

Os territórios aparecem como espaços para a posse de novas formas de desenvolvimento, onde os sistemas sociais dos atores e parceiros visam projetos que envolvem iniciativas de mercado e não-mercado. Tais processos não são lineares. Eles conhecem quebras, desafios, vulnerabilidades que também geram conflitos tanto quanto os territórios que emanam dinâmicas. Pela diversidade criativa e inovadora das atividades e projetos, o território pode surgir não como o início de um novo modelo de desenvolvimento, mas, pelo menos, na escala possível, uma micro-regulação no contexto do mesosistemas globalizados.

Iniciado dentro de uma rede de pesquisa de planejamento e urbanismo, mas aberto as disciplinas vizinhas - que também foi o caso em São Paulo em 2012 – o colóquio , obviamente, quer dar um lugar especial para as inovações na produção urbana, sejam elas arquitetônicas ou urbanas, ou inovação em processos e formas de fazer as coisas. Por exemplo, comparações entre a evolução do mecanismo das ZACs na França e os mecanismos de comercialização dos direitos de construir, separados da propriedade da terra e como ele é implementado em alguns projetos no Rio, permitem uma reflexão sobre novas maneiras de fazer a cidade em cada um dos dois países. Da mesma forma, a questão da sustentabilidade da cidade, um novo paradigma de planejamento urbano, é levado em conta da mesma forma na França e no Brasil? Além disso, a prática de planejamento, de projeto e governança local pode ser afetada por inovações, como a mobilização da sociedade civil e participação cidadã.

Em assuntos relacionados com questões do desenvolvimento sustentável, a questão do transporte e da mobilidade é de primordial importância, sejam as questões de planejamento do transporte, das redes de organização, dos serviços oferecidos, da relação entre os poderes públicos e prestadores de serviços ; esta área tem experimentado há vários anos novas abordagens que às vezes levaram à inovação.

A questão da inovação nas cidades e nos territórios também pode ser tratada através do tema da intervenção da inovação social em áreas frágeis (subúrbios ou bairros em renovação na França, Favelas no Brasil). Novas práticas, iniciadas ou por instituições ou por associações, que nos permitem identificar novos modos públicos e privados de ação para o desenvolvimento social.

Dentro deste espírito, a mobilização dos sistemas sociais, muitas vezes levantam a questão da apropriação das iniciativas pela população local, mas também de protesto ou de resistência à projetos que parecem impostos ou inapropriados, em particular à partir de mesosistemas. Um dos desafios destas múltiplas vias envolvidas nos territórios não é senão a capacidade de combinar, ou não, interesses que não são necessariamente convergentes para tecer um compromisso inovador, abordando o bem-estar ou o ser no território, a justiça social e ambiental adequada à escala local, explorando iniciativas e alternativas ; esta efervescência criativa parece ir além do paradigma do desenvolvimento sustentável para tratar de uma questão vital: como o ator individual pode controlar o seu futuro e promover a capacidade de micro-empresas para impulsionar iniciativas regionalizadas e atingir seu objetivo no atual contexto da globalização?

Criatividade e inovação podem ser expressas de muitas outras maneiras. Podemos citar, como pistas de reflexão, a forma como a criação cultural é mobilizada à serviço do desenvolvimento regional e da produção urbana, especialmente quando ele se concentra em locais específicos, icônicos, como o SESC Pompéia em São Paulo, ou, em menor extensão, de Saint Sauveur em Lille. Ou então a forma de abordagem da questão do desenvolvimento territorial por meio de iniciativas que mobilizem os aspectos patrimoniais, não só para a identificação do pitoresco, mas com o objetivo de mudar o olhar das pessoas para com o ambiente em que vivem, criando um orgulho coletivo, anteriores às atividades de desenvolvimento (classificação pela UNESCO das paisagens da região carbonífera do Nord-Pas-de-Calais, a classificação pela UNESCO da obra de Auguste Perret, em Le Havre), e considerarem a paisagem como um verdadeiro recurso de desenvolvimento (projeto Geopark Quadrilátero de ferro de Minas Gerais).

Temas

A questão da relação entre os conceitos de criatividade e inovação e as formas de desenvolvimento urbano e regional podem ser examinados nessas reuniões: quem são os atores, como se mobilizar e quais são as relações de poder em torno destas questões? Que argumentos são utilizados e quais são as questões emergentes na implementação da criação de uma política urbana e de inovação? Isso implica em uma transformação (ou mutação) de cidades e territórios baseados em mais democracia, mais justiça? O que liga a invenção, o técnico, o social, a política e as cidades? Quais as cidades e territórios que estão sendo pensados e projetados dessa forma?

A recente experiência brasileira mostra que podemos encontrar uma grande inovação construída através do conceito de democratização, como revelado na política cultural desenvolvida pelo Ministério da Cultura, sob a direção de Gilberto Gil e Juca Ferreira (2003-2010), o que não é necessariamente verdade para aqueles que utilizam os conceitos de economia criativa, por exemplo.

Todas estas questões podem ser abordadas em diferentes níveis: o do bairro e da cidade à escala local do ambiente de vida dos habitantes, a cidade e a metrópole e a escala funcional de seus sistemas urbanos, tal como são implantados hoje, e também as grandes áreas metropolitanas e regionais com policêntricos sistemas complexos e, finalmente, os grandes espaços que interagem com estas áreas urbanas, seja pela frequentação citadina que dá-lhes um valor de uso ou de exploração de seus recursos (mineração, silvicultura, paisagem ...) que é muitas vezes um risco em termos de desenvolvimento sustentável.

Esta lista de perguntas não é, obviamente, exaustiva. O fundamental é que as propostas possam contribuir para o debate sobre a forma como a inovação e a criatividade são mobilizados em ambos os lados do Atlântico, na França e no Brasil, para o desenvolvimento de territórios (desenvolvimento econômico, social, cultural ...) a contrução territorial, a produção urbana, o planejamento, a gestão urbana, o risco nos territórios, etc ... O que nos interessa aqui é privilegiar a análise da ação sobre a cidade e sobre os territórios através da inovação e da criatividade. 

Calendário

  • Primeira difusão informativa do colóquio : julho de 2013
  • Segunda difusão em setembro de 2013
  • Limite para o envio de resumos de propostas: fim de março de 2014
  • Parecer do Comité Científico sobre as propostas: fim de abril de 2014
  • Apresentação dos textos finais: sexta-feira 5 de setembro de 2014

Recomendações aos autores para a formatação dos textos

  • Formato : (Além das descrições seguintes, o modelo de layout proposto abaixo pode ajudar os autores para a formatação)

Organizada na França, a publicação dos atos, se esta for possível, sera desta vez em Francês. A redação neste idioma é o esperado, porém duas versões, em francês e em português são possíveis, se os autores puderem faze-lo. A versão em português também seguirá a mesma formatação proposta nesse documento para a versão em francês. Os organizadores agradecem desde já os autores de respeitarem a convenção adotada para a formatação dos textos, evitando assim intervenções posteriores e os riscos de erros.

  • Cada autor fornecerá no dia do colóquio um mínimo de 20 exemplares de seu texto, para distribuir durante a sessão

- Margens de 2,5 cm à direita, à esquerda, superior e inferior . Texto justificado à direita e à esquerda, incluindo os resumos.

Sobre a primeira pagina :

- Título em francês (Negrito Times 12) e em português (Times 12), Títulos centralizados depois de 4 linhas em branco de 13 pontos de espessura

  • Autores centralizados e em negrito (Times 12), seguido abaixo do status & afiliação universitária em itálico (Times 10), seguido do laboratório ou équipe de pesquisa ou outra especificação necessária. Tudo deve estar centralizado.

Nome SOBRENOME

Status & afiliação universitária

Nome do laboratório e etc.

- Resumo em três línguas : português (1 200 caracteres), francês (600 caracteres incluindo espaços), inglês (600) en Times 10, precedido do título em inglês. (Para a versão em português, primeiro o resumo em francês (1 200 caracteres), depois em português (600) e por último em inglês (600).

- Palavras-chave : 4 em francês, em português e em inglês (em Times 10) após cada resumo em cada língua. Uma linha de epaço é necessária entre cada bloco de resumo e palavras-chave

O artigo começa na segunda página, depois dos títulos e resumos na primeira

  • Corpo do texto: máximo de 45 000 caracteres (espaços inclusos) (= aproximadamente 12 páginas em Times 12) sem o resumo e a bibliografia. Formatação : uma entrelinha entre cada parágrafo e recuar a primeira linha de um centímetro. Máximo 3 níveis de numeração de subpartes (1 ; 1.1 ; 1.1.1)

1. Título da parte em negrito e sublinhado sem recuo em relação à margem (entrelinha de 6 pontos depois, antes do começo do texto) (mesma recomendação para a introdução, a concluão, o começo e o fim do artigo)

1.1. Título da subparte em negrito com recuo de 1cm em relação à margem (entrelinha de 6 pontos depois, antes do começo do texto)

1.1.1. Ultimo nível de numeração em texto normal e recuado de 1 cm em relação à margem (entrelinha de 6 pontos depois, antes do começo do texto)

Espaço de duas linhas entre duas partes (nível 1),

Espaço de uma linha entre duas subpartes (nível 2),

« Citações em itálico e entre aspas ». Palavras em português no texto francês em en itálico (sem aspas), e reciprocamente numa eventual versão em português. As alusões à outros autores se fazem da seguinte forma (Dupont, 2010), (Dupont, 2010 a), (Dupont 2010 b) se existirem duas ou mais referências num mesmo ano. (Dupont A., 2010), (Dupont G., 2011), se houverem homônimos, mesmo se os anos de publicação forem diferentes. Essas alusões devem estar de acordo com a bibliografia. 

Quanto possível, evitar notas de rodapé, especialmente por muitos detalhes. Notas de rodapé são de carater pontual. Estas são numeradas com a ferramenta proposta pelo Word.

- Bibliografia : máximo de 1 página em Times 10, entrelinha de 6 pontos a cada referência; cada referência é precedida de um travessão e de um espaço simples (- Dupont P., 2010, título da obra, capítulo ou artigo. In « título da obra » ou revista, 4/2012, pp 23-35) 

- Figuras e tabelas de dados : O conjunto resumo+texto+bibliografia é estimado à 14 páginas segundo a formatação estabelecida. O todo, com figuras e tabelas, pode atingir um máximo de 15 páginas, um valor a não ser ultrapassado.

Além de uma página de figura ou tabela, deduzir a quantidade de texto correspondente no texto principal (1 página = 3500 cheio, meia página = 1.700 caracteres, incluindo espaços). Aviso: as figuras (mapas, fotos ...) deve ser reprodutíveis em preto e branco (os autores devem garantir figuras de qualidade em P & B que eles propõem). Estas devem ser, bem como as tabelas, grandes o suficiente (incluindo legendas e textos) para a máxima legibilidade. Números ilegíveis podem levar o comitê científico de recusar um artigo.

As figuras, sejam elas mapas, gráficos, fotografias ou outros, são numeradas em um único sistema: fig 1, fig.2, etc.

As tabelas são numerados de acordo com um sistema específico (tab.1, tab.2, etc.).

[1] R.Besson, A sustentabilidade do projeto GIANT/Presqu’île à Grenoble : mito ou realidade? Situação atual e primeiros avanços metodolólogicos. Escola de verão 2011 da Rede de Pesquisa sobre a inovação – SITE Clersé 31-08-2011- 3 -09-2011 (Dunkerque) “ Empreendedorismo, Inovação e Desenvolvimento Sustentável ” http://halshs.archives-ouvertes.fr/docs/00/69/76/67/PDF/DURABILITE_GIANT.pdf (consultado dia 30/4/2013)

Comitê científico 

Brasileiro :

  • Ana Fernandes Pr. Universidade Federal da Bahia
  • Nadia Somekh, Pr. Universidade Mackenzie, São Paulo,
  • Roberto Luís M. Monte-Mór, Pr. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo-Horizonte, CEDEPLAR
  • Valter Caldana, Pr. Universidade Mackenzie, São Paulo,
  • Marcia Sant’Anna, Pr. Universidade Federal da Bahia

Francês :

  • Florine Baliff, MCf, I.U.P., Universidade Paris Leste Créteil (UPEC), Laboratório LABURBA, E.A. 3482
  • Pauline Bosredon, MCf. Universidade de Lille 1, Laboratório TVES, E.A. 477
  • Laurent Coudroy de Lille, MCf, I.U.P., Universidade Paris Leste Créteil (UPEC), LABURBA, E.A. 3482
  • Jocelyne Dubois-Maury, Pr. I.U.P., Universidade Paris Leste Créteil (UPEC), LABURBA, E.A. 3482
  • Frédéric Dumont, MCf. Universidade de Lille 1, Laboratório TVES, E.A. 477
  • Jean-Pierre Frey, Pr. I.U.P., Universidade Paris Leste Créteil (UPEC), Laboratório LAVUE, UMR 7218
  • Eric Glon, Pr. Universidade de Lille 1, Laboratório TVES, E.A. 477
  • Philippe Ménerault, Universidade de Lille 1, Laboratório TVES, E.A. 477
  • Didier Paris, Pr. Universidade de Lille 1, Laboratório TVES, E.A. 477

Apoio à elaboração do projeto :

  • Christelle Audouit, Engenheira de Pesquisa, Universidade Lille 1, Laboratório TVES, E.A. 477
  • Anissa Habane, Engenheira de Estudos, Universidade Lille 1, Laboratoire TVES, E.A. 477
  • Colette Morice, Engenheira de Estudos, Univ. Lille 1, I.A.U.L. (Instituto de Planejamento e Urbanismo de Lille)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Categorias

Locais

  • Lille, França (59)

Datas

  • Domingo, 30 de Março de 2014

Palavras-chave

  • créativité, innovation, territoire, criatividade, inovação, território, France, Brésil

Contactos

  • Christelle Audouit
    courriel : christelle [dot] audouit [at] univ-lille1 [dot] fr

Fonte da informação

  • Christelle Audouit
    courriel : christelle [dot] audouit [at] univ-lille1 [dot] fr

Para citar este anúncio

« Criatividade e inovação como processos solidários : viver o território e produzir a cidade de outra forma? », Chamadas de trabalhos, Calenda, Publicado Segunda, 15 de Julho de 2013, http://calenda.org/255611