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Principauté de Monaco Principatu de Múnegu Principado do Mónaco / de Mônaco |
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Lema: "Deo Juvante" (Latim: "Com a ajuda de Deus") |
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Hino nacional: Hymne Monégasque
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Gentílico: monegasco | |||||
Localização de Mônaco (em vermelho) |
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Capital | Monaco-Ville (Mónaco é concomitantemente uma cidade e um Estado) 43°44'15" N 7°24'55" E |
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Língua oficial | Francês. Fala-se também o dialeto monegasco, o italiano, e o inglês. | ||||
Governo | Monarquia constitucional | ||||
- Príncipe-soberano | Alberto II | ||||
- Ministro de Estado | Michel Roger | ||||
- Presidente do Conselho Nacional | Jean-François Robillon | ||||
Independência | História de Mónaco | ||||
- Data | 8 de janeiro de 1297 | ||||
Área | |||||
- Total | 1,95 km² (193.º) | ||||
- Água (%) | 0 | ||||
População | |||||
- Estimativa de 2005 | 32.409 hab. (188.º) | ||||
- Densidade | 16.620 hab./km² (1.º) | ||||
PIB (base PPC) | Estimativa de 2008 | ||||
- Total | US$ 4.888 bilhões (n/a.º) | ||||
- Per capita | US$ 150,822 (n/a.º) | ||||
Indicadores sociais | |||||
- IDH (1997) | 0,946 – muito elevado | ||||
- Esper. de vida | 80,09[nota 1] anos (14.º) | ||||
- Mort. infantil | 5,00[nota 1] Dados do CIA World Factbook.</ref>/mil nasc. (34.º) | ||||
- Alfabetização | 99,0[nota 1]% (22.º) | ||||
Moeda | Euro[nota 2] (EUR ) |
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Fuso horário | CET (UTC+1) | ||||
- Verão (DST) | CEST | ||||
Clima | Clima temperado mediterrânico | ||||
Org. internacionais | ONU, Conselho da Europa | ||||
Cód. ISO | MCO | ||||
Cód. Internet | .mc | ||||
Cód. telef. | +377 |
O Principado do Mónaco (português europeu) ou Principado de Mônaco (português brasileiro) (em francês: Principauté de Monaco, e em monegasco: Principatu de Múnegu) é uma cidade-estado soberana[1], e, portanto, um microestado, situado no sul da França. Fazendo costa com o mar Mediterrâneo, o principado, fundado em 1297 pela Casa de Grimaldi - até hoje sua soberana -, fica a menos de 20 quilómetros a leste da cidade de Nice. Possui aproximadamente uma área de 2 quilómetros quadrados, sendo o segundo menor Estado do mundo, atrás apenas do Vaticano, com 0,4 km² de área, e é o estado com a densidade populacional mais alta do mundo[2]. Tem como forma de governo a monarquia constitucional, em que o monarca é Sua Alteza Sereníssima o príncipe-soberano Alberto II do Mónaco.
O Mónaco é um dos 6 microestados da Europa e um dos 25 do mundo. É governado há mais de sete séculos pela Casa de Grimaldi [3], sendo uma das 48 monarquias da atualidade. O país tem sua economia baseada no turismo, e é conhecido por seu circuito de fórmula 1, o Grande Prémio do Mónaco, o casino de Monte-Carlo e por ser a sede do World Music Awards. Há mais de 1.008 emigrantes portugueses em Monaco. Mas o maior atrativo do Mónaco é a fama de "paraíso fiscal" do principado, lá, os investidores não estão sujeitos a impostos sobre renda. Por estes fatos seu custo de vida também é um dos mais caros do planeta.
Índice |
A área hoje ocupada pelo Principado do Mónaco era já habitada desde a pré-história. Um rochedo, projetado sobre as águas do mar Mediterrâneo, serviu de refúgio a várias populações primitivas. Os lígures, primeiros habitantes sedentários da região, eram montanheses acostumados a trabalhar em condições adversas. A costa e o porto eram a saída para o mar de um destes povoados lígures, Oratelli de Peille.
Mónaco foi fundado como colónia fenícia e mais tarde foi ocupado por gregos e cartagineses, e em seguida pelos romanos. No final do século II a.C.. Durante a ocupação, os romanos edificaram na atual comuna francesa de La Turbie o "Troféu de Augusto", que celebra o triunfo das campanhas militares de Augusto. Durante este mesmo período marinheiros fenícios e cartagineses trouxeram prosperidade à região. Mónaco foi anexado por Marselha e cristianizada no século I.
A partir da queda do Império Romano, no século V, a região foi invadida a intervalos regulares por diversos povos. No século VII tornou-se parte do reino lombardo e no século seguinte, do reino de Arles. Esteve sob dominação muçulmana após a invasão dos sarracenos à França. A partir do século X, após a expulsão dos sarracenos pelas tropas de Robaldo I, conde da Provença, a região começou a ser povoada pouco a pouco.
Em 1191, o território do que é hoje Mónaco foi cedido a República de Génova, como uma colónia. Em 8 de janeiro de 1297 os Grimaldi[4], uma família nobre da República de Génova com ascendência em diversos cônsules genoveses, ligou-se à fortaleza e colocou a primeira pedra da praça fortificada (hoje o palácio pricipesco)[5]. Seu chefe, Fulco del Castello, obteve de Henrique IV, Sacro Imperador Romano-Germânico, a soberania do conjunto de terras que rodeiam o rochedo do Mónaco e, para atrair uma população estável, concedeu uma série de vantagens como a concessão de terras com isenção de impostos. A partir de então, a região se converteu no objetivo de luta entre os dois grandes partidos de Génova: os gibelinos (partidários do Sacro Imperador Romano-Germânico) e os guelfos (fiéis ao papa), estes últimos aliados dos Grimaldi.
Em 1331, Carlos Grimaldi, filho de Rainier I, reconquistou a região e adquiriu as possessões dos Spinola, aliados dos gibelinos, além dos domínios de Menton e Roquebrune. Carlos Grimaldi (senhor do Mónaco como Carlos I) é considerado por muitos o verdadeiro fundador do principado, e o primeiro senhor do Mónaco. Carlos I morreu em 1357 e seu filho Rainier II combateu aos genoveses até que, em 1489, Carlos VIII, rei da França, e Carlos I, duque de Sabóia, reconheceram a soberania do Mónaco.
Em 1612, Honorato II passou a usar o título de príncipe e senhor do Mónaco. Em setembro de 1641, após uma década de negociações, Honorato II e o rei Luís XIII da França firmaram o tratado de Peroné, pelo qual reconheciam o direito de soberania do Mónaco. O Reino da França assegurou então sua proteção ao príncipe do Mónaco. No mesmo ano os espanhóis foram expulsos do principado.
Durante a Revolução Francesa (1789-1799) o principado foi anexado à França. Em 1815, no Congresso de Viena, Mónaco recuperou parcialmente sua independência, após ser declarado território protetorado do Reino da Sardenha, e, em 1860, o tratado de Viena devolveu totalmente a soberania monegasca, que foi ratificada em 1861 pelo tratado Franco-Monegasco. O príncipe-soberano Carlos III contibuir com o progresso económico do principado. Em 1863, abriu o primeiro casino, e em 1866, o centro Monte-Carlo.
Carlos III governou de 1856 a 1889. Seu filho, o futuro príncipe-soberano Alberto I, promulgou a primeira constituição política do Mónaco, em 1911.
Em 1918, um tratado serviu para delimitar a proteção da França sobre Mónaco. O tratado estabeleceu que a política monegasca estaria alinhada à da França, da mesma forma que os interesses militares e econômicos, bem como que, caso a família Grimaldi não continue a sua linhagem, o principado será absorvido pela França.
A questão da sucessão causou preocupação a Alberto I, que tinha apenas um filho, Luís Grimaldi, marquês de Baux, que era solteiro. Uma fatalidade com o seu único herdeiro e o principado seria devolvido à França (Luís II só viria a se casar em 1946 com Ghislaine Dommanget e não teve filhos legítimos).
Alertado sobre o problema, Luís se apressou em reconhecer sua filha ilegítima, Carlota Luísa Julieta Louvet, nascida em 1898, e fruto de um romance com Maria Julieta Louvet, uma cantora de cabaré.
Carlota Luísa Julieta foi, então, titulada Sua Alteza Sereníssima, Carlota Luísa Julieta Grimaldi, duquesa de Valentinois. Tendo se casado com o conde Pedro de Polignac, em 1920, que aceitou trocar o seu sobrenome para Grimaldi, seguindo a linhagem familiar, e então Carlota foi titulada Sua Alteza Sereníssima a princesa Carlota, duquesa de Valentinois e condessa de Polignac e estilizada como Sua Alteza Sereníssima a princesa Carlota. Quando seu pai tornou-se o príncipe-soberano do Mónaco ela herdou a titulação anterior dele, tornando-se, também, a marquesa de Baux, sendo titulada como Sua Alteza Sereníssima a princesa Carlota, duquesa de Valentinois, marquesa de Baux e condessa de Polignac. Do casamento nasceram dois filhos, a princesa Antonieta Grimaldi, baronesa de Massy, que nasceu em 1921, e o príncipe Rainier Grimaldi, marquês de Baux (futuro príncipe-soberano Rainier III do Mónaco), que veio a substituir o avô no trono do Mónaco, após a morte de seu pai e a abdicação de Carlota em favor do filho, que à época tinha 25 anos. Pela mãe de Carlota ter sido uma cantora de cabarés, a história da princesa é ocultada da maioria dos livros de história do Mónaco.
Uma nova constituição, promulgada em 1962, aboliu a pena de morte, permitiu o voto feminino e nomeou uma corte suprema de Justiça para garantir as liberdades básicas.
Em maio de 1993, o principado tornou-se membro oficial da Organização das Nações Unidas.
Em 2002, um novo tratado entre França e Mónaco especificou que, na ausência de herdeiros por parte da dinastia Grimaldi, o principado continuará como nação independente em vez de ser revertido a território francês. A defesa militar do Mónaco, entretanto, persiste como responsabilidade das forças armadas da França.[6]
Mónaco possui o importante Museu Oceanográfico do Mónaco, que já foi dirigido por Jacques Cousteau. O principado também é sede de um Grande Prémio de Fórmula 1, o Grande Prémio do Mónaco, o qual foi vencido em 1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993 pelo piloto brasileiro já falecido Ayrton Senna, tendo ele diversas vezes comemorado sua vitória dando um banho de champagne na família principesca[7], quebrando o protocolo.
O Mónaco é um pequeno principado soberano situado ao sul da França. O território monegasco, ampliado em mais de 30 hectares entre 1969 e 1972, com terrenos ganhos no mar, estende-se por quase 3 km ao longo da costa ligúrica-provençal.
O principado encontra-se protegido pelos contrafortes do departamento francês dos Alpes Marítimos (Tête de Chien, 573 m; monte Agel, 1.100 m).
O clima é mediterrânico, com verões quentes e secos e invernos suaves e úmidos. Primaveras e outonos são estações de transição. As temperaturas médias variam de 18 °C a 27 °C no Verão, de 9 °C a 19 °C no outono, de 11 °C a 21 °C na primavera e de 6 °C a 12 °C no inverno.
Apenas 16% dos habitantes são monegascos. Os demais habitantes são franceses (47%), italianos (16%) e outros (21%).
O idioma oficial é o francês, mas falam-se várias outras línguas devido às variadas origens de seus habitantes. Dentre estas as principais são o monegasco, o inglês e o italiano.
A religião predominante é o catolicismo, mas há também anglicanos, judeus e protestantes.
O Mónaco tem uma capacidade militar muito limitada, dependendo inteiramente de seu maior vizinho, a França, para a defesa face a uma agressão externa.
Mónaco está dividido em 10 bairros (em francês: quartiers, e na mesma língua mas no singular: quartier) e atualmente está-se construindo o décimo-primeiro: Le Portier.
Além das finanças, a economia monegasca é movimentada em grande parte pelo setor imobiliário: as duzentas empresas de construção civil são a força motriz da economia.
O turismo é uma das mais importantes fontes de renda do país. O setor hoteleiro é dinâmico: 2.500 quartos que recebem, ao ano, 225 mil visitantes.
Mas o maior atrativo do Mónaco é a fama de "paraíso fiscal" do principado: lá, os investidores não estão sujeitos a impostos sobre renda.
Também se cultivam frutas cítricas na pequeníssima parte rural do principado, parte, esta, que se localiza perto das fronteiras com a França.
O Mónaco tem dez escolas estatais, incluindo: sete creches e escolas primárias, uma escola secundária, o Colégio Carlos III; um liceu geral que proporciona uma formação tecnológica, Lycée Albert I; e um liceu profissional que oferece formação hoteleira, o Lycée technique et Hôtelier de Monte-Carlo. Existem também duas escolas privadas de confissão católica, a Instituição François d'Assise Nicolas Barré e a École des Dominicaines sœurs, e uma escola internacional, a Escola Internacional do Mónaco.
Em relação às universidades, existe a Universidade Internacional do Mónaco.
A equipa de futebol Association Sportive de Monaco Football Club participa no Campeonato Francês, tendo sido vice-campeã da Liga dos Campeões da UEFA na temporada 2003/2004. No entanto, o Mónaco é bastante conhecido pelo seu tradicional GP de Fórmula 1, o Grande Prémio do Mónaco.
O principado também recebe anualmente a Supertaça Europeia, no Estádio Luís II.
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Mónaco | |
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Ayrton Senna | |
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Ayrton Senna em Imola (1989) | |
Informações pessoais | |
Nome completo | Ayrton Senna da Silva |
Nacionalidade | Brasileiro |
Nascimento | 21 de Março de 1960 São Paulo, São Paulo |
Morte | 1º de maio de 1994 (34 anos) Imola, Itália |
Registros na Fórmula 1 | |
Temporadas | 1984-1994 |
Equipes | 4 (Toleman, Lotus, McLaren e Williams) |
GPs disputados | 162 (161 largadas) |
Títulos | 3 (1988, 1990 e 1991) |
Vitórias | 41 |
Pódios | 80 |
Pontos | (610)1 614 |
Pole positions | 65 |
Voltas mais rápidas | 19 |
Primeiro GP | Grande Prêmio do Brasil de 1984 |
Primeira vitória | Grande Prêmio de Portugal de 1985 |
Última vitória | Grande Prêmio da Austrália de 1993 |
Último GP | Grande Prêmio de San Marino de 1994 |
Ayrton Senna da Silva[1] (São Paulo, 21 de março de 1960 — Imola, 1 de maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Morreu em acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994. É reconhecido como um dos maiores nomes do esporte brasileiro[2] e um dos maiores pilotos da história do automobilismo.[3][4][5][6][7][8][9][10]
Senna começou sua carreira competindo por kart. Mudou-se para competições de automobilismo em 1981, e foi campeão dois anos seguintes da Campeonato Britânico de Fórmula 3. Seu bom desempenho em categorias anteriores o levou a estrear na Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil de 1984 pela equipe Toleman-Hart. Em sua primeira temporada na categoria, Senna rapidamente teve resultados, levando a pequena equipe inglesa a obter performances jamais alcançadas. No ano seguinte, trocou a Toleman-Hart pela Lotus-Renault, equipe pela qual venceu seis Grands Prix ao longo de três temporadas. Em 1988, juntou-se o francês Alain Prost (que seria seu maior rival em sua carreira) na McLaren-Honda e viveu anos vitoriosos pela equipe. Os dois juntos venceram 15 dos 16 Grands Prix daquela temporada, e Senna sagrou-se campeão mundial pela primeira vez. Prost levou o campeonato de 1989, e Senna retomou o título em 1990 - ambos títulos foram decididos por colisões entre os pilotos no Grande Prêmio do Japão. Na temporada seguinte, Senna faturou seu terceiro título mundial, tornando-se o piloto mais jovem a conquistar um tricampeonato na Fórmula 1 - façanha que ainda mantém até os dias atuais. A partir de 1992, a equipe Williams-Renault dominou amplamente a competição. Ainda assim, Senna conseguiu terminar a temporada 1993 como vice-campeão, vencendo cinco corridas. Negociou uma transferência para Williams em 1994.
Sua reputação de piloto veloz ficou marcada pelo recorde de pole positions que deteve entre 1989 até 2006. Sobre asfalto chuvoso, demonstrava grande capacidade e perícia, como demostrado em atuações antológicas nos GPs de Mônaco 1984, de Portugal 1985 e da Europa 1993. Senna ainda detém o recorde de maior número de vitórias no prestigioso Grande Prêmio de Mônaco - seis - e é o terceiro piloto mais bem sucedido de todos os tempos em termos de vitórias.[nota 1]
Em dezembro de 2009 a revista inglesa Autosport publicou uma matéria onde fez uma eleição para a escolha do melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. A revista consultou 217 pilotos que passaram pela categoria, e Ayrton Senna venceu tal votação.[3][11][12]
Índice |
Paulistano nascido no tradicional bairro de Santana,[13][14] filho de um empresário brasileiro, logo interessou-se por automóveis. Incentivado pelo pai, um entusiasta das competições automobilísticas, ganhou o seu primeiro kart, feito pelo próprio pai (Sr. Milton), aos quatro anos de idade, e que tinha um motor de máquina de cortar grama. A habilidade do garoto na condução do novo brinquedo impressionou a família. Aos nove anos, já conduzia jipes pelas estradas precárias dentro das propriedades rurais do pai.
Ayrton Senna cursou o primário nos Colégios Santana e Jardim São Paulo (situados no mesmo bairro de Santana onde morava) e os antigos ginásio e colegial no tradicional Colégio São Luís.
Começou a competir oficialmente nas provas de kart aos treze anos. Depois de terminar como segundo colocado em várias ocasiões, em 1977 ganhou o Campeonato Sul-Americano de Kart e também em 1978 e 1980, o Brasileiro em 1977, 1978 e 1980. Faltaram para Senna as conquistas no Paulista e principalmente no Mundial. Ele sentia-se frustrado por não ter alcançado o título de melhor piloto do mundo; tentou quatro vezes, sendo vice em 1979 e 1980. Como ele dizia, é o primeiro lugar ou nada.
Em 1981 começou a competir na Europa, ganhando o campeonato inglês de Fórmula Ford 1600, pela equipe de Ralf Firman. Em 1982, foi campeão europeu e britânico de Fórmula Ford 2000, pela equipe de Dennis Rushen. Nessa época adotou o nome de solteira da mãe, Senna, pois Silva é um nome bastante comum no Brasil.
Em 1983, Senna ganhou o campeonato inglês de Fórmula 3, pela equipe de Dick Bennetts, depois de muita luta e da muitas vezes controversa batalha com Martin Brundle. Também triunfou no prestigioso Grande Prêmio de Macau pela Teddy Yip's Theodore Racing Team, diretamente relacionado à equipe que o conduziu à F3 britânica.
Neste último campeonato, após várias vitórias em Silverstone, a imprensa inglesa especializada chegou a chamar o circuito de Silvastone[15] em homenagem a Ayrton.
Senna atraiu a atenção de diversas equipes de Fórmula 1 como Williams, McLaren, Brabham e Toleman. Ao contrário do que se imagina, seu compatriota Nelson Piquet não se opôs à sua contratação pela Brabham. A patrocinadora da equipe, a Parmalat, tinha mais interesse em ter um piloto italiano na equipe do que ter dois brasileiros, influenciando na decisão da equipe em contratar o piloto italiano Teo Fabi para a temporada. Senna, imaginando que Piquet tinha mais influência na equipe, ficou ressentido, declarando em uma entrevista que "Ele (Piquet) não ajudou e nem atrapalhou", dando a entender que sua ida à Brabham foi vetada pelo então bicampeão mundial.
Assim, das três remanescentes, apenas a equipe Toleman ofereceu a ele um carro para disputar o campeonato do ano de 1984.
Senna marcou seu primeiro ponto no campeonato mundial de pilotos logo no segundo grande prêmio que disputou, em Kyalami na África do Sul. Ele repetiu o resultado duas semanas depois, no Grande Prêmio da Bélgica, disputado no circuito de Zolder. Uma semana depois, o piloto brasileiro não conseguiu tempo para o Grande Prêmio de San Marino, em Imola. Foi a única vez na carreira que isso aconteceu.
Mas sua performance no GP de Mônaco em 1984 trouxe-lhe todas as atenções das demais equipes. Classificou-se em 13º no grid de largada, e fez um rápido progresso através das estreitas ruas de Monte Carlo. Na volta 19, passou Niki Lauda, que estava em segundo, e começou a ameaçar o líder Alain Prost, e continuou por várias voltas lutando pelo primeiro lugar com seu limitado Toleman. A esta altura já chovia muito no circuito e a corrida foi interrompida na volta 31 por razões de segurança. Senna chegou a comemorar a vitória ultrapassando Alain Prost a poucos metros da linha de chegada mas, nesses casos, o regulamento mandava considerar as colocações da volta anterior e, ainda, por ter sido interrompida com mais da metade da corrida, os pontos deveriam ser computados pela metade (ver curiosidades).
Senna ainda ganhou dois pódios naquele ano - terceiro no Grande Prêmio da Inglaterra, em Brands Hatch, e no GP de Portugal, em Estoril. Isso o deixou empatado com Nigel Mansell com 13 pontos, apesar de ter perdido o GP da Itália quando a Toleman o suspendeu de correr por quebra de contrato, depois de ele ter assinado com a Lotus para a temporada seguinte.
Ainda em 1984, Senna tomou parte nos 1000 km de Nürburgring, onde pilotou o Porsche 956 para o oitavo lugar, correndo em parceria com Henri Pescarolo e Stefan Johansson.
Também participou de uma corrida de exibição para celebrar a inauguração do novo circuito de Nürburgring. A maioria dos melhores pilotos da F1 participaram do evento, dirigindo carros Mercedes 190e 2.3-16 idênticos. Senna venceu Lauda e Carlos Reutemann.
Na Lotus, em 1985, ele tinha como parceiro o italiano Elio de Angelis. Senna largou em quarto na sua primeira corrida pela nova equipe na abertura da temporada no Brasil, no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, mas abandonou a prova devido a problemas elétricos.
Na segunda corrida do ano, o GP de Portugal, disputado no Autódromo do Estoril, em 21 de Abril de 1985, conseguiu sua primeira vitória na Fórmula 1, largando na pole position sob pesada chuva. Prost, em segundo, abandonou depois de bater no muro. Senna conseguiu sua segunda vitória, também sob chuva, no GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps.
Graças ao excelente motor Renault de treinos, Senna passaria a ser o "rei das pole positions". Mas, nas pistas, ele não terminou a maioria dos grandes prêmios. Encerraria o ano com uma corrida marcante no GP da Austrália, quando repetiu um feito de seu ídolo Gilles Villeneuve e pilotou um bom tempo sem o bico do carro, saindo várias vezes da pista mas mantendo a segunda posição. O carro mais uma vez não aguentou o esforço e Senna abandonou a corrida.
Senna terminou a temporada em 4º lugar no Campeonato Mundial de Pilotos com 38 pontos e seis pódios (duas vitórias, dois segundos e dois terceiros lugares), além de sete pole positions.
Em 1986, Ayrton escolheu o escocês Johnny Dumfries como parceiro, vetando o inglês Derek Warwick sob a alegação de que a Lotus não tinha condições de manter carros competitivos para dois pilotos de ponta ao mesmo tempo.
A nova Lotus 98T mostrou ser mais confiável em 1986 e a temporada começou bem para Senna, terminando em segundo, a corrida vencida pelo também brasileiro Nelson Piquet, numa dobradinha caseira, no GP do Brasil em Jacarepaguá. Reconhecendo estar com um carro inferior aos das Williams e McLaren, Senna passou a adotar uma estratégia de não parar para trocar pneus, buscando ficar na frente dos adversários o maior tempo possível. Com essa tática, ele passou a liderar o campeonato pela primeira vez na carreira, depois de vencer o GP da Espanha, em Jerez de la Frontera, no qual bateu a Williams de Nigel Mansell por 0,014s - uma das menores diferenças de chegada da história da F1.
Mas a liderança do campeonato não foi mantida por muito tempo já que Senna abandonou diversas outras corridas por problemas mecânicos. A caça ao primeiro título mundial acabou sendo uma luta entre Prost e sua McLaren-TAG e a dupla Piquet e Mansell da Williams-Honda.
Na Hungria, um circuito ainda mais travado (que não permitia ultrapassagens), repetiu uma vez mais a estratégia, mas foi ultrapassado por Nelson Piquet.
Ainda nesse ano, Senna se tornaria definitivamente um ídolo no Brasil ao conquistar sua segunda vitória na temporada no GP dos Estados Unidos, disputado em Detroit, e terminou o campeonato novamente na quarta colocação, com 55 pontos, oito poles e seis pódios.
O ano de 1987 veio com muitas promessas de dias melhores. A Lotus tinha um novo patrocinador, o Camel, e o mesmo poder dos motores Honda das Williams depois que a Renault decidira se retirar do esporte. Depois de um começo lento, Senna ganhou duas corridas em seguida: o prestigioso GP de Mônaco (a primeira do recorde de seis vitórias no principado) e o GP dos Estados Unidos em Detroit, também pelo segundo ano seguido, e mais uma vez chegou à liderança do campeonato. Nesse momento, a Lotus 99T Honda parecia ser mais ou menos igual aos ótimos Williams-Honda, mais uma vez pilotados por Piquet e Mansell. Mas apesar da performance do 99T, que usava a tecnologia da suspensão ativa, as Williams FW11B de Piquet e Mansell eram ainda carros a serem batidos. A diferença entre as duas equipes nunca foi tão evidente quanto no GP da Inglaterra, em Silverstone, onde Mansell e Piquet voaram sobre as Lotus de Senna e seu parceiro Satoru Nakajima. Depois de rodar na pista devido a uma falha na embreagem a três voltas do final no GP do México, Senna ficou fora da luta pelo campeonato, deixando Piquet e Mansell brigando por ele nas últimas duas corridas.
Mansell feriu-se nas costas em um grave acidente durante os treinos para o GP do Japão de 1987, em Suzuka, deixando o campeonato nas mãos de Piquet. Entretanto, isso significava que Senna poderia terminar a temporada em segundo lugar se ele terminasse a corrida entre os três primeiros nas duas corridas que faltavam - Japão e Austrália. Ele terminou as duas em segundo, mas as medições feitas no carro depois do GP da Austrália constataram que os dutos dos freios eram mais largos do que o permitido pelo regulamento e Senna foi desclassificado, dando à Lotus a sua última bem sucedida temporada. Ele acabou classificado em terceiro na colocação final, com 57 pontos, uma pole e oito pódios (duas vitórias, quatro segundos e dois terceiros). Essa temporada marcou uma reviravolta na carreira de Senna depois de ele ter construído uma profunda relação com a Honda, que lhe rendeu grandes dividendos. Ayrton foi contratado pela McLaren, que acertou com a Honda o fornecimento de motores V6 Turbo para 1988.
Em 1988, as McLaren-Honda ostentavam os números 11 e 12, desta vez com a dupla Alain Prost e Ayrton Senna. A competição entre Senna e Prost fez rachar a relação entre os dois e culminou com um alto número de dramáticos acidentes entre eles. A dupla venceu 15 das 16 corridas disputadas, com predomínio total da McLaren MP4/4 em 1988, e Senna conquistou seu primeiro campeonato mundial.
Senna dirigia a McLaren MP4/5 em 1989. Nesse ano, a rivalidade entre ele e Prost intensificou as batalhas na pista e uma grande guerra psicológica. Prost conquistou o tri-campeonato em 1989, depois de uma colisão com Senna durante o GP do Japão, em Suzuka, penúltima corrida da temporada, e que Senna precisava vencer para ter chances de conquistar o campeonato mundial na última etapa. Senna tentou ultrapassar Prost na chicane, os dois "tocaram" os pneus e foram para fora da pista com os carros entrelaçados, (na câmera onboard da McLaren número 2, o francês guinou o volante para evitar que o seu companheiro de equipe realizasse a ultrapassagem e contornasse a chicane à frente dele), Senna retornou à pista auxiliado pelos fiscais, que empurraram seu carro pois o motor havia apagado e ele foi direto aos boxes para reparar o bico do carro danificado na manobra. Voltando à pista, tirou a liderança de Alessandro Nannini, da Benetton, e chegou em primeiro, sendo desclassificado pela FIA por cortar a chicane depois da colisão com Prost. A penalização e a suspensão temporária de sua superlicença - que é a habilitação de um indivíduo para pilotar carros de F1 - fez com que Senna travasse uma batalha de palavras com a FIA e seu presidente Jean-Marie Balestre.[16]
Em 1990, no mesmo circuito e com os dois pilotos novamente disputando o título mundial, Senna tirou a pole de Prost. A Ferrari de Prost fez uma largada melhor e pulou à frente da McLaren de Senna, que antes mesmo da largada havia declarado que não permitiria uma ultrapassagem de Prost. Na primeira curva, Senna tocou a roda traseira de sua McLaren na Ferrari de Prost a 270 km/h (170 mph), levando os dois carros para fora da pista. Ao contrário do ano anterior, desta vez o abandono dos pilotos deu a Senna o seu segundo título mundial.
Em 1991, depois de conquistar seu terceiro título mundial, Senna explicou à imprensa o que acontecera no ano anterior em Suzuka. Ele tinha como prioridade conseguir a pole pois havia recebido informações seguras de que esta mudaria de lado, passando para a esquerda, o lado limpo da pista, somente para descobrir que essa decisão havia sido revertida por Balestre depois que ele conquistara a pole. Explicando a colisão com Prost, Senna disse que queria deixar claro que ele nunca iria aceitar as decisões injustas de Balestre, incluindo a sua desclassificação em 1989 e a pole de 1990:[16]
“ | "Eu acho que o que aconteceu em 1989 foi imperdoável e eu nunca irei esquecer isso. Eu me empenho em lutar até hoje. Você sabe o que aconteceu aqui: Prost e eu batemos na chicane, quando ele virou sobre mim. Apesar disso, eu voltei à pista, ganhei, e eles decidiram contra mim, o que não foi justo. E o que aconteceu depois foi "teatro", mas eu não sei o que pensei. Se você faz isso, você será penalizado, multado e talvez perca sua licença. Essa é a forma correta de trabalhar? Não… Em Suzuka no ano passado eu pedi aos organizadores para trocar o lado da pole. Não foi justo, porque o lado direito é sempre o sujo. Você se esforça pela pole e é penalizado por isso. E eles dizem: "Sim, sem problema." E depois o que acontece? Balestre dá a ordem para não mudar nada. Eu sei como o sistema funciona e eu pensei que foi mesmo uma m****. Então eu disse a mim mesmo: "Ok, aconteça o que acontecer, eu vou entrar na primeira curva antes - Eu não estava preparado para deixar o outro (Alain Prost) chegar na curva antes de mim. Se eu estou perto o suficiente dele, ele não poderá virar na minha frente - e ele será obrigado a me deixar seguir." Eu não me importo em bater; eu fui para isso. E ele não quis perder a chance, virou e batemos. Foi inevitável. Tinha que acontecer. "Então você deixou isso acontecer", alguém diria. "Por que eu causaria isso?". Se você se ferrar cada vez que estiver fazendo o seu trabalho limpo, conforme o sistema, o que você faz? Volta para trás e diz "Obrigado"? De jeito nenhum! Você deve lutar para o que você acha que é certo. Se a pole estivesse colocada na esquerda, eu teria chegado na frente na primeira curva, sem problemas. Que foi uma péssima decisão manter a pole na direita, e isso foi influenciado pelo Balestre, isso foi. E o resultado foi que aconteceu na primeira curva. Eu posso ter contribuído, mas não foi minha responsabilidade".[16] | ” |
Em 1992, Senna estava determinado a vencer apesar do desânimo na McLaren com as Williams FW14B, o melhor carro da temporada. Senna chegou até a cogitar correr na Fórmula Indy.[17] O novo carro da McLaren, o modelo MP4/7A, para a temporada, tinha diversas falhas.
Houve um atraso em fazer o novo carro, (ele estreou na 3ª corrida, o Grande Prêmio do Brasil), além da carência de confiabilidade da suspensão ativa, que deixava o carro imprevisível nas curvas rápidas, enquanto os motores Honda V12 não eram os mais potentes. Senna venceu em Mônaco, Hungria e Itália naquele ano, e acabou o campeonato num modesto 4º lugar, perdendo o 3º para o jovem alemão Michael Schumacher na última corrida. O que chamou atenção naquele ano, já que o título foi conquistado com grande antecedência pelo inglês Nigel Mansell, foi o enrosco que o piloto brasileiro teve com o jovem Schumacher. Na oitava etapa, o GP da França em Magny-Cours, após a largada, ocupando a 4ª posição, Senna ia contornar a curva Adelaide, quando de repente foi atingido por trás pelo Benetton número 19; sem condições de sair do local, Senna abandonou a corrida prematuramente. Antes de começar a segunda largada, o brasileiro sem o macacão foi até o grid onde estava posicionado o carro do piloto. O tricampeão brasileiro queria conversar rapidamente com ele antes de dar entrevistas para a imprensa. Você fez uma cagada do tamanho de um bonde e me jogou para fora da pista[18] disse o piloto brasileiro ao jovem piloto alemão no meio da pista e com o dedo em riste. Embora Senna quisesse inicar uma conversa amigável com Schumacher, o próprio piloto alemão não quis dialogar com o tricampeão naquele momento, porque não era o local e o momento adequado para essa discussão, já que o piloto da Benetton estava se concentrando com a equipe para a nova largada. Sem muito o que fazer, Senna deixou o local, pulou a mureta da pista e foi embora, deixando a impresa internacional que estava ao seu redor sem dar maiores explicações.
Senna demorou muito a decidir o que fazer em 1993 e chegou ao final do ano sem ser contratado por nenhuma equipe. Ele sentiu que os carros da McLaren não seriam competitivos, especialmente depois que a Honda resolveu se retirar da F1 no final de 1992, e não poderia ir para a Williams enquanto Prost estivesse por lá, pois o contrato dele proibia a equipe de ter Senna como seu parceiro.
Ron Dennis, chefe da McLaren, estava tentando assegurar um fornecimento de motores Renault V10 para 1993. Com a recusa da Renault, a McLaren foi obrigada a pegar os motores Ford V8 como um cliente comum. Dessa forma, a McLaren recebeu versões de motores mais velhas do que os clientes preferenciais da Ford, como a Benetton, e tentou compensar essa deficiência de potência com mais tecnologia e sofisticação, inclusive um sistema efetivo de suspensão ativa. Dennis finalmente persuadiu Senna a voltar para a McLaren, mas o brasileiro concordou somente em assinar para a primeira corrida da temporada, na África do Sul, onde ele iria verificar se os carros da McLaren eram competitivos o bastante para lhe proporcionar uma boa temporada.
Senna concluiu que esse novo carro tinha um surpreendente potencial, mas ainda estava abaixo da potência, e não seria páreo para a Williams-Renault de Prost. Senna decidiu não assinar por uma temporada e sim por cada corrida a ser disputada. Eventualmente ele poderia permanecer por um ano, apesar de algumas fontes afirmarem que isso foi mais um jogo de marketing entre Dennis e Senna.
Depois de terminar em 2º lugar na corrida de abertura da temporada na África do Sul, Senna ganhou os GPs do Brasil e da Europa, na chuva. Esta última é frequentemente lembrada como sendo uma de suas maiores vitórias na F1. Ele largou em quarto e caiu para quinto na primeira curva, mas já estava liderando antes da primeira volta ser completada. Alguns pilotos precisaram de sete pit stops para trocar os pneus de chuva/lisos, dependendo das mudanças climáticas ao longo da corrida. Senna foi 2º na Espanha e quebrou o recorde de seis vitórias em Mônaco, o que lhe fez jus ao antigo apelido de Graham Hill: Mister Mônaco. Depois de Mônaco, a sexta corrida da temporada, Senna liderou o campeonato à frente da Williams-Renault de Prost e da Benetton de Michael Schumacher, apesar da inferioridade dos motores da McLaren. A cada corrida, as Williams de Prost e Damon Hill mostravam a superioridade, com Prost caminhando para o campeonato enquanto Hill mantinha os segundos lugares. Senna concluiu a temporada e sua carreira na McLaren com cinco vitórias (Brasil, Europa, Mônaco, Japão e Austrália) e ficou com o vice na classificação geral. A penúltima corrida da temporada foi marcada por um incidente entre o estreante norte-irlandês Eddie Irvine e Senna, iniciado numa manobra do atrevido piloto. Após a prova, o brasileiro, inflamado, foi aos boxes da equipe Jordan e socou o estreante na categoria.[19]
Senna já havia tentado entrar para a Williams em 1993, mas foi impedido por Prost, que vetou seu nome. Senna se ofereceu para pilotar por nada, pois seu desejo era fazer parte da vencedora equipe Williams-Renault, mas foi impedido por uma cláusula no contrato do francês que impedia o brasileiro de entrar para a equipe (Ato declarado no Filme "Senna"). Porém, essa cláusula não se estenderia até 1994, o que fez Prost se retirar das corridas um ano antes de vencer seu contrato, preferindo isso a ter seu principal rival como companheiro de equipe. Em 1994, Senna finalmente assinou com a equipe Williams-Renault.
Senna agora estava na equipe que havia ganho os dois campeonatos anteriores com um veículo muito superior aos demais. Era natural que, na pré-temporada, ele fosse considerado o favorito ao título, acompanhado de Damon Hill, que deveria fazer o papel de coadjuvante. Prost, Senna e Hill haviam ganho todas as corridas exceto uma, vencida por Michael Schumacher.
A pré-temporada de testes mostrou que o carro era rápido mas difícil de dirigir. A FIA havia banido os sistemas eletrônicos, incluindo a suspensão ativa, o controle de tração e os freios ABS para fazer o esporte mais "humano". A Williams não se mostrou um carro equilibrado no início da temporada. O próprio Senna fez várias declarações de que o carro era instável e desajeitado, indicando que o FW16, depois de perder a suspensão ativa, os ABS e o controle de tração, entre outras coisas, já não oferecia a mesma superioridade mostrada pelos FW15C e FW14B dos anos anteriores. Apesar de menor potência, a equipe Benetton pilotada por Schumacher apontou como maior rival.
A primeira corrida da temporada 1994 foi no Brasil, disputada em Interlagos, quando Senna fez a pole. Na corrida, Senna assumiu a ponta, mas Schumacher com a Benetton tomou a liderança depois de passar Senna nos boxes na volta 21. Senna, determinado a vencer no Brasil, errou, perdendo o controle de sua Williams e rodando na curva da Junção, ficando encalhado na zebra e abandonando a prova na volta 55.
A segunda prova foi no GP do Pacífico, disputado em Aida, no Japão, onde Senna novamente ganhou a pole, porém envolveu-se numa colisão já na primeira curva. Ele foi tocado atrás por Mika Häkkinen e sua corrida acabou definitivamente quando a Ferrari de Nicola Larini também bateu na sua Williams. Seu companheiro de equipe, Damon Hill, terminou em segundo enquanto Schumacher venceu novamente.
Este foi o seu pior início de temporada de F1, falhando por não terminar e em não pontuar nas duas primeiras corridas, apesar de ter sido pole em ambas. Schumacher com sua Benetton estavam liderando o campeonato com vinte pontos de diferença para Senna, que estava com zero.
Luca Di Montezemolo, diretor da Ferrari naquela ocasião, informou que Senna veio até ele na quinta-feira anterior à prova de Ímola e elogiou a Ferrari pela batalha contra os eletrônicos na F1. Senna disse também que ele gostaria de encerrar sua carreira correndo pela Ferrari.[20]
Na terceira corrida da temporada, o GP de San Marino, em Ímola, Senna declarou que esta deveria ser a corrida de início da temporada para ele, pois não havia terminado as anteriores e agora faltavam apenas quatorze corridas. Senna mais uma vez conquistou a pole, mas o fim de semana não seria tão fácil. Ele estava particularmente preocupado com dois eventos. Um deles, na sexta-feira, durante a sessão de qualificação da tarde, o piloto brasileiro Rubens Barrichello, envolveu-se em um grave acidente perdendo o controle de sua Jordan nº14, passou por cima de uma zebra e voou da pista, chocando-se violentamente contra uma barreira de pneus.
Felizmente, Barrichello saiu desse acidente com pequenas escoriações e o nariz quebrado, ferimento suficiente para impedi-lo de correr no domingo. Senna visitou seu amigo no hospital - ele pulou o muro depois que foi impedido de visitá-lo pelos médicos - e ficou convencido de que as normas de segurança deveriam ser revisadas.
O segundo ocorreu no sábado, durante os treinos livres, quando o austríaco Roland Ratzenberger, correndo pela Simtek, bateu violentamente na curva Villeneuve num acidente que começou a se formar na fatídica curva Tamburello, quando a asa dianteira de seu carro se soltou fazendo-o perder o controle do veículo. Levado ao Hospital Maggiore de Bolonha, ele faleceu minutos depois. Essa foi a primeira morte de um piloto na pista em dez anos - desde que a FIA adotara sérias medidas de segurança -. Senna convenceu os oficiais de pista a levá-lo ao local do acidente para ver ele mesmo o que poderia ter acontecido e essa ousadia lhe custou mais uma advertência e algum desgaste na sua atribulada relação com a FIA.
Senna passou o final da manhã reunido com outros pilotos, determinado a recriar a antiga Comissão de Segurança dos Pilotos, a fim de melhorar a segurança na F1. Como um dos pilotos mais velhos, ele se ofereceu para liderar esses esforços.
Apesar de tudo, Senna e todos os outros pilotos concordaram em correr. Ele saiu em primeiro, mas J.J. Lehto deixou morrer sua Benetton, fazendo os outros pilotos desviarem dele. Porém Pedro Lamy, da Lotus-Mugen, bateu na parte traseira de Lehto, o que levou o safety car à pista por cinco voltas.
Na sétima volta a corrida foi reiniciada, e Senna rapidamente fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por Schumacher. Senna iniciara o que seria a sua última volta; ele entrou na curva Tamburello e perdeu o controle do carro, seguindo reto e chocando-se violentamente contra o muro de concreto. A telemetria mostrou que Senna, ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu, nessa fração de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h (195 mph) para cerca de 200 km/h (135 mph).[21] Os oficiais de pista chegaram à cena do acidente e, ao perceber a gravidade, só puderam esperar a equipe médica. Por um momento a cabeça de Senna se mexeu levemente, e o mundo, que assistia pela TV, imaginou que ele estivesse bem, mas esse movimento havia sido causado por um profundo dano cerebral. Senna foi removido de seu carro pelo Professor Sidney Watkins, neurocirurgião de renome mundial pertencente aos quadros da Comissão Médica e de Segurança da Fórmula 1 e chefe da equipe médica da corrida, e recebeu os primeiros socorros ainda na pista, ao lado de seu carro destruído, antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.
Mais tarde o Professor Watkins declarou:
“ | Ele estava sereno. Eu levantei suas pálpebras e estava claro, por suas pupilas, que ele teve um ferimento maciço no cérebro. Nós o tiramos do cockpit e o pusemos no chão. Embora eu seja totalmente agnóstico, eu senti sua alma partir nesse momento. | ” |
Foi encontrado no carro de Ayrton Senna uma bandeira austríaca que, em caso de uma possível vitória, Ayrton Senna empunharia em homenagem ao austríaco Roland Ratzenberger, morto um dia antes.[22]
Foi um GP trágico. Além do acidente de Barrichello e das mortes de Senna e Ratzenberger, o acidente entre J.J. Lehto e Pedro Lamy fez arremessar dois pneus para a arquibancada, ferindo vários torcedores. O italiano Michele Alboreto, da Minardi, perdeu um pneu na saída dos boxes e se chocou contra os mecânicos da Ferrari, ferindo também um mecânico da Lotus.
Não bastando isso, durante alguns minutos as comunicações no circuito entraram em colapso, permitindo que o piloto Erik Comas, da equipe Larousse, deixasse o pit-stop e retornasse à corrida quando ela já havia sido interrompida. Comas somente entendeu o que estava acontecendo quando os fiscais de pista mais próximos ao acidente tremularam nervosamente suas bandeiras vermelhas indicando-lhe a situação. Se não fosse por essa atitude, ele poderia ter se chocado com o helicóptero que se encontrava pousado no asfalto da pista aguardando para levar Senna ao hospital.
A imagem de Ayrton apoiado na sua Williams, flagrado pelas tevês, com o olhar distante e perdido, pouco antes do início do GP, ficaria marcada para sempre entre seus fãs.
No Brasil, ficou muito difundida uma frase dita pelo jornalista Roberto Cabrini ao Plantão da Globo, boletim de notícias extraordinário da Rede Globo. Logo após a confirmação da morte de Ayrton, pelo hospital, Cabrini noticiou dizendo, por telefone:
“ | "Morreu Ayrton Senna da Silva... Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar." | ” |
De acordo com a perícia, Senna perdeu o controle do carro devido à quebra da coluna de direção[23] do seu Williams. O documento sugere que houve negligência dos técnicos da equipe numa reparação feita na coluna de direção. Em novembro de 1996, a denúncia do promotor Maurizio Passarini foi acolhida pelo juiz Diego Di Marco. Frank Williams, Patrick Head, Adrian Newey, Federico Bondinelli (um dos responsáveis pela empresa que administrava o autódromo de Ímola), Giorgio Poggi (o responsável pela pista), Roland Bruinseraed (o director da prova), e o mecânico que soldou a coluna de direção do Williams foram indiciados por homicídio culposo, por negligência e imprudência. Porém, em dezembro de 1997, o juiz Antonio Constanzo absolveu os acusados.
Em 2004, um documentário de televisão da National Geographic chamado "A morte de Ayrton Senna" foi transmitido para o mundo inteiro. O programa considerou os dados disponíveis do carro do Senna para reconstituir a sequência de eventos que o conduziu ao acidente fatal. O programa concluiu que o longo período que o safety-car permaneceu na pista fez reduzir as pressões nos pneus de Senna, abaixando o carro. Com o carro mais baixo, o chassi tocou o solo, fazendo o carro saltar e tornando a direção incontrolável. Senna teria reagido, mas, com os pneus travados, ele foi arremessado para fora da curva. O programa concluiu que se as reações do piloto tivessem sido mais lentas, ele talvez pudesse ter sobrevivido. Pilotos e especialistas em Fórmula 1 consideram parte dessa teoria como improvável, pois os pneus de Fórmula 1 se aquecem até a temperatura ideal depois de percorrer apenas 2 km, meia volta no circuito de San Marino, assim na volta 7 os pneus do carro de Senna já estariam aquecidos.
Senna tinha 34 anos quando morreu. Sua morte aconteceu primariamente por um impacto inesperado da roda com o muro, que fez o pneu estourar e, a uma velocidade incrível, o pneu estourado com a roda voou a cerca de 208 km/h, atingindo o capacete verde e amarelo na frente, acima do olho direito. O impacto foi tão forte que a roda voou quase 60 metros e o carro de Senna ainda voltou para a pista. Feitos os cálculos da quantidade de movimento de uma roda de 17 kg e a força proveniente do impacto, concluiu-se que ela seria insuportável e o resultado esperado seria que o cérebro tivesse danos extensos e parte dele vindo praticamente se "liquefazer", mas o capacete suportou boa parte do impacto. O capacete de Senna mostrou uma quebra com grande afundamento acima da viseira, o que assustou todos com a violência do impacto, obviamente insuportável para qualquer ser vivo. Na análise dos médicos na pista, no hospital e na autópsia, depois de constatada a morte cerebral, foram percebidos três graves traumas, um grande choque que provocou fraturas na têmpora e rompeu a artéria temporal, uma fratura na base do crânio devido à potência do impacto, e além do mais um pedaço de fibra de carbono da carenagem penetrou o visor do capacete e adentrou a órbita acima do olho direito, danificando irreversívelmente o lobo frontal. Qualquer um dos três ferimentos seria suficiente para lhe tirar a vida.
Tanto a FIA como as autoridades italianas mantém a versão de que Senna não morreu instantaneamente, e sim no hospital, para onde ele foi levado rapidamente de helicóptero. Existe uma interminável discussão entre as autoridades a esse respeito.
Ainda se discute por que Senna não foi declarado morto na pista. Especula-se que isso se deve à lei italiana que diz que, quando uma pessoa morre em um evento desportivo, essa morte deve ser investigada, fazendo com que o evento seja cancelado. O diretor do instituto legal de medicina do Porto (Portugal), o professor José Eduardo Pinto da Costa, informa o seguinte:
“ | Do ponto de vista ético, o tratamento dado a Senna foi errado. Isso se chama distanásia, que significa que uma pessoa esteve mantida viva impropriamente depois que a morte biológica devido aos ferimentos de cérebro tão sérios que o paciente nunca poderia permanecer vivo sem meios mecânicos da sustentação. Não haveria nenhuma perspectiva de vida normal. Mesmo se ele tivesse sido removido do carro quando seu coração ainda estava batendo é irrelevante à determinação de quando morreu. A autópsia mostrou que Senna sofreu fraturas múltiplas na base do crânio, esmagando a testa e rompendo a artéria temporal com hemorragia nas vias respiratórias.
É possível reanimar uma pessoa depois que o coração para de bater com os procedimentos cardiorrespiratórios. No caso de Ayrton, há um ponto sutil: as medidas da ressuscitação foram executadas. Ainda sob o ponto de vista ético isto pode bem ser condenado, porque as medidas não foram em benefício do paciente, mas um pouco porque serviriam ao interesse comercial da organização. A ressuscitação ocorreu de fato, com a traqueostomia e quando a atividade do coração foi restaurada com o auxílio dos procedimentos cardiorrespiratórios. A atitude na pergunta era certamente controversa. Qualquer médico saberia que não havia nenhuma possibilidade de sucesso em restaurar a vida na circunstância em que o Senna tinha sido encontrado. |
” |
O professor Jose Pratas Vital, diretor do hospital de Egas Moniz em Lisboa, um neurocirurgião e chefe da equipe médica no GP português, oferece uma opinião diferente:
“ | As pessoas que conduziram a autópsia indicam que, na evidência de seus ferimentos, o Senna estava morto. Mas eles não poderiam dizer isso. Ele realmente teve os ferimentos que o conduziram à morte, mas nesse ponto o coração pode ainda ter funcionado. Os médicos que atendem a uma pessoa ferida, e que percebem que o coração ainda está batendo, têm apenas duas atitudes a tomar: uma é assegurar-se de que as vias respiratórias do paciente permaneçam livres, o que significa que ele pode respirar. No caso de Senna, eles realizaram uma traqueostomia, liberando as vias respiratórias. Com oxigênio e a batida do coração, passamos à segunda atitude: a perda de sangue. Estas são as etapas a ser seguidas em todo caso envolvendo ferimento sério, se na rua ou em uma pista. A equipe de salvamento não pode pensar de nada mais nesse momento exceto imobilizar a coluna cervical do paciente. Então a pessoa ferida deve ser levada imediatamente à unidade de cuidados intensivos do hospital o mais próximo. | ” |
Rogério Morais Martins:
“ | De acordo com o primeiro boletim clínico emitido pela Dra. Maria Teresa Fiandri às 16:30, o paciente Ayrton Senna teve dano de cérebro com choque hemorrágico e encontrava-se em coma profundo. Entretanto, a equipe de médica não notou nenhuma ferida na caixa torácica ou no abdômen. A hemorragia foi causada pela ruptura da artéria temporal. O neurocirurgião que examinou o Senna no hospital mencionou que as circunstâncias não exigiam uma cirurgia porque a ferida foi generalizada no crânio.
Às 18:05, a Dra. Fiandri leu um outro comunicado, com a voz agitada, anunciando que Senna estava morto. Nesse momento ele ainda estava ligado aos equipamentos que mantiveram sua pulsação. A liberação pelas autoridades italianas dos resultados da autópsia de Senna que revelaram que o piloto tinha morrido instantaneamente durante a corrida em Imola, inflamou ainda mais controvérsia. Agora havia perguntas a serem respondidas pelo diretor da corrida e pelas autoridades médicas. Embora os porta-vozes do hospital indicassem que Senna ainda estava respirando na chegada a Bolonha, a autópsia em Roland Ratzenberger [que morreu um dia antes] indicou que a morte tinha sido instantânea. Sob a lei italiana, uma morte dentro do circuito exigiria o cancelamento da corrida e toda a área deveria ser mantida intacta para a investigação. |
” |
Dessa forma, eles teriam evitado a morte de Ayrton.
Os médicos não são capazes de afirmar se Senna morreu instantaneamente. Não obstante, estavam bem cientes de que suas possibilidades de sobrevivência eram mínimas. Se vivesse, o dano no cérebro deixá-lo-ia severamente deficiente. Os acidentes como este são quase sempre fatais. Além disso, existem os efeitos no cérebro da desaceleração brusca, que causa dano estrutural aos tecidos cerebrais.
Estima-se que as forças envolvidas no acidente de Ayrton sugerem uma taxa de desaceleração equivalente a uma queda vertical de 30 metros. A autópsia revelou que o impacto a 208 km/h causou os ferimentos múltiplos na base do crânio, tendo por resultado a insuficiência respiratória. Havia um esmagamento do cérebro (que foi arremessado junto à parede do crânio que causa o edema, a hemorragia e o aumento de pressão intra-cranial) junto com a ruptura da artéria temporal que causou a hemorragia nas vias respiratórias e a consequente parada cardíaca.
Quanto à possibilidade de os pilotos estarem ainda vivos quando foram postos nos helicópteros que os levaram ao hospital, os experts acreditam que os organizadores da corrida atrasaram o anúncio das mortes a fim de evitar o cancelamento e assim proteger seus interesses financeiros.
A Sagis, organização que administra o circuito de Ímola, chegou a cancelar a prova mesmo com um prejuízo estimado em US$ 6.5 milhões. A FIA desmente essa informação.
Por conta desse e do acidente de Ratzenberger, a curva Tamburello e a curva Villeneuve foram transformadas em chicanes.
No ano 2000, Senna foi postumamente incluído no International Motorsports Hall of Fame.
A lendária curva Eau Rouge no circuito da Bélgica foi temporariamente readequada para a corrida de 1994. Na foto, Damon Hill dirige pela chicane, onde foi escrita uma mensagem em homenagem a Senna. A morte do piloto foi considerada pelos brasileiros como uma tragédia nacional e o governo brasileiro declarou três dias de luto oficial. O governo brasileiro também lhe concedeu honras de chefe de Estado, com a característica salva de tiros. Estima-se que mais de um milhão de pessoas foram às ruas para ver seu ídolo e render-lhe as últimas homenagens, sem contar os milhões que acompanharam pela televisão desde a chegada do avião que trouxe seu corpo no Aeroporto de Guarulhos, às 5h30 da manhã.
A maioria dos pilotos de Fórmula 1 estiveram presentes no funeral de Senna. Porém o então presidente da FIA, Max Mosley, não compareceu, alegando que estava nos funerais de Ratzenberger no dia 7 de maio, em Salzburgo, na Áustria. Mosley disse à imprensa, dez anos depois: "Fui a esse funeral porque todos estavam no de Senna. Achei que era importante alguém ir a esse."[24]
Na corrida seguinte, em Mônaco, a FIA decidiu deixar vazias as duas primeiras posições no grid de largada, e elas foram pintadas com as cores das bandeiras brasileira e austríaca, em homenagem a Senna e Ratzenberger.
O corpo de Senna está sepultado no jazigo 11, quadra 15, sector 7, do Cemitério do Morumbi, em São Paulo.
Na reforma do autodromo de Interlagos em 1990 uma mudança radical do traçado foi proposta para seguir as regras de limites de distância de um circuito da FIA, e uma grande curva inclinada foi sugerida para ligar a reta dos boxes à curva do sol. Ayrton propôs um "S" que ligasse as duas retas, daí o nome de "S do Senna", pelo design do tricampeão, e não somente uma homenagem dada a ele.
Em 2005, o cantor italiano Cesare Cremonini gravou uma canção intitulada Marmelata #25 e, no refrão, há uma parte que diz em italiano: "Ahh! Desde que Senna não corre mais… não é mais domingo".[25]
Com a morte de Ayrton Senna, novas normas de segurança foram implementadas para a F1. Novas barreiras, curvas redesenhadas, altas medidas de segurança e o próprio cockpit dos pilotos foram mudanças feitas na F1, ligadas diretamente à sua morte.
Ayrton Senna era devoto do catolicismo[26] e costumava ler a Bíblia durante os voos que fazia entre São Paulo e Europa.[27][28] Em Senna, documentário sobre sua carreira de piloto (lançado em 2010), Viviane Senna (irmã de Ayrton) revelou que pouco antes de sua morte, ele abriu a Bíblia em uma página: "Naquela manhã quando ele acordou, pediu a Deus para falar com ele. Abriu a Bíblia e leu um texto que falava que Deus ia dar para ele o maior presente de todos os presentes. Que era Ele mesmo."[29]
Com ajuda do pai, Milton da Silva, do irmão Leonardo e do primo Fábio Machado, Ayrton Senna comandava a holding de empresas da família, a Ayrton Senna Promoções e Empreendimentos.[30] Entre elas, a Ayrton Senna Licensing - criada em 1990 para administrar a concessão do uso da marca (um "S" estilizado, como uma das curvas do autódromo de Interlagos) e a Senna Import - que entre outros, foi responsável pela importação exclusiva para o Brasil de carros da marca Audi.[30][31] O próprio carro pessoal de Senna em 1994 era um Audi S4.[32]
Senna demonstrava publicamente preocupação com a pobreza generalizada no Brasil, especialmente em relação às crianças. Após sua morte, foi descoberto que ele havia doado em segredo uma porção muito grande de sua fortuna pessoal (estimada em cerca de US$ 400 milhões) para ajudar as crianças pobres.[33] Pouco antes de sua morte, ele criou a estrutura de uma organização dedicada às crianças pobres brasileiras, que mais tarde se tornou o Instituto Ayrton Senna.[34][35]
Em relação à política, Ayrton Senna nunca gostou de dar declarações a respeito, evitando revelar votos em eleições, a elencar candidatos de sua estima e a opinar sobre questões ideológicas específicas. Mas sabia-se que Senna mantinha um posicionamento mais conservador, sendo um admirador do notório líder de direita Paulo Maluf, que fora governador de São Paulo e que à época de seu falecimento era prefeito da capital paulista. [36]
No futebol, Ayrton Senna se declarava torcedor do Sport Club Corinthians Paulista,[37] fato muito celebrado pela torcida do referido clube por sua própria condição de ídolo nacional.
Na vida afetiva, Ayrton Senna - sempre muito focado em sua carreira - teve somente quatro casos sérios: Liliane Vasconcellos Souza, Adriane Yasmin, Xuxa Meneghel e Adriane Galisteu.[38] Teve um curto namoro com Rosângela Lago Ferreira da Silva, um menina de Santana (bairro da zona norte de São Paulo). Casou-se com Liliane Vasconcellos Souza, amiga de infância e namorada na adolescência no Jardim Tremembé (também bairro da zona norte de São Paulo) - os dois chegaram a viver juntos na época em que o piloto competia pela Fórmula Ford 1.600, mas a união durou apenas oito meses.[nota 2] Após o divórcio com Liliane, Senna se envolveu em 1984 com Adriane Yasmin (à época com 15 anos), herdeira das empresa Duchas Corona. O relacionamento durou até o final de 1988. Teve um breve e agitado relacionamento com Xuxa[38] e rápidos casos com diversas mulheres, especialmente modelos, como Patrícia Machado,[nota 3] Vanusa Sppindler e Marcella Praddo[39], que chegou a reclamar de Senna a paternidade da filha, Vitória, algo que foi descartado por exames posteriores.[40] Ayrton iniciou um namoro com Adriane Galisteu após o GP do Brasil de 1993, em festa em uma danceteria de São Paulo. O relacionamento durou até a morte do piloto.[38]
A falta de apego de Senna a suas namoradas rendeu fofocas de que ele tinha pouco interesse pelo sexo oposto. Em 1988, Nelson Piquet, em entrevista ao Jornal do Brasil, sugeriu que Senna não gostava do sexo oposto ao pedir que a imprensa perguntasse a Senna por que é que ele não gostava de mulher.[41] A revista italiana Panorama (a de maior circulação do país) dedicou reportagem às dúvidas levantadas por Piquet e a questão foi parar na Justiça. Piquet preferiu se retratar, mas o estrago estava feito. Senna passou a conviver com os boatos e se tornou desafeto de Piquet.[41] Em Agosto de 1990, em uma entrevista para revista Playboy, Senna afirmou que, Piquet não poderia ter feito a insinuação, sugerindo que tinha tido um caso com Catherine Valentim, então mulher do rival.[nota 4]
Além de Nelson Piquet, o francês Alain Prost, que foi companheiro de Senna por duas temporadas na McLaren-Honda, fez uma das rivalidades mais acirradas da história da F-1. Desde o final do campeonato de 1988, havia tensão no relacionamento entre ambos, com o francês acusando a McLaren de dar tratamento preferencial a Senna. A relação se deteriorou durante a temporada de 1989, quando ambos já não se falavam. A colisão dos pilotos durante o GP do Japão daquele ano selou o auge da inimizade. Na temporada de 1990, Prost trocou a equipe pela Ferrari, e Senna daria o troco no rival, em mais um campeonato decidido em uma batida - desta vez favorável ao brasileiro.[42] Mas a relação entre os dois pilotos melhorou após a aposentadoria do francês, e Senna e Prost se aproximaram em 1994.[43] Antes do anúncio da morte de Senna, Prost imediatamente havia se solidarizado após o acidente. O francês participou do funeral do piloto.[44] "O Ayrton e eu tínhamos uma ligação. A sua morte foi o final da minha história com a Fórmula 1. Ninguém pode falar do Ayrton sem falar de mim e ninguém pode falar de mim sem falar dele", declarou Prost.[43][45] O piloto francês chegou a fazer parte do conselho consultivo do Instituto Ayrton Senna.[46]
Senna era amigo íntimo com de Gerhard Berger, que foi seu companheiro de equipe na McLaren entre as temporadas 1990 e 1993. Os dois costumavam brincar um com o outro.[47] Berger é citado dizendo: "Ele me ensinou muito sobre nosso esporte, ensinei-o a rir." No documentárioThe Right to Win, feito em 2004 como uma homenagem a Senna, Frank Williams recordou que, além de um grande piloto, Senna "era um homem ainda maior fora do carro que ele estava nele."
Ayrton foi tio do piloto Bruno Senna (filho de Viviane), de quem declarou em 1993: "Se vocês acham que eu sou rápido, esperem para ver meu sobrinho Bruno."[48]
1981 - Formula Ford 1600 - Equipe Van Diemen (dois campeonatos: P&O Ferries (PO) e Townsend Thoresen (TT))
1982 - Formula Ford 2000 - Equipe Rushen Green Racing (dois campeonatos: Campeonato Inglês Pace British FF 2000 (PB) e Campeonato Europeu de 2000 (EFDA))
1983 - Formula 3 - Campeonato Inglês - Equipe West Surrey Racing (exceto em Macau, quando Senna pilotou para a Marlboro/Tedy Yip)
(Legenda: corrida em negrito indica pole position, corrida em itálico indica volta mais rápida)
Temporada | Equipe | Chassis | Motor | Pneus | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | Pontos | Classificação |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | Rothmans Williams Renault |
Williams FW16 | Renault V10 | G | BRA Ret |
PAC Ret |
SMR Ret |
0 | NC (38º) |
|||||||||||||
1993 | Marlboro McLaren | McLaren MP4/8 | Ford HB V8 | G | AFS 2º |
BRA 1º |
EUR 1º |
SMR Ret |
ESP 2º |
MON 1º |
CAN 18º |
FRA 4º |
ING 5º |
ALE 4º |
HUN Ret |
BEL 4º |
ITA Ret |
POR Ret |
JAP 1º |
AUS 1º |
73 | 2º |
1992 | Honda Marlboro McLaren |
McLaren MP4/6B | Honda V12 | G | AFS 3º |
MEX Ret |
50 | 4º | ||||||||||||||
McLaren MP4/7A | BRA Ret |
ESP 9º |
SMR 3º |
MON 1º |
CAN Ret |
FRA Ret |
ING Ret |
ALE 2º |
HUN 1º |
BEL 5º |
ITA 1º |
POR 3º |
JAP Ret |
AUS Ret |
||||||||
1991 | Honda Marlboro McLaren |
McLaren MP4/6 | Honda V12 | G | EUA 1º |
BRA 1º |
SMR 1º |
MON 1º |
CAN Ret |
MEX 3º |
FRA 3º |
ING 4º |
ALE 7º |
HUN 1º |
BEL 1º |
ITA 2º |
POR 2º |
ESP 5º |
JAP 2º |
AUS *1º |
96 | 1º |
1990 | Honda Marlboro McLaren |
McLaren MP4/5B | Honda V10 | G | EUA 1º |
BRA 3º |
SMR Ret |
MON 1º |
CAN 1º |
MEX 20º |
FRA 3º |
ING 3º |
ALE 1º |
HUN 2º |
BEL 1º |
ITA 1º |
POR 2º |
ESP Ret |
JAP Ret |
AUS Ret |
78 | 1º |
1989 | Honda Marlboro McLaren |
McLaren MP4/5 | Honda V10 | G | BRA 11º |
SMR 1º |
MON 1º |
MEX 1º |
EUA Ret |
CAN 7º |
FRA Ret |
ING Ret |
ALE 1º |
HUN 2º |
BEL 1º |
ITA Ret |
POR Ret |
ESP 1º |
JAP DSQ |
AUS Ret |
60 | 2º |
1988 | Honda Marlboro McLaren |
McLaren MP4/4 | Honda V6 Turbo | G | BRA DSQ |
SMR 1º |
MON Ret |
MEX 2º |
CAN 1º |
EUA 1º |
FRA 2º |
ING 1º |
ALE 1º |
HUN 1º |
BEL 1º |
ITA 10º |
POR 6º |
ESP 4º |
JAP 1º |
AUS 2º |
901 (94) |
1º |
1987 | Camel Team Lotus Honda |
Lotus 99T | Honda V6 Turbo | G | BRA Ret |
SMR 2º |
BEL Ret |
MON 1º |
EUA 1º |
FRA 4º |
ING 3º |
ALE 3º |
HUN 2º |
AUT 5º |
ITA 2º |
POR 7º |
ESP 5º |
MEX Ret |
JAP 2º |
AUS DSQ |
57 | 3º |
1986 | John Player Special Team Lotus |
Lotus 98T | Renault V6 Turbo | G | BRA 2º |
ESP 1º |
SMR Ret |
MON 3º |
BEL 2º |
CAN 5º |
EUA 1º |
FRA Ret |
ING Ret |
ALE 2º |
HUN 2º |
AUT Ret |
ITA Ret |
POR 4º |
MEX 3º |
AUS Ret |
55 | 4º |
1985 | John Player Special Team Lotus |
Lotus 97T | Renault V6 Turbo | G | BRA Ret |
POR 1º |
SMR 7º |
MON Ret |
CAN 16º |
EUA Ret |
FRA Ret |
ING 10º |
ALE Ret |
AUT 2º |
HOL 3º |
ITA 3º |
BEL 1º |
EUR 2º |
AFS Ret |
AUS Ret |
38 | 4º |
1984 | Toleman Group Motorsport |
Toleman TG183B | Hart L4 Turbo | P | BRA Ret |
AFS 6º |
BEL 6º |
SMR NQ |
13 | 9º | ||||||||||||
Toleman TG184 | M | FRA Ret |
MON 2º2 |
CAN 7º |
USE Ret |
EUA Ret |
ING 3º |
ALE Ret |
AUT Ret |
HOL Ret |
ITA | EUR Ret |
POR 3º |
↑ 1 Nos descartes
↑ 2 Foi atribuído metade dos pontos, porque o número de voltas não alcançou 75% de sua distância percorrida.
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Ayrton Senna | |
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Campeão dos Campeões — Prêmio do L'Équipe | |
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Década de 1980 | Eric Heiden (1980) • Sebastian Coe (1981) • Paolo Rossi (1982) • Carl Lewis (1983-84) • Serhiy Bubka (1985) • Diego Maradona (1986) |
Década de 1990 | Ayrton Senna (1990) • Carl Lewis (1991) Michael Jordan (1992) • Noureddine Morceli (1993) • Romário (1994) • Jonathan Edwards (1995) • Michael Johnson (1996) Serhiy Bubka (1997) • Zinédine Zidane (1998) • Andre Agassi (1999) |
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Década de 2010 | Rafael Nadal (2010) • Lionel Messi (2011) |
Campeões da Fórmula 1 - Cronologia | |
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1950-1959 | Farina (1950) • Fangio (1951) • Ascari (1952-1953) • Fangio (1954-1957) • Hawthorn (1958) • Brabham (1959) |
1960-1969 | Brabham (1960) • P. Hill (1961) • G. Hill (1962) • Clark (1963) • Surtees (1964) • Clark (1965) • Brabham (1966) • Hulme (1967) • G. Hill (1968) • Stewart (1969) |
1970-1979 | Rindt (1970) • Stewart (1971) • Fittipaldi (1972) • Stewart (1973) • Fittipaldi (1974) • Lauda (1975) • Hunt (1976) • Lauda (1977) • Andretti (1978) • Scheckter (1979) |
1980-1989 | Jones (1980) • Piquet (1981) • Rosberg (1982) • Piquet (1983) • Lauda (1984) • Prost (1985-1986) • Piquet (1987) • Senna (1988) • Prost (1989) |
1990-1999 | Senna (1990-1991) • Mansell (1992) • Prost (1993) • Schumacher (1994-1995) • D. Hill (1996) • Villeneuve (1997) • Häkkinen (1998-1999) |
2000-2009 | Schumacher (2000-2004) • Alonso (2005-2006) • Räikkönen (2007) • Hamilton (2008) • Button (2009) |
2010-2019 | Vettel (2010-2011) |
McLaren | |||||
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Fundador: Bruce McLaren | |||||
Pessoal de equipe | Martin Whitmarsh • Paddy Lowe • Neil Oatley | ||||
Antigo pessoal: | John Barnard • Ron Dennis • Norbert Haug • Robin Herd • Teddy Mayer • Gordon Murray • Adrian Newey • Steve Nichols • Jo Ramirez • Pat Fry | ||||
Pilotos |
|
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Campeões do Mundo | Emerson Fittipaldi • James Hunt • Niki Lauda • Alain Prost • Ayrton Senna • Mika Häkkinen • Lewis Hamilton | ||||
Carros de Formula 1 | M2B • M4B • M5A • M7A • M7B • M7C • M7D • M9A • M14A • M14D • M19A • M19C • M23 • M26 • M28 • M29 • M29F • M30 • MP4 (MP4/1) • MP4B (MP4/1B) • MP4/1C • MP4/1E • MP4/2 • MP4/2B • MP4/2C • MP4/3 • MP4/4 • MP4/5 • MP4/5B • MP4/6 • MP4/6B • MP4/7A • MP4/8 • MP4/9 • MP4/10 • MP4/10B • MP4/10C • MP4/11 • MP4/11B • MP4/12 • MP4/13 • MP4/14 • MP4/15 • MP4-16 • MP4-17 • MP4-17D • MP4-18 • MP4-19 • MP4-19B • MP4-20 • MP4-21 • MP4-22 • MP4-23 • MP4-24 • MP4-25 • MP4-26 • MP4-27 |
Campeões da Fórmula 3 Inglesa | |||||||
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|
Biografias |
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A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z |
Jack Brabham | |
---|---|
Jack Brabham | |
Informações pessoais | |
Nome completo | John Arthur Brabham |
Nacionalidade | Australiano |
Nascimento | 2 de Abril de 1926 (86 anos) Hurstville, Nova Gales do Sul |
Registros na Fórmula 1 | |
Temporadas | 1955-1970 |
Equipes | Cooper, Maserati, Lotus, Brabham |
GPs disputados | 128 (126 largadas) |
Títulos | 3 (1959, 1960, 1966) |
Vitórias | 14 |
Pódios | 31 |
Pontos | 253 |
Pole positions | 13 |
Voltas mais rápidas | 12 |
Primeiro GP | Grande Prêmio da Inglaterra de 1955 |
Primeira vitória | Grande Prêmio de Mônaco de 1959 |
Última vitória | Grande Prêmio da África do Sul de 1970 |
Último GP | Grande Prêmio do México de 1970 |
Sir John Arthur Brabham, OBE, ou simplesmente Jack Brabham, (2 de abril de 1926) é um ex-automobilista australiano que venceu os campeonatos de Fórmula 1 em 1959, 1960 e 1966.
Brabham é de uma segunda geração de australianos, filho de um dono de mercearia em Hurstville, perto de Sydney. Ele abandonou a escola aos 15 para trabalhar em uma oficina.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Brabham serviu na Royal Australian Air Force. Em 1946, abriu uma pequena oficina. Ele também corria de kart e na sua primeira temporada venceu o campeonato NSW e formou uma parceria com Ron Tauranac.
Em 1955, estreou no Grande Prêmio da Inglaterra pilotando um Maserati, mas transferiu-se para a equipe Cooper e em 1959 Brabham venceu o campeonato, feito que viria a repetir em 1960 novamente com a equipe Cooper.
Brabham levou o Cooper vencedor do campeonato para o Indianapolis Motor Speedway para testes logo após a temporada de 1960 e competiu na Indianapolis 500 com uma versão modificada de um carro de Fórmula 1 em 1961. O carrinho engraçado da Europa foi ridicularizado pelas outras equipes, mas chegou a estar em terceiro e terminou a corrida em nono.
Em 1961, o piloto australiano fundou a Brabham Racing Organization com Ron Tauranac. Pouco antes, havia sido colocada uma limitação na Fórmula 1, de 1500 cilindradas para os motores, o que não foi bom para Brabham, que não venceu nenhuma corrida com o novo carro. A primeira vitória da equipe veio em 1964 com Dan Gurney. Em 1966 a regra mudou para 3000 cc e Brabham, com um Repco-Brabham, venceu o campeonato novamente. Em 1967 o título veio com seu companheiro de equipe Denny Hulme. Em 1970 ele se aposentou e logo após parou completamente com as corridas, vendendo sua equipe para Tauranac antes de retornar para a Austrália. Em 1979 tornou-se cavalheiro.
Os seus três filhos, Geoff, Gary e David, também foram pilotos de corrida.
Jack Brabham foi introduzido no International Motorsports Hall of Fame em 1990.
(Legenda: Corridas em negrito indicam pole position; corridas em itálico indicam volta mais rápida.)
Temporada | Equipe | Chassis | Motor | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | Pontos | Classficação |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1970 | Motor Racing Developments Ltd | Brabham BT33 | Ford Cosworth V8 | AFS 1º |
ESP Ret |
MON 2º |
BEL Ret |
HOL 11º |
FRA 3º |
ING 2º |
ALE Ret |
AUT 13º |
ITA Ret |
CAN Ret |
EUA 10º |
MEX Ret |
25 | 6º |
1969 | Motor Racing Developments Ltd | Brabham BT26A | Ford Cosworth V8 | AFS Ret |
ESP Ret |
MON Ret |
HOL 6º |
ITA Ret |
CAN 2º |
EUA 4º |
MEX 3º |
14 | 10º | |||||
1968 | Brabham Racing Organisation | Brabham BT24 | Repco V8 | AFS Ret |
2 | 23º | ||||||||||||
Brabham BT26 | ESP DNS |
MON Ret |
BEL Ret |
HOL Ret |
FRA Ret |
ING Ret |
ALE 5º |
ITA Ret |
CAN Ret |
EUA Ret |
MEX 10º |
|||||||
1967 | Brabham Racing Organisation | Brabham BT20 | Repco V8 | AFS 6º |
461 (48) | 2º | ||||||||||||
Brabham BT19 | MON Ret |
HOL 2º |
||||||||||||||||
Brabham BT24 | BEL Ret |
FRA 1º |
ING 4º |
ALE 2º |
CAN 1º |
ITA 2º |
EUA 5º |
MEX 2º |
||||||||||
1966 | Brabham Racing Organisation | Brabham BT19 | Repco V8 | MON Ret |
BEL 4º |
FRA 1º |
ING 1º |
HOL 1º |
ALE 1º |
ITA Ret |
421 (45) | 1º | ||||||
Brabham BT20 | EUA Ret |
MEX 2º |
||||||||||||||||
1965 | Brabham Racing Organisation | Brabham BT11 | Climax V8 | AFS 8º |
MON Ret |
BEL 4º |
ING DNS |
ALE 5º |
EUA 3º |
MEX Ret |
9 | 10º | ||||||
1964} | Brabham Racing Organisation | Brabham BT7 | Climax V8 | MON Ret |
HOL Ret |
BEL 3º |
FRA 3º |
ING 4º |
ALE 12º |
11 | 8º | |||||||
Brabham BT11 | AUT 9º |
ITA 14º |
EUA Ret |
MEX 15º |
||||||||||||||
1963 | Brabham Racing Organisation | Lotus 25 | Climax V8 | MON 9º |
14 | 7º | ||||||||||||
Brabham BT3 | BEL Ret |
ITA 5º |
||||||||||||||||
Brabham BT7 | HOL Ret |
FRA 4º |
ING Ret |
ALE 7º |
EUA 4º |
MEX 2º |
AFS 13º |
|||||||||||
1962 | Brabham Racing Organisation | Lotus 24 | Climax V8 | HOL Ret |
MON 8º |
BEL 6º |
FRA Ret |
ING 5º |
9 | 9º | ||||||||
Brabham BT3 | ALE Ret |
EUA 4º |
AFS 4º |
|||||||||||||||
1961 | Cooper Car Compagny | Cooper T55 | Climax L4 | MON Ret |
HOL 6º |
BEL Ret |
FRA Ret |
ING 4º |
4 | 11º | ||||||||
Cooper T58 | Climax V8 | ALE Ret |
ITA Ret |
EUA Ret |
||||||||||||||
1960 | Cooper Car Compagny | Cooper T51 | Climax L4 | ARG Ret |
43 | 1º | ||||||||||||
Cooper T53 | MON DSQ |
HOL 1º |
BEL 1º |
FRA 1º |
ING 1º |
POR 1º |
EUA 4º |
|||||||||||
1959 | Cooper Car Compagny | Cooper T51 | Climax L4 | MON 1º |
HOL 2º |
FRA 3º |
ING 1º |
ALE Ret |
POR Ret |
ITA 3º |
EUA 4º |
311 (34) | 1º | |||||
1958 | Cooper Car Compagny | Cooper T45 | Climax L4 | MON 4º |
HOL 8º |
BEL Ret |
FRA 6º |
ING 6º |
ALE Ret3 |
POR 7º |
ITA Ret |
MAR 11º3 |
3 | 18º | ||||
1957 | Cooper Car Compagny | Cooper T43 | Climax L4 | MON 6º |
FRA 7º2 |
ALE Ret3 |
PES 7º3 |
0 | NC | |||||||||
Rob Walker Racing Team | ING Ret |
|||||||||||||||||
1956 | Jack Brabham | Maserati 250F | Maserati L6 | ING Ret |
0 | NC | ||||||||||||
1955 | Cooper Car Compagny | Cooper T40 | Bristol L6 | ING Ret |
0 | NC |
Campeões da Fórmula 1 - Cronologia | |
---|---|
1950-1959 | Farina (1950) • Fangio (1951) • Ascari (1952-1953) • Fangio (1954-1957) • Hawthorn (1958) • Brabham (1959) |
1960-1969 | Brabham (1960) • P. Hill (1961) • G. Hill (1962) • Clark (1963) • Surtees (1964) • Clark (1965) • Brabham (1966) • Hulme (1967) • G. Hill (1968) • Stewart (1969) |
1970-1979 | Rindt (1970) • Stewart (1971) • Fittipaldi (1972) • Stewart (1973) • Fittipaldi (1974) • Lauda (1975) • Hunt (1976) • Lauda (1977) • Andretti (1978) • Scheckter (1979) |
1980-1989 | Jones (1980) • Piquet (1981) • Rosberg (1982) • Piquet (1983) • Lauda (1984) • Prost (1985-1986) • Piquet (1987) • Senna (1988) • Prost (1989) |
1990-1999 | Senna (1990-1991) • Mansell (1992) • Prost (1993) • Schumacher (1994-1995) • D. Hill (1996) • Villeneuve (1997) • Häkkinen (1998-1999) |
2000-2009 | Schumacher (2000-2004) • Alonso (2005-2006) • Räikkönen (2007) • Hamilton (2008) • Button (2009) |
2010-2019 | Vettel (2010-2011) |
Este anexo ou secção não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade (desde janeiro de 2012). Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus — Bing. Veja como referenciar e citar as fontes. |
Erro de expressão: Operador > inesperado
Andrea De Cesaris | |
---|---|
De Cesaris na Ligier durante o Grande Prêmio de Dallas de 1984 | |
Informações pessoais | |
Nacionalidade | Italiano |
Nascimento | 31 de Maio de 1959 (53 anos) Roma |
Registros na Fórmula 1 | |
Temporadas | 1980-1994 |
Equipes | 10 (Alfa Romeo, McLaren, Ligier, Minardi, Brabham, Rial, Scuderia Italia, Jordan, Tyrrell e Sauber) |
GPs disputados | 214 (208 largadas) |
Títulos | 0 (8º em 1983) |
Vitórias | 0 |
Pódios | 5 |
Pontos | 59 |
Pole positions | 1 |
Voltas mais rápidas | 1 |
Primeiro GP | Grande Prêmio do Canadá de 1980 |
Último GP | Grande Prêmio da Europa, Jerez de la Frontera-Espanha, 1994 |
Andrea De Cesaris (Roma, 31 de maio de 1959) é um piloto automobilístico italiano.
Índice
|
Filho de um comerciante abastado, que mais tarde se tornou no representante da Marlboro em Itália, o italiano começou a sua carreira nos karts, onde se tornou num rei das pistas.
Em 1979 foi vice-campeão de Fórmula 3, atrás do brasileiro Chico Serra, e em 1980 passou para a Fórmula 2, onde correu pela Project Four, a escuderia de Ron Dennis, futuro patrão da McLaren. No final da época, em 1980, De Cesaris teve uma hipótese para correr na Fórmula 1, a bordo de um Alfa Romeo substituíndo o experientíssimo compatriota Vittorio Brambilla nos Grandes Prêmios: Canadá e dos Estados Unidos, onde abandonou em ambas as corridas.[carece de fontes?]
Em 1981, transferiu-se para a McLaren tornando-se conhecido na categoria por destruir 22 chassis na primeira temporada completa, chegando ao ponto de ter a alcunha de “De Crasheris”!... (era um trocadilho com a música Under Pressure, da banda britânica Queen). Contudo, no final da época, Ron Dennis pura e simplesmente despediu-o. No seu primeiro ano, o piloto marcou apenas 1 ponto com o 6º lugar em San Marino e o 18º na classificação geral.[carece de fontes?]
Regressa na Alfa Romeo em 1982, e a rapidez deu-lhe frutos: pole-position em Long Beach (a única da sua carreira). Tem o seu primeiro podium com o 3º lugar em Mônaco absolutamente anormal, com troca de posições em menos de 3 voltas para o final. Marca 5 pontos e o 17º lugar no campeonato. Continua na equipe em 1983, e consegue a sua melhor temporada: dois 2º lugares nos GPs: da Alemanha e da África do Sul, e uma exibição de luxo em Spa-Francochamps. Largando na 3ª posição, ele ultrapassa os franceses Prost (pole) da Renault e Tambay (2ª posição) da Ferrari e contorna a primeira curva à frente deles. O piloto da Alfa Romeo número 22 vai abrindo da concorrência chegando a fazer a volta mais rápida (a única na carreira) e lidera por 18 voltas. Após os pits, retorna na prova em 2º até o motor estourar. No final da época, os 15 pontos dão-lhe o 8º lugar na classificação geral.[carece de fontes?]
Em 1984, passa para a Ligier, mas os resultados são modestos. O melhor que consegue é um 5º lugar em Kyalami, acabando a época no 18º lugar, com 3 pontos. Continua no time francês em 1985, mas agora com o piloto da casa Jacques Laffite como seu companheiro. O 4º lugar no GP de Mônaco prometia muito, até que sofreu um dos mais espetaculares acidentes da Fórmula 1 no GP da Áustria, quando capotou seu carro várias vezes. Entretanto, o piloto do carro azul número 25 não sofreu nenhum arranhão. Indignado, Guy Ligier demite-o da equipe.[carece de fontes?] No desligamento com o time azul, fica apenas com os 3 pontos da corrida do principado e o 17º lugar no campeonato.
Sem grandes hipóteses, em 1986 virou-se para a Minardi, onde nada consegue num carro pesado, lento e pouco fiável e muitos abandonos. Resultado: nenhum ponto.[carece de fontes?]
No ano de 1987 vai para a Brabham e dependia de um patrocinador para disputar todas as provas, uma vez que aspirava a uma vaga numa das tradicionais equipes do circo, que naquela época já se encontrava em irreversível estado de decadência. Na véspera do encerramento das inscrições, o italiano chega ao Rio de Janeiro com o patrocínio na mão (naquela época, o Grande Prêmio do Brasil era disputado em Jacarepaguá), e vai logo para a pista. Depois de três rodadas, retira-se. O carro estava intacto. Contudo, foi com eles que o piloto do carro número 8 voltou ao podium com um 3º lugar na Bélgica. Esses 4 pontos deram-lhe o 14º lugar na geral.[carece de fontes?]
Para o campeonato de 1988, ele é a alma de um novo projeto: a Rial, que era nada mais, nada menos que um ressuscitar da velha ATS, do alemão Gunther Schmidt e equipado com o motor Ford Cosworth aspirado - (no ano seguinte o turbo seria banido da Fórmula 1). Essa aventura deu-lhe alguns resultados de relevo, como um 4º lugar em Detroit. Mas nada mais com 3 pontos e o 15º lugar no final.[carece de fontes?]
No ano de 1989, vai para a Dallara. Na sua nova equipe, na terceira etapa, o GP de Mônaco, o italiano ocupando a 4ª posição vinha para ultrapassar o tricampeão brasileiro Nelson Piquet da Lotus, que era retardatário. Os dois pilotos vão fazer a curva Loews ao mesmo tempo. Resultado: ambos se tocam e ficam emperrados. Dentro de seus cockpits, os dois pilotos discutem como se estivesse num trânsito de rua. Duas etapas seguintes, em Phoenix, o momento cômico do ano, protagonizado por Andrea de Cesaris: ele estava a ser ultrapassado pelo seu companheiro e compatriota Alex Caffi (à caminho do primeiro podium durante a prova), quando… toca nele e o coloca fora de pista.[carece de fontes?] De Cesaris acabou a corrida em 8º lugar, mas provavelmente deve ter voltado a pé para o hotel pelo ato cometido;[carece de fontes?] na etapa seguinte, o chuvoso GP do Canadá, termina em 3º - (o primeiro podium no seu novo time e o último na sua carreira), e os 4 pontos que lhe dão um 17º lugar na geral. Continua mais um ano na equipe em 1990, mas com 12 abandonos, duas provas concluídas, uma não qualificação no grid de largada e uma desclassificação, o piloto do carro número 22 não saiu do zero.
Muda-se para outra equipe estreante: a Jordan e grandes expectativas para o campeonato de 1991. A equipe de Eddie Jordan experiente em Fórmulas inferiores, tinha argumentos de peso: tinha um bom motor, o chassis era simples, mas eficiente, foi a surpresa do ano.[carece de fontes?] O grande momento do intrépido piloto foi o GP da Bélgica. Ele não tinha feito a troca de pneus, e por 10 voltas seguidas ia bravamente na 2ª posição pressionando Ayrton Senna da McLaren, que enfrentava problemas na troca de marchas. O resultado naquele momento era fantástico tanto para o piloto e para o time estreante, mas faltando 3 voltas, o motor Ford do carro verde número 33 estourou deixando ele e a equipe irlandesa decepcionada. Nas etapas seguintes, o piloto de 32 anos não conseguiu repetir o mesmo feito. Com um grande carro no ano de estreia fez 9 pontos e o 9º lugar na classificação.
Eddie Jordan queria o piloto romano para o campeonato de 1992, mas o novo patrocinador do time irlandês é Barclay, o rival da Marlboro, e não podia ficar. Sendo assim, foi para a Tyrrell, onde os seus préstimos foram úteis. Os 8 pontos alcançados no final da época permitiam-lhe repetir o 9º lugar do ano anterior. Mas para 1993, com os motores Ilmor a serem substituídos pelos Yamaha, as coisas ficaram piores, e De Cesaris acabou a época tal como começou: com zero.[carece de fontes?]
Em 1994, De Cesaris estava fora da Fórmula 1 quando a etapa começou no Brasil, mas um incidente nessa corrida que lhe iria providenciar ao piloto uma última época na competição. Primeiro na Jordan, onde substituiu o norte-irlandês Eddie Irvine (suspenso por três provas por ter provocado acidente envolvendo três pilotos em Interlagos), e onde o italiano arrancou um brilhante 4º lugar em Mônaco em sua última prova pelo time. No GP do Canadá, Peter Sauber convoca o destemido piloto romano para substituir o austríaco Karl Wendlinger, que se acidentou nos treinos em Mônaco. Na semana da prova, o romano comemorou o seu GP de número 200 no currículo. Na segunda corrida pelo time suíço, o piloto do carro número 29 marca 1 ponto com o 6º lugar na França;[carece de fontes?] nas sete corridas seguidas ele nem terminou-as incluindo o GP da Europa, em Jerez, na Espanha, a sua última corrida na sua longa carreira. Ao ser comunicado que o piloto austríaco não tinha condições físicas de pilotar as duas últimas corridas do campeonato, Peter Sauber chama novamente o italiano para reassumir a posição vaga de Wendlinger, mas o romano de 35 anos agradeceu o convite e preferiu continuar curtindo o sol e as praias no Havaí. Apenas 4 pontos e o 20º lugar no fechamento de sua carreira.
O legado de Andrea De Cesaris é enorme: em 208 GP’s, espalhados por 15 temporadas, conseguiu uma pole, uma volta mais rápida, cinco pódios e 59 pontos no total. É um dos cinco que atingiu a mística marca dos 200 GP’s.[carece de fontes?]
Depois da carreira de piloto, sumiu de vista durante dez anos. Era corretor da bolsa em Monte Carlo e praticante de “windsurf” nos tempos livres. Reapareceu por alturas do “tsunami” de 2004, quando doou verbas substanciais em populações no Sri Lanka. E depois… veio o GP Masters. A idade tinha passado por ele, mas a forma era a mesma. E continua a dar cartas nessa competição…
Entre 2005 e 2006, correu na extinta Grand Prix Masters.
(legenda) (Corridas em negrito indica pole position e corridas em itálico indica volta mais rápida)
Ano | Equipe | Chassis | Motor | Pneus | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | Pontos | Classificação |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | Sasol Jordan | Jordan 194 | Hart V10 | G | SMR Ret |
MON 4º |
4 | 20º | ||||||||||||||
Broker Sauber Mercedes | Sauber C13 | Mercedes V10 | CAN Ret |
FRA 6º |
ING Ret |
ALE Ret |
HUN Ret |
BEL Ret |
ITA Ret |
POR Ret |
EUR Ret |
|||||||||||
1993 | Tyrrell Racing Organisation | Tyrrell 020C | Yamaha V10 | G | AFS Ret |
BRA Ret |
EUR Ret |
SMR Ret |
ESP DSQ |
MON 10º |
CAN Ret |
FRA 15º |
0 | NC | ||||||||
Tyrrell 021 | ING NC |
ALE Ret |
HUN 11º |
BEL Ret |
ITA 13º |
POR 12º |
JAP Ret |
AUS 13º |
||||||||||||||
1992 | Tyrrell Racing Organisation | Tyrrell 020B | Ilmor V10 | G | AFS Ret |
MEX 5º |
BRA Ret |
ESP Ret |
SMR 14º |
MON Ret |
CAN 5º |
FRA Ret |
ING Ret |
ALE Ret |
HUN 8º |
BEL 8º |
ITA 6º |
POR 9º |
JAP 4º |
AUS Ret |
8 | 9º |
1991 | Team 7Up Jordan | Jordan 191 | Ford HB V8 | G | EUA NPQ |
BRA Ret |
SMR Ret |
MON Ret |
CAN 4º |
MEX 4º |
FRA 6º |
ING Ret |
ALE 5º |
HUN 7º |
BEL 13º |
ITA 7º |
POR 8º |
ESP Ret |
JAP Ret |
AUS 8º |
9 | 9º |
1990 | BMS Scuderia Italia | Dallara F190 | Ford Cosworth V8 | P | EUA Ret |
BRA Ret |
SMR Ret |
MON Ret |
CAN Ret |
MEX 13º |
FRA DSQ |
ING Ret |
ALE NQ |
HUN Ret |
BEL Ret |
ITA 10º |
POR Ret |
ESP Ret |
JAP Ret |
AUS Ret |
0 | NC |
1989 | BMS Scuderia Italia | Dallara F189 | Ford Cosworth V8 | P | BRA 13º |
SMR 10º |
MON 13º |
MEX Ret |
EUA 8º |
CAN 3º |
FRA NQ |
ING Ret |
ALE 7º |
HUN Ret |
BEL 11º |
ITA Ret |
POR Ret |
ESP 7º |
JAP 10º |
AUS Ret |
4 | 17º |
1988 | Rial Racing | Rial ARC1 | Ford Cosworth V8 | G | BRA Ret |
SMR Ret |
MON Ret |
MEX Ret |
CAN 9º |
EUA 4º |
FRA 10º |
ING Ret |
ALE 13º |
HUN Ret |
BEL Ret |
ITA Ret |
POR Ret |
ESP Ret |
JAP Ret |
AUS 8º |
3 | 15º |
1987 | Motor Racing Developments Ltd | Brabham BT56 | BMW L4 Turbo | G | BRA Ret |
SMR Ret |
BEL 3º |
MON Ret |
EUA Ret |
FRA Ret |
ING Ret |
ALE Ret |
HUN Ret |
AUT Ret |
ITA Ret |
POR Ret |
ESP Ret |
MEX Ret |
JAP Ret |
AUS 8º |
4 | 14º |
1986 | Minardi F1 Team | Minardi M185B | Motori Moderni V6 Turbo | P | BRA Ret |
ESP Ret |
SMR Ret |
MON NQ |
BEL Ret |
CAN Ret |
EUA Ret |
FRA Ret |
ING Ret |
ALE Ret |
0 | NC | ||||||
Minardi M186 | HUN Ret |
AUT Ret |
ITA Ret |
POR Ret |
MEX 8º |
AUS Ret |
||||||||||||||||
1985 | Equipe Ligier | Ligier JS25 | Renault V6 Turbo | P | BRA Ret |
POR Ret |
SMR Ret |
MON 4º |
CAN 14º |
EUA 10º |
FRA Ret |
ING Ret |
ALE Ret |
AUT Ret |
HOL Ret |
3 | 17º | |||||
1984 | Ligier Loto | Ligier JS23 | Renault V6 Turbo | M | BRA Ret |
AFS 5º |
BEL Ret |
SMR 6º |
FRA 10º |
MON Ret |
CAN Ret |
USE Ret |
EUA Ret |
ENG 10º |
ALE 7º |
AUT Ret |
HOL Ret |
ITA Ret |
EUR 7º |
POR 12º |
3 | 18º |
1983 | Marlboro Team Alfa Romeo | Alfa Romeo 183T | Alfa Romeo V8 Turbo | M | BRA EXC |
USW Ret |
FRA 12º |
SMR Ret |
MON Ret |
BEL Ret |
USE Ret |
CAN Ret |
ING 8º |
ALE 2º |
AUT Ret |
HOL Ret |
ITA Ret |
EUR 4º |
AFS 2º |
15 | 8º | |
1982 | Marlboro Team Alfa Romeo | Alfa Romeo 179D | Alfa Romeo V12 | M | AFS 13º |
5 | 17º | |||||||||||||||
Alfa Romeo 182T | BRA Ret |
USW Ret |
SMR Ret |
BEL Ret |
MON 3º |
USE Ret |
CAN 6º |
HOL Ret |
ING Ret |
FRA Ret |
ALE Ret |
AUT Ret |
SUI 10º |
ITA 10º |
LVG 9º |
|||||||
1981 | Marlboro McLaren International | McLaren M29F | Ford Cosworth V8 | M | USW Ret |
BRA Ret |
ARG 11º |
SMR 6º |
BEL Ret |
1 | 18º | |||||||||||
McLaren MP4/1 | MON Ret |
ESP Ret |
FRA 11º |
ING Ret |
ALE Ret |
AUT 8º |
HOL NP |
ITA 7º |
CAN Ret |
LVG 12º |
||||||||||||
1980 | Marlboro Team Alfa Romeo | Alfa Romeo 179 | Alfa Romeo V12 | G | CAN Ret |
USE Ret |
0 | NC |
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