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대한민국 大韓民國 (Têrran-minguh) República da Coreia |
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Lema: 널리 인간세상을 이롭게 하라 (홍익인간) "Beneficiar todos os homens" |
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Hino nacional: Aegukga | |||||
Gentílico: sul-coreano | |||||
Localização da Coreia do Sul. |
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Capital | Seul | ||||
Cidade mais populosa | Seul[1] | ||||
Língua oficial | Coreano | ||||
Governo | República Semipresidencialista | ||||
- Presidente | Lee Myung-bak | ||||
- Primeiro-ministro | Kim Hwang-sik | ||||
- Presidente da Assembleia Nacional | Park Hee-tae | ||||
Independência | do Japão | ||||
- Declarada | 1 de março de 1919 | ||||
- Governo provisório | 13 de abril de 1919 | ||||
- Liberação | 15 de agosto de 1945 | ||||
- Constituição | 17 de julho de 1948 | ||||
- Governo proclamado | 15 de agosto de 1948 | ||||
Área | |||||
- Total | 99 720[2] km² (108.º) | ||||
- Água (%) | 0,3 | ||||
Fronteira | com a Coreia do Norte | ||||
População | |||||
48 636 068[2] hab. (26.º) | |||||
- Densidade | 493 hab./km² (12.º) | ||||
PIB (base PPC) | Estimativa de 2011 | ||||
- Total | US$ 1,556 trilhão* USD[3] (12.º) | ||||
- Per capita | US$ 31.753 USD[3] (26.º) | ||||
PIB (nominal) | Estimativa de 2011 | ||||
- Total | US$ 1,163 trilhão* USD[3] (15.º) | ||||
- Per capita | US$ 23.749 USD[3] (32.º) | ||||
Indicadores sociais | |||||
- Gini (2007) | 31,3[4] | ||||
- IDH (2011) | 0,897 (15.º) – muito elevado[5] | ||||
- Esper. de vida | 78,6 anos (34.º) | ||||
- Mort. infantil | 4,1/mil nasc. (10.º) | ||||
- Alfabetização | 99,0% (19.º) | ||||
Moeda | Won (KRW ) |
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Org. internacionais | ONU (OMC) | ||||
Cód. ISO | KR | ||||
Cód. Internet | .kr | ||||
Cód. telef. | +82 |
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Coreia do Sul, oficialmente República da Coreia (em coreano: 대한민국;大韓民國, transl.: Têrran-minguh, AFI: [tɛː.han.min.guk̚]), é um país da Ásia Oriental, localizado na parte sul da Península da Coreia. Sua única fronteira terrestre é com a Coreia do Norte, com a qual formou apenas um país até 1945. Faz fronteira a leste com o Mar do Japão, a sul com o Estreito da Coreia, que o separa do Japão, e a oeste com o Mar Amarelo. Seu território compreende a metade sul da península coreana, englobando cerca de três mil ilhas que a rodeiam, dentre as quais se destacam Jeju, Ulleungdo e os Rochedos de Liancourt. Aproximadamente metade de sua população vive na capital, Seul, ou em sua área metropolitana, que é uma das maiores do mundo (algumas fontes indicam que é a segunda, atrás apenas da área metropolitana de Tóquio, no Japão).[6]
A Coreia é uma das civilizações mais antigas do mundo.[7] Investigadores arqueológicos afirmam que a península foi ocupada desde o Paleolítico Inferior. Através do tempo, a história da Coreia tem sido turbulenta com numerosas guerras, incluindo invasões tanto chinesas quanto japonesas. Desde o estabelecimento da república moderna em 1948, a Coreia do Sul debateu-se com sequelas de conflitos bélicos, como a Guerra da Coreia (1950-1953) e décadas de governos autoritários. Apesar de ser oficialmente uma democracia de estilo ocidental desde a fundação da república, as eleições presidenciais sofreram grandes irregularidades que só terminaram em 1987, quando as primeiras eleições diretas e justas foram levadas a cabo e o país passou a ser considerado como uma democracia multipartidária.
Sua economia tem crescido rapidamente desde a década de 1950. Hoje em dia, é a 13ª maior economia do mundo (por PIB PPA)[3] e está classificado como um dos países mais desenvolvidos do mundo pela Nações Unidas, pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).[8][9][10] Também se encontra entre os países mais avançados tecnologicamente e um dos melhores em comunicações;[11] é o terceiro país com o maior número de usuários de Internet de banda larga entre os países-membros da OCDE, sendo também um dos líderes globais na produção de aparelhos eletrônicos, como dispositivos semicondutores e telefones celulares.[12] Também conta com uma das infraestruturas mais avançadas do mundo,[13] e é o líder da indústria de construção naval, encabeçada por companhias proeminentes como a Hyundai Heavy Industries.
Índice |
No idioma coreano, a Coreia do Sul é chamada de Daehan Min-guk[14] (em coreano: 대한민국, Hanja: 大 (grande) 韓 (Han, nome em chinês) 民國 (povo, nação), literalmente "O grande povo de Han" ou "A grande nação de Han") Hanguk em sua forma curta (한국, "País de Han", utilizado para referir-se à Coreia como um todo) o Namhan (남한;南韓, "A nação do sul", para se referir à Coreia do Sul especificamente). O nome Han é datado das antigas Confederações Samhan da era dos Três Reinos da Coreia. Em português, assim como na maioria das línguas ocidentais, a nação é muitas vezes referida como Coreia. Esta palavra deriva da Dinastia Goryeo, a qual adotou seu nome em referência ao mais antigo Reino de Koguryŏ.[15]
Acredita-se os que primeiros habitantes da Coreia chegaram há aproximadamente 500 mil anos.[15][17] De acordo com a tradição, no ano 2 333 a.C., Tangun (também chamado Dangun), fundou a dinastia Chosŏn (chamado frequentemente de Gojoseon para evitar a confusão com a dinastia do século XIV de mesmo nome).[18]
A antiga Coreia passou a albergar uma série de cidades-estado em constantes guerras, que apareciam e desapareciam constantemente. Contudo, três reinos, Baekje, Silla e Koguryo, se fortaleceram e dominaram a cena histórica da Coreia por mais de duzentos anos, no período conhecido como "os Três Reinos da Coreia".[19] Em 676 d.C., Silla unificou com sucesso quase todo o território coreano, com exceção do reino de Balhae. O domínio destes reinos, sobretudo a Coreia e parte da Manchúria, deu origem ao período dos estados Norte e Sul.[20]
Em 918, o general Wang Geon fundou o reino de Goryeo (ou Koryŏ, de onde provém o nome Coreia). No século XIII, a invasão e dominação dos mongóis debilitou este reino. Depois de quase trinta anos, o reino conservou o domínio sobre o território da Coreia, ainda que, na realidade, era um estado tributário dos mongóis. A queda do Império Mongol foi seguida uma série de lutas políticas e, após a rebelião do general Yi Seong-gye em 1388, a dinastia Goryeo foi substituída pela dinastia Joseon.[18]
Entre 1592 e 1598, os japoneses invadiram a Coreia, depois da dinastia Joseon ter negado a passagem ao exército japonês liderado por Toyotomi Hideyoshi, em sua campanha à conquista da China. A guerra só terminou quando os japoneses se retiraram após a morte de Hideyoshi. É nesta guerra que surge como herói nacional o almirante Yi Sun-sin e a popularização do famoso Navio Tartaruga.[21]
Este artigo contém texto em coreano. Sem suporte multilingue apropriado, você verá interrogações, quadrados ou outros símbolos em vez de hangul ou hanja. |
No século XVII, a Coreia foi finalmente derrotada pelos manchus e se uniu ao Império Chinês da Dinastia Qing. Durante o século XIX, graças à sua política isolacionista, a Coreia ganhou o nome de "Reino Eremita".[15] A dinastia Joseon tratou de proteger-se contra o imperialismo ocidental, mas foram obrigados a abrir suas portas para o comércio ocidental. Depois da Segunda Guerra Sino-Japonesa e da Guerra Russo-Japonesa, a Coreia passou a ser parte do domínio japonês (1910-1945).[22] No final da Segunda Guerra Mundial, as forças japonesas se renderam às forças da União Soviética, que ocuparam o norte da Coreia (atual Coreia do Norte), e dos Estados Unidos, que ocuparam a parte sul (atual Coreia do Sul).[23][24][25]
Em 1948, como consequência da divisão da península entre soviéticos e estadunidenses, sugiram duas novas entidades que permanecem até hoje: a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. No norte, um guerrilheiro antijaponês chamado Kim Il-sung obteve o poder através do apoio soviético; no sul, um político de direita, Syngman Rhee, foi nomeado como presidente.[26]
Em 25 de junho de 1950, a Coreia do Norte invade a Coreia do Sul, dando início à Guerra da Coreia. O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu intervir contra a invasão com uma força liderada pelos Estados Unidos. Essa decisão só foi possível porque o delegado da União Soviética no Conselho de Segurança das Nações Unidas esteve ausente como forma de protesto pela admissão da República Popular da China naquele órgão.[26] Por sua parte, a União Soviética e a China decidiram apoiar a Coreia do Norte, enviando efetivos militares e provisões para as tropas norte-coreanas. A guerra acabaria com baixas massivas de civis norte e sul-coreanos.[26] O armistício de 1953 dividiu a península ao longo da Zona Desmilitarizada da Coreia, traçada muito próxima à linha da demarcação original. Nenhum tratado de paz foi firmado, e tecnicamente os dois países continuaram em guerra. Estima-se que 2,5 milhões de pessoas morreram durante o conflito.[26]
Em 1960 um movimento estudantil levou à renúncia do presidente Syngman Rhee. A este evento seguiu-se um período de instabilidade política, que culminaria com um golpe de estado um ano depois, liderado pelo general Park Chung-hee (o "5-16 coup d' état").[27] Park foi duramente criticado como um ditador sem piedade e pela repressão política ocorrida durante o seu mandato; porém, a sua economia se desenvolveu de maneira significativa, pois o regime incentivou o rápido crescimento econômico impulsionando as exportações. Park foi presidente até ser assassinado em 1979.[27]
Os anos que se seguiram após o assassinato de Park foram novamente marcados por grande agitação política, assistindo-se a múltiplas tentativas de tomada do poder presidencial por parte dos líderes da oposição anteriormente reprimidos. Em 1980, realizou-se um outro golpe de estado, liderado pelo general Chun Doo-hwan contra o governo transitório de Choi Gyuha, que ocupou o cargo de primeiro-ministro da Coreia do Sul durante o mandato de Park. O fato de que Chun assumira a presidência desencadeou protestos a nível nacional exigindo democracia e legalidade nas eleições.[27]
Chun e o seu governo mantiveram a Coreia do Sul sob um regime despótico até 1987, quando manifestações de trabalhadores e de grupos opositores estalaram por todo o país. Finalmente, o partido político de Chun (Partido Democrático de Justiça) e seu líder, Roh Tae-woo, deram a conhecer a declaração de 29 de junho, que incluía as chamadas eleições diretas para eleger o novo presidente. Roh ganhou as eleições por uma estreita margem contra os dirigentes dos principais partidos políticos de oposição, Kim Dae-jung e Kim Young-sam.[27]
Em 1988, Seul organizou exemplarmente os Jogos Olímpicos de Verão,[28] e em 1996 continuou seu desenvolvimento econômico que levou o país à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.[29] Como a maioria de seus vizinhos asiáticos, a economia local foi afetada pela Crise financeira asiática de 1997. Porém, o país foi capaz de se recuperar e continuar o seu crescimento e continua a ser um dos principais Tigres Asiáticos.[17]
Em junho de 2000, foi celebrada pelo presidente Kim Dae-jung a Declaração de Paz e Prosperidade, em Pyongyang, capital da Coreia do Norte.[2] Mais tarde, nesse mesmo ano, Kim recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho para a democracia e os direitos humanos na Coreia do Sul e no leste asiático em geral e para a paz e reconciliação com a Coreia do Norte em particular.[30] Em 2002, Coreia do Sul e Japão foram anfitriões da Copa do Mundo. Mais tarde, as relações entre ambas as nações se deterioraram, devido ao conflito sobre a possessão dos Rochedos de Liancourt (em coreano: Dodko).[31]
A Coreia do Sul ocupa a parte sul da península da Coreia, que se estende ao longo de 1 100 km desde o continente asiático. A península montanhosa está flanqueada pelo Mar Amarelo a oeste e pelo Mar do Japão a leste. No extremo sul encontra-se o Estreito da Coreia e o Mar da China Oriental. Sua superfície territorial é de 100 032 km².[32]
O território nacional pode ser dividido em quatro regiões gerais: a região oriental de montes altos e planícies costeiras estreitas; a região ocidental com amplas planícies costeiras e bacias; a região sudoeste com montanhas e vales e a região sudeste, onde predomina a ampla bacia do Rio Nakdong.[33] O relevo é predominantemente montanhoso, e a maior parte do solo não é cultivável. As terras baixas, localizadas principalmente a oeste e a sudeste, constituem apenas 30% da área total de terra.[34]
Aproximadamente três mil ilhas, em sua maioria pequenas e desabitadas, se encontram frente às costas oeste e sul. Jeju-do se encontra a aproximadamente cem quilômetros da costa sul. É a maior ilha do país, com aproximadamente 1 845 km². Em Jeju encontra-se o ponto mais alto da Coreia do Sul: Hallasan, um vulcão extinto, com 1 975 metros de altitude acima do nível do mar.[2] As ilhas mais orientais incluem Ulleungdo e os Rochedos de Liancourt (Dokdo); os locais mais a sul são Marado e o Rochedo de Socotra. Existem cerca de vinte parques nacionais, os quais, juntamente com alguns sítios naturais, gozam de grande popularidade entre os turistas, como as plantações de chá de Boseong e o parque ecológico da baía de Suncheon), na província de Jeolla do Sul.[35] Os rios principais são o Han e o Nakdong, que nascem no sistema montanhoso do Taebaek. O Rio Han se dirige até à costa oeste para desaguar no Mar Amarelo, enquanto que o Nakdong, mais extenso, circula na direção sul até alcançar o Estreito da Coreia.[36]
O clima predominante na Coreia do Sul é o continental.[37] Em uma curta temporada de chuvas denominada jangma, que começa em finais de junho e termina no final do mês de julho, o país é afetado por uma monção, com precipitações mais abundantes durante o verão.[38] Os invernos podem ser muito frios, com uma temperatura mínima que pode alcançar os -20 °C na parte mais setentrional do país. Em Seul, a média da temperatura varia entre -7 °C e 1 °C (no inverno), enquanto em agosto ascende a 22 °C a 30 °C.[39] As temperaturas são altas durante o inverno ao largo da costa sul e consideravelmente baixas no interior montanhoso. As precipitações se concentram nos meses de verão, de junho a setembro. Na mesma época, a costa sul está sujeita a tufões que trazem ventos fortes e chuvas intensas. A precipitação média anual varia de 1 370 milímetros em Seul a 1 470 mm em Busan.[2]
A vegetação mais abundante no país é típica de floresta decídua temperada.[40] Aí se encontram espécies vegetais de folha caduca (como o acer, o ulmeiro e o choupo) e árvores de folha persistente, como o pinheiro e o abeto.[41] Nas zonas costeiras do sul só se podem encontrar espécies distintas que não crescem no resto do país, como o bambu, o loureiro e o carvalho.[41] Os bosques cobrem cerca de dois terços do território nacional, ainda que a sua extensão se encontre em constante diminuição devido às atividades humanas.[42]
O bosque misto se caracteriza por abrigar múltiplas espécies de mamíferos grandes e pequenos, assim como uma grande quantidade de aves e insetos. Os mamíferos roedores, porcos-espinho, lebres, falcões, corujas e outras espécies de animais pequenos têm sobrevivido aos impactos humanos, que têm substituído estas espécies por animais domésticos, como cães, gatos, cavalos, entre outros.[44] Porém, grandes espécies de mamíferos, como tigres, leopardos, ursos, linces, encontram-se ameaçados de extinção, devido principalmente à constante caça e à destruição de seus habitats.[45]
Por ser uma das zonas mais vigiadas de todo o planeta e devido à restrição de acesso a todos os civis, a Zona Desmilitarizada da Coreia é um dos principais lugares naturais do país, onde se conserva uma das maiores áreas de conservação da flora e fauna nativa da região.[46] O isolamento natural de grande parte da zona (cerca de 1 000 km²) converteu a a zona num das locais naturais mais bem preservados e no último refúgio de várias espécies ameaçadas.[47] Grupos de ecologistas e cientistas têm identificadas aproximadamente 2 900 espécies vegetais, 70 de mamíferos e 320 variedades de aves na zona.[47] Outras investigações realizadas acerca da região estimam que existem mais exemplares e outras espécies de regiões circundantes.[48]
Durante os primeiros vinte anos do crescimento urbano que começou em meados da década de 1970, poucos esforços foram realizados para preservar o meio ambiente.[49] A industrialização e o desenvolvimento econômico excessivos tiveram como resultado a desflorestação e a destruição contínua dos ecossistemas.[50] Recentemente têm sido realizados esforços para equilibrar estes problemas, incluindo um projeto de cinco anos denominado "crescimento verde", com um custo de 84 milhões de dólares, com o qual o governo pretende impulsionar as tecnologias e a produção de energia amigas do ambiente.[51]
A estratégia econômica baseada na ecologia é uma grande viragem estratégica na economia coreana, e consome quase 2% do PIB nacional. A iniciativa da ambientalização inclui várias propostas, como uma rede nacional de ciclismo, o uso de energia solar, a diminuição de veículos que usam combustíveis fósseis e o incremento do uso de tecnologias ecológicas.[52] O país planeja construir uma rede de Internet nacional de última geração, a qual será dez vezes mais rápida que os serviços de banda larga atuais, a fim de reduzir o consumo de energia.[52]
Recentemente, a água encanada de Seul tornou-se segura para o consumo humano, pelo fato de os funcionários da cidade realizarem campanhas, como o Arisu, com a intenção de convencer o público a consumi-la.[53] Também têm sido realizadas múltiplas ações no âmbito da reflorestação. Outro projeto multimilionário da cidade foi a restauração do Cheonggyecheon, um parque localizado no centro da capital sul-coreana, que fora anteriormente atravessado por uma autoestrada.[54] Um importante desafio para os sul-coreanos é a qualidade do ar, já que todos os anos se registam problemas como a chuva ácida e a presença de dióxido de enxofre no ar, entre outros.[49] Muitas destas dificuldades reconhecidas são o fato da proximidade do país com a China, um dos principais poluidores da atmosfera a nível mundial.[49]
A Coreia do Sul é membro do Protocolo Ambiental da Antártida, do Tratado da Antártida, da Convenção sobre Diversidade Biológica, do Protocolo de Quioto (formando com o México e a Suíça o Grupo de Integrada Ambiental - GIA -, sob a supervisão da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima).[55] Também faz parte de vários acordos e convenções que trabalham sobre temas ambientais, tais como: a desertificação, as espécies ameaçadas de extinção, a modificação ambiental, o dejeto de materiais perigosos no ar, a proibição de testes nucleares, a preservação da camada de ozônio e a preservação de zonas úmidas.[2]
A Coreia do Sul é notável por sua densidade demográfica de 487,7 habitantes por quilômetro quadrado,[56] mais de dez vezes em relação à média mundial. A maioria do sul-coreanos vive em zonas urbanas, devido à migração massiva do campo para as cidades durante a rápida expansão econômica entre as décadas de 1970, 1980 e 1990.[57] Sua capital é a cidade mais populosa e um dos principais centros industriais do país.[1] A Área da Capital Nacional de Seul (Sudogwon) tem 24 milhões de habitantes, constituindo-se na segunda região metropolitana mais populosa do mundo.[58][59][60] Outras cidades importantes são Busan (3,5 milhões de habitantes), Incheon (2,5 milhões), Daegu (2,5 milhões), Daejeon (1,4 milhões), Gwangju (1,4 milhões) e Ulsan (1 milhão).[61][62]
A população também tem sido modelada pela migração que se seguiu à divisão da Península da Coreia, ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, quando aproximadamente quatro milhões de norte-coreanos cruzaram a fronteira em direção a sul. Esta tendência de crescimento foi invertida nos quarenta anos seguintes devido à emigração, especialmente para os Estados Unidos e Canadá. Em 1960, a população total era de 25 milhões.[63] Hoje, esse número ultrapassa 49,5 milhões de habitantes.[64]
A sociedade é homogênea, já que 98% dos seus habitantes são etnicamente coreanos.[2] Ainda que continue sendo mínima, a população de habitantes não-coreanos tem aumentado.[65] Em 2009, 1 106 084 estrangeiros residiam no país, mais do que o dobro em relação a 2006. Os imigrantes vindos da China formam 56,5% do total. Porém, muitos deles são joseonjoks, isto é, cidadãos chineses de origem coreana.[66] Aproximadamente 33 mil mongóis formam a maior comunidade mongol residente no estrangeiro.[67][68] Outra minoria notável são as mulheres do sudeste asiático, que em 2006 constituíam 41% dos matrimônios com agricultores coreanos.[69] Cerca de 43 mil professores de língua inglesa vindos dos EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Irlanda e África do Sul residem temporariamente na Coreia do Sul.[70]
A taxa de natalidade sul-coreana é a mais baixa do mundo.[71] Esta tendência tende a continuar, prevendo-se que em 2050 a população diminua 13%, ficando com 42,3 milhões de habitantes.[72] Em 2008, a taxa de natalidade anual era de nove nascimentos para cada mil pessoas,[2] enquanto que a esperança de vida era de 79,10 anos,[73] a 40ª mais elevada do mundo.[74]
Cidades mais populosas da Coreia do Sul (população de 2010)[75] |
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Seul Busan |
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Posição | Cidade | Província | Pop. | Posição | Cidade | Província | Pop. | Incheon Daegu |
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1 | Seul | Seul | 9 708 483 | 11 | Goyang | Gyeonggi-do | 897 174 | ||||
2 | Busan | Busan | 3 403 105 | 12 | Yongin | Gyeonggi-do | 852 505 | ||||
3 | Incheon | Incheon | 2 637 652 | 13 | Bucheon | Gyeonggi-do | 847 841 | ||||
4 | Daegu | Daegu | 2 444 085 | 14 | Ansan | Gyeonggi-do | 722 598 | ||||
5 | Daejeon | Daejeon | 1 495 453 | 15 | Cheongju | Chungcheongbuk-do | 667 726 | ||||
6 | Gwangju | Gwangju | 1 469 293 | 16 | Jeonju | Jeollabuk-do | 643 079 | ||||
7 | Ulsan | Ulsan | 1 081 985 | 17 | Anyang | Gyeonggi-do | 603 184 | ||||
8 | Suwon | Gyeonggi-do | 1 064 951 | 18 | Cheonan | Chungcheongnam-do | 574 022 | ||||
9 | Changwon | Gyeongsangnam-do | 1 062 731 | 19 | Namyangju | Gyeonggi-do | 523 301 | ||||
10 | Seongnam | Gyeonggi-do | 951 424 | 20 | Pohang | Gyeongsangbuk-do | 510 079 |
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Religião | Porcentagem | |||
Sem religião (incluindo ateísmo) |
|
48,9% | ||
Budismo |
|
23,3% | ||
Protestantismo |
|
19,8% | ||
Catolicismo |
|
6,7% | ||
Outras religiões |
|
0,6% | ||
Confucionismo |
|
0,4% | ||
Wonbulgyo |
|
0,2% | ||
Chundo kyo |
|
0,1% |
Em 2005, quase metade da população sul-coreana expressou que não tinha preferência religiosa.[77] Dos restantes, a maioria são cristãos e budistas; a população em 2010 era dividida em: 43,1% cristã (18,3% protestantes, 10,9% católicos e 13,9% de outras denominações cristãs) e 22,8% eram budistas.[78][79] Outras religiões praticadas no país incluem o islã e vários outros novos movimentos religiosos, como o jeungismo, o daesunismo, o cheondoísmo e o budismo won. Hoje em dia, a liberdade de culto está garantida pela constituição e não há nenhuma religião de estado.[80]
O cristianismo é a religião mais professada em todo o país, já que conta com mais da metade de todos os adeptos religiosos. Segundo estatísticas do governo em 1985, dos 42,6 milhões de habitantes que viviam na Coreia, 16,5% da população era protestante (6,5 milhões) e 5% católica (1,9 milhão).[81] A Igreja Católica é a igreja cristã que mais tem crescido desde a década de 1980,[82] e em 2010 já eram 5,1 milhões de fiéis.[83] A Coreia do Sul é a segunda nação com o maior número de missionários.[84]
O budismo foi introduzido na Coreia no ano 372 d.C.[85] Segundo o censo nacional de 2005, no país existiam mais de dez milhões de budistas.[79] A maioria dos tesouros nacionais são artefatos de budistas. Junto com o neoconfucionismo, o budismo foi a religião de estado durante o período dos Três Reinos da Coreia, durante a dinastia Joseon.[86] O islã conta com pouco mais de trinta mil seguidores nativos, além de mais de cem mil trabalhadores estrangeiros provenientes de países muçulmanos,[87] especialmente do Paquistão e do Bangladesh.[88]
O idioma oficial do país e o mais falado pelos sul-coreanos é o coreano, cuja classificação ainda é objeto de debate; alguns autores afirmam que ela pertence à família altaica, enquanto outros afirmam que é uma língua isolada.[89] O coreano tem o seu próprio alfabeto, o hangul, que foi inventado ao redor do século XV.[90] Ainda que por seu aspecto pareça ser um alfabeto pictográfico, na realidade é um alfabeto organizado em blocos silábicos. Cada um destes blocos consiste em pelo menos dois dos 24 caracteres (jamo): pelo menos uma das quatorze consoantes e uma das dez vogais. Os alfabetos hanja (chinês) e o latino são usados dentro de alguns textos em coreano, uma prática mais usual no sul do que no norte.[91]
Ainda que também seja o idioma nacional da vizinha Coreia do Norte, o coreano falado na Coreia do Sul difere dos falado pelos norte-coreanos em alguns aspectos como a pronúncia, a ortografia, a gramática e o vocabulário.[92] O inglês é usado como segunda língua pela maioria da população, além de ser ministrado de forma obrigatória nas escolas secundárias.[2]
O governo é definido como uma democracia presidencialista. Como muitas democracias, no país há a divisão em três poderes em executivo, legislativo e judiciário.[2] Os ramos executivo e legislativo são operados principalmente a nível nacional, ainda que vários ministérios no poder executivo também realizem funções locais. Os governos provinciais são semiautônomos e contam com órgãos legislativos próprios. O ramo judicial opera tanto a nível nacional quanto a nível local.[93]
O chefe de estado é o presidente, eleito por voto direto popular para um mandato de cinco anos. Além de ser o mais alto representante da república e o comandante em chefe das forças armadas, o presidente também nomeia o primeiro-ministro (após a aprovação do parlamento) e preside o Conselho do Estado. O primeiro-ministro é o chefe do governo do país e desempenha muitas funções do poder executivo. O parlamento sul-coreano, unicameral, se chama Gukhoe (assembleia nacional). Seus membros exercem um mandato de quatro anos. A legislatura atual tem 299 membros,[2][94] dos quais 245 são eleitos por voto regional e os outros 54 são distribuídos por uma representação proporcional.[93][93][94] A instituição judicial mais elevada é o Tribunal Supremo, cujos juízes são nomeados pelo presidente através do consentimento parlamentar.[93]
A estrutura do governo sul-coreano está determinada pela constituição, um documento que tem sofrido várias modificações desde 1948, data em que foi promulgada, pouco depois da independência. A constituição tem conservado muitas de suas características gerais, com exceção da efêmera Segunda República da Coreia do Sul, onde o país sempre vem contando com um sistema presidencial e com um líder do poder executivo independente do presidente.[95] As primeiras eleições diretas decorreram em 1948, ainda que a Coreia do Sul tenha sido governada por diversas ditaduras militares entre as décadas de 1960 e de 1980, após o que o país se converteu em uma democracia liberal. Hoje em dia, segundo a The World Factbook, a democracia sul-coreana é considerada como uma "democracia moderna completamente funcional".[2]
A Coreia do Sul mantém relações diplomáticas com aproximadamente 170 países do mundo.[96] O país também é membro da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1991, quando foi convertido em um estado-membro ao mesmo tempo que a Coreia do Norte.[97][98] Em 1º de maio de 2007, o ex-ministro dos negócios estrangeiros, Ban Ki-moon, assumiu o cargo de Secretário Geral da ONU.[99]
Desde maio de 2007, Coreia do Sul e União Europeia negociaram um acordo de livre comércio para reduzir as barreiras comerciais entre ambas as entidades.[100] O mesmo está sendo feito com o Canadá[101] e a Nova Zelândia.[102] Em 2010, a nação foi admitida no Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento da OCDE, sendo a primeira vez que um país que recebe ajuda deste organismo se converte como membro pleno do mesmo.[103] Em novembro de 2010, Seul acolheu a cúpula do G-20.[104][105][106]
Uma larga história de invasões por parte de seus vizinhos e a tensão por resolver com a Coreia do Norte têm feito com que a nação gastasse 2,6% do seu PIB e 15% do seu orçamento anual com as suas forças armadas, ao mesmo tempo em que mantém o serviço militar obrigatório.[107] A Coreia do Sul é o sexto país do mundo em número de tropas ativas,[108] o segundo em número de reservistas[108] e o 12º em termos de orçamento para a defesa. O país, com uma média de 3,7 milhões de militares numa população de cinquenta milhões de pessoas, tem o segundo índice de soldados per capita,[108] atrás apenas da Coreia do Norte.[109]
As forças armadas da Coreia do Sul são constituídas pelo exército (ROKA), marinha de guerra (ROKN), força aérea (ROKAF), fuzileiros navais (ROKMC) e as forças de reserva.[110] Na zona desmilitarizada estão concentrados quase dois milhões de efetivos. A constituição determina que todos os cidadãos nativos são obrigados a servir as forças armadas por um período de dois anos.[111] Porém, têm ocorrido debates sobre o reajustamento da duração dos serviços militares, e inclusivamente a eliminação do serviço militar obrigatório. Recentemente o governo isentou vários estudantes desse serviço de forma a permitir um maior aprofundamento nos campos de investigação. Os coreanos de ascendência estrangeira estão isentos do serviço militar.[112] Junto com os soldados, alguns sul-coreanos são selecionados para servir por dois anos no programa Aumento coreano ao exército dos Estados Unidos (KATUSA).[113]
O exército sul-coreano conta com mais de 23 mil tanques em operação,[114] enquanto a marinha tem a sexta maior frota de contratorpedeiros no mundo.[115] A força aérea é a nona maior do seu tipo,[116] e conta principalmente com aviões de caça estadunidenses, como o F-15K, KF-16 e o KAI T-50 Golden Eagle.[117]
Desde a Guerra da Coreia, os Estados Unidos mantêm estacionado um importante contingente de tropas no território sul-coreano para defender o país em caso de ataques da Coreia do Norte. O número desses militares ascende a mais de 29 mil soldados.[118] Em meados de 2007, o secretário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e o Ministro da Defesa Nacional da Coreia do Sul determinaram que os sul-coreanos retomassem o controle operacional de suas forças em 17 de abril de 2012. O exército dos Estados Unidos poderá se transformar em um novo comando de guerra, provavelmente descrito como "Comando da Coreia" (KORCOM).[119]
A Coreia do Sul está subdividida em nove províncias, seis cidades metropolitanas e uma cidade especial (Seul, a capital).[76][120]
Posição | Nome | Nome em hangul | Nome em hanja | ||
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1 | Seul | 서울특별시 | 서울特別市 | ||
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2 | Busan | 부산광역시 | 釜山廣域市 | ||
3 | Daegu | 대구광역시 | 大邱廣域市 | ||
4 | Incheon | 인천광역시 | 仁川廣域市 | ||
5 | Gwangju | 광주광역시 | 光州廣域市 | ||
6 | Daejeon | 대전광역시 | 大田廣域市 | ||
7 | Ulsan | 울산광역시 | 蔚山廣域市 | ||
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8 | Gyeonggi | 경기도 | 京畿道 | ||
9 | Gangwon | 강원도 | 江原道 | ||
10 | Chungcheong do Norte | 충청북도 | 忠淸北道 | ||
11 | Chungcheong do Sul | 충청남도 | 忠淸南道 | ||
12 | Jeolla do Norte | 전라북도 | 全羅北道 | ||
13 | Jeolla do Sul | 전라남도 | 全羅南道 | ||
14 | Gyeongsang do Norte | 경상북도 | 慶尙北道 | ||
15 | Gyeongsang do Sul | 경상남도 | 慶尙南道 | ||
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16 | Jeju | 제주특별자치도 | 濟州特別自治道 | ||
Atualmente, a Coreia do Sul é um país desenvolvido e, entre as décadas de 1960 e 1980, teve uma das taxas de crescimento econômico mais rápidas do mundo.[121] A rápida transformação em uma economia rica e industrializada em um curto período de tempo foi denominada "o milagre do rio Han". Este notável crescimento econômico ocorreu através da fabricação orientada à exportação e a uma força de trabalho altamente qualificada.[122] Em 2009, era o nono país com mais rendimentos devido principalmente às exportações.[123]
É a maior economia dos tigres asiáticos, a quarta maior da Ásia e a décima-terceira do mundo. É um importante parceiro comercial das maiores economias mundiais; por exemplo, é o terceiro melhor parceiro da República Popular da China e do Japão,[2][124] o sétimo dos Estados Unidos[125] e o oitavo da União Europeia.[126]
Sua capital, Seul, está constantemente colocada entre as dez cidades financeiras e comerciais mais importantes para a economia global.[127][128] e foi nomeada pela revista Forbes como a sexta cidade economicamente mais poderosa do mundo.[127] O PIB per capita é cerca de trinta mil dólares.[129][130]
Como membro da OCDE, é considerado pelo Banco Mundial como uma economia de alto rendimento, pelo FMI e pela CIA[131] e como um mercado desenvolvido pelo grupo FTSE. Conta com um Índice de Desenvolvimento Humano muito elevado de 0,897, o 15º maior do mundo,[5] particularmente no setor educacional, onde é classificado como o primeiro do continente asiático e o sétimo do mundo. Segundo o Índice Global de Inovação, é considerado como o país mais inovador do mundo.[132]
Atualmente, a nação faz parte do G20 (grupo das maiores economias do mundo) e foi o primeiro país asiático a sediar uma cúpula desse grupo.[133] É um dos 24 membros selecionados pela OCDE para integrar o Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento, onde se encontram entre os países dominantes mais importantes do mundo, cuja principal missão é contribuir na ajuda ao desenvolvimento e a redução da pobreza nos países em desenvolvimento.[103] Também é um membro fundador do Fórum de Cooperação da Ásia e do Pacífico (APEC), da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e da Cúpula do Leste Asiático (EAS).[2]
Sua economia é liderada por grandes conglomerados conhecidos como chaebol, incluindo as multinacionais Samsung, LG, Hyundai e Kia. As dez maiores empresas sul-coreanas são a Samsung, POSCO, Hyundai, Grupo financeiro KB, Companhia elétrica da Coreia, seguros de vida Samsung, Grupo financeiro Shinhan, LG Electronics, Hyundai Mobis e LG Chem.[134][135]
O país conta com uma infraestrutura de alta tecnologia, além de ter os maiores sistemas de banda larga e fibra ótica do mundo,[138] tendo o maior índice per capita de acesso à Internet em banda larga.[139][140] Em média, as conexões de Internet no país são as de maior largura de banda do mundo (100 Mbps). Está previsto que o governo utilizará cabos de fibra óptica para elevar esta média para 1 Gbps em 2012.[141] O país é também líder mundial na produção de telas em LCD, OLED e plasma.[142] A Samsung e LG estão entre as três maiores fabricantes de televisores[143] e telefones celulares.[144] Em 2009 a Samsung era a segunda maior fabricante de eletrodomésticos a nível internacional.[145]
A nação é um dos líderes de inovação e tecnologia, sendo o terceiro país com mais patentes registradas, atrás apenas do Japão e dos Estados Unidos.[146] Em 2007 detinha a maior taxa de crescimento de patentes dentre os países desenvolvidos (14,8%).[146]
A educação é considerada fundamental para o êxito e, em consequência, é alvo de grande atenção governamental, com gastos correspondentes a 4,2% do PIB.[2] Segundo dados de 2006 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos da OCDE, o país ficou em primeiro lugar na resolução de problemas, terceiro lugar em matemática e décimo-primeiro em ciência.[147] O sistema educativo está tecnologicamente avançado e foi o primeiro país do mundo a equipar todas as escolas primárias e secundárias do país com Internet de banda larga. Com esta infraestrutura, o país tem desenvolvido os primeiros livros didáticos digitais no mundo, que serão distribuídas de forma gratuita ao estudantes do ensino primário e aos secundário até 2013.[148]
Uma administração centralizada supervisa e administra as escolas para a educação dos meninos desde o jardim de infância até o terceiro e último ano do ensino secundário. O país adotou recentemente um novo programa educativo visando aumentar o número dos estudantes estrangeiros na Coreia do Sul. De acordo com as estimativas do Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia, em 2010 será duplicado o número de bolsas de estudo para estrangeiros, cujo número deverá atingir os cem mil.[149] O ano escolar é dividido em dois semestres. O primeiro começa em meados de março e termina a meados de julho, enquanto o segundo semestre começa no final de agosto e termina em fevereiro do ano seguinte. Os horários não se encontram exatamente definidos, pois variam de uma escola para outra.[150][151][152]
A Coreia do Sul colocou em órbita dois satélites: o "Arirang-1" em 1999 e o "Arirang-2" em 2006, como parte de sua associação para a exploração espacial com a Rússia.[153] O Centro Espacial Naro, o primeiro do seu tipo no país, foi concluído em 2008, em Goheung, na província de Jeolla do Sul. Em 2009, um veículo de lançamento sul-coreano decolou em Naro, mas não chegou a completar sua missão.[154] Em abril de 2008, Yi So-yeon foi a primeira coreana a voar no espaço, a bordo da Soyuz TMA-12 russa.[155] Em junho de 2010, um segundo veículo igual ao seu antecessor foi lançado, mas explodiu pouco depois de ter sido lançado.[156]
Desde 2003 a robótica tem sido incluída na lista dos principais projetos nacionais de pesquisa e desenvolvimento.[157] Em 2009 o governo anunciou planos para construir parques temáticos de robôs em Incheon e Masan, financiado por fundos mistos públicos e privados.[158] Em 2005, o Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia desenvolveu um segundo robô humanoide do mundo, o HUBO.[159] Em maio de 2006, uma equipe do KITECH (Instituto de Tecnologia Industrial da Coreia) desenvolveu o primeiro androide coreano, o EveR-1.[160]
Desde a década de 1980, o governo sul-coreano tem investido ativamente no desenvolvimento da indústria nacional de biotecnologia. O setor médico é destinatário de grande parte da produção deste tipo de indústria, incluindo a produção de vacinas e antibióticos. Recentemente, a investigação e o desenvolvimento na genética, nomeadamente na clonagem, tem recebido maior atenção, desde a primeira clonagem feita em um cão, Snuppy, e a clonagem de duas fêmeas de uma espécie de lobos em perigo de extinção pela Universidade Nacional de Seul em 2007.[161] O rápido crescimento da indústria biotecnológica tem sido traduzida em uma prova importante para a regulação da ética profissional, como sucedeu com o famoso caso do cientista Hwang Woo-Suk.[162]
O país conta com uma rede de transportes tecnologicamente avançada, que conta com trens de alta velocidade, autoestradas, rotas de ônibus, balsas e rotas aeronáuticas que cruzam todo o território nacional. A principal companhia encarregada da operação mantimento e cobrança de pedágios nas autoestradas é a Korea Expressway Corporation.[163]
A Korail assegura um serviço ferroviário às principais cidades do país.[164] As duas linhas que ligam a Coreia do Norte, a Gyeongui e Donghae Bukbu voltaram a ligar-se recentemente. O trem de alta velocidade coreano, o Korea Train Express, proporciona um serviço de alta velocidade entre Gyeongbu e Honam. As principais cidades, incluindo Seul, Busan, Incheon, Daegu, Daejeon e Gwangju contam com sistemas de trem subterrâneo próprio.[165]
A construção do maior aeroporto do país, localizado em Incheon, foi concluída em 2001. Seis anos depois, o aeroporto já recebia mais de trinta milhões de passageiros anualmente.[166] Entre 2005 e 2009, o aeroporto foi selecionado como o "melhor do mundo" pelo Conselho Internacional de Aeroportos.[167] Outros aeroportos internacionais incluem o de Gimpo, Busan e Jeju. Existem ainda sete aeroportos domésticos e um grande número de heliportos.[168]
Em 2008, a Korean Air, fundada em 1962, transportou aproximadamente 21,64 milhões de passageiros, incluindo 12,49 milhões de passageiros de voos internacionais.[170] Uma segunda empresa, a Asiana Airlines, fundada em 1988, também opera tráfico doméstico e internacional. Juntas, as empresas viajam através de 297 rotas internacionais.[171] As menores companhias aéreas, como a Jeju Air, proporcionam serviços de voos nacionais com tarifas menores.[172][173]
A Coreia do Sul é o sexto maior produtor de energia nuclear do mundo e o segundo da Ásia.[174] A energia nuclear corresponde a aproximadamente 45% da produção de eletricidade. A empresa paraestatal Korea Electric Power é a única companhia elétrica do país.[175]
Embora a expectativa de vida na Coreia do Sul tenha aumentado significativamente desde 1950, o país ainda enfrenta questões importantes de saúde. Um dos problemas é o impacto da poluição ambiental em uma população cada vez mais urbanizada. De acordo com o Ministério da Saúde e da Previdência, doenças crônicas são responsáveis por grande parte das doenças na Coreia do Sul, condição agravada pelo foco do sistema de saúde sobre o tratamento ao invés de prevenção. A incidência de doenças crônicas na nação gira em torno de 24%. Estima-se que aproximadamente 33% da população adulta fuma. A taxa de prevalência do vírus da imunodeficiência humana (HIV) no final de 2003 foi inferior a 0,1%. Em 2001, os gastos do governo central sobre os cuidados de saúde respondiam por cerca de 6% do produto interno bruto (PIB).[176] A taxa de homicídio no país foi de 26 por 100 000 em 2008, a mais alta entre os países desenvolvidos.[177][178]
Os meios de comunicação mais importantes no país são os jornais, o rádio e a Internet. O jornalismo na Coreia começou com a abertura ao comércio estrangeiro no século XIX, e desde então surgiram uma grande quantidade de publicações. Os jornais mais importantes na Coreia do Sul incluem o The Chosun Ilbo, o JoongAng Ilbo e o Dong-A Ilbo.[179] Todos estes jornais são escritos em coreano, ainda que existam publicações em língua inglesa para os turistas e residentes estrangeiros. Entre estes, destacam-se o The Korea Herald, o The Korea Times e o JoongAng Ilbo.[179]
Assim como nos jornais, a generalidade das rádios emite em coreano, embora existam estações cuja totalidade da programação é em inglês. A maioria dos programas de rádio transmitem música coreana e músicas estrangeiras mescladas, o mesmo acontecendo no telejornalismo, radionovelas e programas esportivos.[180]
Os programas de televisão também são transmitidos na língua local, inclusivamente os filmes estrangeiros, os quais são dublados em coreano nos canais de televisão aberta. As principais cadeias estatais são a Korean Broadcasting System (KBS), Munhwa Broadcasting Corporation (MBC), Educational Broadcasting System (EBS) e a Seoul Broadcasting System (SBS). Também existem canais com transmissão exclusivamente em inglês, como o Arirang TV.[181]
A Internet converteu-se em uma parte principal da vida cotidiana dos sul-coreanos, pois nove em cada dez residências têm serviços de Internet. É um dos países com maior número de usuários de Internet, e suas conexões se encontram entre as de mais alta velocidade a nível mundial. Também é o líder na tecnologia DMB e tem o maior número de empresas provedoras de Internet a nível internacional.[182]
Data | Nome |
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1 de janeiro | Ano-Novo |
22-24 de fevereiro | Seollal |
1 de março | Dia do movimento da independência |
1 de maio | Dia do Trabalho |
5 de maio | Dia das Crianças |
8 de maio | Dia da Família |
28 de maio | Aniversário de Buda |
6 de junho | Dia da petição |
17 de julho | Dia da libertação |
15 de agosto | Dia da libertação |
29-1º de outubro | Chuseok |
3 de outubro | Dia Nacional da Fundação |
9 de outubro | Dia do Hangul |
25 de dezembro | Natal |
A Coreia do Sul compartilha sua cultura tradicional com a vizinha Coreia do Norte. Entretanto, as duas Coreias desenvolveram formas distintas e contemporâneas em suas culturas, especialmente quando a península foi dividida em 1945, após o término da Segunda Guerra Mundial. Ainda que a cultura da Coreia tenha sido influenciada pela vizinha República Popular da China, historicamente o país tem conseguido desenvolver uma identidade cultural única e distinta dos outros países.[184] O Ministério da Cultura e do Turismo promove ativamente as atividades tradicionais e as formas de cultura modernas através de programas de financiamento e de educação.[185]
A industrialização e a urbanização têm trazido muitas mudanças nos costumes do povo coreano. As mudanças econômicas e o estilo de vida têm levado a população a se concentrar nas grandes cidades, especialmente na capital. Atualmente existem nove sítios classificados como Patrimônio Mundial pela UNESCO em território sul-coreano.[186]
Além das expressões clássicas populares, a recente cultura sul-coreana, que abrange novas formas, como a telenovela, o cinema e a música popular, tem vindo a ser assimilada de forma significativa em diversos lugares do mundo. Este fenômeno, chamado a princípio de Hallyu, tem se expandido para outros países asiáticos, como Japão, Vietnã e China.[187]
A arte coreana é fortemente influenciada pelo budismo e confucionismo.[37] Entre as artes plásticas mais desenvolvidas encontram-se a pintura, a caligrafia e a cerâmica. A pintura coreana é muito antiga — o Mural de Goguryeo, ainda preservado, data da época dos três reinos, ainda que esta arte tenha alcançado o seu máximo apogeu durante a Dinastia de Goryeo. A maioria destas obras são de temática religiosa, e o paisagismo se desenvolveu durante o esplendor no período da dinastia Joseon. A caligrafia se desenvolveu ao mesmo tempo que a pintura e outras artes cênicas, pois antes da invenção do alfabeto coreano (o hangul), utilizava-se a escrita chinesa.[188]
A cerâmica e a escultura foram duas das artes plásticas mais antigas praticadas em território coreano, já que há exemplos delas desde o Neolítico (6 000 – 1 000 a.C.). Quando o budismo se tornou uma das principais religiões da Coreia, multiplicou-se a produção de estátuas de Buda em todos os ateliers artesanais do país. Posteriormente, a cerâmica criada na época da dinastia Goryeo era cor de jade e, desde o século XIV, a forma mais comum de decorar as vasilha era através de gravuras em tons azulados com um fundo branco.[189]
O campo das artes cênicas, a dança e o teatro se desenvolveram em conjunto. O talchum e o buchaechum são as formas de artes cênicas nacionais mais conhecidas no exterior. O início da dança contemporânea no país data da ocupação japonesa e desde então tipos distintos de baile, como o ballet, o jazz e o breakdance têm adquirido maior importância em território sul-coreano.[190] No teatro, as representações com bailes e coreografias sem a inclusão de diálogos vêm sendo popularizadas, dando lugar a obras com êxito, como o Jump e o Nanta.[190]
A roupa tradicional do país é conhecida como hanbok. Este traje tem muitas variantes, como o dopo, o durumagi e o jeogori; existem trajes especiais para homens e mulheres e para ocasiões formais e informais. A tradição do hanbok foi transmitida durante centenas de anos de geração a geração, sem sofrer mudanças drásticas na fabricação e nos usos das peças. Desde a introdução das vestes ocidentais no século XX, o uso do hanbok diminuiu consideravelmente e atualmente a maioria das pessoas só o usa em cerimônias como o casamentos, aniversários e festas nacionais.[191]
Em 1993 o governo fundou a "Escola Integral de Arte da Coreia", a qual tem como objetivo promover a educação artística de alto nível. A escola ministra cursos de atuação, pintura, dança, teatro, cinema e escultura. Existem também outros organismos privados, como o "Centro de Arte de Seul" e o "Centro de Arte LG", que difundem a arte e a cultura nacionais e estrangeiras, nomeadamente levando ao país produções estrangeiras de grande prestígio.[190]
A arquitetura pré-moderna da Coreia pode ser dividida em dois estilos principais: aquela que é utilizada nas estruturas de palácios e templos e a utilizada nas casas comuns das pessoas (a qual apresenta variações locais). Os antigos arquitetos adotaram um sistema de suporte que se caracteriza por telhados de palha e pisos simples denominados ondol. As classes altas construíam casas altas com telhados feitos de telhas normais. Todavia há muitos sítios, como as aldeias folclóricas de Hahoe, Yangdong e Coreia, onde se conserva a arquitetura tradicional do país.[192][193]
A arquitetura tradicional coreana utiliza a técnica tradicional do Dancheong, caracterizada pela seleção de cores que era usada para cobrir as construções dos antigos reinos coreanos, nomeadamente as pinturas murais das antigas tumbas reais: o vermelho, azul, amarelo, branco e preto. Estas cores foram utilizadas por suas propriedades especiais ante os fenômenos naturais, como o vento, sol, chuva e calor.[194]
Assim como na música, a literatura coreana também é dividida em clássica e moderna. A primeira abrange todas as obras escritas antes e durante o reinado da dinastia Joseon. A maioria delas foram escritas usando o alfabeto chinês, pelo que vários autores consideram que a verdadeira literatura coreana é contemporânea do surgimento ao alfabeto hangul.[90] Estas obras narram histórias épicas, lendas e tradições dos antigos coreanos, além de servirem como registros históricos, com crônicas dos reis de dinastias anteriores. Ki Man-jung, Heo Gyung, Park Ji-won e Yi Eok são alguns dos autores mais destacados da época, enquanto que Gu-unmong, Hong Gil-dong Jeon e Hojil são algumas das obras escritas por eles.[195]
A literatura moderna da Coreia do Sul se refere a todas as obras escritas e publicadas depois do século XX. O romance coreano só ganhou importância neste período e e frequentemente eram tratados temas históricos para a sociedade coreana, como a ocupação japonesa, a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coreia.[196] Assim como no cinema e em outros meios de comunicação, a literatura foi censurada pelos regimes ditatoriais que governaram o país entre as décadas de 1970 e 1980. Entre os escritores sul-coreanos mais destacados encontram-se Yi Munyol, Yong-Tae Min, Lee Cheong-jun e Park Gyeong-ri. Esta última foi autora de uma série de livros chamada Toji, que é considerada como uma das obras mais importantes da literatura coreana e foi incluída na coleção de obras representativas da UNESCO.[197]
A partir da divisão da península, a música passou a ser dividida em dois tipos: a música tradicional e/ou folclórica e a música moderna. A música tradicional coreana, chamada Hanguk Eumak, se desenvolveu de diferentes formas ao longo dos séculos e cumpria um importante papel nas cerimônias e eventos.[198] As primeiras formas de música e dança coreanas são datadas da época dos três reinos, nas quais se chegaram a utilizar mais de trinta instrumentos musicais diferentes. A música coreana se dividia em vários gêneros, segundo a sua utilidade: o muak era utilizado em rituais, o talchum nas danças com máscaras, o nongak era utilizado pelos agricultores e o minyo pelo povo em geral.[198]
A música coreana moderna, denominada K-Pop, caracteriza-se pelo uso de canções do gênero pop misturada com elementos da música folclórica da Coreia do Sul. Outros gêneros com grande audiência no país são o R&B, o hip hop e a música eletrônica.[199] Vários intérpretes e grupos musicais naturais do próprio país têm procurado atravessar as fronteiras e serem aceptados pelo público de outros países asiáticos, como a China, Japão, Taiwan e Hong Kong.[200]
O cinema coreano tem obtido vários êxitos a nível internacional, ainda que não goze de tanta popularidade como, por exemplo, o da Índia e o do Japão. O primeiro filme totalmente produzido no país foi "A vingança honrada", dirigido por Kim Do-san em 1919.[201] Depois deste foram gravados vários outros filmes que tiveram algum êxito no país, embora o desenvolvimento da indústria cinematográfica tenha ocorrido somente após a Guerra da Coreia (1950-1953).[201]
Desde então, e até 1972, o cinema coreano viveu sua chamada "era de ouro", onde os filmes expressavam de forma livre as opiniões política e sociais do povo. Durante a década de 1980 a repressão à liberdade de expressão realizada durante o governo de Park Chung-hee provocou a diminuição da produção dos filmes no país, e a indústria cinematográfica perdeu importância.[201] Nos últimos anos, vários filmes, diretores e atores da Coreia do Sul conseguiram obter o reconhecimento internacional obtendo prêmios em festivais, como o de Cannes.[202]
A cozinha coreana, hanguk yori (한국요리, 韓國料理), ou hansik (한식, 韓食), tem evoluído através de séculos de mudanças sociais e políticas.[203] Os ingredientes e pratos variam conforme a cultura de cada província. Existem muitos pratos regionais significativos que têm proliferado com diferentes variações em todo país. A cozinha da corte real coreana chegou a reunir todas as especialidades regionais únicas para a família real. Por muito tempo, o consumo de alimentos foi regulado por uma série de modos e costumes, tanto para os membros da família real, quanto para os camponeses coreanos.[203]
A cozinha coreana se baseia em grande parte em arroz, talharins, tofus, verduras, peixes e carnes.[203] A comida tradicional coreana se caracteriza pelo número de acompanhamentos, banchan (반찬), que são servidos junto com o arroz de grão curto fervido. Cada prato é acompanhado por numerosos banchan. Entre os pratos tradicionais mais consumidos estão o bulgogi, o bibimbap e o galbi.[204]
O chá é uma parte importante da gastronomia nacional, e a cerimônia do chá é uma das tradições mais arreigadas da população. Os chás do país são preparados com cereais, ervas medicinais, sementes e frutos.[205] As bebidas alcoólicas são feitas a partir dos cereais desde antes do século IV. Entre os principais licores sul-coreanos, encontram-se o takju (não refinado), o cheongju (medicinal) e o soju (licor destilado). O takju é a base para a fabricação de outras bebidas regionais, aumentando ou diminuindo o tempo de fermentação.[206]
A arte marcial do taekwondo é originária da Coreia.[207] Outras artes marciais sul-coreanas incluem o hapkidô, o taekkyeon, o tangsudo e o kuk sool won.[208][209][210][211][212]
O beisebol foi introduzido na Coreia em 1905 e desde então converteu-se num dos esportes mais populares do país.[213] Estabelecida em 1982, a Organização Coreana de Beisebol foi a primeira liga profissional esportiva no país. A equipe sul-coreana finalizou o Clássico Mundial de Beisebol de 2006 em terceiro lugar, em segundo na edição de 2009 e em 2008 ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim.[214]
Os Jogos Olímpicos de Verão de 1988 decorreram em Seul, tendo a Coreia do Sul alcançado o quarto maior número de medalhas, sendo 12 de ouro, 10 de prata e 11 de bronze.[214] O país obtém regularmente bons resultados no tiro com arco, tênis de mesa, badminton, patinagem de velocidade de pista curta, handebol, hóquei no gelo, beisebol, judô, patinação, taekwondo e halterofilismo. A Coreia do Sul tem obtido mais medalhas nos Jogos Olímpicos de Inverno em comparação com os outros países asiáticos. Nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, em Vancouver, o país ganhou quatorze medalhas (seis de ouro, seis de prata e duas de bronze), o que elevou para 45 o número total de medalhas ganhas (vinte e três de ouro, quatorze de prata e oito de bronze).[214]
A Coreia acolheu por duas vezes os Jogos Asiáticos — em 1986 em Seul e em 2002 em Busan — e a edição de 2014 irá decorrer em Incheon.[214] Juntamente com o Japão, sediou a Copa do Mundo de 2002, onde sua seleção se sagrou a primeira equipe da Confederação Asiática de Futebol a chegar às semifinais.[215] Entre outros grandes eventos desportivos internacionais que decorreram na Coreia do Sul cabe destacar os Jogos Asiáticos de Inverno de 1999, em Gangwon, a Universíada de Inverno de 1997, em Muju e Jeonju e a Universíada de Verão de 2003, em Daegu. Em 2010 realizou-se o primeiro Grande Prêmio da Coreia do Sul em Fórmula 1, no Circuito Internacional da Coreia, em Yeongam.[216] Em 2011 foi realizado na Coreia do Sul o campeonato mundial de atletismo em Daegu.[217] Em 2011 ficou decidido que o condado de PyeongChang sediará os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018.[218]
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Sul, um dos quatro pontos cardeais da rosa-dos-ventos, ou meridião, ou meridional ou austral; meio-dia; para quem está no hemisfério norte, ao meio-dia solar o Sol encontra-se a Sul do observador.
O sul é apontado, junto com o norte, pela agulha da bússola (onde a declinação magnética for zero).
Para quem observa de frente o nascer do sol, o sul fica à mão direita.
Pontos Cardeais e Colaterais |
Norte - Sul - Leste - Oeste - Nordeste - Sudeste - Noroeste - Sudoeste |
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