Em Janeiro de 1981, com apenas 24 anos, Franco Bruni, responsável no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, pelas Promoções do Banco Itaú, foi solicitado por seu Diretor, Dr. Milton Luis Ubach Monteiro, a criar um evento de impacto no Rio de Janeiro, perto do final de Março daquele ano, para chamar atenção do produto CADERNETA DE POUPANÇA ITAÚ. Naquela época, somente na virada de cada TRIMESTRE era possível fazer saques da caderneta de poupança sem perder os rendimentos, razão pela qual toda a propaganda para reduzir a quantidade de saques e aumentar o número de depósitos, ficava concentrada nas proximidades do final de cada trimestre. Com pouco mais de dois meses para inventar, produzir e realizar, Franco aproveitando o horário de almoço foi caminhar na Praia de Ipanema. Como o esporte Windsurf estava chegando ao Brasil naquele ano, impulsionado pela novela estrelada por Sônia Braga, parado à frente do percurso Arpoador-Leblon-Arpoador, a idéia brotou: Lançar uma disputa nacional, uma corrida pioneira em uma famosa praia do Rio, no último final de semana de março: Nascia o GP ITAÚ. Retornando imediatamente à sede do Banco, Franco conversou com Dr. Milton, que seguro dos sucessos pretéritos das criações de Franco para o Banco (Vestibular Cesgranrio/Itaú, quando colocou 100.000 jovens se inscrevendo para as provas, nas agências do Banco no Rio, em Janeiro de 1980 e a Festa de Natal para 25.000 funcionários e familiares, no Maracanãzinho, em Dezembro de 1980, com Elba Ramalho, Biafra, Daniel Azulay e muitos outros) autorizou a continuação do projeto. Contatos feitos com a Confederação Brasileira de Vela, Federação de Vela do Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Prancha a Vela, Secretarias de Segurança, Saúde e Trânsito, Corpo de Bombeiros, Salvamar, Hospitais da Rede Pública Estadual e Municipal, Hospitais Particulares, etc., estava oficialmente sacramentada a viabilização da visão que Franco teve naquela tarde: Pela primeira vez no mundo, uma corrida de windsurf no mar, com 8km de extensão, estava prestes a acontecer. Um encontro com a agência de propaganda do Banco, a DPZ, define todo o material promocional, que é distribuído em todo o território nacional, gerando uma enxurrada de inscrições. Entram nos planos a sonorização de toda a praia, com a instalação de toneladas de equipamento em todos os postos de salvamento da orla, começando pelo Arpoador, passando por Ipanema e terminando no Leblon. Desta forma, além da música disponibilizada para o público durante a competição, a organização tinha uma ferramenta preciosa para também se comunicar com os participantes no mar, bem como controlar qualquer problema que viesse a surgir durante o evento, principalmente na questão de segurança. Com esta mega estrutura de levantada, Franco aproveita para produzir e realizar um evento “propaganda do GP” algumas semanas antes, lançando a primeira competição oficial do esporte Vôo Livre no Brasil, com o Campeonato Itaú de Vôo Livre, na Praia do Pepino, em São Conrado, no Rio de Janeiro, com os participantes partindo da Rampa da Pedra Bonita, com 507 metros de altura. Colorindo mais ainda o evento GP Windsurf, é somado um mega espetáculo de fogos de artifício ao final do evento, incluindo a queima de 4 letras gigantes, com a marca ITAÚ no final do evento, no alto da praia do LEBLON, dando visão para toda a orla. Coroando isto, Franco parte para a produção de um documentário de 8 minutos, em 35mm, para distribuição nacional em mais de 100 cinemas da Rede de sua família, com a finalidade de dar publicidade em todo o Brasil de ambos eventos, de forma que em outros “trimestres” e Estados Brasileiros, o público pudesse continuar a ser impactado pelos pioneiros e grandiosos eventos com a marca Itaú. Porém, como sempre acontece com quem inova, chegam as informações sobre as inscrições para o GP Windsurf: Excelentes sobre o aspecto de números de inscritos e muito perigosa com relação à pouca idade de alguns destes. Eram mais de 300 inscritos em todo o País, com uma significativa porcentagem de menores de 18 anos. Franco convocou uma reunião com todos os envolvidos para alertá-los do risco, afinal, menores, com autorização escrita dos pais inscreveram-se na prova. Faltavam menos de duas semanas para o Dia D. Franco então concluiu que nenhum evento ou motivo comercial poderia colocar em risco a vida de qualquer pessoa, risco evidente no caso de 300 pranchas se deslocarem em mar aberto por 8.000 metros de distância, onde uma pequena onda ou um mastro movido por uma rajada de vento, poderia literalmente arremessar o velejador para fora da prancha, colocando a vida deste em perigo. Só existia uma saída segura e Franco imediatamente pediu uma reunião com seu superior, Dr. Milton Monteiro, para apresentar a solução: Ou a Marinha do Brasil nos auxiliava ou o evento deveria ser cancelado, nem m