Judy Garland (Grand Rapids, Minnesota, 10 de junho de 1922 - Londres, 22 de junho de 1969), nascida Frances Ethel Gumm, foi uma atriz estadunidense considerada por muitos uma das maiores estrelas cantoras da "Era de Ouro" de Hollywood dos filmes musicais.
Através de uma carreira que se estendeu por 45 dos seus 47 anos de vida, Garland atingiu o estrelato internacional como atriz em papéis musicais e dramáticos, como uma artista de gravação e no palco de concertos. Respeitada por sua versatilidade, ela recebeu um prêmio da Academia Juvenil, ganhou um Golden Globe Award para Melhor Atriz (comédia ou musical) em cinema, recebeu o Prémio Cecil B. DeMille por seu trabalho em filmes, bem como prêmios Grammy e um Tony Award especial.
Depois de aparecer no vaudeville com suas irmãs, Judy assinou contrato com a Metro-Goldwyn-Mayer, ainda como uma adolescente. Lá, ela fez mais de duas dezenas de filmes, incluindo nove com Mickey Rooney e o filme com o qual ela seria mais identificada, O Mágico de Oz, de 1939. Depois de 15 anos, Garland foi liberada do estúdio, mas ganhou sucesso renovado através de recorde de aparições em concertos, incluindo um aclamado no Carnegie Hall, uma bem considerada, mas de vida curta série de televisão e um regresso ao cinema atuando em A Star Is Born, em 1954.
Apesar de seus triunfos profissionais, Judy lutou com vários problemas pessoais ao longo de sua vida. Insegura com sua aparência, seus sentimentos foram agravados por executivos de cinema que disseram que ela era feia e com sobrepeso. Tratada com medicamentos para controlar seu peso e aumentar a sua produtividade, Judy suportou décadas de uma longa luta contra o vício. Ela era atormentada por uma instabilidade financeira, muitas vezes devendo centenas de milhares de dólares em impostos atrasados, e seus primeiros quatro de cinco casamentos terminaram em divórcio. Ela tentou o suicídio em várias ocasiões. Judy morreu de uma overdose acidental de drogas na idade de 47 anos, deixando duas filhas, Liza Minnelli, Lorna Luft, e o filho Joey Luft.
Em 1997, Garland foi postumamente premiada com um Grammy Lifetime Achievement Award. Várias de suas gravações têm sido apresentadas no Hall da Fama do Grammy. Em 1999, o American Film Institute a colocou entre as dez maiores estrelas femininas da história do cinema americano (em oitavo lugar).
[editar] Vida e carreira
[editar] Infância e início da vida
Nascida Frances Ethel Gumm, em Grand Rapids, Minnesota, Judy Garland era a filha mais nova de Francis Avent "Frank" Gumm (20 de março de 1886 - 17 de novembro de 1935) e Ethel Marion Milne (17 de novembro de 1893 - 5 de janeiro de 1953). Seus pais se estabeleceram em Grand Rapids para atuar no teatro.
A ascendência de Judy em ambos os lados de sua família pode ser rastreada até o Colonial Day dos Estados Unidos. Seu pai era descendente da família Marable da Virgínia e sua mãe de Patrick Fitzpatrick, que emigrou para os Estados Unidos na década de 1770, em Brooklyn, condado de Meath, Irlanda.
Batizada, em uma igreja local episcopal, "Baby" (como Frances foi chamada por seus pais e irmãs) compartilhava o dom de sua família para a música e dança. Baby fez sua primeira aparição com a idade de dois anos e meio, quando se juntou a suas duas irmãs mais velhas, Mary Jane "Suzy" Gumm (1915-64) e Dorothy Virgínia "Jimmie" Gumm (1917-77), sobre a palco do teatro do pai durante um show de Natal, e cantou um coro de Jingle Bells. Acompanhada por sua mãe ao piano, o show The Sisters Gumm foi realizado no teatro de seu pai durante os próximos anos.
Na sequência de rumores de que Frank Gumm tinha feito contínuos "avanços sexuais masculinos" em seu teatro, a família mudou-se para Lancaster, Califórnia, em junho de 1926. Frank tinha comprado outro teatro em Lancaster e Ethel, atuando como sua gerente, começou a trabalhar para colocar suas filhas em imagens em movimento.
[editar] The Sisters Gumm
Em 1928, as The Sisters Gumm matricularam-se em uma escola de dança dirigida por Ethel Meglin, proprietária do grupo de dança Meglin Kiddies. As irmãs apareceram com a trupe de seu show anual de Natal. Foi através do Meglin Kiddies que Judy e suas irmãs fizeram sua estreia no cinema, em 1929, em Revue Big. Isso foi seguido por apresentações em dois curtos vitaphones (processo de gravação da banda sonora num disco que posteriormente era sincronizado quando da exibição do filme) no ano seguinte, Holiday in Storyland e The Wedding of Jack and Jill. Elas, a seguir, apareceram juntas em Bubbles. A última aparição na tela do The Sisters Gumm veio em 1935, em outro curta intitulado La Fiesta de Santa Barbara.
Em 1934, as irmãs, que até então tinham viajado pelo circuito de vaudeville como The Sisters Gumm por muitos anos, apresentaram-se em Chicago, no Teatro Oriental, com George Jessel. Ele incentivou o grupo a escolher um nome mais atraente depois que o nome "Gumm" foi recebido com risos da plateia. The Garland Sisters foi escolhido e Frances mudou seu nome para "Judy" logo depois, inspirada por uma canção popular de Hoagy Carmichael.
Várias histórias persistem em relação à origem do nome "Garland". Uma é que foi criada por Jessel após ver a personagem Carole Lombard, de Lily Garland, no filme Twentieth Century, que passou no Oriental; outra é que o trio escolheu o sobrenome por causa do crítico Robert Garland. A filha de Judy, Lorna Luft, declarou que a mãe escolheu o nome quando Jessel anunciou que o trio de cantores "parecia mais bonito do que uma grinalda de flores". Outra variação surgiu quando Jessel foi convidado do programa de televisão de Judy em 1963. Ele alegou que a atriz Judith Anderson enviou um telegrama contendo a palavra "Garland" (grinalda) e ela ficou na sua mente.
De qualquer forma, no final de 1934, o Gumm Sisters havia mudado seu nome para Garland Sisters. O trio foi quebrado em agosto de 1935, no entanto, quando Suzanne Garland voou para Reno, Nevada, e casou com o músico Lee Kahn, um membro da orquestra de Jimmy Davis, que se apresentava em Cal-Neva Lodge, Lake Tahoe.
Em 16 de novembro de 1935, em meio à preparação para uma apresentação de rádio no Chateau Shell Hour, Judy soube que seu pai, que tinha sido hospitalizado com meningite, havia piorado. Frank Gumm morreu na manhã seguinte, em 17 de novembro. A canção de Judy para o Chateau Shell Hour foi sua primeira apresentação profissional com Zing! Went the Strings of My Heart, uma canção que se tornaria um padrão em muitos de seus concertos.
Em 1935, Judy assinou um contrato com a MGM (atualmente parceira da Sony Pictures Entertainment), supostamente sem um teste de tela, mas ela realmente tinha feito um teste para o estúdio há vários meses. "O pai de morrera quando tinha 13 anos, a mãe foi-lhe de pouca valia, e ela logo se tornou uma "filha da MGM", o estúdio de Hollywood, onde trabalhava" ("Tudo Sobre Drogas: Famosos e Drogados" pág. 79, Marc Kusinitz, Ed. Nova Cultural, São Paulo, 1988)
O estúdio não sabia o que fazer com Judy, pois aos 15 anos ela era mais velha do que a estrela infantil tradicional, mas muito jovem para papéis adultos. A aparência física dela criou um dilema para a MGM. Com apenas 1,64m, Judy não exemplificava o tipo mais glamouroso exigido das protagonistas da época. Ela era autoconsciente e preocupada com sua aparência. "Judy foi para a escola no MGM, com Ava Gardner, Lana Turner, Elizabeth Taylor, belezas reais", disse Charles Walters, que dirigiu Garland em uma série de filmes. "Judy era o grande fazedor de dinheiro na época, um grande sucesso, mas era o patinho feio ... acho que isso teve um efeito muito prejudicial no seu emocional por um longo tempo. Acho que durou para sempre, realmente. "
Sua situação difícil foi agravada pelo chefe de estúdio Louis B. Mayer, que se referiu a ela como sua "pequena corcunda" a fim de depreciá-la. Há rumores de que Louis Mayer investiu diversas vezes sexualmente contra a atriz que não quis ter um caso com ele, pois ela era apaixonada e fiel a seu atual marido Mickey Deans. O dono do estúdio praticou assédio sexual e moral contra a atriz, abusando de sua posição na empresa e autoridade hierárquica, pois acreditava que todas as atrizes do estúdio deveriam fazer qualquer coisa que ele quisesse, por ele ser rico e poderoso. Dizem que ele chegou a financiar a desgraça da atriz, pagando médicos, paparazzis e todos ao redor da atriz para levá-la cada vez mais ao fundo do poço. A condição para que ela se libertasse disso e passasse a ter privilégios na MGM, era que ela fornecesse sexo a la carte a Louis Mayer, mantendo sigilo dessa situação deprimente, e sob ameaça de morte caso essa proposta caísse nos ouvidos da imprensa internacional.
Há evidências de que Louis estava viciado em drogas e jogo ilegal, e por dever dinheiro para a máfia e o narcotráfico "apostou" a atriz em um jogo de Poker como vingança, e a perdeu na partida, o que levou os bandidos a irem atrás de Judy e a pressionassem a entrar de maneira forçada na prostituição, já que uma atriz de Hollywood seria uma atração muito rentável para os cassinos e prostíbulos da máfia. Os mafiosos e narcotraficantes então, se infiltraram no estúdio para interferir nos trabalhos da atriz e manipulá-la financeiramente para atrai-la e depois aliciá-la para seus interesses pérfidos. E tudo isso com a colaboração do dono do estúdio Louis Mayer da MGM, que estava sabendo de tudo isso.
Porém, com medo de um escândalo e ter sua reputação destruída, Louis Mayer usou seus contatos com o Departamento Jurídico da Califórnia para impor uma censura velada a jornalistas que estavam proibidos de noticiar qualquer coisa que "ferisse a imagem de uma personalidade pública e respeitável, e uma das mais influentes de Hollywood". O que acabou servindo de combustível para que a equipe do 60 minutes, da BBC e outros passassem a investigar ainda mais a fundo essa situação, contribuindo com as investigações do FBI e da Interpol, além de conseguirem furar o bloqueio judicial através das mais diversas estratégias literárias.
As autoridades da California ficaram de olho na situação da atriz, pois isso estava interferindo na economia do Estado e estava acontecendo as vistas do público internacional, já que os paparazzis pagos tanto por Louis quanto pela máfia e o narco-tráfico estavam passando dos limites, e usando essa visibilidade para viciar a população em drogas e aumentar seus territorios tomando negócios de outras máfias.
Além disso, havia pelo menos mais 100 artistas vivendo a mesma situação de Judy, e pelo menos 3 deles morreram de overdose de barbitúricos com receita azul. Isso não agradava em nada ao Departamento de Saúde da cidade, que estava enfrentando crises devido aos fãs de tais artistas que estavam indo atrás de barbituricos e imitando o comportamento supostamente espontâneo dos artistas. A Interpol e o FBI suspeitavam que a indústria farmacêutica também estava financiando essa situação por querer ampliar seus mercados consumidores, o que gerou uma crise no Departamento Comercial.
Durante seus primeiros anos no estúdio, Judy foi fotografada e vestida com roupas simples ou babados juvenis e trajes para "coincidir" com a "garota da porta do lado", imagem que foi atribuída para ela devido a seus modos na vida particular fora dos estúdios. Ela acabou por ser escalada como antagonista de Deanna Durbin, no curto musical Every Sunday. O filme serviu como um teste de tela estendida para a dupla, pois os executivos do estúdio estavam questionando se valeria a pena ter 2 cantoras meninas do mesmo estilo no seu casting. Mayer finalmente decidiu manter as 2 meninas, devido ao apelo dos fãs de Judy já que Deanna dormia com Louis nos bastidores, mas por essa altura a opção de Durbin havia caído (Louis passou a preferir dormir com outra atriz) e ela firmou contrato com a Universal Studios por não querer mais se submeter a tal situação vergonhosa.
Judy, logo a seguir, acabou despertando a atenção dos executivos de diversos outros estúdios cantando um arranjo especial de You Made Me Love You, para Clark Gable, em uma festa de aniversário realizada pelo estúdio para o ator, que acabou sendo um sucesso de público. Sua interpretação foi tão bem vista pela indústria do entretenimento em geral, que Judy teve que repetir a dose no All-Star Extravaganza Broadway Melody de 1938, em que cantou a canção para uma foto de Gable. A MGM foi obrigada a ceder às pressões da concorrência, que oferecia contratos cultuosos para Judy, e, por não querer liberar a atriz fizeram Judy atuar com Mickey Rooney em uma sequência de musicais Backstreet ou "fundo de quintal". A dupla apareceu pela primeira vez no filme de 1940 Thoroughbreds B Don't Cry. Eles se tornaram uma sensação e juntaram-se novamente em Love Finds Andy Hardy. Judy acabaria por estrelar, com Rooney, nove filmes.
"Bem cedo Judy Garland tornou-se dependente, o que aconteceu sem que ela soubesse ou fosse consultada. Isso foi obra do gerente do estúdio, Louis Mayer, que, para melhor utilizar os serviços da jovem, providenciava-lhe anfetaminas para estimulá-la e, depois, barbitúricos para que dormisse quando não era mais necessária.
Seu 5º marido, Mickey Deans, narra em um livro alguns dos momentos terríveis da vida da atriz. "Trabalhávamos seis dias por semana, dez a doze horas por dia", lembra ele. Em certas ocasiões, "o doutor do estúdio trazia para mim e para outros atores pílulas que pareciam grandes como pires. Eram para manter-nos alerta. Quando acabava de encenar, levavam-me para o hospital do estúdio. A macaca Chita era mais bem tratada do que eu." Após longas lutas para recuperar-se, física e profissionalmente, e depois de grandes sucessos, como Nasce Uma Estrela, Judy morreu em julho de 1969 de uma dose excessiva, e aparentemente acidental, de barbitúricos." ("Tudo Sobre Drogas: Famosos e Drogados" pág. 79-80, Marc Kusinitz, Ed. Nova Cultural, São Paulo, 1988)
[editar] O Mágico de Oz
Judy logo conseguiu o papel principal de Dorothy Gale em O Mágico de Oz (1939), na idade de 16 anos, em que ela cantou a música com a qual ela sempre seria identificada, Over the Rainbow.
Embora os produtores Arthur Freed e Mervyn LeRoy quisessem Judy desde o início, o chefe do estúdio Mayer tentou primeiro conseguir Shirley Temple, da 20th Century Fox. Os serviços de Temple foram negados e Judy foi escalada. Garland foi inicialmente equipada com uma peruca loira para o papel, mas Freed e LeRoy decidiram contra isso na hora de filmar.
Seus seios estavam presos com fita e ela foi obrigada a usar um colete especial para aplainar suas curvas e fazê-la parecer mais jovem, seu vestido de algodão azul também foi escolhido por seu efeito de indefinição sobre sua figura.
A filmagem começou em 13 de outubro de 1938 e foi concluída em 16 de março de 1939, com um custo final de mais de 2 milhões de dólares. A partir da conclusão das filmagens, A MGM manteve Judy ocupada com turnês promocionais e as filmagens de Babes in Arms. Garland e Mickey Rooney foram enviados em uma turnê promocional através do país, que culminou em 17 agosto com a New York City Priemiere no Teatro Capitólio, que incluía cinco shows por dia.
O Mágico de Oz foi um tremendo sucesso de crítica, mas, com seu alto orçamento e promoções, que custaram cerca de 4 milhões, juntamente com a baixa receita gerada por ingressos de crianças, o filme não teve lucro até que foi relançado em 1940.
Na cerimônia do Oscar de 1940, Judy recebeu um Oscar Juvenil pelos seus desempenhos em 1939, incluindo The Wizard of Oz e Babes in Arms. Na sequência desse reconhecimento, Judy se tornou um dos astros mais rentáveis da MGM.
[editar] Estrelato adulto
Em 1940, ela estrelou três filmes: Andy Hardy Meets Debutante, Strike Up the Band e Little Nellie Kelly. No último filme, Garland interpretou seu primeiro papel de adulto, um duplo papel de mãe e filha. A personagem Little Nellie Kelly foi comprada de George M. Cohan como um veículo para Judy avaliar tanto seu apelo de audiência como sua aparência física. O papel foi um desafio para ela, exigindo o uso de um acento, seu primeiro beijo adulto e a única cena de morte de sua carreira. O sucesso dos três filmes, e mais três filmes em 1941, garantiu sua posição na MGM como sua maior propriedade.
Durante esse tempo, Judy experimentou seus primeiros romances adultos sérios. O primeiro foi com o líder de banda Artie Shaw. Garland era profundamente dedicada a Shaw e ficou devastada no início de 1940, quando ele fugiu com Lana Turner. Judy começou um relacionamento com o músico David Rose e, em seu 18º aniversário, Rose deu-lhe um anel de noivado. O estúdio interveio porque ele ainda era casado na época com a atriz e cantora Martha Raye. O casal concordou em esperar um ano para permitir o divórcio de Rose de Raye e casaram em 27 de julho de 1941. Ela estava visivelmente mais magra em seu próximo filme, For Me and My Gal, ao lado de Gene Kelly em sua primeira aparição na tela. Garland ficou no topo dos créditos pela primeira vez e, efetivamente, fez a transição de estrela adolescente a atriz adulta.
Na idade de 21 anos, ela recebeu um tratamento de glamour em Presenting Lily Mars, no qual ela usava vestidos adultos. Seu brilhante cabelo estava puxado para cima de forma elegante. No entanto, não importa o quão glamourosa ou bonita ela aparecesse na tela ou em fotografias, ela nunca estava confiante em sua aparência e nunca escapou da imagem de "garota da porta do lado" que tinha sido criada para ela. Somando-se à sua insegurança, houve a dissolução de seu casamento com David Rose. Judy, que tinha abortado a sua gravidez em 1942, concordou com uma separação em janeiro de 1943 e eles se divorciaram em 1944.
Um dos mais bem sucedidos filmes de Garland para a MGM foi Meet me in St. Louis (1944), em que ela apresentou três canções: The Trolley Song, The Boy Next Door e Have Yourself a Merry Little Christmas. Vincente Minnelli foi designado para dirigir esse filme e pediu que a artista de make-up Dorothy Ponedel fosse atribuída a Garland para melhorar sua imagem. Ponedel refinou a aparência de Judy de diversas maneiras, incluindo a ampliação e remodelação das sobrancelhas, mudando seu cabelo, modificando sua linha de lábio e com a remoção de discos de seu nariz. Judy apreciou os resultados, tanto que Ponedel foi escrita em seu contrato para todas as suas fotos restantes na MGM. Durante as filmagens de Meet me in St. Louis, depois de alguns conflitos iniciais entre eles, Minnelli e Garland começaram um relacionamento. Eles casaram em 15 de junho de 1945 e em 12 de março de 1946 sua filha Liza Minnelli nasceu.
The Clock (1945) foi o seu primeiro filme dramático, ao lado de Robert Walker. Embora o filme tenha sido elogiado pela crítica e obtivesse muito lucro, a maioria dos fãs do filme esperava que ela cantasse. Seriam muitos anos antes que ela fizesse outro papel dramático sem cantar.
Outros filmes famosos dela nos anos 1940 incluem The Harvey Girls (1946), no qual ela cantou a música vencedora do Academy Award, On the Atchison, Topeka e Santa Fé, e The Pirate (1948).
[editar] Deixando a MGM
Durante as filmagens de The Pirate, em abril de 1947, Judy sofreu um colapso nervoso e foi colocada em um sanatório privado. Ela foi capaz de completar as filmagens, mas em julho desse ano fez sua primeira tentativa de suicídio, fazendo pequenos cortes nos pulsos com um vidro quebrado. Na sequência de seu trabalho em The Pirate, Judy completou mais três filmes para a MGM: Easter Parade (em que ela dançou com Fred Astaire), In the Good Old Summertime, e seu último filme com a MGM, Summer Stock.
Garland foi incapaz de completar uma série de filmes. Durante as filmagens de Os Barkleys da Broadway, Judy tomou uma prescrição de medicação para dormir, juntamente com comprimidos ilicitamente obtidos contendo morfina. Estes, em combinação com enxaqueca, levaram-na a perder vários dias de filmagem. Depois de ser advertido pelo médico de que ela só seria capaz de trabalhar quatro a cinco dias por vez, com incrementos de períodos de repouso prolongado entre eles, o executivo da MGM Arthur Freed tomou a decisão de suspender Garland em 18 de julho de 1948. Ela foi substituída por Ginger Rogers.
Judy estava no elenco da adaptação cinematográfica de Annie Get Your Gun, no papel-título de Annie Oakley. Ela estava nervosa com a perspectiva de assumir um papel fortemente identificado com Ethel Merman, preocupada por aparecer em um papel não-glamouroso após ser identificada com papéis juvenis por vários anos, e perturbada por causa do seu tratamento nas mãos do diretor Busby Berkeley. Ela começou a chegar atrasada ao set e às vezes não aparecia. Ela foi suspensa em 10 de maio de 1949 e foi substituída por Betty Hutton. Judy fez seu próximo filme, Royal Wedding June Allyson, quando ficou grávida, em 1950. Ela novamente não se apresentou para o set em diversas ocasiões e o estúdio suspendeu o seu contrato em 17 de junho de 1950, substituindo-a por Jane Powell. Respeitáveis biografias após a morte de Garland declararam que, depois dessa última demissão, ela esfregou no pescoço um copo de água quebrado, exigindo apenas um Band-Aid, mas, ao mesmo tempo, o público foi informado de que uma desalentada Garland tinha cortado a garganta. "Tudo que eu podia ver à frente era mais confusão", disse mais tarde Judy sobre a tentativa de suicídio. "Eu queria apagar o futuro, assim como o passado. Eu queria me machucar e todos que me feriram."
[editar] Estrelato renovado no palco
Em 1951, Garland se divorciou de Vincente Minnelli. Ela contratou Sid Luft como seu gerente no mesmo ano. Luft organizou uma turnê de quatro meses de concertos no Reino Unido, onde esgotou as vendas de ingressos em toda a Inglaterra, Escócia e Irlanda. A turnê incluiu apresentações no famoso London Palladium, por um período de quatro semanas em abril. Apesar de a imprensa britânica criticá-la, antes de sua estreia, por ser "muito gorda", ela recebeu críticas positivas e a ovação foi descrita pelo gerente do Paládio como a mais alta que ele nunca tinha ouvido falar.
Em outubro de 1951, Judy iniciou, em um estilo vaudeville, duas apresentações por dia no recém-reformado Broadway's Palace Theatre. As 19 semanas de apresentação ultrapassaram todos os recordes anteriores para o teatro e isso foi descrito como "um dos maiores triunfos da história pessoal do show business". Judy foi homenageada pela sua contribuição para a revitalização do vaudeville com um especial de Tony Award.
Garland e Luft se casaram em 8 de junho de 1952, em Hollister, Califórnia, e Judy deu à luz a primeira filha do casal, Lorna, no mesmo ano.
As realizações pessoais e profissionais de Garland durante esse tempo foram marcadas pelas ações de sua mãe, Ethel. Em maio de 1952, no auge do retorno de Judy, Ethel foi destaque em uma história do Los Angeles Mirror, no qual ela revelou que, embora Garland estivesse fazendo uma pequena fortuna no Pallace, Ethel estava trabalhando em escritório, na Douglas Aircraft Company, por 61 dólares por semana. Garland e Ethel tinha ficado afastadas por anos, com Judy caracterizando sua mãe como "não serve para nada a não ser para criar caos e medo" e acusando-a de má administração e apropriação indevida do salário de Judy desde os primeiros dias de sua carreira. A irmã de Judy, Virgínia, negou, dizendo: "Mamãe nunca levou um centavo de Judy". Em 5 de janeiro de 1953, Ethel foi encontrada morta no estacionamento Douglas Aircraft.
[editar] A Star Is Born
Em 1954, Garland filmou um remake do musical A Star is Born para a Warner Bros. Luft e Garland, através de sua produtora Transcona Enterprises, produziram o filme, enquanto a Warner Bros forneceu os fundos e as instalações de produção e da equipe. Dirigido por George Cukor e co-estrelado por James Mason, era uma grande empreitada a que Garland inicialmente se dedicou plenamente. Com o progredir da filmagem, no entanto, ela começou a fazer as coisas que tinha feito tantas vezes durante seus últimos filmes da MGM. Atrasos de produção e aumento dos custos levaram a confrontos com Jack Warner, o cabeça da Warner Bros. Por sugestão de Luft, o Born in a Trunk (Nascido em um Tronco) foi filmado como uma vitrine para Garland e contra as objeções do diretor Cukor, que temia que o comprimento adicional levasse a cortes em outras áreas. A sequência do filme foi concluída em 29 de julho.
Após a sua estreia mundial em 29 de setembro, o filme foi recebido com aclamação crítica e popular enorme. Antes do lançamento, o filme foi editado por instrução de Jack Warner, os operadores de cinema estavam preocupados porque eles só foram capazes de rodar o filme três ou quatro vezes por dia em vez de cinco ou seis e pressionaram o estúdio para fazer reduções adicionais. Cerca de 30 minutos de imagens foram cortados, provocando indignação entre os críticos e cinéfilos. A Star is Born acabou perdendo dinheiro e a posição financeira de Judy ficou abalada porque os lucros esperados não se materializaram. A Transcona não fez mais filmes com a Warner.
Garland foi nomeada para o Óscar de Melhor Atriz (principal) e, nas vésperas do Academy Awards, era esperada como a provável vencedora pelo público e críticos. Ela não pôde comparecer à cerimônia porque tinha acabado de dar à luz seu filho, Joseph Luft, então uma equipe de televisão estava no hospital com câmeras e cabos para a transmissão televisiva do discurso de aceitação antecipada. O Oscar foi ganho, no entanto, por Grace Kelly, para The Country Girl (1954). A equipe de filmagem foi à cerimônia antes que Kelly pudesse chegar ao palco. Judy até fez piadas sobre o incidente, em sua série de televisão, dizendo: "... e ninguém disse adeus". Groucho Marx enviou um telegrama após a cerimônia de premiação, declarando que a sua perda foi "o maior roubo desde Brinks". Esse dia ainda é considerado uma das maiores viradas na história do Oscar. Judy, no entanto, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz em um Musical pelo papel.
Os filmes de Garland após A Star Is Born incluíram Julgamento em Nuremberg (1961) (para o qual ela foi indicada para Oscar e Golden Globe, nomeada para Melhor Atriz (coadjuvante/secundária), o longa-metragem animado Gay Purr-ee (1962), e A Child is Waiting ((1963 ), com Burt Lancaster. Seu último filme, I Could Go On Singing (1963), co-estrelado por Dirk Bogarde, espelhou sua própria vida com a história de uma cantora mundalmente famosa. A última música do filme foi a profética I Could Go on Singing.
[editar] Televisão, shows e Carnegie Hall
Começando em 1955, Garland apareceu em vários especiais de televisão. O primeiro foi o episódio de estreia de 1955 do Ford Star Jubileu, que foi a primeira transmissão totalmente colorida na CBS e foi um triunfo, marcando 34,8 pontos na classificação Nielsen. Judy fez um contrato de três anos e de 300.000 dólares com a rede. Só um adicional especial, uma edição ao vivo da General Electric Theater, foi transmitido em 1956, antes de a relação entre a Lufts e CBS ter se quebrado em uma disputa sobre o formato planejado dos especiais programados. Em 1956, Judy se apresentou por quatro semanas no The New Frontier Hotel, em Las Vegas, por um salário de 55.000 dólares por semana, fazendo-a a mais bem paga animadora de Las Vegas. Apesar de um breve ataque de laringite, suas performances foram tão bem sucedidas que sua execução foi prorrogada por uma semana. Mais tarde, naquele ano, ela voltou ao Palace Theatre, local de seus triunfos anteriores em concertos de duas vezes por dia. Ela iniciou em setembro, tendo mais uma vez elogios e aclamação popular.
Em novembro de 1959, Judy foi internada com diagnóstico de hepatite aguda. Ao longo das próximas semanas, vários fluidos foram drenados de seu corpo até que, ainda fraca, ela foi liberada do hospital em janeiro de 1960. Ela foi informada pelos médicos de que provavelmente tinha cinco anos ou menos para viver e que, mesmo se sobrevivesse, ela seria uma semi-inválida e nunca iria cantar novamente. Inicialmente, ela se sentiu "muito aliviada" com o diagnóstico. "A pressão estava fora de mim pela primeira vez na minha vida". No entanto, Judy recuperou-se com êxito ao longo dos próximos meses e, em agosto do mesmo ano, voltou ao palco do Palladium. Ela se sentiu tão calorosamente abraçada pelos britânicos que anunciou sua intenção de mudar-se definitivamente para a Inglaterra.
A aparição no concerto no Carnegie Hall, em 23 de abril de 1961, foi um destaque considerável, chamado por muitos de "a noite maior da história do show business". A gravação dupla Judy at Carnegie Hall ganhou o certificado de ouro, marcando presença por 95 semanas na Billboard, incluindo 13 semanas no número um. O álbum ganhou cinco prêmios Grammy, incluindo Álbum do Ano e Melhor Vocal Masculino do Ano.
Em 1961, Judy e a CBS resolveram litígios de seu contrato com a ajuda de seu novo agente, Freddie Fields, e ela negociou uma nova rodada de ofertas. O primeiro programa, intitulado The Judy Garland Show, exibido em 1962, contou com convidados como Frank Sinatra e Dean Martin. Na sequência desse sucesso, a CBS fez uma oferta de 24 milhões de dólares para Judy, para uma série semanal de televisão própria, também a ser chamada de The Judy Garland Show, que foi considerado na época pela imprensa como "o maior negócio de talentos da história da TV". Embora Judy tivesse dito já em 1955 que ela nunca faria uma série de televisão semanal, no início dos anos 1960 ela estava em uma situação financeira precária. Judy fez várias centenas de milhares de dólares em dívida para com a Receita Federal, não pagando impostos em 1951 e 1952, e o fracasso financeiro de A Star is Born significava que ela não recebeu nada do que havia investido. A temporada de sucesso na televisão destinava-se a garantir o futuro financeiro de Garland.
Na sequência de uma trinca especial, Judy Garland e seus convidados Phil Silvers e Robert Goulet, a série semanal estreou em 29 de setembro de 1963. The Judy Garland Show foi elogiado pela crítica, mas, por uma variedade de razões (incluindo ser colocado no mesmo horário de Bonanza na NBC), o show durou apenas uma temporada e foi cancelado em 1964, após 26 episódios. Apesar do seu curto tempo, a série foi indicada para quatro prêmios Emmy. O fim da série foi pessoalmente e financeiramente devastador para Judy, que nunca se recuperou completamente de seu fracasso.
[editar] Anos finais
Com o desaparecimento da sua série de televisão, Judy voltou ao palco. Mais notavelmente, ela se apresentou no Paládio de Londres com sua filha Liza Minnelli, então com 18 anos, em novembro de 1964. O concerto, que também foi filmado pela rede de televisão britânica ITV, foi uma das últimas aparições de Garland no local. Ela fez aparições no The Ed Sullivan Show, The Tonight Show, The Hollywood Palace e The Merv Griffin Show, hospedando um episódio do último.
Judy processou Sid Luft pelo divórcio em 1963, alegando "crueldade" como motivo. Ela também afirmou que tinha apanhado de Luft várias vezes enquanto ele bebia e que ele tinha tentado levar os filhos dela com força. Ela pediu o divórcio mais de uma vez anteriormente, inclusive já em 1956.
A turnê de 1964 na Austrália foi amplamente desastrosa. O primeiro concerto em Sydney, realizado no Sydney Estadium, porque não podiam acomodar a multidão que queria vê-la, foi bem e recebeu críticas positivas. Sua segunda apresentação, em Melbourne, começou com uma hora de atraso. A multidão de 70.000 pessoas, enfurecidas pela sua morosidade e acreditando que Garland bebera, vaiaram-na e ela fugiu do estádio após apenas 45 minutos. Mais tarde, ela caracterizou a multidão de Melbourne como "brutal". O segundo concerto em Sydney foi normal, mas a apresentação em Melbourne deu-lhe má fama na imprensa. Alguns maus comentários foram causados por um episódio quase fatal de pleurisia, seguido pela quarta união de Garland, com o promotor de turnê Mark Herron. Eles anunciaram que o casamento teve lugar a bordo de um cargueiro ao largo da costa de Hong Kong, no entanto, Judy não era legalmente divorciada de Luft no momento em que a cerimônia foi realizada. Seu divórcio de Luft se tornou definitivo em 19 de maio de 1965, mas Herron e Garland não se casaram legalmente até 14 de novembro.
Em fevereiro de 1967, Judy foi escalada como Helen Lawson no Valley of the Dolls da 20th Century Fox. A personagem Neely O'Hara no livro de Jacqueline Susann foi coberta de rumores de ter sido baseada em Garland. O papel de O'Hara no filme foi interpretado por Patty Duke. Durante as filmagens, Judy faltou aos ensaios e foi demitida em abril. Ela foi substituída por Susan Hayward. A pré-gravação da canção I'll Plant My Own Tree sobrevive até hoje, juntamente com os testes de seu guarda-roupa.
Retornando ao palco, Garland fez suas últimas aparições no Palace Theatre de Nova York, em julho, uma turnê de 16 shows, tocando com seus filhos Lorna e Joey Luft. Judy usava um terninho de lantejoulas no palco para essa turnê, que fazia parte do guarda-roupa original de sua personagem em Valley of the Dolls.
No início de 1969, sua saúde havia se deteriorado. Ela cantou em Londres na boate Talk of the Town por cinco semanas e fez seu último concerto em Copenhage, em março de 1969. Ela se casou com seu último marido, Mickey Deans, em Londres, em 17 de março de 1969, depois de seu divórcio de Herron ter sido finalizado em 11 de fevereiro daquele ano.
Em 22 de junho de 1969, Judy Garland foi encontrada morta por Deans no banheiro de sua casa de Londres. O legista, Gavin Thursdon, declarou no inquérito que a causa da morte foi "uma autossobredosagem incauta" de barbitúricos; seu sangue continha o equivalente a 97 mg de cápsulas de Seconal. Thursdon salientou que a overdose foi acidental e que não havia nenhuma evidência para sugerir que ela havia cometido suicídio. A autópsia revelou que não houve inflamação do revestimento do estômago dela e nenhum resíduo de drogas em seu estômago, o que indicou que a droga havia sido ingerida por um longo período de tempo, em vez de uma dose. Seu atestado de óbito indicou que sua morte foi "acidental". Mesmo assim, um especialista britânico que tinha assistido Judy disse que ela estava vivendo com tempo emprestado devido à cirrose hepática. Garland tinha completado 47 anos apenas 12 dias antes de sua morte. Sua co-estrela em O Mágico de Oz, Ray Bolger, comentou no funeral de Judy, "Ela simplesmente se consumiu". Estima-se que 20.000 pessoas fizeram fila por horas na capela funerária Frank E. Campbell para ver o corpo dela. Judy foi enterrada no Cemitério Ferncliff, em Hartsdale, Nova York.[1]
O legado de Judy Garland como artista e como personalidade resistiu por muito tempo após sua morte. O American Film Institute nomeou Garland a oitava entre as maiores estrelas de todos os tempos. Ela tem sido objeto de mais de duas dezenas de biografias desde sua morte, incluindo o bem-recebido Me and My Shadows: A Memoir Familly, por sua filha, Lorna Luft. O livro foi posteriormente adaptado para a multipremiada minissérie de televisão, Life with Judy Garland: Me and My Shadows, que ganhou Emmy Awards por duas atrizes que retrataram Garland (Tammy Blanchard e Judy Davis). Garland foi postumamente premiada com o Grammy Lifetime Achievement Award, em 1997. Várias de suas gravações têm sido apresentadas no Hall da Fama do Grammy. Essas incluem Over the Rainbow, que foi classificada como a música número um de todos os tempos no American Film Institute's 100 Years ... 100 Songs. Quatro outras músicas de Judy são destaques na lista: Have Yourself a Merry Little Christmas, Get Happy, The Trolley Song e The Man That Got Away. Judy por duas vezes foi homenageada em selos postais dos Estados Unidos, em 1989 (como Dorothy) e novamente em 2006 (como Vicki Lester de A Star Is Born).
[editar] Judy Garland, O Fim do Arco-Íris
A eterna Dorothy de “O mágico de Oz”, após inspirar biografias, livros e séries de TV, ganhou um novo texto do inglês Peter Quilter, para a peça de teatro “Judy Garland — O fim do arco-íris”, que apresenta os bastidores da sua última turnê em Londres, em 1968.[2] A peça foi premiada como melhor espetáculo, no Festival de Edimburgo e estreou em várias versões, tendo sido considerada pelo Times como "O Melhor Musical de Sempre"[3]. A versão inglesa de Judy Garland arrancou elogios da imprensa britânica na voz de Tracie Bennett[4], à qual valeu os maiores prémios do teatro britânico; A versão brasileira na voz de Claudia Netto fascinou o público[5]; A versão portuguesa, estreada em Fevereiro de 2012, foi considerada um dos melhores musicais de Filipe La Féria, com Judy Garland na voz de Vanessa Silva que impressiona em interpretações tão boas como as da própria Judy Garland[6][7] e a versão americana irá estrear na Brodway em 2012. No Brasil, Claudia Netto viveu Judy Garland em temporada no Rio de Janeiro e no Festival de Teatro de Curitiba.
[editar] Casamentos
[editar] David Rose - músico (1941-1943)
David a consolou quando ela perdeu um namorado para Lana Turner (Artie Shaw). Começaram a sair juntos e a mãe de Judy tentou impedir, pois ele já era separado e ela muito jovem. Foi o fato de ser mais velho e experiente que atraiu Judy. Garland fugiu durante as filmagens de Babes on Broadway para se casar. Para sua família e estúdio, deixou somente um bilhete que dizia: "Estou muito feliz por Dave e eu termos nos casado - dê-me um pouco de tempo e voltarei para terminar o filme com uma tomada por cena. - Amor, Judy".[8]
Todos concordaram em que o casamento foi mais para se libertar de sua mãe do que propriamente por amor. Eles foram morar na mansão de Jean Harlow. Mansão considerada assombrada, pois o marido de Jean suicidou-se lá. Ela engravidou, mas o estúdio e sua mãe decidiram que não era a hora. Seu marido também apoiou a decisão. Judy sentiu-se sozinha e triste por não respeitarem-na e jamais perdoou David por isso.[8]
Judy e Minelli se conheceram através de Arthur Freed, produtor da MGM. Tornaram-se amigos e logo estavam saindo juntos. Durante as filmagens de Meet me In St. Louis (Agora Seremos Felizes), o caso começou a ficar mais sério. Ela gostava do jeito dele, da sua calma, de sua capacidade de acalmá-la. Minelli era bissexual e ela sabia disso.[8]
Casaram-se e logo ela engravidou de Vincent. Ele a tratou como uma princesa desde que soube da gravidez. Os críticos cochichavam que o bebê seria "imaculado" (filho de Dorothy com um homossexual). E todos ficaram surpresos quando Liza nasceu com os olhos e as bochechas do pai e o nariz empinado da mãe.[8]
Foi um período um tanto quanto calmo para ela, exceto pela depressão pós-parto. Ela tinha dado um tempo na ingestão de pílulas. Quando reiniciou as filmagens, o vício retornou.[8]
Minelli tentou fazer com que Judy se controlasse, porém, depois de um tempo, nada surtia efeito e ele cansou-se. A guarda de Liza ficou compartilhada. Durante suas brigas e crises, o casal mantinha a garotinha afastada.[8]
[editar] Sidney Luft - empresário (1951-1964)
Judy conheceu Sid quando estava hospedada no Hotel Carlyle. Ele tinha sido casado com Eleanor Power. Depois de muitos desencontros, casaram-se. Em termo de personalidade, Sid era totalmente diferente de Minelli.[8]
Ele tornou-se seu empresário também, ajudando-a no período em que ela esteve afastada das telas. Tiveram dois filhos, Lorna e Joey. Depois, começaram as crises, também devido à dependência dela em remédios. Além do quê, as brigas começaram a ficar violentas, com um batendo no outro. Ele exigiu a guarda dos filhos. A briga se arrastaria por anos a fio, com Judy ganhando a guarda.[8][9]
[editar] Mark Herron - ator (1964-1967)
Judy conheceu esse ator de papéis coadjuvantes numa festa. Ele tinha 33 anos e ela ficara encantada, decidindo trabalhar com ele numa peça. Os planos não deram certo.[8]
Depois de uma internação, ela assumiu o romance e o apresentou como seu marido. Depois que ele estreou uma peça, anunciaram a separação, depois de comentários baixos (trocados através da imprensa) um contra o outro.[8]
[editar] Mickey Deans - playboy (1967-1969)
Judy e Mickey casaram-se em 1969, depois de seu divórcio com Mark. Em seu último ano de vida, Judy parecia mais sensível que nunca. Nenhum astro compareceu à cerimônia que foi realizada em Londres. Ele era reconhecidamente um playboy, assim como o marido anterior da atriz.[8]
Embora sorrissem muito em público, o casal brigava constantemente. Ela estava recorrendo a drogas cada vez mais pesadas. Num especial que fez para a TV britânica, olhando para Mickey, cantou uma canção "Pela primeira vez na vida tenho alguém que precisa de mim".[8]
Referências
[editar] Ligações externas