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União Soviética (em russo: Советский Союз, Sovetsky Soyuz), oficialmente União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS; em russo: Союз Советских Социалистических Республик, Soyuz Sovetskikh Sotsialisticheskikh Respublik; abreviado СССР, SSSR), era um Estado socialista constitucional que existiu na Eurásia entre 1922 e 1991.
A União Soviética era um Estado de partido único governado pelo Partido Comunista desde sua fundação até 1990.[1] Mesmo sendo a URSS considerada tecnicamente uma união de 15 repúblicas soviéticas independentes, o seu governo e economia era altamente centralizado.
A Revolução Russa de 1917 provocou a queda do Império Russo. Após a Revolução Russa, houve uma luta pelo poder entre o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lenin e o movimento anti-comunista Exército Branco. Em dezembro de 1922, os bolcheviques venceram a guerra civil e a União Soviética foi formada com a fusão da República Socialista Federativa Soviética Russa, República Socialista Federativa Soviética Transcaucasiana, a República Socialista Soviética Ucraniana e a República Socialista Soviética Bielorrussa. Depois da morte de Vladimir Lenin, em 1924, Josef Stalin assumiu o poder,[2] levando a URSS através de um programa de industrialização em grande escala. Stalin estabeleceu uma economia planificada e a supressão da oposição política a ele e ao Partido Comunista.[2][3] Em junho de 1941, a Alemanha nazista e seus aliados invadiram a União Soviética, quebrando o pacto de não-agressão, que este último tinha assinado em 1939. Depois de quatro anos de guerra brutal, a União Soviética saiu vitoriosa como uma das duas superpotências mundiais, sendo a outra os Estados Unidos.
A União Soviética e seus Estados satélites do Leste Europeu envolveram-se na Guerra Fria, uma prolongada luta política e ideológica global contra os Estados Unidos e seus aliados ocidentais, que acabou perdendo em face de problemas econômicos e agitação política interna e externa.[4][5] No final dos anos 1980, o último líder soviético Mikhail Gorbachev tentou reformar o Estado com suas políticas de perestroika e glasnost, mas a União Soviética entrou em colapso e foi formalmente dissolvida em dezembro de 1991, após uma tentativa abortada de golpe em agosto.[6] A Federação Russa assumiu os direitos e obrigações soviéticos.[7]
A União Soviética também era referida como СССP, um acrônimo para União das Repúblicas Socialistas Soviéticas de acordo com seu nome em russo, Союз Советских Социалистических Республик (Soyuz Soviétskikh Sotsialistítchieskikh Respúblik). Apesar de originalmente escrita no alfabeto cirílico (russo), o mundo ocidental acabou por adotá-la como CCCP, "latinizando" as letras. A sigla ficou bastante conhecida no mundo ocidental, devido ao uso do acrônimo em uniformes em competições esportivas e outros objetos, em eventos culturais e tecnológicos ocorridos na URSS, como por exemplo navios, automóveis ou chapéus e capacetes de cosmonautas. Isto também se deve pelo destacamento da União Soviética em tais eventos, o que a fez mais conhecida em todo o mundo. Devido à grande simbologia e a fama que esta sigla trouxe; após a abolição de seu uso, junto com o fim da URSS, a Rússia, durante a gestão de Vladimir Putin, retomou o uso do nome do país, mas desta vez descrito como "Россия" (Rossiya), acompanhando a restauração do hino soviético e da reutilização da bandeira com a foice e o martelo como símbolo do exército russo.
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[editar] Revolução e fundação
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O ano de 1905 é considerado o prólogo da Revolução russa. A Rússia czarista acabara de ser derrotada em uma guerra contra o Japão. A derrota abalou a popularidade do czar Nicolau II e a revolta interna que se seguiu serviria de precedente para a revolução de 1917.
O Partido Operário Social-Democrata, dividido nas correntes Bolchevique e Menchevique (em russo: maioria e minoria respectivamente) iniciou a Revolução Russa em 1917, em duas etapas distintas. A queda do czar ocorreu em fevereiro, sendo instaurada então uma república cuja estrutura de poder desde cedo se dividiu entre um parlamento convencional e sovietes (conselhos populares) que não se reconheciam mutuamente. As tensões assim geradas acarretaram a Revolução de Outubro.
Entre 1918 e 1922, logo após a Revolução Bolchevique, teve início a Guerra Civil na Rússia, entre os revolucionários (vermelhos) e os contra-revolucionários (brancos) que apoiavam a volta do czarismo e tiveram o auxílio de tropas estrangeiras de intervenção enviadas por França, Reino Unido, Japão, Estados Unidos e mais 13 países. Certos exércitos formados por camponeses chegaram a ter 50.000 combatentes armados com o que estivesse ao seu alcance - de armas de fogo até ferramentas utilizadas para cultivar a terra.
[editar] Unificação das repúblicas
Em 29 de dezembro de 1922 na Conferência Plenipotenciária das Delegações da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, a República Socialista Federativa Soviética Transcaucasiana, a RSS da Ucrânia e a RSS da Bielorrússia aprovaram a URSS e a Declaração de Criação da URSS, que formou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Estes dois documentos foram confirmadas pelo 1º Congresso dos Sovietes da URSS e assinado pelos chefes de delegação, Mikhail Kalinin, Mikha Tskhakaya, Mikhail Frunze e Grigori Petrovski, Aleksandr Chervyakov, respectivamente, em 30 de dezembro de 1922. Somente após o final da Segunda Guerra Mundial é que o número de repúblicas chega a 15. quadro que se mantém até o fim do país em 1991.
Em 1924, Lenin morre e deixa um vazio no poder soviético, acarretando a disputa interna entre os dois líderes da Revolução, Stalin e Trotsky. Os dois se divergiam para saber qual caminho de desenvolvimento a URSS deveria fazer, ou expandir a revolução pelo mundo, segundo o ideal de revolução permanente de Trotsky, ou primeiro o desenvolvimento da URSS e somente no futuro a possível expansão do socialismo pelo mundo, segundo o ideal do socialismo em um só país de Stalin.
A oposição Stalin-Trotsky ia além de um conflito pessoal pelo poder, refletia em duas concepções diferentes do desenvolvimento do socialismo, que foi resolvido em favor de Stalin, com o apoio de Zinoviev e Kamenev. Marginalizado Trotsky (janeiro de 1925) a construção do "socialismo em um só país", liderado por Stalin exigia a eliminação de adversários da esquerda e da direita, e à existência no Komintern de uma estratégia internacional que seria compatível com os interesses do movimento comunista na União soviética. Após ser derrotado em sua posição, Trotsky foi forçado ao exílio no México, para ser morto em 1940 por Ramon Mercader, um agente hispanosoviético.
[editar] Era Stálin
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Stálin, governou a URSS com mão-de-ferro, dos
anos 1930 até a sua morte em
1953.
A União Soviética entre 1927 e 1953 (a chamada Era Stálin) foi dominada por Josef Stalin. Muitas vezes a URSS foi descrita como um estado totalitário, modelado por um líder que tinha todos os poderes, e que buscava reformar a sociedade soviética, com planejamento econômico agressivo, em especial, com uma varredura da coletivização da agricultura e do desenvolvimento do poder industrial. Ele também construiu uma enorme burocracia, o que sem dúvida foi responsável por milhões de mortes como resultado de vários expurgos e esforços de coletivização. Durante seu tempo como líder da URSS, Stalin fez uso frequente de sua polícia secreta, gulags e poder quase ilimitado, para remodelar a sociedade soviética.
A subida ao poder definitivo de Joseph Stalin, como secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética ou Gensek entre 1927 e 1929, marcou o início de uma transformação radical da sociedade soviética. Em alguns anos, a face da União Soviética mudou radicalmente pela coletivização de terras e pela rápida industrialização realizada pelos muitos ambiciosos planos quinquenais.
No ano de 1936, o regime de Josef Stalin expulsou ou executou um número considerável de membros do Partido, entre eles muitos dos seus opositores, nos atos que ficaram conhecidos como os "Grandes Expurgos".
Apesar de tudo, eles acreditavam que este seria o caminho para o comunismo, mas o rumo dessa forma social já estava traçado de forma totalmente distinta do que Marx e Lenin pensavam, não mais sendo uma forma voltada para a dissolução do próprio Estado e das classes sociais, mas agora, o regime sob o comando de Josef Stalin, já era uma forma social voltada para a cristalização (a ideia de socialismo dentro de um só país). Entre as coisas que foram feitas com esse efeito contam-se as nacionalizações e a aniquilação física da classe burguesa que o NEP havia recriado, com recurso aos gulags (campos de trabalho na Sibéria). Alguns teóricos criticam esta forma que Stalin utilizou para liquidar a propriedade privada, por não concordarem com ela, e por acharem que ela só mancha a imagem do comunismo perante o mundo pois o mesmo efeito poderia ter sido obtido sem a aniquilação física daquela classe. O desastre e a truculência autoritária das políticas stalinistas contribuíram muito para a deturpação do conceito criado por Marx, de ditadura do proletariado.
Após as nacionalizações, a economia foi planificada, de modo a que esta pudesse tirar proveito da sua nacionalização. De 5 em 5 anos passou-se a realizar planos quinquenais, nos quais se decidiam que fundos seriam aplicados e em que áreas.
[editar] Segunda Guerra Mundial
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De 1941 a 1945, a participação da União Soviética na Segunda Guerra Mundial ficou conhecida como a Grande Guerra Patriótica, combatendo os soviéticos contra as forças invasoras da Alemanha nazi, ao lado dos Aliados ocidentais.
A Barbarossa (como foi chamada a operação de invasão da União Soviética pela Alemanha) teve início em 22 de Junho de 1941 quando três grupos de exércitos, totalizando mais de 191 divisões da Alemanha e seus aliados, atravessaram as fronteiras da então União Soviética. O Grupo de Exércitos Norte comandado por Wilhelm Ritter von Leeb tinha como objetivo ocupar as bases navais do mar Báltico e tomar Leningrado (segunda maior cidade e berço da revolução comunista - atualmente São Petersburgo) o Grupo de Exércitos Centro, comandando por Von Bock, visava avançar pela estrada de ferro de Varsóvia a Moscou ocupando as cidades de Minsk, Smolensk, Viazma e Moscou (maior cidade e capital do Poder Soviético). E o Grupo de Exércitos Sul, comandado por Gerd von Rundstedt, pretendia ocupar toda a Ucrânia (o "celeiro" da nação, pela grande produção de cereais). O avanço das tropas do Eixo foi fixado no seu avanço máximo em torno da linha que ia de Arkhangelsk ao norte e Astrakhan ao sul.
O Exército Vermelho (assim chamado desde os tempos da guerra civil), apesar dos avisos vindos de várias fontes, foi apanhado de surpresa, fato este que possibilitou o fácil e rápido avanço das forças invasoras. Passando a surpresa inicial e arregimentado pela liderança do líder soviético Josef Stalin, os povos de todas as repúblicas soviéticas conseguiram resistir - no entanto, não sem sofrerem numerosas perdas humanas e materiais, tendo um terço do território na Europa (a mais rica e populosa) caído na mão do inimigo. Calcula-se que perto de 5 milhões de soldados do Exército Vermelho tenham sido mortos, capturados ou feridos nos primeiros 6 meses da guerra.
Apesar das significativas vitórias dos exércitos nazi-fascistas nas batalhas de Minsk, Smolensk, Viazma e Kiev, entre outras, a tenacidade da resistência dos soldados soviéticos, acrescentada pela mobilização do povo soviético diante do inimigo, fez com que a máquina de guerra nazista não alcançasse seus principais objetivos, que eram destruir o exército soviético e conquistar as principais cidades do país: Leningrado e Moscou.
[editar] Guerra Fria
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Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os países europeus estavam semi-destruídos e sem recursos para se reconstruírem sozinhos, com isso as superpotências resolveram ajudar cada um de seus aliados, com objetivo de não perderem áreas de influência.
Os Estados Unidos propõem a criação de um amplo plano econômico, o Plano Marshall, que tratava-se da concessão de uma série de empréstimos a baixos juros e investimentos públicos para facilitar o fim da crise na Europa Ocidental e repelir a ameaça do socialismo entre a população descontente.
A União Soviética propôs-se a ajudar seus países aliados, com a criação do Conselho para Assistência Econômica Mútua (COMECON). O COMECON fora proposto como maneira de impedir os países-satélites da União Soviética de demonstrar interesse no Plano Marshall, e não abandonarem a esfera de influência de Moscou.
Em 1949 os Estados Unidos e o Canadá, juntamente com a maioria da Europa ocidental, criaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança militar com o objetivo de proteção internacional em caso de um suposto ataque dos países do leste europeu. Em resposta à OTAN, a URSS firmou entre ela e seus aliados o Pacto de Varsóvia (1955) para unir forças militares da Europa Oriental. Logo as alianças militares estavam em pleno funcionamento, e qualquer conflito entre dois países integrantes poderia ocasionar uma guerra nunca vista antes.
A Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1962-1975) e a Guerra do Afeganistão (1979-1989) são os conflitos mais famosos da Guerra Fria. Além da famosa tensão na Crise dos mísseis em Cuba (1962) e, também na América do Sul, a Guerra das Malvinas (1982). Entretanto, durante todo este período, a maior parte dos conflitos locais, guerras civis ou guerras inter-estatais foi intensificado pela polarização entre EUA e URSS.
Durante esses 40 anos de Guerra Fria, o sistema socialista soviético foi expandido de tal forma que chegou a ter países socialistas do Extremo Oriente a Cuba. A maioria seguindo as ordens de Moscou. Este cenário de tensão mundial perdurou até 1991, quando a União Soviética acabou e consequentemente o fim de uma grande ameaça ao capitalismo e aos Estados Unidos. A Guerra Fria durou cerca de 45 anos e durante esse período o mundo já esteve perto da Guerra nuclear várias vezes.
[editar] Era Khrushchev
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Stalin morreu em 5 de março de 1953, deixando um vazio de poder que levou a uma disputa interna no PCUS (Partido Comunista da União Soviética) pela liderança, entre Malenkov, Beria, Molotov e Khrushchov - este último vencedor. Como sucessor de Stalin, Khrushchov empreendeu uma política de denunciar os abusos do seu antecessor. Durante o Congresso de 1956 do PCUS, Khrushchov divulgou uma série de crimes de Stalin, renegando a herança do estalinismo, estabelecendo, assim, uma nova postura e criando um novo paradigma para o comunismo internacional. A propaganda capitalista se utilizou muito dos argumentos engendrados por Khrushchov para fazer frente à URSS.
Nesta Era, houve a libertação de diversos prisioneiros políticos dos Gulags, um esforço sem precedentes foi realizado para a produção de bens de consumo, e também realizou numerosas reformas, muitas vezes citadas como precipitadas ou contraditórias, também esteve presente o Discurso secreto de Nikita Khrushchov, criticando o regime stalinista, e revelando os crimes de Stálin, e seus cultos à personalidade.
Não existe consenso quanto à contagem de vítimas do stalinismo. Determinadas estatísticas afirmam que entre 20 a 35 milhões de soviéticos morreram por fome, frio ou executados em campos de concentração ou de trabalhos forçados durante a época de Stalin.[8]
No plano externo, ele se utilizou da chamada, Coexistência pacífica, que afirmava que o bloco comunista poderia coexistir pacificamente com os Estados capitalistas. Esta teoria foi contrária ao princípio que o comunismo e o capitalismo eram antagônicos e nunca poderiam existir em paz. A União Soviética aplicou-a às relações entre o mundo ocidental e, em particular, com os Estados Unidos, os países da OTAN e as nações do Pacto de Varsóvia.
Isso repercutiu amplamente nos países socialistas da Europa Oriental (em 1956 ocorreria a Revolução Húngara que visava por fim ao aparato repressivo do regime stalinista, mas que logo foi esmagado com a intervenção da URSS), e na China com a ruptura sino-soviética nas décadas de 1950 e 1960. Durante os anos 1960 e início dos anos 1970, a República Popular da China, sob a liderança de seu fundador, Mao Tse-tung, que alegou que a atitude beligerante deveria ser mantida para os países capitalistas e, por isso, inicialmente rejeitou a coexistência pacífica considerando-a como revisionismo da teoria marxista.
Como resultado da guerra fria, a União Soviética viu-se envolvida em uma corrida pela conquista do espaço com os Estados Unidos.O programa espacial soviético começou com uma grande vantagem sobre o dos EUA. Devido a problemas técnicos para fabricar ogivas nucleares mais leves, os mísseis lançadores intercontinentais da URSS eram imensos e potentes se comparados com seus similares estadunidenses. Logo, os foguetes para seu programa espacial já estavam prontos como resultado do esforço militar soviético resultante da guerra fria. Assim, na época em que a Sputnik foi lançada, a capacidade de lançamento da URSS era de 500 kg, enquanto que a dos EUA era de 5 kg. A União Soviética foi a nação que tomou a dianteira na exploração espacial ao enviar o primeiro satélite artificial, o Sputnik, e o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin. Grande parte dos feitos espaciais da União Soviética devem-se ao talento do engenheiro de foguetes Sergei Korolev, o engenheiro-chefe do programa espacial soviético, que convenceu o líder Nikita Kruschov da importância da conquista do espaço.
No âmbito econômico, um esforço sem precedentes foi realizado para a produção de bens de consumo, e também realizou numerosas reformas na agricultura soviética. Mesmo não obtendo o resultado esperado. Por tais medidas precipitadas e contraditórias, Khrushchov é deposto pelo Politburo.
[editar] Era Brejnev
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Leonid Brejnev toma a União Soviética em uma difícil situação após a gestão contraditória de Khrushchov, os países mais próximos em meio à instabilidade, uma situação tensa com a República Popular da China, relações inconstantes, ora apocalípticas, ora amistosas com os Estados Unidos, a resistência da Iugoslávia ao Pacto de Varsóvia e uma divisão política dentro do partido.
A deposição de Khrushchov e a posse de Leonid Brejnev representaram a volta do poder stalinista no poder do partido, incluindo a burocracia que controlava a União Soviética na época de Stalin, mas que rachou-se por Khrushchov, em meio às suas medidas revisionistas.[9]
Brejnev desenvolve a política da Teoria da Soberania Limitada, uma política neo-stalinista, que pretendia manter a União Soviética como eixo socialista no mundo, com as demais nações alinhadas a Moscou, esta política era caracterizada stalinista por manter a hegemonia socialista, promover o culto da personalidade e manter uma burocracia na política, segundo Brejnev, extirpar a burocracia no momento era um exemplo de pensamento utópico e trotskista.[10]
Brejnev tentaria reabilitar o nome de Stálin, que não era pronunciado pelos líderes soviéticos havia quase dez anos, mas não conseguiu, uma vez que as autoridades e o povo ficaram divididos pelo que dissera Khrushchov a respeito de Stálin, mas a simbologia comunista na época de Stálin, incluindo propagandas comunistas, paradas militares, a expulsão de críticos ao regime e o próprio culto à personalidade, em menor escala, foram uma das principais características do regime de Brejnev.
Com o tempo, a situação política do país se estabilizou e o partido concordou em seguir uma linha neutra com relação à liberalização iniciada por Khrushchov. Foi durante a gestão de Brejnev que o hino soviético recuperou sua letra e propagandas a favor do partido eram lançadas na imprensa.[11]
Durante esta época, a URSS conseguiu atingir seu auge político, militar e econômico, tendo grande influência em todo o mundo, desde a economia até os esportes, e seu povo alcançou uma melhor qualidade de vida.[12]
A saúde e educação tornaram-se exemplos mundiais, a indústria crescia rapidamente e a ciência soviética desenvolvia novas tecnologias, a população abaixo da pobreza no ano de 1975, segundo o Instituto Levada, era de 1,5%, a Rússia nunca mais chegou a esse nível.[13]
[editar] Decadência e reformas
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A partir do final dos anos 1970 começam a ficar claras as limitações do modelo soviético de economia planificada. A Crise do Petróleo dos anos 70 elevou a economia soviética, podendo o povo, em pleno regime socialista, consumir mais, muitas famílias puderam comprar novas tecnologias a mais, automóveis, fornos microondas e aparelhos eletrônicos, não eram novidade para muitos, mas mais de um automóvel e diversos aparelhos eletrônicos eram um sonho que dependiam de muita economia, e que agora tornava-se realidade para muitas famílias, dando um conforto material muito maior, sem ferir os princípios socialistas. O bem estar foi tanto, que as autoridades soviéticas chegavam a dizer que os países capitalistas estavam em crise.[13]
Por este profundo desenvolvimento econômico, político e militar, a economia soviética acabou estagnando no final dos anos 70, mas tal estagnação nem sequer chegava a ser classificada como crise, e nem previa que mais tarde, esta pequena estagnação se transformaria em uma crise profunda a ponto de desestruturar a economia soviética. Como a estagnação dos anos 1970 se transformou em uma crise profunda nos anos 80 a ponto de desestruturar a economia soviética é objeto de discusões até os dias de hoje. A comparação com a China que realizou uma transição mais bem sucedida para o capitalismo tem auxiliado a avaliar melhor o peso dos fatores estrutrurais e cojunturais nesta crise.[14]
Em termos estruturais a economia planificada talvez tenha sido a principal responsável pela crise, pois exigia que tudo que fosse produzido em todos os setores da economia estivesse planejado nos planos quinquenais. Na prática isto criava distorções, como excesso de determinados produtos (indústrias de base e de bens de capital) e escassez de outros (bens de consumo). Quando a produção de determinado produto era insuficiente para atender o consumo, ao invés dos preços subirem até inibir a demanda (como costuma ocorrer em uma economia de mercado) os produtos simplesmente se esgotavam e desapareciam da lojas e prateleiras dos supermercados.
Os custos militares da Guerra Fria já estavam insustentáveis para a URSS no fim dos anos 1970. O país mantinha forças armadas de quase dois milhões de homens, sendo 1 milhão mobilizados na Europa Oriental. Quando a China se aproxima dos EUA nos anos 1970 e passa a ameaçar a URSS a situação piora. A China estacionou quase 1 milhão de homens nas fronteiras com a União Soviética, e para contrabalançar, esta teve que estacionar outro 1 milhão de homens na fronteira com a China. Os custos desta mobilização permanente começavam a se mostrar insutentáveis no início dos anos 1980 com o envolvimento soviético no conflito do Afeganistão.
Segundo Angelo Segrillo, o fator militar não foi o fator principal da queda da URSS, pois o gasto soviético nesta área não cresceu significativamente, quando comparado com dados anteriores. A queda deveu-se principalmente a mudança do paradigma mundial de produção industrial, iniciado no início da década de 1970, passando do modelo Fordista, onde a produção era centralizada e com pouca flexibilidade, portanto mais adaptada ao modelo soviético, para o modelo Toyotista, descentralizado e flexível, incompátíveis com o modelo soviético de produção.[15][16]
Mikhail Gorbatchov foi o último dirigente soviético. Assumiu o cargo de secretário-geral da PCUS (Partido Comunista da União Soviética) em março de 1985, substituindo Konstantin Tchernenko, que faleceu naquele ano. O bom relacionamento com os membros do partido e a habilidade política foram fatores que credenciaram Gorbatchov a assumir o posto mais importante na hierarquia administrativa soviética. Defensor de ideias modernizantes, instituiu dois projetos inovadores: a perestroika (reconstrução econômica) e a glasnost (transparência política). A tentativa de modernização acelerada da perestroika e da glasnost viria como proposta "salvadora" de Gorbatchov, mas não conseguiria mais reverter a crise.
O ano de 1989 viu as primeiras eleições livres no mundo socialista, com vários candidatos e com a mídia livre para discutir. Ainda que muitos partidos comunistas tivessem tentado impedir as mudanças, a perestroika e a glasnost de Gorbachev tiveram grande efeito positivo na sociedade. Assim, os regimes comunistas, país após país, começaram a cair. A Polônia e a Hungria negociaram eleições livres (com destaque para a vitória do partido Solidariedade na Polônia), e a Tchecoslováquia, a Bulgária, a Romênia e a Alemanha Oriental tiveram revoltas em massa, que pediam o fim do regime socialista.
E na noite de 9 de Novembro de 1989 o Muro de Berlim começou a ser derrubado depois de 28 anos de existência. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl.
Em 1990, com a reunificação alemã, a União Soviética cai para o posto de quarto maior PIB mundial. Este quadro piora rapidamente com a nova crise da transição para o capitalismo nos anos 1990, quando a Rússia torna-se o 15º PIB mundial. Entre 1987 e 1988 a URSS abdica de continuar a corrida armamentista com os Estados Unidos, assinando uma nova série de acordos de limitação de armas estratégicas e convencionais. A URSS inicia a retirada do Afeganistão e começa a reduzir a presença militar na Europa Oriental. O governo soviético pressiona aliados pela negociação de paz em conflitos como a Guerra Civil Angolana, onde os termos para o fim do conflito são estabelecidos em acordo com os EUA, Angola, Cuba e África do Sul. Esta nova postura também significou a redução de todas as formas de apoio (político, financeiro e comercial) que esta potência dava a regimes aliados em todo o mundo.
No plano interno, Gorbatchov enfrentou grandes resistências da oligarquia e dos burocratas partidários (os apparatchiks). A linha dura do partido via a postura de Gorbatchov no plano internacional como covarde e acusava-o de trair a URSS e o socialismo. Estes grupos eram contra a retirada do Afeganistão e defendiam que a URSS deveria intervir nos países da Europa Oriental que estavam passando por processos de democratização e abandonavam o socialismo, como a Polônia. Em 1991, setores mais belicistas do governo soviético defenderam que a URSS deveria ter apoiado o Iraque na Guerra do Golfo contra a coalizão de países liderada pelos Estados Unidos e passaram a criticar o governo Gorbatchov como fraco.
Na metade do ano de 1990 e início de 1991, a situação política e econômica na União Soviética se agravou e para tentar reverter essa crise o presidente Mikhail Gorbatchov, pensou em primeiro resolver o problema político e étnico soviético para depois reformar a economia. O novo Tratado da União dos Estados Soberanos foi um projeto de tratado que teria substituído o de 1922 (Tratado da Criação da URSS) e, portanto, teria substituído a União Soviética por uma nova entidade chamada União de Estados Soberanos, uma tentativa de Mikhail Gorbachev para recuperar e reformar o Estado soviético.
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Em 19 de agosto de 1991, um dia antes de Gorbachev e um grupo de dirigentes das Repúblicas assinarem o novo Tratado da União, um grupo chamado Comité Estatal para o estado de emergência (Государственный Комитет по Чрезвычайному Положению, ГКЧП ', pronunciado GeKaTchePe) tentou tomar o poder em Moscou. Anunciou-se que Gorbachev estava doente e tinha sido afastado de seu posto como presidente. Gorbachev foi, então, em férias a Crimeia onde a tomada do poder foi desencadeada e lá permaneceu durante todo o seu curso. O vice-presidente da União Soviética, Gennady Yanaiev, foi nomeado presidente interino. A comissão de 8 membros, incluindo o chefe da KGB Vladimir Krioutchkov e o Ministro das Relações Exteriores, Boris Pougo, o ministro da Defesa, Dmitri Iazov, todos os que concordaram em trabalhar sob Gorbachev. Em 21 de agosto de 1991, a grande maioria das tropas que são enviadas a Moscou se coloca-se abertamente ao lado dos manifestantes ou são desertores. O golpe falhou e Gorbachev, que tinha atribuído à sua residência dacha na Crimeia, regressou a Moscou.
Após o seu regresso ao poder, Gorbachev prometeu punir os conservadores do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Demitiu-se das suas funções como secretário-geral, mas continua a ser presidente da União Soviética. O fracasso do golpe de Estado apresentou uma série de colapsos das instituições da união. Boris Yeltsin assumiu o controle da empresa central de televisão e os ministérios e organismos económicos.
A derrota do golpe e o caos político e econômico que se seguiu agravou o separatismo regional e acabou levando à fragmentação do país.
Em setembro as repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) declaram a independência em relação a Moscou. Em 1º de Dezembro, a Ucrânia proclamou sua independência por meio de um plebiscito que contou com o apoio de 90% da população. E entre outubro e dezembro 11 (com as 3 repúblicas bálticas e a Ucrânia) das 15 repúblicas soviéticas declaram independência. Em 21 de dezembro líderes da Federação Russa, Ucrânia e Bielorússia assinaram um documento onde era declarada extinta a União Soviética. E no seu lugar era criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
No dia de natal de 1991, em cerimônia transmitida por satélite para o mundo inteiro, Gorbatchov que estava há 6 anos no poder declara oficialmente o fim da URSS e renúncia a presidência do país e após isso, a bandeira com a foice e o martelo é retirada do Kremlin e a bandeira russa é colocada em seu lugar. A União Soviética se dissolveu oficialmente em 31 de dezembro de 1991, após 69 anos de existência. A Federação Russa ficou conhecida como sua sucessora, pois ficou com mais da metade do antigo território soviético, além da maioria do seu parque industrial e militar.
Extensão territorial da URSS.
A União Soviética localizava-se nas latitudes médias e do norte do Hemisfério Norte. Quase duas vezes e meia maior do que o território dos Estados Unidos, era um país de tamanho continental, apenas ligeiramente menor do que toda a América do Norte.[17] O território soviético tinha uma área total de 22 402 200 quilômetros quadrados, o que representava um sexto da superfície terrestre da Terra.[18] [19] Três quartos do país estava a norte do paralelo 50;[17][18] a URSS era, no geral, muito mais próxima do Pólo Norte do que do equador.
Estendendo para sobre 62 710 quilômetros, a fronteira soviética era não somente a maior do mundo, como também a mais larga. Ao longo da fronteira terra quase 20.000 km, a União Soviética fazia fronteira com doze países, seis em cada continente. Na Ásia, seus vizinhos eram a Coreia do Norte, China, Mongólia, Afeganistão, Irã, e Turquia. Na Europa, limitou-se a Romênia, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Noruega, e Finlândia. À exceção dos quilômetros gelados do Estreito de Bering, teria um décimo terceiro vizinho: os Estados Unidos. O restante dos 60.000 km de fronteira, era com o Oceano Ártico.[17][18]
Ao norte, o litoral ártico é o domínio da tundra. Ao Sul da tundra estende-se o domínio da floresta boreal (taïga).Mais ao Sul ainda, a floresta enriquece-se de árvores com muitas folhas, que cobrem principalmente a parte oriental da planície europeia bem como o Sul da Rússia extremo-oriental. Para o Sul, a floresta degrada-se e se torna um estepe com poucas áreas com montanhas. Ainda há desertos no sul do país. E na parte europeia desenvolve-se sobre terras pretas muito férteis várias plantas de clima temperado.
[editar] Demografia
Os primeiros cinquenta anos do século XX da Rússia czarista e da União Soviética foram marcados por uma sucessão de desastres, cada um acompanhado por grandes perdas populacionais. Mortes em excesso no decorrer da Primeira Guerra Mundial e da Guerra Civil Russa (incluindo a fome pós-guerra) ascenderam a um total combinado de 18 milhões,[20] cerca de 10 milhões em 1930 e mais de 26 milhões entre 1941 e 1945. A população do pós-guerra soviético era 45 e 50 milhões menor do que teria sido se o crescimento demográfico pré-guerra tivesse continuado.[21]
A taxa de natalidade bruta da URSS diminuiu de 44,0 por mil habitantes em 1926 para 18,0 em 1974, em grande parte devido à crescente urbanização e ao aumento da idade média dos casamentos. A taxa de mortalidade bruta demonstrou um decréscimo gradual também - de 23,7 por mil em 1926 para 8,7 em 1974. Em geral, as taxas de natalidade das repúblicas do sul da Transcaucásia e da Ásia Central eram consideravelmente maiores que as do norte da União Soviética e, em alguns casos, até mesmo aumentaram no período pós-II Guerra, um fenômeno atribuído em parte as lentas taxas de urbanização e de casamentos, que tradicionalmente se realizavam mais cedo nas repúblicas do sul.[22] A Europa soviética mudou-se para a sub-fertilidade de substituição populacional, enquanto a Ásia Central Soviética continuou a apresentar crescimento populacional bem acima do nível de fertilidade de substituição.[23]
No final dos anos 1960 e 1970 houve uma reversão da trajetória declinante da taxa de mortalidade na URSS e foi especialmente notável entre os homens em idade de trabalho, mas também foi predominante na Rússia e em outras áreas predominantemente eslavas do país.[24] Uma análise dos dados oficiais do final dos anos 1980 mostrou que, após uma piora no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, a mortalidade de adultos começou a melhorar novamente.[25] A taxa de mortalidade infantil aumentou de 24,7 em 1970 para 27,9 em 1974. Alguns pesquisadores consideraram o aumento como uma consequência da piora nas condições de saúde e serviços.[26] Os aumentos nas taxas de mortalidade infantil e de adultos não foram explicadas ou defendidas por oficiais soviéticos e o governo da URSS simplesmente parou de publicar todas as estatísticas de mortalidade por dez anos. Demógrafos e especialistas soviéticos em saúde permaneceram em silêncio sobre o aumento de mortalidade até o final da década de 1980, quando a publicação dos dados de mortalidade foram retomados e os pesquisadores puderam aprofundar as causas reais do fenômeno.[27]
[editar] Nacionalidades
Este mapa mostra a localização geográfica de 1974 vários grupos étnicos dentro da União Soviética.
O estado extensa multinacionais que os comunistas herdaram após a sua Revolução, que foi criado pela expansão czarista por quase quatro séculos. Alguns grupos de nações aderiram voluntariamente ao Estado, mas a maioria foram anexados à força. Os antagonismos nacionais desenvolvidos ao longo dos anos não se dirigiam só contra os russos, mas algumas vezes surgiram entre outras nações da União Soviética.
Por quase setenta anos, os líderes soviéticos tinham mantido que o atrito entre as muitas nacionalidades da União Soviética tinha sido erradicada e que a União Soviética era uma família de nações que vivem harmoniosamente. No entanto, o fermento nacional que abalou todos os cantos da União Soviética, na década de 1980 provou que setenta anos de regime comunista haviam falhado na erradicação das diferenças étnicas e nacionais e que as culturas e as religiões tradicionais reemergeriam à menor oportunidade. Esta realidade enfrentada por Gorbachev e seus colegas significava que, dada a baixa confiança no uso tradicional da força, teve de encontrar soluções alternativas para evitar o colapso da União Soviética.
As concessões atribuídas culturas nacionais e a autonomia limitada tolerada nas repúblicas da União durante o ano de 1920 levou ao desenvolvimento das elites nacionais e um senso de identidade nacional. A repressão posterior e a Russificação provocou ressentimento contra a dominação por parte de Moscovo e promoveu um maior crescimento da consciência nacional. Sentimentos nacionais foram exacerbadas no Estado soviético multinacional do aumento da concorrência por recursos, serviços e obras.
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A URSS desde 1922 tornou-se um Estado ateísta. Em 1934, 28% das igrejas ortodoxas cristãs, 42% das mesquitas muçulmanas e 52% das sinagogas judaicas foram fechadas na URSS.[28] O ateísmo na URSS era baseado na ideologia marxista-leninista. Tal como o fundador do Estado soviético, Lenin falou o seguinte sobre a URSS e as religiões:
A religião é o ópio do povo: este ditado de Marx é a pedra angular de toda a ideologia do marxismo sobre religião. Todas as modernas religiões e igrejas, todos (…) os tipos de organizações religiosas são sempre considerados pelo marxismo como órgãos de reação burguesa, usados para a proteção da exploração e o assombro da classe trabalhadora.[29]
O Marxismo-leninismo tem defendido firmemente o controle, repressão, e, em última análise, a eliminação das crenças religiosas. Dentro de cerca de um ano da revolução do estado expropriou todos os bens da Igreja, incluindo as próprias igrejas, e no período de 1922 a 1926, 28 bispos Ortodoxos Russos e mais de 1.200 sacerdotes foram mortos (um número muito maior foi objeto de perseguição).[30]
A Catedral de Cristo Salvador de Moscou, a sede da Igreja Ortodoxa Russa e seu templo mais sagrado, foi destruída em duas rodadas de explosões por ordens diretas de Stalin em 1931,[31] milhares de sacerdotes protestaram contra a decisão e foram presos e enviados à Gulags, em seu lugar os comunistas pretendiam construir o "Palácio dos Sovietes", a sede do governo stalinista[32]. A Igreja Ortodoxa Russa possuía 54.000 paróquias durante a Primeira Guerra Mundial, que foi reduzida para 500 em 1940.[30] A maioria dos seminários foram fechados, a publicação de escrita religiosa foi proibida.[30] Embora historicamente a grande maioria da Rússia fosse cristã, apenas 17% a 22% da população é atualmente cristã.[33]
Os números oficiais sobre o número de crentes religiosos na União Soviética não estavam disponíveis em 1989. Mas de acordo com várias fontes soviéticos e ocidentais, cerca de um terço da população da União Soviética, estado oficialmente ateu, professa uma crença religiosa.[carece de fontes] O cristianismo e o islamismo estavam lutando pela maioria dos crentes. Cristãos dividiam-se em várias igrejas: ortodoxa, que teve o maior número de seguidores, a Igreja Católica, Batista e vários outros ramos protestantes. Havia muitas igrejas neste país (7.500 Igrejas Ortodoxas Russas em 1974). A maioria dos seguidores da fé islâmica era sunita. O judaísmo também teve muitos seguidores. Havia outras religiões praticadas por um número relativamente pequeno de fiéis, incluindo budismo lamaísmo e xamanismo (religião baseada em um espiritualismo primitivo). O papel da religião na vida quotidiana dos cidadãos soviéticos variava muito. Porque os preceitos religiosos islâmicos e os valores sociais de muçulmanos estão intimamente relacionados, a religião parece ter maior influência sobre os muçulmanos do que cristãos ou outros crentes. Dois terços da população soviética, porém, não tinha crenças religiosas. Cerca de metade das pessoas, incluindo membros do PCUS e altas autoridades em nível de governo eram ateístas. Portanto, para a maioria dos cidadãos soviéticos, a religião parecia irrelevante. Ainda assim, o Estado também passou a controlar as crenças dos russos e a perseguição religiosa sob o comando de Stálin fez com que muitos seguidores fossem perseguidos e enviados para Gulags.[carece de fontes]
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O governo da União Soviética implementava as decisões tomadas pela principal instituição política do país, o Partido Comunista da União Soviética (PCUS), que controlava toda a economia e a sociedade soviética. A constituição soviética estabelecia todas as instituições do governo e concedia aos cidadãos uma série de direitos políticos e civis. Uma casa legislativa, o Congresso dos Deputados do Povo, e sua comissão legislativa permanente, o Soviete Supremo, representavam o princípio da soberania popular. O Soviete Supremo, cujo presidente eleito servia de chefe de Estado, supervisionava o Conselho de Ministros, que exercia o poder Executivo. O presidente do Conselho de Ministros, cujo nome era aprovado pelo Soviete Supremo, por sua vez, atuava como chefe de Governo. O poder Judiciário, era formado por um sistema de tribunais encabeçado pela Suprema Corte. Conforme a constituição soviética de 1977, o governo possuía uma estrutura federativa, o que dava às repúblicas certa autonomia quanto à implementação de políticas, e oferecia às minorias nacionais uma aparente participação na administração de seus próprios assuntos.
Mas a partir dos anos 1980, o país começa a mudar radicalmente, com as reformas feitas por Mikhail Gorbatchov. No final dos anos 1980, o governo parecia ter muito em comum com os sistemas políticos das democracias liberais.
[editar] Relações internacionais e forças armadas
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Desfile militar anual em
Moscovo, que comemora o aniversário 66 da Revolução de Outubro. O banner na parte superior se lê: "Glória ao
PCUS!"
Desde a sua criação em 1922, a União Soviética sempre manteve uma política agressiva com os outros países do mundo. Após a sua criação em 1922 ela passou cerca de 20 anos isolada do mundo pelos países capitalistas ocidentais. Após a Segunda Guerra Mundial a URSS emerge como superpotência mundial e controla um poderoso bloco socialista.
Durante a Guerra Fria as relações entre Estados Unidos e União Soviética se deterioram e somente a partir de 1985 é que começam as iniciativas eficazes de paz entre as duas superpotências. As relações entre a URSS e os seus países satélites na maioria das vezes foram de paz, mas houve países socialistas que acabaram saindo da área de influência de Moscou como China e Iugoslávia.
A União Soviética era membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, o país líder do Pacto de Varsóvia( aliança militar do bloco socialista) e membro do COMECON.
Além de desempenhar um papel decisivo nas relações internacionais nos tempos da Guerra Fria.
A União Soviética produziu equipamentos militares que são usados e reverenciados até os tempos atuais. Entre eles estão o fuzil AK-47 e o caça MiG-29. Deixou também uma grande quantidade de bombas atômicas à Federação Russa que especula-se manter em estoque 37 ogivas apenas herdadas do regime soviético. A estrutura física militar da Russia é em sua maioria também herdada do antigo regime. Deixou também muita sucata o que levanta debates em ecologistas em como armas químicas e biológicas são dispensadas no meio ambiente.
A URSS sempre foi uma potência militar, seu Exército, foi o responsável pelo suicídio de Adolf Hitler e por grande parte das exterminações dos nazistas na 2ª Guerra Mundial.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o Exército Vermelho foi o eixo do Pacto de Varsóvia, a organização militar de defesa mútua integrada pelos países do Bloco Socialista no Leste Europeu. O armamento nuclear soviético aumentou proporcionalmente ao dos americanos.
Depois de derrubado o regime soviético, em 1991, o Exército Vermelho foi desmantelado e desapareceu como tal. No entanto, o atual Exército da Federação Russa ainda utiliza muitos dos símbolos da organização do Exército Vermelho da União Soviética.
[editar] Divisões políticas
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Constitucionalmente, a União Soviética era uma federação das Repúblicas Socialistas Soviéticas (RSSs) e da República Socialista Federativa Soviética da Rússia (RSFSR), embora a regra do altamente centralizado Partido Comunista soviético fez federalismo meramente nominal.
O Tratado sobre a criação de a URSS foi assinado em dezembro de 1922 por quatro repúblicas da fundação, a RSS da Rússia, RSS da Transcaucásia, RSS ucraniano e bielo-russa RSS.
Em 1924, durante a delimitação nacional na Ásia Central, o Usbequistão eo Turcomenistão SSRs foram formadas a partir de partes do Turquestão do RSFSR de ASSR e duas dependências Soviética, a Khorezm e SSR Bukharan. Em 1929, o Tadjiquistão foi dividido a partir da RSS do Usbequistão. Com a Constituição de 1936, os constituintes da República Socialista Federativa Soviética da Transcaucásia, ou seja, da Geórgia, Arménia e Azerbaijão SSRs, foi elevada à repúblicas da União, enquanto o Cazaquistão e Quirquiatão foram separados da República Soviética da Rússia.
Em agosto de 1940 a União Soviética formou o RSS da Moldávia a partir de partes da RSS da Ucrânia e partes da Bessarábia anexou da Roménia, bem como anexo os Estados bálticos, a Estónia, Letónia e da Lituânia. O SSR Carélia Finlandesa, foi dividido a partir do RSFSR março 1940 e incorporada em 1956.
Entre julho 1956 e setembro de 1991, havia 15 repúblicas na União Soviética (ver mapa abaixo).
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Nota de um rublo da União Soviética (1961)
Antes de 1917, a União Soviética era essencialmente uma região agrícola. Tinha muitos recursos naturais, mas não estava equipada para pôr em prática os planos de Lenin para a implantação do socialismo. Mesmo por que o país estava totalmente arrasado por causa da revolução e da guerra civil. Lenin implementou a Nova Política Econômica (NEP), que recuperou alguns traços de capitalismo para incentivar a nascente economia soviética. Após a morte de Lenin e a subida de Josef Stalin no poder da URSS a NEP foi extinta e a economia nacionalizada totalmente. Após as nacionalizações, a economia foi planificada, de modo a que esta pudesse tirar proveito da sua nacionalização. De 5 em 5 anos passou-se a realizar planos quinquenais, nos quais se decidiam que fundos seriam aplicados e em que áreas.
Após 1945 a URSS iniciou um surto de progresso econômico e nas décadas de 50, 60, 70 e 80 a economia soviética era a segunda maior economia do planeta atrás apenas dos EUA. Entretanto, esse surto econômico da URSS durou até a década de 70. Durante toda a década de 70 a economia soviética se mostrou estagnada. Em 1980 a economia soviética estava em crise, que perdurou até o seu fim em 1991. Em 1985 surge a perestroika e a glasnost, programas de reformas feitos pelo então presidente soviético Mikhail Gorbatchov. Essas reformas visavam reestruturar a URSS tanto na economia quanto na sociedade. Mas os efeitos foram contrários do que Gorbatchov previu e essas reformas acabaram por levar a URSS ao seu fim irreversível, em 1991.
A economia da União Soviética foi uma controlada pelo governo, de economia planificada, onde o governo controlava os preços ea troca de moeda. Assim, seu papel era diferente do de uma moeda em uma economia de mercado, porque a distribuição dos produtos era controlada por mecanismos que não a moeda. Apenas um conjunto limitado de produtos podem ser comprados livremente, assim, o rublo tinha um papel semelhante ao figurinhas ou selos de alimentos. A moeda não foi internacionalmente trocável e sua exportação era ilegal. A súbita transformação de uma "não-soviética" moeda em uma moeda do mercado contribuiu para as dificuldades econômicas após o colapso da economia soviética planejada.
A URSS sublinhava sempre a sua natureza comunista. Toda a produção, comércio, serviços, ação social, desportos e a maioria da habitação urbana estavam nas mãos do Estado. Os soviéticos, segundo dados de 1990, usufruíam de um rendimento anual per capita de 9 211 US$. A União Soviética estava em crise econômica, mas ainda tinha uma economia poderosa. O seu PIB em 1990 foi de 2,6 trilhões de dólares.
[editar] Agricultura
A agricultura foi organizada em um sistema de fazendas coletivas (kolkhozes) e as fazendas estatais (sovkhozes). Organizado em grande escala e altamente mecanizada, a União Soviética foi um dos principais produtores mundiais de cereais, embora as más colheitas (como em 1972 e 1975) tiveram que fazer importações necessárias e isso retardou a economia. O plano 1976-1980 de cinco anos transferiu recursos para a agricultura, e em 1978 viu uma safra recorde seguida por outra queda na produção global em 1979 e 1980 de volta aos níveis atingidos em 1975. Beterraba, algodão, açúcar, batata, e o linho foram as principais culturas.
No entanto, apesar dos recursos, da terra imensa, máquinas extensa e indústrias químicas, e uma grande força de trabalho rural, a agricultura soviética era relativamente improdutiva, dificultada em muitas áreas, pelo clima (apenas 10% das terras da União Soviética eram aráveis) E a produtividade dos trabalhadores era pobre, já que a colectivização era da década de 1930. Falta de infra-estrutura de transportes também causou muito desperdício.
Uma visão do fraco desempenho dos soviéticos fazendas coletivas é assegurada por dois historiadores, M. Heller e A. Nekich. Os autores relatam que, em 1979, 28% da produção agrícola da União Soviética foi a partir de pequenas parcelas de cidadãos privados, o que representou menos de 1% da terra cultivada. Assim, segundo eles, fazendas coletivas eram muito ineficientes.
As condições eram melhores na faixa de clima temperado e da terra preta que se estende do sul da Rússia através da Ucrânia para o oeste, abrangendo as porções do extremo sul da Sibéria.
As fontes energéticas da União Soviética eram abundantes durante toda a vida do país, que foi praticamente uma nação auto-suficiente em energia. O desenvolvimento do setor de energia começou com a política da autarquia de Josef Stalin. Durante os 70 anos de existência do país, a principal maneira de garantir o crescimento econômico foi o investimento na exploração dos recursos naturais; no entanto, na década de 1960 este método mostrou-se menos eficiente. Em contraste com outras nações que compartilhavam a mesma experiência, a inovação tecnológica não era forte o suficiente para substituir o sector da energia em importância. Durante os anos seguintes, o mais notável durante a estagnação de Brejnev, as autoridades soviéticas explorando combustíveis e matérias-primas provenientes de áreas interiores, principalmente da Sibéria, esqueceram dos problemas econômicos do país.
A construção da indústria nesses locais exigia uma entrada maciça de dinheiro, pelo regime soviético, o que não era possível e foi uma parte das causas principais da crise na URSS e do seu futuro colapso.
Os recursos energéticos ainda eram a espinha dorsal da economia soviética na década de 1970, como pode ser visto durante a crise do petróleo de 1973, que valorizou os recursos energéticos soviéticos. Os altos preços dos recursos energéticos no rescaldo da crise do petróleo de 1973, levou as autoridades soviéticas a participar mais activamente no comércio exterior com os países do Primeiro Mundo. Em troca de recursos energéticos, os soviéticos iriam receber conquistas tecnológicas do Primeiro Mundo. Para tanto, sob Leonid Brezhnev, a União Soviética deixou de ser uma economia isolada, para ser um país que tenta se integrar no mercado mundial.
[editar] Infraestrutura
Antes de 1917, a educação não era livre e só foi fornecida à nobreza. Estimativas de 1917 eram de que 75-85% da população russa era analfabeta. Anatoly Lunacharsky tornou-se primeiro o Comissariado do Povo para a Educação da Rússia Soviética. No início, as autoridades soviéticas colocado grande ênfase na eliminação do analfabetismo, portanto, pessoas que foram alfabetizadas foram automaticamente contratados como professores. Por um curto período de tempo, a qualidade foi sacrificada pela quantidade. Em se livrar do analfabetismo, as autoridades soviéticas foram bem sucedidos, e por volta de 1940, Josef Stalin podia anunciar que o analfabetismo tinha sido eliminado. No rescaldo da Grande Guerra Patriótica do sistema educacional do país expandiu-se dramaticamente. Essa expansão teve um efeito tremendo na década de 1960 quase todas as crianças Soviética tinha acesso à educação, sendo a única excepção as crianças que vivem em áreas remotas. Nikita Khrushchev tentou melhorar a educação, tornando-a mais acessível e deixando claro aos filhos que a educação era intimamente ligado às necessidades da sociedade. A educação também se tornou uma característica importante na criação do Novo Homem Soviético.[34]
A educação era gratuita para todos na União Soviética. A acessibilidade para os cidadãos soviéticos para o ensino primário, secundário e técnico foram aproximadamente o mesmo que os Estados Unidos.[35]
[editar] Transportes
Transportes da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) era uma parte importante da economia da nação. A centralização econômica do final dos anos 1920 e 1930 levou ao desenvolvimento de infra-estruturas em larga escala e, ao mesmo tempo, ele avançou em ritmo acelerado. Antes do colapso da União Soviética em 1991, houve uma grande variedade de modos de transporte por terra, água e ar. No entanto, as políticas do governo, antes, durante e depois da era da estagnação (Anos 1970), o investimento em transportes eram baixos. A rede ferroviária foi o maior e mais intensamente utilizadas no mundo. Ao mesmo tempo, era mais desenvolvida do que a maioria de suas contrapartes no Primeiro Mundo.
Um barco de transporte de mercadorias em um Canal de
Moscou.
No final dos anos 1970 e início dos anos 1980 os economistas soviéticos estavam sendo chamandos para a construção de mais estradas para aliviar um pouco os gastos com o ferro e para melhorar o orçamento do Estado. A indústria da aviação civil, representada pela Aeroflot, era o maior do mundo, mas tinha carências, que permaneceram até o colapso da URSS. A rede de estradas permaneceu subdesenvolvida, e estradas de terra foram os locais mais comuns fora das cidades principais, ao mesmo tempo, o atendimento das poucas estradas que tinham eram muito mal equipado para lidar com este problema crescente. No final da década de 1980, após a morte de Leonid Brejnev, os seus sucessores tentaram, sem sucesso, resolver esses problemas. Ao mesmo tempo, a indústria automobilística estava crescendo a uma taxa mais rápida do que a construção de novas estradas. Em meados da década de 1970, apenas 8% da população soviética possuía um carro.
Apesar das melhorias, vários aspectos do sector dos transportes ainda estavam cheias de problemas devido às infra-estruturas obsoletas, falta de investimento, a corrupção e a má decisão por parte das autoridades centrais. A demanda por infra-estrutura de transportes e serviços foi aumentando, as autoridades soviéticas mostraram-se incapazes de atender à crescente demanda do povo. A rede rodoviária soviética, em péssimo estado, em uma reação em cadeia, levou a uma crescente demanda por transporte público. A frota comerciante da nação era uma das maiores do mundo.
[editar] Ciência e tecnologia
Um selo soviético mostrando a órbita do
Sputnik.
Na União Soviética, a ciência e a tecnologia serviram como uma parte importante da política nacional. Desde a época de Lênin até a dissolução da URSS no início de 1990, tanto a ciência e a tecnologia estavam intimamente ligados à ideologia e a prática do funcionamento do Estado soviético, e foram perseguidos por caminhos semelhantes, e ambos os distintos modelos de outros países. Muitos grandes cientistas, que trabalharam na Rússia Imperial (como, por exemplo, Konstantin Tsiolkovsky), continuou a trabalhar na URSS e deu à luz a ciência soviética.
Marcado por uma ciência altamente desenvolvida e inovação no nível teórico, a interpretação ea aplicação ficou aquém. Biologia, química, ciência dos materiais, matemática e física, foram os campos nos quais os cidadãos soviéticos tinham se destacado. A ciência foi enfatizada em todos os níveis da educação, e um grande número de engenheiros eram formados a cada ano.
O governo soviético fez o desenvolvimento e avanço da ciência uma prioridade nacional e regavam os melhores cientistas com honras. Embora nas ciências era menos rigorosa a censura,do que outras áreas como a arte, vários foram os exemplos de repressão de ideias.
Os cientistas soviéticos ganharam reconhecimento em diversas áreas. Eles estavam na vanguarda da ciência em áreas como matemática e em diversos ramos da ciência física, nomeadamente teóricos da física nuclear, química e astronomia. O físico-químico e físico Nikolay Semenov foi o primeiro cidadão soviético a ganhar um Prêmio Nobel, em 1956.
A tecnologia soviética foi mais desenvolvida nos campos da física nuclear, onde a corrida armamentista com o Ocidente, os decisores políticos convencidos a reservar recursos suficientes para a investigação. Devido a um programa intensivo dirigido por Igor Kurchatov, a União Soviética foi a segunda nação de desenvolver uma bomba atômica, em 1949, quatro anos após os Estados Unidos. A União Soviética detonou uma bomba de hidrogênio, em 1953, apenas dez meses depois dos Estados Unidos. A exploração espacial também foi altamente desenvolvidos: em outubro de 1957 a União Soviética lançou o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, em órbita, em abril de 1961 um cosmonauta russo, Yuri Gagarin tornou-se o primeiro homem no espaço. Os soviéticos mantiveram um programa espacial forte até que os problemas econômicos levaram a cortes na década de 1980.
Parte da serie sobre a |
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A cultura da União Soviética passou por diversas fases durante a sua existência de 70 anos. Durante os primeiros onze anos depois da Revolução (1918-1929), houve uma relativa liberdade e artistas experimentaram vários estilos diferentes, em um esforço para encontrar um estilo distinto soviética da arte. Lenin queria que a arte fosse acessível ao povo russo.[36]
O governo incentivou uma série de tendências. Na arte e literatura, numerosas escolas, algumas tradicionais e outras radicalmente experimentais, proliferaram. Comunistas escritores como Maksim Górki e Vladimir Mayakovsky eram ativos durante este tempo. Filmes, como um meio de influenciar uma sociedade iletrada, receberam o incentivo do Estado; muito das melhores datas diretor Sergei Eisenstein de trabalho deste período.
Mais tarde, durante o governo de Josef Stalin, a cultura soviética foi caracterizada pela ascensão e dominação do governo que impôs o estilo do realismo socialista, com todas as outras tendências a ser duramente reprimidas, com raras exceções (por exemplo, obras de Mikhail Bulgakov). Muitos autores foram presos e mortos.[37] Além disso, os religiosos foram perseguidos e enviados para gulags ou foram assassinados aos milhares. A proibição da Igreja Ortodoxa foi temporariamente suspensa em 1940, a fim de conseguir apoio para a guerra soviética contra as forças invasoras da Alemanha. Sob Stalin, símbolos de destaque, que não estavam em conformidade com a ideologia comunista foram destruídos, tais como igrejas ortodoxas e edifícios czarista.
Seguindo o Degelo de Kruschev no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, a censura foi diminuída. Maior experimentação de formas de arte tornou-se admissível uma vez, com o resultado que mais sofisticado e sutil trabalho crítico começou a ser produzido. O regime de solta a sua ênfase no realismo socialista, assim, por exemplo, muitos protagonistas dos romances do autor Yury Trifonov se preocupado com os problemas da vida cotidiana em vez de construir o socialismo. Uma literatura underground dissidente, conhecido como samizdat, desenvolvido durante este período de atraso. Na arquitetura da era Kruchev principalmente com foco em design funcional em oposição ao estilo altamente decorados de época de Stalin.
Na segunda metade da década de 1980, as políticas de Gorbachev da perestroika e da glasnost expandiu significativamente a liberdade de expressão nos meios de comunicação e imprensa, acabou resultando na eliminação completa da censura, a liberdade total de expressão ea liberdade para criticar o governo.[38]
[editar] Ver também
Referências
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- ↑ Law, David A.. Russian Civilization. [S.l.]: Ardent Media, 1975. 300–1 p. ISBN 978–0842205292
- ↑ Pejovich, Svetozar. The Economics of Property Rights: Towards a Theory of Comparative Systems. [S.l.]: Springer Science+Business Media, 1990. p. 130. ISBN 978-0-7923-0878-2
- ↑ 'On the other hand...' See the index of Stalin and His Hangmen by Donald Rayfield, 2004, Random House
- ↑ Rayfield 2004, pp. 317–320.
- ↑ "Gorbachev, Mikhail." Encyclopædia Britannica. 2007. Encyclopædia Britannica Online. 2 October 2007 <http://www.britannica.com/eb/article-9037405>. "Sob sua nova política de glasnost ("abertura"), um importante degelo cultural teve lugar: as liberdades de expressão e de informação foram significativamente ampliado, a imprensa e radiodifusão foram autorizados a franqueza sem precedentes em sua reportagem e crítica; e legado do país de stalinista regimes totalitários acabou por ser completamente repudiada pelo governo. "
[editar] Bibliográficas
- MEDEIROS, Carlos (2008) Desenvolvimento econômico e ascensão nacional: rupturas e transições na Rússia e na China. p. 173-273. in: FIORI, José L.; SERRANO, Franklin & MEDEIROS, Carlos A. (2008) O mito do colapso americano. Ed. Record: SP e RJ.
[editar] Ligações externas
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