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França (em francês: France; AFI: [fʁɑ̃s] ouça), oficialmente República Francesa (em francês: République française; [ʁepyblik fʁɑ̃sɛz]) é um país localizado na Europa Ocidental, com várias ilhas e territórios ultramarinos noutros continentes. A França Metropolitana se estende do Mediterrâneo ao Canal da Mancha e Mar do Norte, e do Rio Reno ao Oceano Atlântico. É muitas vezes referida como L'Hexagone ("O Hexágono") por causa da forma geométrica do seu território. A nação é o maior país da União Europeia em área e o terceiro maior da Europa, atrás apenas da Rússia e da Ucrânia (incluindo seus territórios extraeuropeus como a Guiana Francesa fica maior que a Ucrânia).
Por cerca de meio milênio,[7] a França tem sido uma grande potência, com forte influência econômica, cultural, militar e política a nível europeu e global. Durante muito tempo o país exerceu um papel de liderança e hegemonia na Europa (principalmente a partir da segunda metade do século XVII e parte do XVIII). Ao longo daqueles dois séculos, a França colonizou grande parte da América do Norte e, durante o século XIX e início do século XX, chegou mesmo a constituir o segundo maior império da história, o que incluía grande parte da América do Norte, África Central e Ocidental, Sudeste Asiático e muitas ilhas do Pacífico.
A nação francesa tem seus principais ideais expressos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. A República Francesa é definida como indivisível, laica, democrática e social pela sua constituição.[8] A França é um dos países mais desenvolvidos do mundo,[9] possui a quinta maior economia do mundo por PIB nominal, a nona maior por paridade do poder de compra e a segunda maior de toda a Europa.[10] O país goza de um alto padrão de vida, bem como um elevado nível de escolaridade pública, além de ter uma das mais altas expectativas de vida do mundo.[11] A França foi classificada como o melhor provedor saúde pública do mundo pela Organização Mundial de Saúde (OMS).[12] É o país mais visitado no mundo, recebendo 82 milhões de turistas estrangeiros por ano.[13]
A França tem o terceiro maior orçamento militar do mundo[14], a terceira maior força militar da OTAN e o maior exército da União Europeia, além de ser um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e possuir o terceiro maior número de armas nucleares do mundo.[15] O país é um dos membros fundadores da União Europeia e possui a maior área e a segunda maior economia do bloco. É também membro fundador da Organização das Nações Unidas, além de ser membro da Francofonia, do G8, do G20, da OTAN, da OCDE, da OMC e da União Latina.
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Não há muitos relatos sobre a origem do nome França. O nome Francia refere-se à área original do norte da Europa, que era habitada, ou melhor dominada, por guerreiros germânicos que chamavam a si próprios de francos. Francia é uma adaptação latina do século III do termo Franko(n), nome que os francos a deram quando estavam em seu domínio, atualmente localizada provavelmente no que hoje corresponde à região de Flandres, na Bélgica. Realmente, a partir dos séculos III e IV, os romanos já tinham tido contacto com os francos. Os romanos vieram a contratá-los como mercenários em seu exército, e bem antes das invasões germânicas. O nome Francia, não tem conotação política, mas sim de localização ou sociológica, como Magrebe ou os Bálcãs no século XXI. O povo franco era uma nação de guerreiros que elegia um chefe de guerra denominado rei dos francos, e local livre, sob a sua competência pelos assuntos de Guerra. A guerra é considerada como o valor da liberdade, e a palavra "franco" se tornou, a partir daí, sinónimo de livre.
Outra teoria é que o nome dos francos deriva da palavra goda "frankon", que era o nome do machado de guerra utilizado pelos habitantes da região. Esse machado atualmente é conhecido como franquisque, conforme designado no "Ethymologiarum sive originum, libri XVIII", livro escrito por Isidore de Sevilha (c. 560 - 636).
Os francos foram uma tribo germânica, provavelmente originária da Panônia, uma região do território onde hoje se situa a Hungria, e que mais tarde se mudaram para o oeste, para ocupar a região da Frísia, onde atualmente estão os Países Baixos. Em meados do século IV da nossa era, na época da decadência do Império Romano, o imperador Juliano, para pacificar estas tribos, lhes cedeu a Gália, e os francos se incorporaram ao império como um aliado federado.
Na época do seu apogeu, o reino dos francos abarcou a maior parte do atual território da França e parte do que hoje é a Alemanha (Francônia). Este povo germânico uniu-se aos povoadores celtas do lugar, os gauleses, e ambos os grupos indo-europeus constituíram a origem do que séculos mais tarde seria a nação francesa. No entanto, os francos deixaram uma marca mais forte que a dos gauleses, pelo menos no nome do país: etimologicamente, França significa ´terra dos francos´.
As fronteiras da França moderna são muito semelhantes às fronteiras da antiga Gália, território habitado pelos gauleses, de origem celta. A Gália foi conquistada pelos Romanos no século I a.C., e os gauleses acabaram por adoptar a cultura e a língua latinas.
O cristianismo instalou-se durante os séculos II e III. As fronteiras do leste da Gália ao longo do rio Reno foram atravessadas por tribos germânicas - principalmente os Francos, dos quais o antigo nome "Francie" vem - durante o século IV.
Apesar de a monarquia francesa ser muitas vezes datada do século V, a existência contínua da França como uma entidade separada começa com a divisão do império franco de Carlos Magno em uma parte leste e uma parte oeste. A parte do leste pode ser considerada como o começo do que é a atual Alemanha, a parte oeste como a França.
Os sucessores de Carlos Magno dirigiram a França até 987, quando Hugo Capeto, Duque de França e conde de Paris, foi coroado Rei da França. Seus sucessores, a dinastia dos Capetos, dirigiram a França até 1789, quando a Revolução Francesa instalou uma República, em uma época de mudanças radicais que começou em 1789.
Após diversas mudanças, a França chegou ao século XX como um país em transição política constante, passando, diversas vezes, por diferentes regimes políticos, piorando sua imagem no mundo (sendo que não possuía tantas colônias como a Inglaterra, que tinha um vasto império que agregava 1/4 do mundo). Com eclosão da II Guerra Mundial (1939-1945), em 1940 a Alemanha declarou guerra à França e invadiu o país. Após apenas 43 dias de combates, os franceses se renderam e precisaram da ajuda dos aliados (em destaque, o Reino Unido e os EUA) para sua libertação (iniciada no Dia D, 6 de Junho de 1944).
Apesar disso, no final da guerra, a França obteve o estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, conseguiu entrar no restrito clube de potências nucleares e foi, juntamente com a Alemanha, o principal incentivador da criação da Comunidade Europeia.
Atualmente, a França é um país de língua latina, que ocupa a maior parte das antigas tribos gaulesas célticas, conquistada por Júlio César, mas que leva seu nome dos francos uma tribo germânica, cujo nome significa "homens livres", que foi formada tardiamente e instalada em uma parte do terreno do Império Romano.
A França metropolitana está situada na faixa entre as latitudes 41° e 51° N (Dunkirk é apenas a norte de 51°) e as longitudes 6° W e 10° E, na ponta mais ocidental da Europa e, portanto, se situa dentro da zona temperada do norte.
Enquanto a França metropolitana está localizada na Europa Ocidental, a França também tem territórios na América do Norte, Caribe, América do Sul, sul do Oceano Índico, Oceano Pacífico e na Antártica.[16] Estes territórios têm diferentes formas de governo que vão desde departamento de ultramar à coletividade de ultramar. Os departamentos e coletividades ultramarinas da França e partilham fronteiras terrestres com o Brasil e Suriname (fronteira com a Guiana Francesa) e as Antilhas Holandesas (fronteira com Saint-Martin).
A França metropolitana abrange 547.030 quilômetros quadrados[17] e têm a maior área territorial entre os membros da União Europeia.[18] A França possui uma grande variedade de paisagens, desde as planícies costeiras no norte e oeste, as cordilheiras dos Alpes no sudeste, o Maciço Central da região centro-sul até os Pirinéus no sul-oeste. Com 4.810,45 metros[19] acima do nível do mar, o Mont Blanc é o ponto mais alto da Europa Ocidental, situado nos Alpes, na fronteira entre a França e a Itália. A França Metropolitana também tem sistemas fluviais extensos como o Sena, o Loire, Garonne e o Ródano, que divide o Maciço Central dos Alpes e deságua no Mar Mediterrâneo. A Córsega está ao largo da costa do Mediterrâneo.
A área total terrestre da França, com seus departamentos e territórios ultramarinos (excluindo Adélie Land), é de 674.843 km², 0,45% da área total da Terra. Contudo, a França possui a segunda maior Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do mundo,[20] que abrange 11.035.000 km², cerca de 8% da superfície total de todos as ZEEs do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (11.351.000 km²) e à frente da Austrália (8.232.000 km²).[21] O norte e o noroeste do país têm um clima temperado, enquanto que uma combinação de influências marítimas, latitude e altitude produzem um clima variado no resto da França metropolitana.[22] No sudeste prevalece o clima mediterrâneo. No oeste, o clima é predominantemente oceânico, com um elevado nível de pluviosidade, invernos suaves e verões quentes. No interior o clima torna-se mais continental, com verões quentes e tempestuosos, invernos mais frios e menos chuva. O clima dos Alpes e de outras regiões montanhosas é principalmente alpino, com o número de dias com temperaturas abaixo de zero passando de 150 por ano e com uma cobertura de neve com duração de até seis meses.
Paisagens e climas da França | ||||||||||
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A população da França é de aproximadamente 65,4 milhões de pessoas (segundo estimativas para janeiro de 2010), dos quais 62 793 432 habitam a França Metropolitana, com uma densidade de 115 habitantes por quilômetros quadrado, 2 653 942 habitam a França Ultramarina, incluindo uma comunidade de dois mil científicos e investigadores destacados na Antártida.
Segundo dados do CIA World Factbook, 77% da população francesa vive em áreas urbanas. Paris, junto à sua área metropolitana (correspondente à região conhecida como Île-de-France, concentra 11 769 443 habitantes[23], o que a converte em uma das maiores do mundo, e a mais povoada da União Europeia. Outras áreas metropolitanas como mais de um milhão de habitantes são Marselha e Lyon, com mais de um milhão e meio habitantes cada uma.
A esperança de vida ao nascer é de 80,7 anos, sendo 77,1 para os homens e 84,1 para as mulheres. Os homens tendem a ter empregos a tempo completo, enquanto nas mulheres tende a ser parcial. Na França, as férias legais pagas somam cinco semanas para cada ano de trabalho. É considerado como um dos países com melhor qualidade de vida do planeta. Sua população desfruta de um alto grau de serviços, e o índice de saúde é um dos melhores do mundo.
A população está composta por descendentes de vários grupos étnicos, principalmente de origem celta (mas também ligure e ibero), fundamentalmente gauleses fusionados com a população precedente, que deram à região o nome de Gália (que hoje é a França), que incluía também Bélgica, Suíça e Luxemburgo. Cronologicamente, foram-se somando outros grupos étnicos: no processo histórico formativo da França atual, são também significativas as populações de origem grega, romana, basca, germânica (principalmente de francos, como também de burgúndios), viking (na Normandia) e, em menor medida, os sarracenos.
Desde o século XIX, a França é um país de imigração. Mais de 90% da população há nascido dentro do próprio país[24]. Entre os estrangeiros que vêm se integrando, predominam os magrebes, italianos e espanhóis (a imigração espanhola no país começou desde 1999), portugueses, polacos, subsaarianos, chineses (um milhão em 2007[25]), turcos (entre 400 e 500 mil[26][27]], vietnamitas (250 mil [28]) e ciganos (entre 200 e 300 mil[27]). A maior parte de imigrantes nos últimos anos provêm do Magrebe. No total, existem 4,5 milhões de imigrantes[29], do qual aproximadamente um milhão e meio nasceram em terras estrangeiras, mas têm adquirido a nacionalidade francesa, ainda que mais de três milhões desses imigrantes sejam considerados estrangeiros.
Os estudos da população da francesa mostram que a maioria da sua composição dos cidadãos são de origem europeia (91,6%), entre os quais franceses (85%) os outros 6,5% provêm de outros países. 5,75 vêm de países da África, 3% da Ásia e 0,6% da América.[30] Esta composição é consequência da evolução migratória e da presença significativa da população nascida na França, porém estrangeira, geralmente imigrantes que através dos anos foram obtendo a cidadania francesa. A população de origem judeu era estimada em 550 mil habitantes, a princípios dos anos 2000, ainda que não existam dados estatísticos, pois a lei proíbe recolher dados sobre etnias ou religiões.
Cidades mais populosas da França Censo de 2007 |
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Paris Marselha |
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Posição | Cidade | Região | Pop. | Posição | Cidade | Região | Pop. | Lyon Toulouse |
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1 | Paris | Île-de-France | 2 193 030 | 11 | Rennes | Bretanha | 207 922 | ||||
2 | Marselha | P.-Alpes-Côte d'Azur | 852 395 | 12 | Reims | Champanha-Ardenas | 187 650 | ||||
3 | Lyon | Ródano-Alpes | 472 330 | 13 | Le Havre | Alta Normandia | 179 751 | ||||
4 | Toulouse | Midi-Pyrénées | 439 453 | 14 | Saint-Étienne | Ródano-Alpes | 175 318 | ||||
5 | Nice | P.-Alpes-Côte d'Azur | 348 721 | 15 | Toulon | P.-Alpes-Côte d'Azur | 168 768 | ||||
6 | Nantes | Pays de la Loire | 283 025 | 16 | Grenoble | Ródano-Alpes | 156 107 | ||||
7 | Estrasburgo | Alsácia | 272 123 | 17 | Angers | Pays de la Loire | 151 108 | ||||
8 | Montpellier | Languedoc-Roussillon | 253 712 | 18 | Dijon | Borgonha | 155 387 | ||||
9 | Bordéus | Aquitânia | 235 178 | 19 | Brest | Bretanha | 144 548 | ||||
10 | Lille | Nord-Pas-de-Calais | 225 789 | 20 | Le Mans | Pays de la Loire | 144 164 |
França é um país secular e a liberdade de religião é um direito constitucional. O governo francês não mantém estatísticas sobre adesão religiosa, etnias ou filiação política. No entanto, existem algumas estimativas não oficiais.
O catolicismo romano tem sido a religião predominante na França há mais de um milênio, embora não seja tão ativamente praticado hoje como era antes. Uma pesquisa realizada pelo jornal católico La Croix descobriu que, enquanto em 1965, 81% dos franceses se declaravam como católicos, em 2009 essa proporção era de 64%. Além disso, embora 27% dos franceses ia à missa uma vez por semana ou mais em 1952, apenas 4,5% o fizeram em 2006; 15,2% assistiam à missa pelo menos uma vez por mês.[32] O mesmo estudo constatou que os protestantes responderam por 3% da população, um aumento em relação às pesquisas anteriores e 5% seguiam outras religiões, sendo que os restantes 28% declarando que não tinham nenhuma religião.[32]
De acordo com uma sondagem de janeiro de 2007 realizada pela Catholic World News,[33] apenas 5% da população francesa frequentava a igreja regularmente (ou 10% frequentam os serviços da igreja regularmente entre os entrevistados que se identificaram como católicos). A pesquisa mostrou que 51% dos entrevistados se identificou como católicos, 31% se identificou como agnósticos ou ateus (outra pesquisa[34] define a proporção de ateus como igual a 27%), 10% se identificou como sendo de outras religiões ou sem opinião, 4% identificados como muçulmanos, 3% se identificaram como protestantes, 1% se identificaram como budistas e 1% se identificaram como judeus.[35] Enquanto isso, uma estimativa independente do politologista Pierre Bréchon, em 2009, concluiu que a proporção de católicos havia caído para 42% enquanto o número de ateus e agnósticos havia subido para 50%.[36] Os valores mais recentes da World Christian Database datados de 2010 e divulgados pelo site The ARDA mostram que 68,23% dos franceses são seguidores do Cristianismo, 16,41% são agnósticos, 8,55% são muçulmanos, os ateus são 4,13%, os judeus 1% e outras religiões são seguidas por 1,67% da população.[37] De acordo com o Fórum Pew "Na França, os defensores de uma lei de 2004 que proíbe o uso de símbolos religiosos nas escolas dizem que protegem as meninas muçulmanas de serem forçadas a usar um lenço na cabeça, mas a lei também restringe aqueles que querem usar o véu - ou qualquer outro símbolo "conspícuo" religioso, incluindo grandes cruzes cristãs e turbantes sikh - como expressão de sua fé."[38]
Religião em França - 2010 [37] | ||||
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Religião | Porcentagem(%) | |||
Cristianismo |
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68,23% | ||
Agnosticismo |
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16,41% | ||
Islão |
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8,55% | ||
Ateísmo |
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4,13% | ||
Judaísmo |
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1,00% | ||
Outras crenças |
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1,67% |
De acordo com a mais recente pesquisa do Eurobarômetro, de 2005,[39] 34% dos cidadãos franceses responderam que "acreditam que existe um deus", enquanto 27% responderam que "acreditam que existe algum tipo de espírito ou força vital e 33% que "não acredito que haja qualquer tipo de espírito, deus, ou força vital." Um outro estudo mostra 32% de pessoas na França se declaram como ateus e outros 32% declaram-se como "cético sobre a existência de Deus, mas não um ateu."[40]
As estimativas do número de muçulmanos na França variam amplamente. De acordo com o censo francês de 1999, havia 3,7 milhões de pessoas "provavelmente de fé muçulmana" na França (6,3% da população total). Em 2003, o Ministério do Interior francês estimou que o número total de muçulmanos estava entre cinco e seis milhões (8-10%).[41][42] A comunidade judaica atual na França é de cerca de 600.000 pessoas de acordo com o Congresso Mundial Judaico e é a maior na Europa. No entanto, tanto o Banco de Dados Judeus Norte-Americano quanto a Biblioteca Virtual Judaica colocam essas estimativas mais perto de 480 mil pessoas em 2010.
Desde 1905 o governo francês tem seguido o princípio da laicidade, em que é proibido de reconhecer qualquer direito específico de uma comunidade religiosa. Em vez disso, o governo apenas reconhece as organizações religiosas, de acordo com critérios formais legais que não tratam a doutrina religiosa. Por outro lado, as organizações religiosas devem abster-se de intervir na elaboração de políticas.
O idioma oficial na França é o francês,[43] proveniente do françano, variante linguística falada na Ilha de França que nos princípios da Idade Média e, ao longo dos séculos, se impôs ao resto das línguas e variantes linguísticas que se falam em quaisquer partes da França.
Apesar disto, esta imposição do francês tem sido fruto de decisões políticas tomadas ao longo da história, com o objetivo de criar um Estado uniformizado linguisticamente. Feito isto, o artigo 2 da constituição francesa de 1958 disse textualmente que «La langue de la République est le français».[44]
Este artigo tem servido para não permitir o uso oficial nos âmbitos de uso culto das línguas que se falam na França: o catalão, o bretão, o corso, o ocitano, o provençal, o franco-provençal, o basco e o alsaciano. Somente se tem permitido ensinar alguma destas línguas como segunda língua estrangeira optativa na escola pública. A imigração proveniente de fora do país, assim como de regiões exclusivamente francófonas, faz com que a porcentagem de falantes destas línguas seja cada vez mais baixa.
Do século XVII a meados do século XX, o francês serviu como língua internacional preeminente da diplomacia e das relações internacionais, bem como uma língua franca entre as classes cultas da Europa.[45] A posição dominante da língua francesa nas relações internacionais tem apenas sido desafiada recentemente pelo inglês, desde o surgimento dos Estados Unidos como uma grande potência.[46][47]
A República Francesa é uma república unitária semipresidencialista com fortes tradições democráticas.[48] A constituição da V República foi aprovada por referendo em 28 de setembro de 1958.[49] É extremamente reforçada a autoridade do executivo em relação ao Parlamento. O poder executivo em si tem dois dirigentes: o presidente da República, atualmente François Hollande, que é chefe de estado e é eleito diretamente por sufrágio universal para um mandato de 5 anos (antes de 7 anos)[50] e o Governo, liderado pelo primeiro-ministro nomeado pelo presidente. O primeiro-ministro atual é Jean-Marc Ayrault[1].
O parlamento francês é uma legislatura bicameral, composto por uma Assembleia Nacional (Assemblée Nationale) e um Senado.[51] Os deputados da Assembleia Nacional representam círculos eleitorais locais e são diretamente eleitos para mandatos de 5 anos.[52] A Assembleia tem o poder de demitir o gabinete e, assim, a maioria na Assembleia determina a escolha do governo. Os senadores são escolhidos por um colégio eleitoral para mandatos de 6 anos (inicialmente 9 termos homólogos), e metade dos assentos são submetidos a eleição a cada 3 anos, com início em Setembro de 2008.[53]
Os poderes legislativos do Senado são limitados; em caso de desacordo entre as duas câmaras, a Assembleia Nacional tem a palavra final, exceto para as leis constitucionais e lois organiques (leis que são diretamente previstas pela Constituição), em alguns casos.[54] O governo tem uma forte influência na formação da ordem do dia do Parlamento.
A política francesa caracteriza-se por dois grupos políticos opostos: um de esquerda, centrada em torno do Partido Socialista Francês, e os outros da ala direita, anteriormente centrada em torno do Rassemblement pour la République (RPR) e agora seu sucessor, o Union pour un mouvement populaire (UMP).[55] O poder executivo é atualmente composto na sua maioria por membros do UMP.
França usa um sistema romano-germânico;[17] isto é, a lei surge principalmente a partir de estatutos escritos; os juízes não fazem leis, mas apenas as interpretam (embora a quantidade de interpretação judicial em determinadas áreas faz com que seja equivalente a jurisprudência). Os princípios básicos do Estado de direito foram estabelecidas no Código de Napoleão (que era, por sua vez, em grande parte, baseado na lei real codificada no reinado de Luís XIV). De acordo com os princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão a lei só deve proibir as ações prejudiciais à sociedade. Como Guy Canivet, o primeiro presidente do Tribunal de Cassação da França, escreveu sobre a gestão das prisões: "A liberdade é a regra e sua restrição é a exceção; qualquer restrição de liberdade deve ser prevista por lei e deve seguir os princípios da necessidade e proporcionalidade". Ou seja, a lei legislar proibições somente se elas forem necessárias e se os inconvenientes causados por essa restrição não excedam os inconvenientes que a proibição supostamente irá resolver.
A lei francesa é dividida em duas áreas principais: o direito privado e o direito público. O direito privado inclui, na lei, nomeadamente o direito penal e civil. O direito público inclui, na lei, designadamente o direitos administrativo e constitucional. No entanto, em termos práticos, a lei francesa compreende três principais áreas do direito: direito civil, direito penal e direito administrativo.
A França não reconhece a lei religiosa, nem reconhece crenças religiosas ou a moralidade como uma motivação para a promulgação de proibições. Como consequência, a França há muito tempo não tem qualquer lei de blasfêmia nem leis contra a sodomia (a última sendo abolida em 1791). No entanto, "os crimes contra a decência pública" (moeurs contraires aux bonnes) ou perturbação da ordem pública (rouble à l'ordre public) foram usados para reprimir manifestações públicas de homossexualidade ou a prostituição de rua.
Leis penais só podem abordar o futuro e não o passado criminal (leis ex post facto são proibidas), e para serem aplicáveis, as leis devem ser oficialmente publicado no Journal Officiel de la République Française.
A França é tolerante com a comunidade LGBT. Desde 1999, as uniões civis para casais homossexuais são permitidas, embora o casamento homossexual ainda não seja legalizado na França. Leis de condenação ao racismo, sexismo ou o anti-semitismo são antigas e importantes, por exemplo, leis que proíbem o discurso discriminatório na imprensa são tão antigas como 1881.[56]
Em 2010, a França aprovou uma lei que proíbe véus de rosto em público, incluindo aqueles usados pelas mulheres muçulmanas. A Anistia Internacional condenou a lei como uma violação da liberdade de expressão.[57] Em setembro de 2011, duas mulheres muçulmanas foram multadas por usar o niqab, mas elas recorreram das multas.[58]
A Declaração Schuman é o título que informalmente conhecido como pronunciado pelo Ministério de Relações Exteriores da França, Robert Schuman a 9 de maio de 1950 — tal como o conhece a União Europeia — se deu o primeiro passo para a formação desta organização ao propor a comunitarização do carvão e do aço de França, Alemanha e demais países aderentes.
A França faz grupo dos seis países que são originários mediantes ao Tratado de Paris e constituíram a comunidade europeia do carvão e do aço (CECA).[59] A este tratado seguem outros que compõem a União Europeia atualmente. Os franceses contam com a segunda representação mais numerosa no Parlamento Europeu, em virtude de seu número de habitantes; todavia, o francês Jean-Claude Trichet é o presidente do Banco Central Europeu e Jacques Barrot é um dos vice-presidentes da Comissão Europeia para o período 2004-2009.
A presidência francesa do Conselho da União Europeia no segundo semestre de 2008 está marcada dentro do sistema de administração rotativa da dita instituição.[60]
Desde a Guerra da Argélia, a conscrição foi progressivamente reduzida e finalmente foi suspensa em 2001 por Jacques Chirac. O número total de pessoal militar é de 359.000. A França gasta 2,6% de seu PIB com defesa, ligeiramente mais do que o Reino Unido (2,4%), e é o mais elevado na União Europeia, onde a despesa da defesa é geralmente inferior a 1,5% do PIB. Juntos, eles representam 40% das despesas da defesa da UE. Por volta de 10% do orçamento da defesa da França vai para sua força de frappé, ou armas nucleares. Uma parte significante do equipamento é feita na França. Algumas armas, como o Grumman E-2 Hawkeye ou o E-3 Sentry foram compradas dos Estados Unidos. Apesar de se retirar do projeto do Eurofighter, a França está investindo em projetos europeus como o Eurocopter Tiger.
As Forças Armadas francesas estão divididas em quatro:
A França está dividida em 26 regiões administrativas. 22 estão na França metropolitana (21 estão na parte continental da França metropolitana, é uma colectividade territorial da Córsega), e quatro são regiões ultramarinas. As regiões estão subdivididas em 100 departamentos que são numerados (principalmente em ordem alfabética). Esse número é usado em códigos postais e placas de matrícula, entre outros. Os cerca de 100 departamentos estão subdivididos em 341 circunscrições que são, por sua vez, subdivididas em 4.032 cantões. Estes cantões estão divididos em 36.680 comunas, que são municípios com um conselho municipal eleito. Também existem 2.588 entidades intermunicipais, agrupando 33.414 das 36.680 comunas (ou seja, 91,1% de todos os municípios). Três municípios, Paris, Lyon e Marselha também estão subdivididos em 45 circunscrições municipais.
As regiões, departamentos e comunas são todos conhecidos como coletividades territoriais, o que significa que eles possuem assembleias locais, bem como um executivo. Arrondissements e cantões são divisões meramente administrativas. No entanto, este não foi sempre o caso. Até 1940, os arrondissements também eram coletividades territoriais, com uma assembleia eleita, mas estas foram suspensas pelo regime de Vichy e definitivamente abolida pela Quarta República, em 1946. Historicamente, os cantões eram também coletividades territoriais, com suas assembleias eleitas.
Região | Departamentos |
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Alsace | Bas-Rhin, Haut-Rhin |
Aquitaine | Dordogne, Gironde, Landes, Lot-et-Garonne, Pyrénées-Atlantiques |
Auvergne | Allier, Cantal, Haute-Loire, Puy-de-Dôme |
Basse-Normandie | Calvados, Manche, Orne |
Bourgogne | Côte-d'Or, Nièvre, Saône-et-Loire, Yonne |
Bretagne | Côtes-d'Armor, Finistère, Ille-et-Vilaine, Morbihan |
Centro | Cher, Eure-et-Loir, Indre, Indre-et-Loire, Loiret, Loir-et-Cher |
Champagne-Ardenne | Ardennes, Aube, Haute-Marne, Marne |
Córsega | Corse-du-Sud, Haute-Corse |
Franche-Comté | Doubs, Haute-Saône, Jura, Territoire de Belfort |
Haute-Normandie | Eure, Seine-Maritime |
Île-de-France | Essonne, Hauts-de-Seine, Paris, Sena e Marne, Seine-Saint-Denis, Val-de-Marne, Val-d'Oise, Yvelines |
Languedoc-Roussillon | Aude, Gard, Hérault, Lozère, Pyrénées-Orientales |
Limousin | Corrèze, Creuse, Haute-Vienne |
Lorraine | Meurthe-et-Moselle, Meuse, Moselle, Vosges |
Midi-Pyrénées | Ariège, Aveyron, Gers, Haute-Garonne, Hautes-Pyrénées, Lot, Tarn, Tarn-et-Garonne |
Nord-Pas-de-Calais | Nord, Pas-de-Calais |
Pays de la Loire | Loire-Atlantique, Maine-et-Loire, Mayenne, Sarthe, Vendée |
Picardie | Aisne, Oise, Somme |
Poitou-Charentes | Charente, Charente-Maritime, Deux-Sèvres, Vienne |
Provence-Alpes-Côte d'Azur | Alpes-de-Haute-Provence, Alpes-Maritimes, Bouches-du-Rhône, Hautes-Alpes, Var, Vaucluse |
Rhône-Alpes | Ain, Ardèche, Drôme, Haute-Savoie, Isère, Loire, Rhône, Savoie |
Um membro G8, grupo líder dos principais países industrializados, o país é classificado como a quinta maior economia do mundo e segunda maior da Europa é por PIB nominal;[62] com 39 das 500 maiores empresas do mundo em 2010, a França ocupa o quarto lugar no mundo e o primeiro na Europa na lista Fortune Global 500, à frente da Alemanha e do Reino Unido. A França se juntou aos onze outros membros da União Europeia para criar o euro em 1 de Janeiro de 1999, substituindo completamente o franco francês (₣) no início de 2002.[63]
A França tem uma economia mista que combina a iniciativa privada extensa (cerca de 2,5 milhões de empresas registradas)[64][65] com substanciais (embora em declínio[66]) empresas estatais e intervenção do governo. O governo mantém considerável influência sobre segmentos-chave dos setores de infra-estrutura, com participação majoritária em estradas de ferro, eletricidade, aviões, usinas nucleares e telecomunicações.[66] O país vem relaxando gradualmente o controle sobre estes sectores desde o início dos anos 1990.[66] O governo está lentamente corporatizando o setor estatal e vendendo participações na France Télécom, Air France, assim como ações, seguros e indústrias de defesa.[66] A França tem uma importante indústria aeroespacial liderada pelo consórcio europeu Airbus e tem o seu próprio espaçoporto nacional, o Centro Espacial de Kourou.
Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2009 a França foi 6º maior exportador do mundo e o 4º maior importador de produtos manufaturados.[67] Em 2008, a França foi o terceiro maior destinatário de investimentos estrangeiros diretos nos países da OCDE em 117,9 bilhões dólares, atrás de Luxemburgo (onde o investimento estrangeiro direto foi de transferências essencialmente monetárias aos bancos localizados no país) e dos Estados Unidos (316.100 milhões dólares), mas acima do Reino Unido (96,9 bilhões dólares), Alemanha (US $ 24,9 bilhões) e Japão ($ 24,4 bilhões).[68][69] No mesmo ano, as empresas francesas investiram 220.000 milhões de dólares fora da França, classificando a França como o segundo mais importante investidor externo direto no âmbito da OCDE, atrás dos Estados Unidos (311,8 bilhões de dólares) e à frente do Reino Unido (111,4 bilhões de dólares), Japão (128 bilhões de dólares) e Alemanha (156,5 bilhões de dólares).[68][69]
Serviços financeiros, bancários e do setor de seguros são uma parte importante da economia francesa. A Bolsa de Valores de Paris é uma instituição antiga, criada por Luís XV em 1724.[70] Em 2000, as bolsas de valores de Paris, Amesterdã e Bruxelas foram incorporadas à Euronext.[71] Em 2007, a Euronext se fundiu com a Bolsa de Nova Iorque para formar NYSE Euronext, a maior bolsa de valores do mundo.[71] Euronext Paris, o ramo francês do grupo NYSE Euronext, é o segundo maior mercado europeu de ações, por trás da London Stock Exchange.
As empresas francesas mantiveram posições-chave na indústria de seguros e bancária: a AXA é a empresa maior do mundo seguro e está classificada pela revista Fortune como a nona empresa mais lucrativa do mundo. Os principais bancos franceses são BNP Paribas e o Crédit Agricole, classificados como 1º e 6º maiores bancos do mundo em 2010.[72]
A França é o menor emissor de dióxido de carbono entre os sete países mais industrializados do mundo, devido ao seu forte investimento em energia nuclear.[73] Como resultado de grandes investimentos em tecnologia nuclear, a maior parte da eletricidade produzida no país é gerada por 59 usinas nucleares (78% em 2006,[74] a partir de apenas 8% em 1973, 24% em 1980, e 75% em 1990).
Com 81,9 milhões de turistas estrangeiros em 2007, a França está classificado como o maior destino turístico do mundo, à frente da Espanha (58,5 milhões em 2006) e Estados Unidos (51,1 milhões em 2006).[13] Este valor exclui 81,9 milhões de pessoas que ficam menos de 24 horas na França, como europeus do norte cruzando a França a caminho de Espanha ou da Itália durante o verão.
A França tem 37 locais classificados como Patrimônio Mundial da UNESCO e apresenta cidades de interesse cultural elevado (principalmente Paris, além de Toulouse, Estrasburgo, Bordéus, Lyon e outros), praias e balneários, estâncias de esqui e regiões rurais. O país e, especialmente a sua capital, tem alguns dos maiores e mais renomados museus do mundo, incluindo o Louvre, que é o museu de arte mais visitado no mundo, além do Musée d'Orsay, principalmente dedicado ao impressionismo, e o Beaubourg, dedicado à arte contemporânea. A Disneyland Paris é o parque temático mais popular da França e de toda a Europa, com mais 15 405 000 visitantes em 2009.[76]
Com mais de 10 milhões de turistas por ano, a Riviera Francesa (ou Côte d'Azur), no sudeste da França, é o segundo principal destino turístico no país, após a região parisiense.[77] De acordo com a Agência de Desenvolvimento Econômico Côte d'Azur, a região é beneficiada por 300 dias de sol por ano, 115 km de litoral, 18 campos de golfe, 14 estações de esqui e 3.000 restaurantes.[78] Todos os anos a Côte d'Azur hospeda 50% da frota mundial de iates luxuosos, sendo que 90% desses iates visitam costa da região pelo menos uma vez na vida.[79]
Um outro destino principal são os castelos do Vale do Loire, este Patrimônio Mundial é notável pela qualidade do seu patrimônio arquitectónico, nas suas cidades históricas, como Amboise, Angers, Blois, Chinon, Nantes, Orléans, Saumur e Tours, mas em particular pelos seus castelos.
Os locais turísticos mais populares incluem (de acordo com um ranking de 2003 por visitantes por ano[80]): Torre Eiffel (6,2 milhões), Museu do Louvre (5,7 milhões), Palácio de Versalhes (2,8 milhões), Museu de Orsay (2,1 milhões ), Arco do Triunfo (1,2 milhões), Centro Pompidou (1,2 milhões), Monte Saint-Michel (1 milhão), o Castelo de Chambord (711.000), Sainte-Chapelle (683 mil), Castelo de Haut-Koenigsbourg (549.000), Puy de Dôme (500.000), Museu Picasso (441.000), Carcassonne (362 mil).
Em 1802, Napoleão Bonaparte criou o lycée.[81] No entanto, é Jules Ferry que é considerado o pai da moderna escola francesa, que é gratuita, laica e obrigatória até aos 13 anos de idade desde 1882[82] (escola comparecimento na França agora é obrigatório até a idade de 16 anos[83]).
Atualmente, o sistema de ensino na França é centralizado e é composto de três fases, o ensino primário, secundário e ensino superior. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos, coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), classifica a educação da França como a 25ª melhor do mundo, não sendo nem significativamente superior nem inferior à média da OCDE.[84] A educação primária e secundária são predominantemente públicas, administradas pelo Ministério da Educação Nacional.
O sistema educacional francês é subdividido em cinco diferentes níveis:
A rede ferroviária da França, que se estende por 31.840 quilômetros, é a mais extensa da Europa Ocidental. É operada pela SNCF, e os trens de alta velocidade incluem o Thalys, Eurostar e TGV, que viaja a 320 km/h em uso comercial. O Eurostar, juntamente com o Serviço de Tranferência do Eurotúnel, conecta-se com o Reino Unido através do Túnel da Mancha. As ligações ferroviárias estendem-se para todos os outros países vizinhos na Europa, com exceção de Andorra. Ligações intra-urbanas também são bem desenvolvidas, com os serviços de metrô e bondes complementando os serviços de ônibus.
Há aproximadamente 893.300 quilômetros de rodovias utilizáveis na França. A região de Paris está envolvida com uma rede densa de estradas e rodovias que a ligam com praticamente todas as partes do país. Estradas francesas também lidam com um importante tráfego internacional, conectando-se com cidades da vizinha Bélgica, Espanha, Andorra, Mônaco, Suíça, Alemanha e Itália. Não há taxa de matrícula anual ou estrada fiscal, entretanto, o uso da auto-estrada é através de pedágios, exceto nas imediações dos municípios de grandes dimensões. O mercado de carros novos é dominado por marcas domésticas como a Renault (27% dos carros vendidos na França, em 2003), Peugeot (20,1%) e Citroën (13,5%).[85] Mais de 70% dos carros novos vendidos em 2004, tinham motores a diesel, muito mais do que continha gasolina ou a GPL.[86] A França também possui a ponte mais alta estrada do mundo: o Viaduto de Millau, e construiu muitas pontes importantes, como a Pont de Normandie.
Há cerca de 478 aeroportos em França, incluindo campos de pouso. O Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle, situado nos arredores de Paris, é o maior e mais movimentado aeroporto do país, e manipula grande maioria do tráfego popular e comercial do país e liga Paris com praticamente todas as grandes cidades em todo o mundo. A Air France é a companhia aérea nacional, apesar de numerosas companhias aéreas privadas que fornecem serviços de viagens domésticas e internacionais. Há dez principais portos na França, a maior das quais é, em Marselha, que também é a maior fronteira com o Mar Mediterrâneo. 14.932 quilômetros de canais atravessam a França, incluindo o Canal do Meio-dia, que liga o Mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico através do rio Garonne.
O sistema de saúde francês ficou em primeiro lugar a nível mundial de acordo com a Organização Mundial de Saúde em 1997[88] e depois novamente em 2000.[89] O sistema de saúde é geralmente livre para as pessoas afetadas por doenças crônicas (Affections de longues durées), tais como câncer, AIDS ou fibrose cística. A expectativa de vida média ao nascer é de 77 anos para homens e 84 anos para as mulheres, uma das mais altas da União Europeia.[90] Existem 3,22 médicos para cada 1000 habitantes na França,[91] enquanto que o gasto médio per capita de saúde foi de US$ 4.719 em 2008.[92] Em 2007 existiam cerca de 140.000 habitantes (0,4%) da França que viviam com HIV/AIDS.[66]
Apesar dos franceses terem a reputação de ser um dos povos mais magros entre os países desenvolvidos,[93][94][95][96][97][98] a França, como outros países ricos, enfrenta uma epidemia crescente e recente de obesidade, principalmente devido à substituição da culinária tradicional francesa saudável por junk food nos hábitos alimentares franceses.[93][94][99] No entanto, a taxa de obesidade francesa é muito inferior a dos Estados Unidos (por exemplo, taxa de obesidade na França é a mesma que a estadunidense era na década de 1970[94]) e ainda é a mais baixa da Europa,[96][99] mas agora é considerada pelas autoridades como um dos principais problemas de saúde pública[100] e é ferozmente combatida; taxas de obesidade infantil estão a abrandar na França, enquanto continua a crescer em outros países.[101]
A França tem sido um centro de criação cultural por séculos. Muitos artistas franceses estiveram entre os mais famosos de seu tempo e a França ainda é reconhecida no mundo pela sua rica tradição cultural.
Os sucessivos regimes políticos que sempre promoveram a criação artística e a criação do Ministério da Cultura em 1959 ajudaram a preservar o patrimônio cultural do país e torná-lo disponível ao público. O Ministério da Cultura tem sido muito ativo desde a sua criação na concessão de subsídios aos artistas, promovendo a cultura francesa no mundo, apoiando festivais e eventos culturais, além de proteger monumentos históricos. O governo francês também conseguiu manter uma exceção cultural para defender produtos audiovisuais feitos no país.
A França recebe o maior número de turistas por ano, em grande parte graças aos inúmeros estabelecimentos culturais e edifícios históricos implantados em todo o seu território. Dispõe de 1.200 museus que recebem mais de 50 milhões de pessoas anualmente.[102] Os locais culturais mais importantes são mantidos pelo governo, por exemplo, através da agência pública do Centro Nacional de Monumentos, que tem cerca de uma centena de monumentos históricos nacionais sob seu cuidado.
Os 43.180 edifícios protegidos como monumentos históricos incluem principalmente residências (muitos castelos) e edifícios religiosos (catedrais, basílicas, igrejas, etc), mas também estátuas, memoriais e jardins. A UNESCO inscreveu 37 locais na França como Patrimônios Mundiais.[103]
A França é o país com o maior número de Prémios Nobel de Literatura. Tanto os cidadãos franceses, como os francógrafos de outros países (como o belga Maurice Maeterlinck, o senegalês Léopold Sédar Senghor ou o luxemburguês Daniel Herrendorf), compõem o que se denomina como literatura francesa, que marcou a literatura de importantes autores, países e línguas. Tal é o caso do cubano Alejo Carpentier ou do denominado boom latinoamericano.
As primeiras manifestações artísticas vêm do período pré-histórico, em estilo franco-cantábrico. A época carolíngia marca o nascimento de uma escola de iluminadores que se prolongará ao longo de toda a Idade Média, culminando nas ilustrações do livro As Horas Muito Ricas do duque de Berry. Os pintores clássicos do século XVII francês são: Poussin e Lorrain. No século XVIII predomina o rococó, com Watteau, Boucher e Fragonard. Nos finais do século começa o classicismo de Jacques-Louis David. O romanticismo está dominado pelas figuras de Géricault e Delacroix. A paisagem realista da Escola de Barbizon tem sua continuação em artistas de um realismo mais testemunhial sobre a realidade social de seu tempo, como Millet e Courbet. Nos finais do século XIX Paris, convertida em centro da pintura, vê nascer o impressionismo, precedido pela obra de Édouard Manet. A este seguem Toulouse-Lautrec, Gauguin e Cézanne. Já no século XX, surgem os fauvistas em torno da Matisse e o cubismo da mão de Georges Braque e do espanhol Pablo Picasso que trabalham em Paris. Outros movimentos artísticos vão se sucedendo, na Paris de entreguerras, decaindo como centro pictórico mundial depois da Segunda Guerra Mundial.
Na França, a escultura evoluiu por diversos estilos, se sobressaindo em todos eles: Pré-histórico, romano, cristão, românico, gótico, renascentista, barroco e rococó, neoclássico (Frédéric Auguste Bartholdi: Estátua da Liberdade), romântico (Auguste Rodin: O pensador), e os contemporâneos.
No que se refere à arquitetura, os celtas deixaram seus rastros também na construção de grandes monólitos ou megálitos, e a presença grega desde o século VI a. C. que hoje é recordada na herança clássica de Marselha. O estilo românico tem exemplos na Maison Carrée, templo romano edificado entre 138-161 a. C., ou no Pont du Gard construído entre os anos 1940 e 60 d. C., em Nimes e declarado patrimônio universal em 1985. Na França se inventou o estilo gótico, plasmado em Catedrais como as de Chartres, Amiens, Notre Dame ou Estrasburgo. O renascimento surgido na Itália, tem seu estilo arquitetônico representado magistralmente no Castelo de Blois ou no Palácio de Fontainebleau entre outros. A arte barroca (também de origem italiana), e o rococó (invenção francesa) têm obras extraordinárias na França. Tal é o caso do Palácio do Louvre e o Panthéon de Paris entre tantos outros. O modernismo ou arte moderna na arquitetura engloba todo o século XIX e a primeira metade do XX, e Gustave Eiffel revolucionou a teoria e prática arquitetônica de seu tempo na construção de gigantescas pontes e no emprego de materiais como o aço. Sua obra mais famosa é a chamada Torre Eiffel. Outro grande ícone da arquitectura universal é Le Corbusier, um inovador e funcionalista celebrado especialmente por seus aportes urbanísticos nas edificações de vivendas e conjuntos habitacionais.
A França já foi sede dos maiores espetáculos esportivos e multiesportivos do mundo, foi por duas vezes sede dos jogos Olímpicos modernos, a primeira vez em 1900, na segunda edição da competição, e em 1924 na sua oitava edição, e 14 anos depois a França sediou a terceira edição de Copa do Mundo.
A Copa do Mundo FIFA de 1998 foi, pela segunda vez na história do torneio, realizada na França. A primeira delas ocorreu em 1938, quando a Itália conquistou o título. A Seleção Francesa de Futebol, após duas tentativas frustradas de chegar à fase final das Copas de 1990 e 1994, pode finalmente chegar a final da competição. Durante o mundial, os jogos foram realizados nas cidades de Saint-Denis, Marseille, Paris, Lens, Lyon, Nantes, Toulouse, Saint-Étienne, Bordeaux, e Montpellier. O Mundial foi conquistado pela propria França, seleção anfitriã, sagrando-se pela primeira vez campeã na história da copa do mundo, ao vencer a Seleção Brasileira de Futebol por 3 a 0 na final.
Na música francesa desde antes do ano 1000 se destaca o canto gregoriano empregado nas liturgias. Na França se criou a polifonia. Na denominada Ars Antiqua, se atribui a Carlos Magno o Scholae Cantorum (783). Os Juramentos de Estrasburgo, é a obra lírica francesa mais importante da Idade Média, período no que se desenvolvem as Canções de Gesto como a Canção de Roland. A França foi o berço dos trovadores no século XII, assim como do Ars Nova dos séculos posteriores. Durante o Romantismo Paris se converte no centro musical do mundo e na atualidade, a França mantém um lugar privilegiado na criação musical graças a novas gerações de compositores. Dentro dos exponentes da música popular francesa, se encontram figuras como Edith Piaf, Mireille Mathieu, Dalida, Charles Aznavour, Vanessa Paradis, Serge Gainsbourg e Gilbert Becaud.
Data | Nome em português | Nome local | Observações |
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01/01 | Ano Novo | Jour de l'An | |
/04 | Segunda-feira da Páscoa | Lundi de Pâques | |
01/05 | Dia do Trabalho | Fête du travail | |
08/05 | Vitória de 1945 | Fête de la Victoire | 1945: fim da Segunda Guerra Mundial |
/05 | Quinta-feira da Ascensão | Jeudi de l'Ascension | |
/05 | Segunda-feira de Pentecostes | Lundi de Pentecôte | Feriado desde 1886; «dia de solidariedade com os idosos» desde 2004. |
14/07 | Festa Nacional | Fête Nationale | Revolução Francesa: tomada da Bastilha em 1789 e Fête de la Fédération em 1790 |
15/08 | Assunção de Nossa Senhora | Assomption de Notre-Dame | |
01/11 | Todos os Santos | Toussaint | |
11/11 | Armistício de 1918 | Armistice | 1918: fim da Primeira Guerra Mundial |
25/12 | Natal | Noël |
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França | |
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Remi Gaillard | |
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Nome completo | Rémi Gaillard |
Nascimento | 7 de fevereiro de 1975 (37 anos) Montpellier França |
Ocupação | humorista |
Página oficial | http://www.nimportequi.com/ |
Rémi Gaillard (Montpellier, 7 de Fevereiro de 1975) é um humorista francês, conhecido por ser um "profissional" em apanhados[1]. Os vídeos colocados no seu site, denominado Nimportequi, e por conseguinte no YouTube, tiveram grande impacto, primeiramente na França e depois em todo o mundo, levando-o a ter um programa próprio no canal televisivo Eurosport, transmitido em vários países, entre eles Portugal. Os seus vídeos consistem em situações hilariantes, os chamados "apanhados", por vezes levadas ao extremo, tendo já sido expulso por seguranças de meios em que se encontra ou detido pela polícia.
Os seus apanhados surgem de formas variadas, o que faz com que seja muito imprevisível: ou protagoniza personagens que se infiltram em programas televisivos e/ou concursos (ao que ele chama de "Intrusos"), ou mascara-se e cria situações ridículas e/ou embaraçosas para as pessoas que o rodeiam, entre outros. Os seus vídeos são feitos apenas por uma câmara de filmar banal manipulada pelo seu amigo Grégory Laffargue.
Índice |
Uma das mais conhecidas aparições de Rémi Gaillard foi na final da Taça da França de 2002, em que finge ser um jogador da equipa vencedora, o FC Lorient, infiltrando-se no meio dos festejos da equipa, cumprimentando o então presidente francês Jacques Chirac (no qual este lhe diz que jogou muito bem), indo depois para o relvado onde corre ao lado dos jogadores que comemoram a conquista (sem que estes nunca suspeitem de nada), chegando mesmo a agarrar e a erguer a Taça ganha. Depois desta sucessão de momentos hilariantes ainda dá uma entrevista para a televisão que julga que ele seja um jogador real, e sai gloriosamente do estádio a dar autógrafos aos adeptos da equipa vencedora, sem que ninguém dê conta que ele não passa de um intruso. Estes momentos foram todos passados em directo pela televisão que transmitia o jogo.
No dia 16 de Agosto de 2010, Rémi Gaillard conquistou a proeza de 749 milhões de visualizações de vídeos no seu site oficial.
Em 2007 Rémi Gaillard foi patrocinado pela marca de sumos Orangina, em que Rémi gravou uns sketchs em que se fingia de cowboy que simulava rodeos em cima de pessoas que passavam nas ruas, e pela marca de equipamentos desportivos Nike, em que Rémi gravou um dos seus vídeos mais conhecidos, no qual chutava bolas de futebol para sítios caricatos.
Em 2008 associou-se ao distribuidor de pneus Euromaster. Actualmente é patrocinado pela empresa austríaca Bwin e pela sul-coreana LG.
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Amy Winehouse | |
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Amy Winehouse em um festival na França | |
Informação geral | |
Nome completo | Amy Jade Winehouse |
Nascimento | 14 de setembro de 1983 |
Local de nascimento | Londres, Inglaterra Reino Unido |
Data de morte | 23 de julho de 2011 (27 anos) |
Local de morte | Londres, Inglaterra Reino Unido |
Gêneros | R&B, Soul, Jazz, Pop, Blues |
Ocupação | Cantora, compositora |
Instrumentos | Vocais, guitarra, violão |
Período em atividade | 2003-2011 (cantora) 2003-2011 (compositora) |
Gravadora(s) | Island Records Lioness Records Universal |
Afiliações | Adele, Bryan Adams, Dionne Bromfield, Kelly Osbourne, Mark Ronson, Mutya Buena, Salaam Remi, Tony Bennett, Nas |
Influência(s) | Donny Hathaway, Frank Sinatra , Karen Carpenter, Marvin Gaye, Ray Charles, Rosemary Clooney, The Ronettes, The Specials. |
Influenciado(s) | Adele, Duffy, Gabriella Cilmi, Lady GaGa, Paloma Faith |
Página oficial | AmyWinehouse.co.uk |
Amy Jade Winehouse (Londres, 14 de setembro de 1983 — Londres, 23 de julho de 2011[1]) foi uma cantora e compositora britânica conhecida por seu poderoso e profundo contralto vocal[2] e sua mistura eclética de gêneros musicais, incluindo R&B , soul e jazz. Ingressou na carreira musical em 2003, lançando seu primeiro single, Stronger Than Me. A canção alcançou a 71ª posição na UK Singles Chart.[3] O single foi produzido para promover seu primeiro álbum de estúdio, Frank, lançado em 20 de outubro de 2003.
Seu segundo single, Take the Box, foi lançado em 12 de janeiro de 2004 e alcançou boas posições nas tabelas musicais, assim como In My Bed[4], terceiro single da cantora. Meses depois, lançou seu quarto single, intitulado You Sent Me Flying, ficando em 60º lugar na UK Singles Chart.[5] Para assim terminar seus trabalhos com o álbum Frank, Winehouse lançou mais dois singles: Pumps e Help Yourself. Ambos debutaram a 65ª posição na UK Singles Chart.[6][7]
Após idas e vindas na carreira, Amy lançou seu segundo álbum de estúdio, intitulado Back to Black. O álbum foi lançado em 6 de outubro de 2006, ficando em 2º lugar na Billboard 200 e em 1º na UK Albums Chart. Ainda em países como Brasil e França, o álbum foi concedido pela ABPD e SNEP com certificação de diamante, respectivamente[8] [9][10][11], com mais de 1.000.000 milhão de cópias vendidas nos dois países juntos, além de várias outras certificações como: ouro e platina. [12][13][14][15][16][17][18][19][20][21][22][23][24][25][26][27][28][29][30][31][32][33][34][35][36][37]
Além de ser a mais conhecida da cantora, a canção ficou em 9º lugar na Billboard Hot 100 e em 1º na Los 40 da Espanha. Também ganhou certificação de platina por mais de 120.000 mil cópias vendidas.[38] Após o estrondoso sucesso de Rehab, Winehouse voltou com mais um hit, lançando como single You Know I'm No Good, alcançando a 87ª na Hot 100.[39] Após lançar diversos singles para o álbum como: Back to Black e Tears Dry on Their Own, Amy se casou com Blake Fielder em Miami, na Flórida, no ano de 2007, quando lançou seu primeiro DVD, gravado durante um show em Londres, I Told You I Was Trouble: Live in London.
No ano seguinte, em 2008, Amy enfrentou sérios problemas com a saúde e a polícia. Foi vista em um vídeo, no site do jornal britânico The Sun, usando crack, em janeiro de 2008, e três dias depois foi internada numa clínica onde ficou vigiada vinte e quatro horas por dia.[40] Também em 2008, foi presa duas vezes por agressão e dirigir bêbada. Em 2009, se separou de Blake[41], iniciando um romance com o diretor Reg Traviss. E, em 2010, Winehouse voltou ao tratamento e se afastou temporariamente da música. Aproximadamente onze meses depois, em 23 de julho de 2011, Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, Inglaterra.[42][43][44]
Índice |
Amy Winehouse nasceu em uma área suburbana de Southgate, bairro de Londres, numa família judia de quatro pessoas e de tradição musical ligada ao jazz. Seu pai, Mitchell Winehouse, era motorista de táxi e sua mãe, Janis, farmacêutica. Amy tinha ainda um irmão mais velho, Alex Winehouse.Ela cresceu em Southgate, onde fez os estudos na Ashmole School.Desde os primeiros anos Amy Winehouse tem estado em contanto com o mundo musical, já que boa parte dos seus tios por parte de mãe, eram músicos profissionais de Jazz. Além disso, seu pai tinha o costume de cantar junto com ela clássicos de Frank Sinatra, tornando sua paixão pela música cada vez mais evidente.
Amy Winehouse passou boa parte de sua infância e adolescência presenteando os abusos do seu pai perante sua mãe. Em uma entrevista a uma rede de televisão Inglesa, o pai da cantora revelou que em 1983 iniciou um caso com uma colega de trabalho que se tornou sua esposa em 1996."Amy e seu irmão sabiam disso e presenciavam o sofrimento da mãe. Eles chamavam-na de a mulher do papai no trabalho", afirmou ele na entrevista.[45]
Seus pais se divorciaram quando ela tinha nove anos idade, Amy e seu irmão ficam sobre a custódia da mãe. Na mesma idade é incentivada por sua avó Cynthia, que era cantora, a se matricular em uma escola de artes particular para promover a sua educação vocal. Começa a frequentar a escola de artes "Sylvia Young", no entanto após apenas um ano é expulsa da escola por indisciplina e por colocar um piercing no nariz.Mais tarde frequentou as escolas,Mill Hill, BRIT em Selhurst, Croydon reconhecida instituição pelo grande numero de celebridades que compareceram (Adele, Jessie J e Leona Lewis), escola Southgate e escola Ashmole.
Ainda na adolescência começa a consumir drogas e tenta ajudar a sua família financeiramente cantando em uma banda chamada "Bolshie", pequena banda de Jazz local. Aos 15 anos de idade compõe suas primeiras canções e começa a se apresentar em pequenos bares de Londres e aos 16 anos grava uma fita demo com seu amigo o cantor de Soul, Tyler James que envia os demos ao diretor da Island Records, para que ele ouça o disco.
No dia 18 de maio de 2007, Amy casou-se com Blake Fielder em Miami. Seu ex-marido agora cumpre prisão temporária desde dezembro de 2010 pela acusação de ter ferido gravemente James King, de 36 anos, proprietário de um pub, e de ter tentado obstruir a justiça também ainda em 2007. Blake admitiu sua culpa em audiências preliminares ao processo e, assim, evitou que o processo fosse agravado. Sua sentença poderia chegar a dez anos. Amy assistiu duas vezes a audiências no tribunal londrino de Snaresbrook.[46]
Em 16 de julho de 2009, Amy Winehouse e Blake Fielder se divorciariam por causa de acusações mútuas de infidelidade e nessa época foram tornadas públicas as brigas com agressões que eles tiveram. Boatos do reatamento de Amy com Blake foram desmentidos e ela já estava namorando Reg Traviss, um diretor de cinema. Segundo amigos e parentes da cantora, Traviss era uma ótima influência para Amy e não tinha envolvimento com drogas nem álcool.
Amy Winehouse foi presa duas vezes no ano de 2008, devido à posse de drogas, e confessou ter batido em um homem com as mãos. Ela passou uma noite numa cela sem ter recebido acusação formal. O pai da cantora, Mitch Winehouse, lançou-se como cantor com o álbum Rush Of Love, que traz clássicos do jazz de Ella Fitzgerald, Frank Sinatra e ainda mais quatro músicas compostas por ele.
Ultimamente, Amy tinha-se debatido, juntamente com o seu ex-marido, por causa de problemas relacionados a drogas, tendo várias vezes tentado superar o vício em clínicas de desintoxicação. Os tablóides britânicos elegeram-na como alvo preferencial, destronando Pete Doherty, ex-The Libertines e atual líder da banda Babyshambles, como junkie mais famoso da Grã-Bretanha.
No dia 22 de janeiro de 2008, um vídeo com Amy usando crack e outras drogas saiu no site do jornal inglês The Sun. Em 25 de janeiro, ela foi internada numa clínica de reabilitação, tendo sido vigiada 24 horas por dia.[40] Em função das polêmicas, o governo dos Estados Unidos negou visto à artista para cantar no Staples Center, sede da 50ª edição do Grammy, realizada em 10 de fevereiro, em Los Angeles. A pedido dos organizadores, Winehouse deveria cantar numa performance ao vivo de Londres, onde morava e cumpria seus tratamentos antidrogas.
No dia 30 de maio de 2008, Amy Winehouse deu o seu primeiro concerto em Portugal, no Rock in Rio Lisboa. Aparentemente, Amy entrou em palco bêbada, apresentou-se com um hematoma no pescoço e uma ligadura na mão que a impedia de segurar o microfone. Encontrava-se rouca, pelo que o concerto deixou um pouco a desejar. Esse concerto foi motivo de notícia nos mais diversos meios de comunicação. A cantora inglesa pediu desculpas pelo seu atraso de 40 minutos (o que fez com que o alinhamento fosse encurtado para não atrasar o espectáculo de Lenny Kravitz) e ainda admitiu que devia ter cancelado o concerto devido ao mau estado da sua voz.
Nesse mesmo concerto, Amy quase chorou quando cantou Love Is A Losing Game e depois disse que recentemente tinha completado um ano de casamento com o seu então marido, Blake, que iria sair da prisão dentro de semanas. No seu grande cabelo, Amy tinha um coração com o nome dele. Durante a música Wake Up Alone, a cantora quase caiu. A sua presença naquele concerto era uma incógnita até o momento em que aparecesse em palco e o fato de ter aparecido já foi um ponto positivo para muitos fãs e para um recinto de quase 100 mil pessoas completamente esgotado. Acompanhada de seis músicos e dois vocalistas, Amy Winehouse demorou 50 minutos para interpretar pouco mais de dez temas retirados dos seus dois álbuns (Frank, Back to Black), mas não na sequência anteriormente prevista..[47][48]
Semanas antes desse concerto, Amy foi presa duas vezes e foi vista cheia de arranhões.[49] Na última audiência do ex-marido, Amy exaltou-se no tribunal e foi expulsa do edifício, pois não parava de gritar dentro da sala. Várias fotografias de Amy com Blake foram parar na Internet. Numa dessas, ela aparece em poses sensuais, com o seu seio exposto e com comprimidos na língua. Também apareceram dois vídeos: um em que Amy canta uma música racista e outro em que ela está com Pete Doherty, brincando com ratinhos recém-nascidos. Depois ela pediu desculpas pelo vídeo em que canta a música racista. Amy passou algum tempo num hospital, internada pelo pai, depois de ter desmaiado em casa quando ia dar autógrafos a fãs que a esperavam à porta de sua casa. Os médicos fizeram testes de tuberculose, que deram negativo, e disseram que Amy estava com sinais de algo que podia levar a um enfisema pulmonar. Foi feito um ultimato à cantora: se não deixasse as drogas, ela iria perder a voz e morrer rapidamente. Amy foi liberada para sair do hospital na última semana de junho para ensaiar, pois iria fazer shows que já estavam marcados antes da internação. Tudo isso seria feito com acompanhamento médico e depois dos shows ela retornaria ao hospital para continuar seu tratamento. Amy Winehouse, logo depois de sair do hospital para ir ensaiar, já foi encontrada fumando e comprando whisky, vodka e figurinhas do Euro 2008 para o ex-marido, com quem teria reatado.
No dia 29 de maio, a cantora inglesa apresentou-se no Festival de Glastonbury, onde cantou durante uma hora. Dessa vez, a cantora aproximou-se muito dos fãs, quando um deles jogou um objeto que bateu em sua cabeça, o que fez com que Amy tivesse uma reação agressiva, tentando dar socos no fã.[50] Amy Winehouse há pouco tempo sofreu uma overdose e alguns especialistas disseram que ela estaria pesando 45 quilos, o que não seria normal para uma pessoa que pesava 50 kg em sua perfeita forma física e mental. Surpreendeu a muitos ao declarar que sonhava em ter filhos e ser feliz em um lugar que, segundo ela, estaria longe do cotidiano em que vivia.
Em junho de 2008 a Universal Music pressiona a cantora para lançar novas músicas o mais rápido possível, mas em outubro de 2008 Winehouse apareceu na mídia sem nenhuma pressa de gravar um disco novo, mas sim, interessada em aprender a tocar bateria.No fim de 2008 a cantora viaja para Santa Luzia para passar suas férias de inverno, mas teve que estender as férias até julho de 2009, para gravar novo material.Além disso em maio de 2009, Amy Winehouse sobe ao palco em um festival de Jazz em Santa Luzia, mas esquece as letras de suas canções e é considerada pelo público como "decepcionante".
Em janeiro de 2009 seu desejo de divorcio contra Blake Filder-Civil devido acusações de infidelidade contra a cantora, torna-se público e em 16 de julho a separação judicial dos dois foi emitida.Em setembro daquele ano Amy lança sua própria gravadora chamada "Lioness Records" e a primeira artista que recebe um contrato de gestão é Dionne Bromfield sobrinha da cantora.
No período entre 2009 e 2010 as aparições da cantora foram esporádicas, em agosto é convidada para se apresentar no The V Festival para cantar com a banda The Specials, em julho de 2010 é convidada junto com Mark Ronson para interpretar "Valerie" na estréia de Psychosis e em dezembro é convidada de honra em uma festa em Moscou de um magnata russo para um recital de 40 minutos em troca de £ 1.000.000 de libras esterlinas.
Além disso o lançamento do seu terceiro álbum de estúdio foi adiado várias vezes em 2010, no entanto a cantora gravou na companhia de Quincy Jones a canção "It's My Party" que foi incluída em seu álbum "Q Soul Bossa Nostra" lançado em dezembro de 2010.
Em janeiro de 2011 Amy Winehouse apresenta-se para o público em uma turnê com cinco shows no Brasil, nessa época a cantora afirma não usar dragas desde o ano passado, no entanto em um concerto realizado em Dubai em fevereiro a imprensa classifica a artista com "cansada, distraída e incoerente".Em maio Winehouse é internada em uma clínica de reabilitação, mas o tratamento só dura uma semana.Em junho de 2011 Winehouse começa sua turnê de verão europeia com um concerto em Belgrado onde a mídia da Servia publica a ocorrência de que a cantora havia subido no palco completamente bêbada, aqueles que foram ao concerto afirmaram que Amy estava tão bêbada que mal conseguia lembrar o nome do local,as letras e dos integrantes da banda.Depois de ser vaiada Amy tentou deixar o local mas seus guarda-costas não a permitia.Em seguida Amy Winehouse cancelou sua turnê européia inclusive o show que ia apoiar em Bucareste no dia 15 de agosto de 2011.
A última aparição pública da cantora foi realizada em 20 de julho de 2011, quando ela subiu ao palco para apoiar sua sobrinha Dionne Bromfield que realizava um show em Camden, Londres, três dias depois no dia 23 de julho de 2011, Amy Winehouse é encontrada morta em sua casa por causas até então desconhecidas.
Por volta das 15h54min de 23 de julho de 2011 (horário de verão britânico, UTC+1), duas ambulâncias foram chamadas para a casa de Winehouse em Camden, Londres[51], decorrente de uma ligação à polícia britânica para atender uma mulher desacordada.[52] Pouco tempo depois, as autoridades metropolitanas haviam confirmado a morte da cantora.[53][54] Posteriormente, foi aberta uma investigação à fim de determinar a causa da morte de Amy, porém, os primeiros resultados não foram conclusivos[55], e uma análise toxicológica foi necessária.[56] Apenas em 26 de Outubro do mesmo ano, os relatórios finais puderam indicar que a causa da morte decorreu de um consumo abusivo de álcool após um período de abstinência, que mantivera até o dia 22 do mesmo mês[57]. Suzanne Greenaway, médica legista disse: "Ela consumiu uma quantidade muito grande de álcool, a concentração era tanta que foi 4,16 g/L de álcool no sangue, e esse alto consumo de álcool resultou em sua morte rápida e inesperada".[57]
No dia da morte, a gravadora Universal emitiu um comunicado expressando seu pesar pela "perda inesperada de uma talentosa cantora e compositora".[58] Além disso, artistas como U2, Lady Gaga, Nicki Minaj, Bruno Mars, Rihanna, George Michael, Adele, Kelly Clarkson e Courtney Love fizeram tributos a Amy Winehouse.[59][60]
A cerimônia fúnebre ocorreu no dia 26 de julho de 2011, terça-feira, no Cemitério Edgwarebury, Londres. A família e os amigos mais íntimos da cantora, além de algumas celebridades, como Mark Ronson,[61] Kelly Osbourne e Bryan Adams participaram da cerimônia.A cerimônia seguiu os preceitos da religião judaica. O corpo de Amy foi cremado,[62] e suas cinzas foram misturadas com a de sua avó, Cynthia.[63] Com a conclusão do funeral, os pais de Amy Winehouse declararam sua intenção em criar uma fundação para ajudar jovens viciados em drogas. Além disso, sua morte trouxe de volta seus materiais discográficos nos rankings ao redor do mundo.
No dia 23 de outubro de 2011,foi realizada na Bucareste, um concerto em memória de Amy Winehouse,cantores como Eminem, Nico, Rona Hartner e Maria Radu fizeram homenagens a artista para um público de mais de 5.000 pessoas,em dezembro daquele ano, a Island Records começou a comercializar o primeiro álbum póstumo de Amy Winehouse com o nome "Lioness: Hidden Treasures", o disco recebeu críticas favoráveis da crítica especializada e foram vendidas mais de 501.000 cópias em sua semana de lançamento.
Depois da divulgação da morte de Amy Winehouse, no dia 23 de julho de 2011, diversos artistas fizeram tributos e homenagens a cantora em shows ao vivo, como a cantora Adele que faz uma homenagem a cantora em seu DVD cantando "Make You Feel My Love" dizendo que era uma das preferidas de Amy[64], além disso diversos artistas prestaram homenagens a cantora nas redes sociais, como o cantor George Michael que escreveu em sua conta no Twitter: "Espero que esteja em paz agora.Era uma das maiores cantoras de todos os tempos. Essa é a lembrança que temos que guardar dela".[65]
Além disso diversos fãs fizeram homenagens a Amy, deixando garrafas de bebidas alcoólicas, taças, cigarros e diversas fotos de cantora em frente a sua casa em Camden,Londres.[66]Também no dia 23 de julho, Litfiba durante seu show, realizado em Sabaudia (Latina), dedicou a canção "Lulu e Marlene" a artista.
Marco Mengoni, durante o festival Gaber, canta "Back to Black" em memória da artista.Durante a MTV Video Music Awards Bruno Mars canta "Valerie" em tributo a cantora. Além disso foi realizada na Bucareste, um concerto em memória de Amy Winehouse para um público de mais de 5.000 pessoas. Em 8 de setembro de 2011, o vocalista e guitarrista Billie Joe Armstrong do Green Day se apresenta no Bar Tiki em Los Angeles, com a estreia ao vivo da canção "Amy", onde Bille Joe disse mais tarde que a música era realmente uma homenagem a Amy Winehouse.Dionne Bromfield afilhada de Amy Winehouse interpretou a canção "Love Is A Losing Game" durante o "Big Chill Festival", na Inglaterra como forma de homenagear a cantora.[67]
Em 2012, o estilista Jean Paul Gaultier quis relembrar o estilo da cantora, dedicando um desfile ao seu visual inconfundível. Mas o pai de Amy chamou a coleção "brega" e disse que a coleção "é um insulto à memória de sua filha."
Além disso segundo alguns sites, há possibilidades de ser feito um filme sobre a vida de Amy, segundo Baz Bamigboye, do tablóide britânico Daily Mail, produtores de Hollywood começaram a se movimentar para uma cinebiografia da cantora.[68] Mais a indefinição em relação à cinebiografia de Amy Winehouse continua.Segundo a revista Entertainement Weekly, que teria conversado com um porta-voz da família Winehouse, um filme sobre Amy ainda pode acontecer desde que seus familiares estejam seguros que a história "conte a verdade" sobre a cantora.
O último namorado de Amy Winehouse, o diretor de cinema Regg Travis, tembém revelou ao tablóide inglês Sunday Mirror ter sido convidado para dirigir um filme sobre a vida da cantora, mas segundo alguns jornais, Travis recusou-se a participar do projeto.[69]Já o outro boato que corria sobre a produção, foi descartado. Apesar da intenção de Lady Gaga em intepretar a cantora britânica, o pai de Amy contou que tudo não passa de especulação. "Eu nunca disse que Lady Gaga iria interpretar a Amy", afirmou Mitch.[70]
Após completar um ano da morte da cantora, no dia 23 de julho de 2012, o canal de TV por assinatura Multishow, prestou homenagens a cantora exibindo a programação "Um ano sem Amy Winehouse", onde foram transmitidos documentários e shows da cantora nos dias 22 e 23 de julho.[71] Além disso os fãs da cantora também fizeram novas homenagens a ela, cantando alguns dos "hits" mais famosos de cantora e deixando novamente garrafas de bebidas alcoólicas, taças de vinho, cigarros, violões e guitarras e diversas fotos da cantora, além de vários buquês de flores, cartazes, velas e mensagens de carinho em frente a casa em que a cantora morava em Camden, Londres.[72]
Por volta dos dez anos, Winehouse fundou uma banda amadora - e de curta vida útil - de rap chamada Sweet 'n' Sour, as Sour. Ela descreveu a banda como sendo the little white Jewish Salt-n-Pepa ("a pequena Salt-n-Pepa judaica").[carece de fontes?] Ganhou a sua primeira guitarra elétrica aos 13 anos de idade e, por volta dos 16 anos, já cantava profissionalmente ao lado de um amigo, o cantor de soul Tyler James.
Segundo os pais de Amy, ela não demonstrava muito talento e cantava timidamente. Eles acreditavam que ela não tinha muitas expectativas. Antes de assinar o contrato com a Island Records, Amy cantava e tocava em pubs de Londres. Darcus Breeze ouviu demos que a cantora havia enviado e quis saber quem era a garota "com a voz de jazz e blues". Pouco depois, Amy assinou um contrato com a Island e lançou seu álbum de estreia, Frank.
O seu álbum de estreia, Frank, lançado em outubro de 2003, foi produzido por Salaam Remi. Diversas canções do álbum possuem influências do jazz e todas as canções foram escritas por Winehouse. O álbum foi bem recebido pela crítica e sua voz foi comparada à de Sarah Vaughan, Macy Gray, dentre outras.[73] Frank foi indicado para o Mercury Music Prize 2004.[74] O álbum foi lançado apenas no Reino Unido.
O seu segundo álbum, Back to Black, foi lançado em Outubro de 2006 e produzido por Mark Ronson junto com Salaam Remi sendo que as músicas incluídas em Back to Black são fortemente influenciadas pela música Soul, diferente do seu primeiro álbum Frank que tem suas músicas fortemente influenciadas pelo Jazz dos anos 1950/60.
O álbum recebeu seis indicações para o Grammy 2008, das quais venceu cinco: Canção do Ano, Gravação do Ano, Artista Revelação, Melhor Álbum Vocal Pop, Melhor Performance Vocal Pop Feminina.[75][76] Back to Black atingiu grande sucesso comercial, sendo o disco mais vendido de 2007 (mais de 5 milhões de cópias no ano) e com mais de 8 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro até o primeiro semestre de 2008 e 13 milhões de cópias vendidas até 2010.[73][77]E em agosto de 2011 "Back to Black" foi considerado o álbum mais vendido do século XXI.
Durante o EMA 2007, Amy recebeu um prêmio surpresa: foi feita uma votação entre os artistas de mais destaque nesse ano para saber qual o artista que merecia ganhar, tendo sido Amy a mais votada. Artistas como Rihanna, Chris Brown, Fergie e Shakira disseram que ela merecia uma vez que é "original, tem uma voz incrível e um ritmo único". Apesar de ter apenas dois álbuns de estúdio, Amy Winehouse teve Rehab eleita pelos criticos do segmento uma das músicas mais influentes da década 2000-2009.
No Reino Unido o álbum Back to Black ganhou o primeiro lugar no Top Nacional repetidamente, além disso recebeu oito platinas e vendeu mais de 3 milhões de cópias, sendo considerado um dos álbuns mais bem sucedidos da história do Reino Unido Albums Chart.
Em fevereiro de 2007 Back to Black foi nomeado álbum do ano pelo Brit Award e em 5 de novembro de 2007, é revivido em uma versão de "luxo", sendo incluídas nele oito novas canções além de composições ao vivo e gravações demo. No final de 2007 Amy Winehouse junto com Mark Ronson lança o single "Valerie" que ganha a segunda posição no Singles Chart Top Reino Unido logo após seu lançamento.Além disso a composição é indicada para o BRIT Awards 2008 na categoria "Melhor Single do disco".
Além disso as vendas do disco Back to Black vem aumentando cada vez mais, sendo vendidas mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo até hoje.
O terceiro álbum de Amy Winehouse estava sendo produzido desde 2008, mas nessa época não foi concluído e foi abandonado. Após estar mais recuperada das drogas, Amy compôs algumas canções quando estava em Santa Lúcia (em 2009), mas as canções foram rejeitadas pela gravadora.Em 2010, Winehouse começou a trabalhar oficialmente no terceiro trabalho de estúdio, o sucessor de Back to Black.
Após quatro anos desde o lançamento de Back to Black, Amy Winehouse voltou a produzir material inédito com Mark Ronson, o produtor de seu segundo álbum, em 2010. Esse novo projeto é um pseudotributo à carreira de Quincy Jones, um álbum chamado Q Soul Bossa Nostra e que possui o apoio de diversos artistas da música contemporânea, incluindo John Legend, Jennifer Hudson, Amy Winehouse, Akon, Ludacris, Usher, Mary J. Blige, Robin Thicke, Tyrese, LL Cool J, Trey Songz, Three 6 Mafia, Jermaine Dupri, Scott Storch e Jamie Foxx.
Amy optou por regravar uma canção que fez sucesso na voz de Lesley Gore em 1963: It's My Party. O lançamento desse álbum estava marcado para o dia 9 de novembro de 2010. De acordo com Quincy Jones, um dos produtores mais conhecidos da música, já tendo assinado obras de grandes nomes da música como Frank Sinatra, Michael Jackson e Sarah Vaughan, a cantora é "de outro planeta"; declarou sobre o talento de Amy Winehouse na revista Rolling Stone, e que a nova roupagem da canção ficou "com cara de Amy".
O peimeiro álbum póstumo da cantora foi lançado em dezembro de 2011 pela Island Records, intitulado "Lioness: Hidden Treasures" recebendo criticas favoráveis da critica especializada e chegando em primeiro lugar nas paradas musicais de Países com Portugal e Inglaterra em sua primeira semana de lançamento.[78]
Além disso o pai de Amy Winehouse, Mitch Winehouse, revelou em entrevista a rádio BBC 6 Music, a possibilidade de serem lançados novos álbuns póstumos da cantora. Segundo Mitch há material inédito que ficou fora do disco "Lioness: Hidden Treasures"."Não sei se há assim muito mais canções, mas tenho a certeza que lançaremos mais um ou dois discos", afirmou Mitch. "Há muitas covers, muitas mesmo, mas não queremos enganar ninguém. Os fãs da Amy são muito importantes para nós e não queremos lançar lixo", acrescentou.[79]
Em 14 de fevereiro de 2007, Amy ganhou um Brit Award de melhor artista feminina britânica[80] entregue pela Baby Spice, Emma Bunton. Quatro meses depois, recebeu o Mojo Awards pela melhor canção do ano.[80] Ainda recebeu vários outros, como MTV Video Music Awards, Mercury Prize Awards, Q Awards, Elle Style Awards, Ivor Novello Awards, South Bank Show Awards, Meteor Irish Music Awards, dentre outros.
Considerada uma das maiores cantoras de todos os tempos[81], Amy Winehouse foi conhecida por sua poderosa voz grave que de acordo com vários críticos "era uma voz colossal e talentosa".Após ser feita uma "revisão" em seu álbum Frank, editores da Allmusic compararam sua voz com a de Macy Gray, o que eles chamaram de "uma híbrido de Billie Holiday e Lauryn Hill ".Além disso, a cantora foi reconhecida "pela profundidade e poder incomum de sua voz".
Em uma "revisão" feita no disco Back to Black, os críticos da Entertainment Weekly relataram que "Amy Winehouse é uma prova clara da influência que Billie Holiday exerceu sobre ela".Em um artigo publicado em 2007 pela Washington Post, Teresa Wiltz fez a seguinte afirmação sobre a voz de Amy Winehouse "sua voz é marinada em arrependimento e dor latejante", Douglas Wolk no Pitchfork Media publicou que "Amy Winehouse foi abençoada com excelentes qualidades vocais", já o cantor Tony Bennett declarou que "de todos os cantores contemporâneos, Amy Winehouse teve a melhor voz de Jazz", além disso Thrills Adrian do Daily Mail disse que na sua opinião "A voz de Amy, sem duvidas era a mais excepcional de sua geração".
O estilo musical abordado por Amy Winehouse combinava elementos de Soul e Jazz dos anos 60, mas tinha uma sonoridade de R&B contemporânea.Desde sua estréia com seu álbum Frank Amy foi avaliada por letras com sinceridade, originalidade e sarcasmo, textos chamados "autobiográficos".Com a publicação de seu primeiro álbum(Frank), The Guardian escreveu: "A música de Amy Winehouse esta em algum lugar entre Nina Simone e Erykah Badu soa inocentemente e desordenado".Chris Willman da Entertainment Weekly sentiu que o estilo da cantora foi fortemente influenciado pela banda Americana Sade. Além disso, BBC Online, disse que "as influências de Amy Winehouse são claras(Sarah Vaughan, Dinah Washington), mas Winehouse tem talento e atitude suficiente para que qualquer comparação com elas pareçam desnecessárias".Em uma "revisão" feita em seu álbum Frank, Dan Cairns do The Times descreveu o disco como "surpreendentimente promissor, eclético, acessível e intransigente.
A aclamação da critica veio com o lançamento do seu segundo álbum Back to Black, a Allmusic relatou que "embora este disco interprete Jazz traído e abrace R&B contemporâneo, sua música permaneceu intacta", enquanto Jude Rogers disse que Back to Black "é um registro de Soul incrível e uma combinação de sonoridades Motown e bandas femininas dos anos 60, onde Amy conseguia desenvolve-las para os ouvintes de uma forma brilhante, moderna", Victoria Segal do The Times disse: "As conções de Winehouse são explícitas, apesar de sincera e antiquada, o álbum é muito contemporâneo".
Amy Winehouse foi um ícone de estilo, trazendo em seu "look" uma mistura diversificada: os olhos cobertos por um forte delineador que lembrava o visual de cantores de rock; o cabelo (característica mais marcante no seu visual) era inspirado nos penteados das divas dos anos 1950/60; as roupas eram modernas. Suas roupas eram simples, sapatilhas de balé estavam quase sempre com a cantora. Amy também tinha um piercing acima do labio superior que foi imitato por muitos jovens no mundo inteiro.
Amy Winehouse possuía algumas tatuagens pelo corpo. No braço direito, um pássaro com as palavras Never clip my wings (nunca amarres as minhas asas). No braço esquerdo, uma pin-up e uma ferradura (símbolo de sorte), misturadas com a expressão daddy's girl (menina do papai). Já no antebraço esquerdo tinha uma pena. Na barriga, Hello Saylor (Olá, Marinheiro). Finalmente, sobre o seio esquerdo tinha um bolso tatuado e, logo acima, o escrito Blake's, que significa do Blake.
Apesar de ter lançado somente dois álbuns, Amy Winehouse foi considerada uma das mulheres mais influentes do mundo[82].Com o sucesso de Back to Black, Amy Winehouse foi aclamada por trazer a atenção do público a música Soul, influenciando assim alguns artistas: a cantora Adele (que inclusive era amiga de Amy) foi intitulada pela mídia como a nova Amy Winehouse, além de ter voz e estilo parecidos. Gabriella Cilmi também é comparada a Winehouse por seu timbre, sendo este quase idêntico.
Paloma Faith tem visual, voz e estilo musical influenciados por Winehouse, ela também influenciou a cantora norte-americana Lady GaGa que disse "o sucesso de Amy Winehouse mudou a música Pop para sempre e fez com que o público fosse mais tolerante com cantores não convencionais" declarando-se fortemente influenciada pela cantora por usarem os mesmos estilos de maquiagens e de músicas autobiográficas.
Além disso, segundo alguns jornais "Winehouse provocou um grande renascimento do Jazz na música e no Reino Unido, aumentando também a popularidade do gênero Soul na música britânica, o que ajudou outros artistas a estrear".
Em fevereiro de 2010 o o rapper Jay-Z disse em entrevista a BBC que a popularidade da música britânica ocorreu graças a Winehouse "Hoje uma poderosa onda de cantores vem de Londres, o que é otimo.Amy foi a iniciadora dessa "revolução".
Thrills Adrian do Daily Mail disse que "Se não fosse Amy Winehouse cantores como Adele, Duffy e até mesmo Lady GaGa não existiriam" e na primavera de 2011 o jornal americano New York Daily News publicou em um artigo que " o sucesso de cantores britânicos foi atribuído á papularidade de Amy Winehouse."Além disso em 2012, Amy Winehouse foi listada na 26ª posição na lista das 100 Grandes Mulheres na Música pela VH1.
Ano | Prêmio | Categoria | Título | Resultado |
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2004 | Ivor Novello Awards | Melhor música contemporânea | "Stronger Than Me" | Vencedor |
BRIT Awards | Melhor artista solo feminina | Vencedor | ||
Melhor ato urbano | Vencedor | |||
Mercury Music Prize | Álbum do ano | Frank | Indicado | |
2007 | The South Bank Show Awards | Melhor pop | Vencedor | |
BRIT Awards | Álbum do ano | Back to Black | Vencedor | |
Melhor artista solo feminina | Vencedor | |||
Elle Style Awards | Melhor ação musical britânica | Vencedor | ||
Ivor Novello Awards | Melhor canção contemporânea | "Rehab" | Vencedor | |
Greatest Britons | Realização musical | Vencedor | ||
Mercury Music Prize | Álbum do ano | Back to Black | Nomeado | |
Popjustice £20 Music Prize | Melhor single pop britânico | "Rehab" | Vencedor | |
Q Awards | Melhor álbum | Back to Black | Vencedor | |
MOBO Awards | Melhor mulher inglesa | Vencedor | ||
MTV Video Music Awards | Artista feminina do ano | Nomeado | ||
Revelação do Ano | Nomeado | |||
Video do Ano | "Rehab" | Nomeado | ||
MTV Europe Music Awards | Melhor canção aditiva | "Rehab" | Vencedor | |
Álbum do ano | Back to Black | Nomeado | ||
Escolha dos artistas | Vencedor | |||
World Music Awards | Revelação mais bem-sucedida | Nomeado | ||
Artista feminina pop/rock mais bem-sucedida | Vencedor | |||
Vibe Awards | Revelação do ano | Vencedor | ||
2008 | Grammy Awards | Gravação do ano | "Rehab" | Vencedor |
Álbum do ano | Back to Black | Nomeado | ||
Música do ano | "Rehab" | Vencedor | ||
Artista revelação | Vencedor | |||
Melhor performance vocal pop feminina | "Rehab" | Vencedor | ||
Melhor álbum vocal pop | Back to Black | Vencedor | ||
2012 | Melhor Performance pop Dueto/Banda/Grupo | "Body And Soul" (feat Tony Bennett) | Vencedor |
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Amy Winehouse | |||||
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Álbuns |
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Singles | "Stronger Than Me" · "Take the Box" · "In My Bed" · "You Sent Me Flying" · "Pumps" · "Help Yourself" · "Rehab" · "You Know I'm No Good" · "Back to Black" · "Tears Dry on Their Own" · "Love Is a Losing Game" · "Just Friends" · "Our Day Will Come" | ||||
Duetos | "B Boy Baby" · "Valerie" · "Body and Soul" · "It's My Party" | ||||
DVDs | I Told You I Was Trouble: Live in London | ||||
Turnês | The Frank Tour (2003-2005) · Back to Black Tour (2006-2008) · The Return Of Amy (2010-2011) |