À medida que se aproxima a Cimeira da NATO em Lisboa, dias 19 e 20 próximos, aumentam os alarmismos em torno da iniciativa. As notícias sobre a segurança do encontro, que reunirá cerca de 5 mil participantes e mais de mil polícias, sobrepõem-se à informação sobre a futura estratégia Atlântica. Por cá, pretendemos contrariar a tendência criminalizadora de toda a contestação que o Estado deseja, a imprensa empresarial potencia e a polícia aplica.

Esta 6ª feira, o CASTOR (transporte de resíduos nucleares reprocessados) teve início em Valognes, na França, com destino a Gorleben (Wendland, Alemanha), onde será armazenado. Num ano em que a coligação de direita cristã-liberal (CDU-FDP) aprovou um prolongamento do funcionamento das centrais nucleares na Alemanha, os protestos assumem dimensões sem precedentes, com manifestações e várias acções de desobediência civil ao longo do percurso do CASTOR.

Anteontem – 12 de Outubro – houve uma Greve Geral em França – a terceira em 5 semanas (as outras foram a 7 e 23 de Setembro). Possivelmente 3.500.000 marcharam nas ruas pela retirada da extensão da idade para aposentadoria de 60 para 62 ou de 65 pra 67 para pensões estatais. Essa greve é aqui analisada do ponto de vista de um revolucionário.

Os quatro arguidos acusados de difamação agravada pelo SEF, num processo movido em 2006, foram absolvidos. O ministério público revelou-se incapaz de reunir matéria de acusação credível, baseando-se apenas em notícias da imprensa. Uma das testemunhas do SEF não compareceu em tribunal; as duas outras não associaram os arguidos às acusações. A decisão foi conhecida dia 8. O processo arrastou-se quatro anos e meio, arrolou despesas escusadas e prejudicou quatro pessoas, escolhidas entre seis.