novembro 19, 2011

Na capital do vodu, Bento XVI detona ‘ocultismo e maus espíritos’.

Por John Allen Jr | Tradução: Fratres in Unum.com

Em uma cidade da África Ocidental amplamente vista como a capital do vodu, Bento XVI clamou hoje aos católicos a resistir a um “sincretismo que engana” e a defender a fé cristã que “liberta do ocultismo” e “vence maus espíritos”.

O Papa falava nesta manhã a uma audiência de padres, seminaristas, religiosos e leigos reunidos no Seminário St. Gall, em Ouidah, no segundo dia da visita de 18 a 20 de novembro do Pontífice ao Benim.

Localizada na costa do Atlântico de Benim, Ouidah, outrora um grande porto de escravos, hoje tem uma população de aproximadamente 80 mil pessoas. Benim é historicamente o berço da fé Vodun na África Ocidental, mais conhecida no ocidente como “vodu”, e Ouidah é mais ou menos o seu Vaticano, hospedando uma conferência anual sobre o Vodun. A cidade também ostenta um famoso templo do píton vodu.

Embora o Vodun adquira uma grande variedade de formas em diferentes partes do mundo, é um movimento extremamente sincretista que provém das mágica e culto tradicionais tribais africanos, por vezes misturando isso com elementos do cristianismo, particularmente do catolicismo. Os praticantes geralmente reconhecem uma única divindade assistida por ajudantes conhecidos como Orishas. (Este, a propósito, é o nome do restaurante do hotel em Cotonou onde os jornalistas que cobrem a viagem papel estão hospedados.)

Em Benim, hoje, estima-se que 18% da população, o que equivale a 1,6 milhões de pessoas, são praticantes do vodu, tornando-o o terceiro maior grupo religioso no país, após católicos e muçulmanos… e muitos destes católicos e muçulmanos mantêm uma considerável porção de crenças e costumes que têm sua origem no vodu. 10 de janeiro é marcado em Benim como o “Dia do Vodu”.

Mundialmente, estima-se que o número total de praticantes do Vodu alcance 30 a 60 milhões.

Um tema que marcou todo o comentário de Bento XVI em sua viagem, sua segunda passagem pela África como Papa, foi a importância de evitar uma forma de “inculturação” que equivaleria a batizar crenças e costumes nativos contrários à ortodoxia cristã. Espera-se que o Papa retorne a esse assunto no fim do dia de hoje, quando lançará o documento resumindo as conclusões do Sínodo dos Bispos Africanos realizado em Roma, em 2009.

“O amor pelo Deus que se revela e por sua palavra, o amor pelos sacramentos e pela Igreja, são um antídoto eficaz contra um sincretismo que engana”, disse o Papa nesta manhã em Ouidah.

“Este amor favorece uma correta integração de valores autênticos das culturas na Fé Cristã”, disse. “Ele liberta do ocultismo e vence maus espíritos, pois é movido pelo Espírito Santo”.

Quando João Paulo II visitou Benim em 1993, sua viagem coincidiu com uma grande celebração nacional do legado vodu do país denominada “Ouidah 92”. O Papa se encontrou com um sumo sacerdote vodu, com uma fotografia daquele encontro destacada na primeira página do L’Osservatore Romano, o jornal diário do Vaticano.

O encontro é polêmico, há muito tempo, em círculos católicos mais tradicionais, que o vêem como equivalente a um endosso papal a devoções heterodoxas. Nesta viagem, Bento XVI expressou admiração por elementos da religião tradicional africana, mas também foi cuidadoso em condenar o “sincretismo” e condenar aquilo que ele vê como seus elementos negativos.

Antes do discurso, Bento XVI fez uma visita privada à capela do Seminário de St. Gall, onde rezou diante do túmulo do finado Cardeal Bernardin Gantin, um amigo próximo que trabalhou como prefeito da Congregação para os Bispos na mesma época em que o futuro Papa era o mais alto oficial doutrinal.

Gantin, considerado um “pai da nação” em Benim, morreu em 2008 como o mais alto prelado negro africano na história da Igreja Católica. Hoje, o aeroporto internacional na capital nacional de Cotonou leva o seu nome.

Foi a renúncia de Gantin como decano do Colégio de Cardeais que abriu o caminho para o então Cardeal Joseph Ratzinger ocupar essa função, uma medida que muitos observadores crêem indiretamente ter levado à sua eleição como Papa Bento XVI em 2005.

novembro 19, 2011

O Cardeal Schönborn novamente acolhe ‘videntes’ de Medjurgorje na catedral de Viena.

Por Catholic Culture | Tradução: Fratres in Unum.com

O Cardeal Christoph Schönborn celebrou Missa na cathedral de Santo Estevão de Viena em 17 de novembro, como parte de um evento transmitido que incluía o testemunho de um “vidente” de Medjurgorje, que prometeu uma aparição da Virgem Maria imediatamente antes da Missa.

Ivan Dragicevic, um dos “videntes” que afirmam estar recebendo aparições regulares da Virgem Maria por décadas, falou na catedral, em um evento que foi oferecido em transmissão ao vivo. A programação convidava para uma aparição às 6:40 pm, hora de Viena. Dragicevic disse que a Mãe de Deus abençoaria a todos os presentes – e que esta benção se estenderia a todos os assistentes da transmissão pela internet.

O evento na catedral de Viena causou consternação entre os católicos que questionaram a validade das supostas aparições em Medjugorje. Bispos na Bósnia-Herzegovina, onde se localiza Medjugorje, desencorajaram fortemente o interesse no “fenômeno Medjugorje”. Mas os supostos videntes continuaram a realizar aparições públicas em igrejas Católicas por todo o mundo, com a aparente aprovação de outros bispos.

Cardeal Schönborn tem um histórico de demonstrações de apoio aos “videntes” de Medjugorje. No começo de 2010, ele foi obrigado a se desculpar com Dom Ratko Peric, de Mostar (a diocese local), por criar dificuldades com suas expressões públicas de apoio durante uma visita “privada” a Medjugorje em dezembro de 2009. No fim do ano, no entanto, ele deu boas-vindas aos “videntes” em Viena e louvou seus esforços.

No ano passado, o Vaticano criou uma comissão especial para estudar o fenômeno Medjugorje, em resposta a pedidos de uma declaração definitiva da Santa Sé sobre as supostas aparições. A comissão – presidida pelo Cardeal Camillo Ruini, o vigário aposentado para a diocese de Roma – teve encontros e entrevistas, mas não divulgou nenhuma declaração pública.

novembro 18, 2011

Bento XVI: Não precisamos imitar os pentecostais. “Uma liturgia participativa é importante, mas uma que não seja sentimental”.

O Papa Bento XVI inicia hoje uma viagem apostólica de dois dias ao Benim, África. Durante o vôo, o Santo Padre respondeu às tradicionais perguntas dos jornalistas presentes em sua delegação. Entre elas, uma a respeito do crescimento das seitas pentecostais no continente africano:

Essas comunidades são um fenômeno global, em todos os continentes. Naturalmente, elas estão presentes sobretudo, de formas diferentes, na América Latina e na África. Diria que seus elementos característicos são muito pouca “institucionalidade” e poucas instituições, dando pouco peso a instituições; uma mensagem que é simples, fácil e compreensível, e aparentemente concreta; e, como você disse, uma liturgia participativa expressando os sentimentos da cultura local, com uma abordagem da religião um tanto sincretista. Tudo isso lhes garante, por um lado, algum sucesso, mas também implica uma falta de estabilidade. Sabemos que alguns [seguidores desses grupos] voltam à Igreja Católica, ou se mudam de uma dessas comunidades para outra.

Então, nós não precisamos imitar essas comunidades, mas devemos nos perguntar o que podemos fazer para dar nova vida à fé Católica. Eu sugeriria, como um primeiro ponto, uma mensagem que é simples e compreensível, mas também profunda. [...]

Segundo, é importante que nossas instituições não sejam pesadas. O que deve predominar é a iniciativa da comunidade e da pessoa. Finalmente, eu diria que uma liturgia participativa é importante, mas uma que não seja sentimental. A liturgia não deve ser simplesmente uma expressão de sentimentos, mas deve emergir a presença e o mistério de Deus no qual ele entra e pelo qual nós nos permitimos ser formados.

Por último, com relação à inculturação, diria que é importante não perdermos a universalidade. Eu preferiria falar de “inter-culturação”, não tanto inculturação. É uma questão de um encontro entre culturas na verdade comum de nossos seres enquanto humanos, em nosso tempo. Então, crescemos numa fraternidade universal. Não devemos perder essa grande coisa que é a catolicidade, de que em todas as partes do mundo somos irmãos e irmãs, somos uma família, onde conhecemos cada um e colaboramos num espírito de fraternidade.

A introdução ao missal das celebrações pontifícias (pág. 11) demonstra como Bento XVI pretende enfatizar essa catolicidade, particularmente na liturgia da Santa Missa a ser celebrada no domingo, no Estádio da Amizade:

Neste grande dia de encontro eucarístico do Santo Padre com toda a África múltipla em seus costumes e em suas línguas, não hesitamos em empregar a língüa da Igreja Universal, o latim, que tem a vantagem de unificar a oração de nossa assembléia tão diversificada e de manifestar assim a união das vozes e dos corações no canto gregoriano (Missa de Angelis) e na escolha do cânon romano (Oração Eucarística I).

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novembro 18, 2011

Rio de Janeiro: Missa Pontifical na Antiga Sé.

Foi celebrada ontem uma Missa Pontifical na igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Rio de Janeiro, por ocasião do encerramento do II Encontro Summorum Pontificum, um empreendimento conjunto entre a Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney e a Arquidiocese do Rio de Janeiro. A Santa Missa, celebrada por sua Excelência Reverendíssima Dom Fernando Arêas Rifan, contou com a participação do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, do Bispo de Guaranhus, Dom Fernando Guimarães, e do Bispo-auxiliar emérito do Rio de Janeiro, Dom Karl Joseph Romer.

Mais fotos em Salvem a Liturgia!.

novembro 18, 2011

Itália: “Protestante” fica indignado por não receber Comunhão na mão.

O fiel não queria deixar de comungar tomando a hóstia com as suas mãos, mas o pároco de Acquaviva Platani se opõe a esta prática. Depois da missa, briga na sacristia contida pelos militares.

Fonte: La Repubblica.it / cronaca di Palermo, via Messa in Latino | Tradução: Fratres in Unum.com

CALTANISSETTA – Foi necessária a intervenção de uma patrulha da polícia para restaurar a calma a um fiel a quem o pároco de Acquaviva Platani, Padre Francesco Novara, recusou a entrega da hóstia na mão.

O sacerdote, de fato, durante a celebração, distribui a comunhão somente àqueles que aceitam recebê-la de suas mãos diretamente na boca. A decisão do Padre Novara já havia dividido a comunidade entre os que consideram a decisão do pároco correta e os que a definem exagerada.

Após a cerimônia, o homem a que havia sido negada a hóstia, conforme relata a edição de Caltanissetta do Giornale di Sicilia, entrou na sacristia e protestou contra o padre. Outras pessoas que assistiram a cena chamaram o 112 (ndr: número europeu de emergência). Os militares, desse modo, convenceram o fiel a desistir de seus protestos e a voltar para casa.

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novembro 17, 2011

“Sentinela, quanto resta da noite?” (Isaías 21,11). Reflexões sobre o livro de Lorenzo Bertocchi e Francesco Agnoli.

por Dom Massimo Vacchetti [1] – 30/09/2011

Esperei o lançamento deste livro por quase cinquenta anos. Conheço os autores e sei do amor pela verdade que os anima. No entanto, não é por eles que desejei ter em minhas mãos este ágil texto. ‘Sentinelas no pós-concílio’ (p. 156, Ed. Cantagalli) recolhe, pelas mãos de diferentes autores, o perfil de “dez testemunhas contracorrente”, como diz o subtítulo, dez protagonistas da vida e do pensamento católico nos anos pós-conciliares.

O ‘atraso da publicação’ se deve, entre outras coisas, a uma infeliz expressão do Beato João XXIII, quando na abertura do Concílio, proclamou que: “não sem ofensa aos Nossos ouvidos, nos são reportadas vozes de alguns que, embora acesos de zelo pela religião, avaliam, no entanto, os fatos sem uma suficiente objetividade nem prudente juízo. (…) Nos parece de ter que resolutamente dissentir de tais profetas de desgraça, que anunciam sempre o pior, como se fosse iminente o fim do mundo. No atual estado dos acontecimentos humanos, no qual a humanidade parece entrar em uma nova ordem de coisas, precisam, mais, ser vistos os misteriosos planos da Divina Providência que (…)com sabedoria dispõem tudo, mesmo os adversos acontecimentos humanos, pelo bem da Igreja” (Discurso de abertura do Concílio, 11 de Outubro de 1962).

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novembro 17, 2011

Itália: Fundador da Comunidade de Santo Egídio faz parte do novo Governo.

Lisboa, 17 nov 2011 (Ecclesia) – O fundador da comunidade católica de Santo Egídio [ndr: a mais poderosa e obscura promotora do sincretismo religioso infiltrada na Igreja Católica], Andrea Riccardi, tomou posse esta quarta-feira como ministro da Cooperação Internacional e Integração do novo Governo italiano.

Professor de história contemporânea, Riccardi, de 61 anos, mediou vários numerosos processos de paz, como aconteceu em Moçambique, contribuindo para o fim de 16 anos de guerra civil, em 1992.

“Num momento difícil, de prova para o país, onde está a decorrer um esforço comum para enfrentar a crise atual, aceitei o convite do presidente [do Executivo italiano] encarregado, Mario Monti, para fazer parte do novo Governo, na esperança de ajudar a obra de recuperação nacional”, declarou o ministro, citado pela página oficial da Comunidade de Santo Egídio.

A comunidade católica está presente em 73 países, incluindo Portugal, com projetos no domínio da cooperação internacional e da promoção da paz.

Andrea Riccardi recebeu o Prémio Carlos Magno (KarlPreis), em 2009, galardão atribuído a “pessoas e instituições que se distinguiram de forma particular na promoção de uma Europa unida e na difusão de uma cultura de paz e de diálogo”.

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novembro 17, 2011

FSSPX autorizada a celebrar Missas na Terra Santa.

The Tablet | Tradução: Fratres in Unum.com – O Patriarca Latino de Jerusalém, Arcebispo Fouad Twal, deu à Fraternidade São Pio X permissão formal para celebrar a Missa Tridentina nos santuários e basílicas na Terra Santa, contanto que sejam privadas e não divulgadas. A concessão, que vem ao fim de um decreto [ndr: abusivo, diga-se de passagem] elencando 10 diretrizes para a celebração do rito pré-Vaticano II para peregrinos que visitam a Terra Santa, não permite a celebração da Missa antiga nas paróquias locais do Patriarcado Latino.

novembro 17, 2011

“Antes que deixar o amor da minha vida, deixarei o sacerdócio”, afirma sacerdote holandês.

IHU - Jan Peijnenburg tem 81 anos, e é sacerdote. Há 46 anos mantém uma relação sentimental com a senhora Threes van Dijck, de 85 anos. Agora, o bispo de sua diocese, Hertogenbosch, a maior da Holanda, lhe deu um ultimato: ou termina com a relação, ou deverá abandonar o sacerdócio. Tem prazo até 1º de dezembro. Já deu uma resposta: “Antes que deixar o amor da minha vida, deixarei o sacerdócio”.

A reportagem é de Jesús Bastante e está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 15-11-2011. A tradução é do Cepat.

O padre está há meio século trabalhando como sacerdote católico. Atualmente está em Eindhoven, sem ocultar nem propagandear esta relação. O “escândalo” se deu depois que ambos publicaram um livro em que solicitam à Santa Sé que acabe com o celibato obrigatório na Igreja católica de rito romano.

Durante muitos anos, revelam no livro o sacerdote e sua mulher, a diocese fez vista grossa sobre a situação. Como reconhecem agora na Igreja holandesa, “não é excepcional que sacerdotes vivam com uma companheira”. O problema foi que, “ao criticar abertamente o princípio do celibato, o padre Jan foi longe demais”.

Den Bosh, porta-voz do bispo, explicou à mídia holandesa que a imposição ao sacerdote é uma “decisão irrelevante em sua vida”, mas “trata-se de uma condição que deve ser assumida necessariamente quando se escolhe o sacerdócio”.

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novembro 17, 2011

Summorum Pontificum no Brasil: Missa Tridentina em Juiz de Fora, MG.

Missa Tridentina do XXIII e Último Domingo depois de Pentecostes

Domingo, 20 de novembro de 2011, às 19h

Local: Paróquia São Sebastião, Bairro Barreira do Triunfo, em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Av. Presidente Juscelino Kubistscheck, 10578

Celebrante: Padre Elílio de Faria Matos Junior

Agradecemos novamente ao leitor Daniel Almeida de Oliveira pelas informações.

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