QUE ESPÍRITO? (7)

… nas escolas com 20 nacionalidades, com várias religiões, com várias línguas, com várias vivências, e portanto, isto para dizer que é um duplo desafio que se nos coloca. Quer dizer, coloca-se-nos naturalmente aos grandes protagonistas, e aqui estão sentados grandes protagonistas que têm esse desafio constante, como foi agora referido da Comunidade de Santo Egídio, e noutros domínios, mas se coloca a cada um na sua vida concreta na relação com o vizinho, na relação com o colega de escola, porque é por aí que se afirma também a liberdade, é por ai que também se afirma o diálogo e se afirma a construção da paz. Aliás, nós católicos sabemos que há muito esse apelo que a construção das grandes coisas começa na construção das pequenas coisas, e a paz no mundo começa na construção da paz na comunidade mais próxima.

Fátima - Senhor D. António Marto, em Fátima também há diálogo inter-religioso?

D. Marto - Sim. Portanto queria…

Fátima - Embora, por vezes haja polémicas. Estou-me a lembrar da visita do Dalai Lama.

D- Marto - Queria partir desta constatação de que vivemos numa sociedade pluricultural e plurirreligiosa que não há retorno para isto. E, por conseguinte, o diálogo inter-cultural, inter-religioso, é uma necessidade, é uma exigência, é um imperativo ao qual não podemos fugir, para a convivência pacífica entre as pessoas no seu quotidiano, hoje, como acabou de dizer o Senhor Professor, na escola, no trabalho. Ora, a convivência pacífica dentro de um povo marcado por esta diversidade cultural, e para a convivência pacífica entre os povos. Este imperativo é acrescido pela afirmação do islão, naturalmente, seja no Médio Oriente, seja aqui mesmo na Europa, por conseguinte não podemos fugir a este diálogo. E pela afirmação do eixo asiático no futuro, dento de poucos anos, com a China e com a Índia Japão. Por conseguinte, o diálogo intra-cultural com o oriente e com o diálogo inter-religioso com o budismo e com o hinduísmo. Ora bom, uma das prioridades deste Papa, que acabou de dizer isso mesmo, quando recebeu agora o novo embaixador italiano, é este diálogo inter-cultural e inter-religioso. Porque se não houver convivência pacífica entre religiões não há paz entre os povos. Se não houver este diálogo inter-religioso incendeia-se o mundo, ham. Se o deixamos andar para cada lado. Então temos de procurar aquilo que nos une mais do que aquilo que nos divide. Depois, há um outro problema que eu gostaria de, enfim, abordar muito rapidamente, que me está assim a peito, é o diálogo entre crentes e “não crentes”. Foi um diálogo que nos apaixonou na década de 60 70, até á Leia o resto deste artigo »

QUE ESPÍRITO? (5)

Fátima - Há pouco, o D. José Saraiva Martins, referiu que a questão das capelanias, nos hospitais e nas prisões, é também uma questão de cidadania e de democracia. Senhor D. António Marto, o senhor não pôde ainda comentar esta pergunta que fiz no início ao Senhor D. José Policarpo. Qual é a sua opinião?

D. Marto - É só, enfim, um apontamento de esclarecimento mais por causa dos nossos ouvintes: a distinção da laicidade e do laicismo. A laicidade é, de facto, um valor da democracia europeia, característica, mas é também um princípio evangélico e um princípio de doutrina social da Igreja. Portanto, para os católicos, não há nenhum problema quanto à questão da laicidade. O estado é laico, não confessional, o que não quer dizer que o estado olhe para o fenómeno religioso com desprezo. E aqui vem a distinção do laicismo: o laicismo é já uma atitude ideológica que remete o fenómeno religioso apenas para o foro da consciência, o foro provado, na melhor das hipóteses a sacristia ou a Igreja não lhe reconhece essa dimensão cultural e social que ele tem e faz parte da condição da existência humana. Nesse aspecto há aqui uma minoria, digamos assim, laicista entre nós, de um laicismo ideológico, diria dogmático. Mas, felizmente, e também queria salientar, encontramos na nossa sociedade pessoas laicas, mesmo sem referência à “fé cristã”, com está aqui o senhor Mário Soares, e outros, que sabem distinguir muito bem entre laicidade e laicismo.

Fátima - Indo ao terreno, concretamente. O senhor acha, por exemplo, a lei, há alguns anos aprovada em França, a lei da laicidade, pode de alguma forma vir a reflectir-se nalguns laivos de laicismo, na Leia o resto deste artigo »

QUE ESPÍRITO? (3)

Cultura.

Fátima - Estamos aqui junto à igreja da Santíssima Trindade, e eu penso que o nosso realizador tem mostrado imagens do interior desta igreja, e é interessante, num momento histórico para o Santuário de Fátima, também coincide, mais ou menos, porque também é esta semana que se espera que o tal tratado constitucional seja assinado em Lisboa. Mas nos últimos tempos tem havido uma polémica na sociedade portuguesa, Senhor D. José Policarpo, sobre a possibilidade do estado poder vir a retirar apoios as capelanias, quer nos hospitais quer nas prisões. Ora isto tem suscitado alguma polémica, muita discussão. E o Senhor D. Eurico Dias Nogueira, por exemplo, afirmou publicamente que o estado português está a confundir laicidade com laicismo. Qual é a sua opinião Senhor D. José Policarpo?

P.L. – Ora bem, eu, antes de mais, gostava de dizer que esta polémica foi sadia, ham. Quer dizer, portanto, eu penso que a Igreja se foi habituando nestes últimos tempos, depois do Concílio Vaticano II, a resolver as questões da relação com a sociedade e concretamente com os governos, não numa óptica de dogmática, de declaração só de princípios, mas numa óptica de diálogo e de… e o diálogo está estabelecido. E portanto, a polémica que se levantou penso que ajudou o Governo e à comunidade a esclarecer uma questão. E é uma questão que tem a ver com uma coisa que já aqui foi abordada, e eu pegando na sugestão do Prof. Marcelo e agora na do Senhor D. António, eu, com certeza, afirmar o valor das religiões… Para mim há uma questão mais englobante, o bem espiritual das pessoas como fazendo parte do bem-comum. Quer dizer, nós hoje estamos muito atentos ao “bem económico”, ao “bem dos direitos fundamentais”, e esquecem-se que todo o ser humano, quer seja crente quer não seja crente, tem dimensões espirituais que são culturais que podem ser religiosas, mas que são dimensões espirituais que fazem parte do seu equilíbrio e da sua realização pessoal. E nenhum estado que se preocupe com o bem-comum pode desconhecer essa dimensão espiritual do ser humano. Ora bem, o caso que apontou é, e como lhe digo o diálogo está restabelecido, e há acordo entre as partes. O que está em questão não é uma prioridade da Igreja, não é isto ou aquilo, é, pura e simplesmente, uma coisa muito simples, é que a doença e, sobretudo a doença quando é grave, quando põem a hipótese de o ser humano chegar ao fim da sua vida, é uma experiência de densidade existencial que nenhum de nós pode imaginar como é que cada um de nós vai reagir diante dela! Quer seja crente quer seja descrente. Nenhum de nós pode fazer um filme de como é que vai reagir, e a nossa experiência é depois religiosa é, mas é depois, sobretudo, de humanização, de uma presença da valorização… olhem da tal fraternidade, da tal Leia o resto deste artigo »

CARDEAL PATRIARCA DE LISBOA – JUDITE I

Judite de Sousa – A questão do referendo, e da matéria a referendar, não poderiam deixar indiferentes os católicos, nem tal seria de esperar tão pouco. A sua posição é conhecida, veiculada através dos membros do claro e dos movimentos e associações que se constituíram, e traduz-se num apelo ao “NÃO”. Mas eu diria também que a Igreja se tornou uma importante fonte de notícia nos últimos tempos: a fuga do Pe. Frederico Cunha, o apoio que lhe foi manifestado por alguns Bispos, o afastamento do Pe. Carlos Costa da paróquia de Pedrógão Grande (pai de uma menina de 8 anos), foram alguns dos assuntos que tiveram mais expressão tiveram na comunicação social e por conseguinte na opinião pública; aliás o caso de Carlos Costa foi até noticiado na conceituada revista TIME.

A Igreja é fonte de notícia também pela figura do novo Patriarca de Lisboa, que formalmente não é chefe da Igreja católica portuguesa. Aos 62 anos D. José Policarpo assume mais um desafio de uma vida intensa ao serviço da Igreja. Bispo-auxiliar de Lisboa, durante 19 anos, um dos mais próximos colaboradores do falecido Cardeal D. António Ribeiro, Reitor da Universidade Católica de 1988 a 1996, coordenador do projecto TVI, D. José Policarpo é reconhecidamente um homem de uma grande dimensão intelectual, defensor da corrente de renovação da Igreja Católica desencadeada pelo Concílio Vaticano II, ou não tivesse ele vivido e estudado em Roma entre 1966 e 1970 para se doutorar em teologia desenvolvendo a ideia de que a Igreja deve estar atenta à história dos homens e captar os sinais positivos do reino de Deus.

Senhor D. José, muito boa noite.

Patriarca de Lisboa – Muito boa noite.

JS – Não posso deixar de iniciar esta nossa conversa com uma questão da actualidade e que tem a ver com o referendo sobre o aborto. O elemento novo que existe neste momento corresponde aos resultados de uma sondagem, por sinal elaborada pela Universidade Católica, que o Senhor D. José dirigiu, e que indicam uma vitória do “SIM” com cerca de 66% das intenções de voto.

A cerca de mês e meio da realização do referendo e tendo em conta os indicadores de opinião que vão surgindo eu pergunto-lhe: A Igreja dá esta causa como perdida?

PL – Não! Nem como perdida nem como ganha. Como a Judite sabe, nós não éramos partidários do referendo. Por uma razão muito simples, porque achamos que não é uma matéria referendável. O próprio facto de sujeitar a referendo a possibilidade legal da interrupção da gravidez parece-nos que é, sobre o ponto de vista cultural, um retrocesso. Bem… e portanto não é uma causa perdida nem ganha … eu penso que os portugueses estão diante dum momento grande da sua cultura porque são chamados a tomar posição numa matéria que é constitutiva da definição da cultura de um povo que é a posição respeitante à vida. Não é?!

JS – Segundo as mesmas sondagens, Senhor D. José, o “NÃO” não obteria pouco mais que 30% dos votos. O Senhor ficou surpreendido com esta diferença tão acentuada entre o “SIM” e o “NÃO”?

PL – Fiquei surpreendido com a desproporção da diferença entre as duas repostas. Aliás, inclino-me, embora as sondagens da Universidade Católica normalmente acertem, neste caso concreto, inclino-me, apesar de tudo, as sondagens exageram os dados. Veremos depois desta campanha de esclarecimento. É importante este período que se vai viver.

JS – Acha que ainda é possível existir um volte de face? Leia o resto deste artigo »

“CONVERSAS SECRETAS” – O COMUNISTA “PERGUNTA” AO MAÇON

Oliveira Marques - …Ahhh… Curiosamente o “25 de abril” não foi festa para muita gente que eu julgava que ia ser. Lembro-me, democratas, mas democratas puros, muito desconfiados, porque eram os militares, pensaram no “28 de maio”. Lembro-me de outros que se diziam democratas mas que no fundo estavam era ligados aos interesses capitalistas dos Mellos e companhia limitada, e tinham um terror do que é que vinha a acontecer. Só onde eu encontrei, realmente, um grupo fantástico de gente a aderir ao “25 de abril” foi o dos maçons. Aí sim, das pessoas que eu conhecia.

Baptista Bastos - E os comunistas…

O.M. - E os comunistas obviamente. Mas eu com os comunistas dava-me muito pouco. Tinha meia dúzia de amigos comunistas mas não me dava com a máquina. Dava-me com o Mário Soares alguma coisa, tinha estado na casa de Mário Soares em Paris, e dava-me com a Maria Barroso e tudo isso, mas não era suficiente para estabelecer quaisquer laços …

B.B. - Nessa altura o Prof. Oliveira Marques já era maçon?

O.M. - Eu entrei para a maçonaria em 73. Portanto, ainda na clandestinidade.

Nós nessa altura fazíamos as iniciações escondidamente. Fazíamo-las na Escola Oficina Nº 1, que funcionava na Graça e hoje já não existe. Nessa altura …

B.B. - Com um largo, aliás, muito bonito.

O.M. - Exacto… E fazíamo-las aí.

B.B. - Ahh… Mas porque é que faziam nessa escola?!

O.M. - Porque era nossa! Porque era nossa …

B.B. - Ahh… Tem piada…

O.M. - E tínhamos sempre… estávamos sempre prevenidos. Se um polícia entrasse que disséssemos que estávamos a estudar os planos de reorganização da escola e que estava muita gente porque se tinha convocado uma assembleia-geral para estudar os planos… A PIDE estava farta de saber. Mas a PIDE achava que a maçonaria não lhe fazia sombra nenhuma.

B.B. - E não fazia muita. Ou fazia?…

O.M. - Não fazia muita não. Não fazia muita porque as pessoas da maçonaria que realmente eram perigosas também trabalhavam na oposição política, e era ai que a PIDE as atacava, mas não a maçonaria em si.

B.B. – A maçonaria é uma associação secreta? Uma associação discreta?

O.M. - Não… é uma associação discreta. É tão secreta que o senhor pode ir com uma máquina fotográfica para a porta da cede, que vem na lista telefónica…

B.B. - Do Grande Oriente Lusitano…

O.M. - Do Grande Oriente Lusitano… agora há mais, mas nessa altura havia só o Grande Oriente Lusitano. O Senhor pode ir com uma máquina fotográfica para o número 25 e fotografar os que entram e saem. Não me venha a dizer que isto é uma associação secreta! Só não sabe onde é a cede da Máfia…

B.B. - Sei…

O.M. - Ou melhor, até sabemos. De certas máfias até sabemos onde é que são as cedes…

B.B. - Mas, por exemplo… Vou fazer-lhe uma pergunta. Na maçonaria reúne-se uma gente estranha, não é?! …

O.M. - Estranha?! Estranha porquê?

B.B. - Estranha porque aparentemente a ideologia não tem nada a ver muito com os outros… às vezes …

O.M. _ Têm  têm…

B.B. - …Quer socialistas e depois homens… e até tem pessoas de extrema direita. Não é?

O.M. - De extrema-direita não há lá ninguém, não está lá ninguém.

B.B. - Ai não!

O.M. - Nem extrema-direita nem do partido comunista porque o partido comunista não permite. Nós tivemos um…

B.B. - Ai o partido comunista não permite…

O.M. - Não permite. Pelo menos não permitia até há quatro anos. Se permitisse o caso era com ele, porque de nossa parte deixávamo-lo entrar. Porque o que exigimos é que as pessoas não aceitem dogmas, sejam pessoas, portanto, livres de espírito, e que ponham acima de tudo os valores da fraternidade, solidariedade, igualdade, e liberdade etc…

B.B. - O senhor foi grão-mestre?

O.M. – Fui grão-mestre adjunto. Fui grão-mestre adjunto e fui “soberano grande comendador” que é um cargo ritualista que é o número 1 do grau 33. São cargos que dão muito trabalho, e depois …

B.B. - O senhor fala da maçonaria com grande entusiasmo.

O.M. - Falo. Eu gosto da maçonaria, gosto da maçonaria.

B.B. - Continua a ir às reuniões hoje?

O.M. - às reuniões. Sim senhor, sim senhor.

B.B. - Aqui há tempos numa entrevista disseram o seguinte: “Em todas as universidades do mundo há correlação com a maçonaria. Diria mais, uma universidade que tiver uma forte participação de maçons com certeza será uma universidade com condições à partida para singrar melhor.

O.M. - É o que não se dá em Portugal. Por isso as universidades não singram bem. Ou seja, em Portugal há poucos maçons universitários.

B.B. - Mas porquê? Não têm acesso?

O.M. - Não não… Porque a maçonaria em Portugal ainda é muito… ainda suscita grandes desconfianças. Suscitas perseguições. É-se perseguido por se ser maçon. Eu não fui reitor da minha universidade por ser da maçonaria, não tenho a menor dúvida a esse respeito. Quer dizer, a maçonaria…

B.B. - É uma coisa odiosa?!…

O.M. - Ahh… sim sim. O pertencer à maçonaria, hoje em dia, para a maioria, e sobretudo para o establishment, é muito mais gravoso do que pertencer à Opus Deis. A Opus Deis até parece que é um canal de subida.

B.B. - Eu ia-lhe falar nisso…

O.M. - É um canal de subida.

B.B. - … que há uma guerrinha entre a maçonaria e a Opus Deis…

O.M. - Não é uma guerrilha, é uma guerra total. Para nós a Opus Dei é como se fosse o fascismo. Quer dizer, é uma coisa totalmente Leia o resto deste artigo »

SIONISMO ALIMENTA GUERRAS CONTRA A IGREJA

 

 

 

Entrevista: RABINO WALTER HOMOLKA, SOBRE A IGREJA CATÓLICA

 

Por: Spiegel Online

Este não é um texto do modernismo, mas de preseguição e combate à Santa Igreja Católica. 

 

 

 

 

 

“Spiegel Online falou com o rabino alemão Walter Homolka sobre porque considera a oração pelos judeus ofensiva e danosa para as relações católico-judaicas.

 

Spiegel Online: Homolka, o senhor e cerca de 1600 rabinos, pelo mundo, estão a protestar duramente pelo uso Vaticano da oração latina da Sexta-feira Santa, onde se lê: “Oremos pelos Judeus. Que nosso Deus e Senhor ilumine seus corações, que eles reconheçam que Jesus Cristo é o Salvador de todos os homens”.

 

Walter Homolka: Ele tenta centrar a atenção em aspectos específicos da sua igreja – esse é o seu dever -. Mas neste caso, ele perdeu a sua sensibilidade. Está insultando aos judeus porque a Igreja Católica, no contexto da Sexta-feira Santa, está uma vez mais rezando para iluminar os judeus, de maneira que nós possamos reconhecer a Jesus como o Salvador. Tal declaração é feita num contexto histórico muito relacionado com a discriminação, a perseguição e a morte. Dado o passo da responsabilidade que a Igreja Católica adquiriu na sua história com o judaísmo, mais recentemente durante o Terceiro Reich, isto é completamente inadequado e deve ser rejeitado em sumo grau.

 

S. O. : Qual é o o problema da nova oração de Bento na frase em latim?

 

W. H. : Ele indica que crê que o caminho da salvação, incluso para os judeus, somente pode ser por meio de Jesus, o salvador. Isto abre as comportas à conversão dos judeus. A internet já está cheia de comentários dos conservadores, os ultra-direita católica, que afirmam: “maravilhoso, agora finalmente podemos ter o sinal para converter judeus”. Este tipo de sinal tem um efeito de provocação extremo nos grupos anti-semitas. A igreja Católica não tem as suas tendências anti-semitas sob controle.

 

S. O. : Então Bento está a promover tendências anti-semitas?

 

W.H. : Pelo menos, Leia o resto deste artigo »

DAWKINS – “AD HOMINEM” (100%), LÓGICA (0%)

   Richard Dawkins, Prof. na Universidade de Oxford, autor de “Deus Um Delírio”, um dos ateus mais pirraças. Segue-se a transcrição traduzida de uma breve entrevista na CNN:

Paula Zahn (CNN) – Porque é ateu?

Richard Dawkins – Porque a senhora não acredita em Thor? Porque não acredita em Zeus? Ninguém acredita na maior parte das coisas que a senhora acredita. A senhora é ateia em relação ao “mostro do esparguete voador”. Eu sou ateu com respeito aos judaico-cristãos porque não há evidências relativas ao deus judaico-cristão ou em qualquer outro deus.

P.Z. – Mas parece que a mensagem ateísta é intimidante para alguns cristãos porque eles acreditam que o senhor não quer que eles exprimam a sua religiosidade publicamente. O senhor tem alguma opinião sobre a Leia o resto deste artigo »

OUTRO “ESPÍRITO”, OUTRO PÁSSARO (I)

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Discurso: MOVIMENTO ECUMÉNICO NOS NOSSOS DIAS

Local: SEMINÁRIO MAIOR DO PORTO

Autora: MARIA DE LURDES PINTASILGO

Data: 25 (26?) de Janeiro de 1964

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I
O ECUMENISMO, UM FACTO IRRECUSÁVEL

Recentemente (1), o P. Congar, pioneiro no caminho da unidade das confissões cristãs, falava do ecumenismo – “épreuve de l’Eglise”.(2) Que significa tal afirmação?

Significa que o ecumenismo não é apenas um episódio importante e sem continuidade, um sonho grande e sem ligação com a vida quotidiana dos cristãos, uma esperança nobre e sem fundamento sólido. Significa que o ecumenismo entrou na vida da Igreja; agitou ideias. Concepções, atitudes; inseriu-se no coração do Povo de Deus e nas normas de vida da Igreja-isntituição. O ecumenismo tornou-se – e de forma vertiginosa – “coextensivo a todas as manifestações da vida da Igreja” (3). É hoje parte inerente do Cristianismo, exigência a um tempo da comunidade cristã no seu conjunto e de cada cristão na individualidade da sua vida pessoal.

Esta irrupção do ecumenismo na vida da Igreja é um facto novo. Parece que só no nosso tempo acorda na Igreja a consciência colectiva, imperiosa e forte, do significado das palavras de Cristo:

“Que todos sejam um
Como Tu, Pai, o é em mim e eu em Ti,
Que eles sejam um em nós,
Que Tu me enviaste.” (Jo. 17, 21)

Parece que só hoje estas palavras são entendidas pelo povo cristão no seu pleno significado: o testemunho da unidade dos cristãos é essencial para a conversão do mundo. E esta afirmação há de compreender-se não unicamente na evidência do seu contrário, isto é, no reconhecimento prático e doloroso de que as divisões entre os cristãos impedem que o mundo reconheça Cristo e o siga. É mais longe que a oração de Cristo nos conduz é na unidade, na sua Leia o resto deste artigo »

MODERNISMO DIFUNDIDO PELA CEP (II)

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SECRETARIADO NACIONAL DE LITURGIA DE PORTUGAL

BOLETIM DE PASTORAL LITÚRGICA (nº 121 – 122)

Janeiro – JunhoAno 2006

Nome do Artigo: “D. TOMÁS GONÇALINHO DE OLIVEIRA” (pag. 33 a 36)

Autor: João da Silva Peixoto

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“Entrevistei-o em Singeverga, no dia 24 de Junho de 1989. Os apontamentos que se seguem reproduzem fielmente as notas que então recolhi. Bastante fresco para os seus 89 anos, magro, olhar vivo. […]

MEMÓRIA DO MOVIMENTO LITÚRGICO EM PORTUGAL

O seu grande mestre foi o Pe. António Coelho que recorda com saudade. Fez parte do grupo que ele guiou a Samos e, depois, à Falperra. O seu olhar ilumina-se ao falar com entusiasmo da experiência inolvidável desses tempos épicos da restauração beneditina em Portugal, sob a liderança efectiva do Pe. António Coelho. Em relação ao movimento litúrgico, não se pode dizer que António Coelho tenha sido o seu iniciado em Portugal. Esse título atribui-o a Mons. Pereira dos Reis, de quem também guarda muitas e gratas recordações. Pereira dos Reis frequentava todos os anos, pelas férias do verão, os mosteiros beneditinos europeus, sobretudo da Bélgica. E estava por isso a par de tudo o que por lá fora se ia fazendo neste âmbito. Contudo, a acção de Pereira dos Reis não tinha projecção nacional. Mais tarde, enquanto reitor do Seminário Maior dos Olivais, onde se formam padres de outras dioceses para além de Lisboa, a sua acção passou a ter um influxo mais amplo. Nomeadamente no capítulo do Canto Gregoriano, o Seminário do Olivais teve grande influência, sobretudo com as transmissões radiofónicas da missa cantada aos domingos. António Coelho, portanto, não foi o “iniciador”. Mas foi o verdadeiro protagonista principal, o “propagador” do movimento litúrgico em Portugal.

Para o Pe. Tomás, em termos de movimento litúrgico a revista Opus Deis teve mais influência do que o Curso de Liturgia Romana. Redigido de forma algo precipitada para a primeira edição, o Curso tinha ainda uma base ritualista, rubricista. O Pe. António Coelho deixou adiantados os trabalhos de revisão para a 2ª edição, que não chegou a ver publicada. Nela trabalhou, inicialmente, o próprio Pe. Tomás e, depois, o Pe. Paulo de Carvalho que a ultimou (e com o qual teve algumas divergências, precisamente por causa do Curso). Na 2ª e 3º edição, o Curso melhorou. E teve, certamente influência na formação do clero em Portugal durante uns 20 a 30 anos. Entretanto, na opinião do Pe. Tomás, na evolução das mentalidades e na dinamização de um verdadeiro movimento litúrgico, a revista Opus Dei foi Leia o resto deste artigo »

MODERNISMO DIFUNDIDO PELA C.E.P. (I)

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SECRETARIADO NACIONAL DE LITURGIA

PORTUGAL

BOLETIM DE PASTORAL LITÚRGICA (121 – 122)

Janeiro – JunhoAno 2006

Nome do Artigo: “A LITURGIA EUCARÍSTICA” (pag. 33 a 36)

Autor: J. Ferreira

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“Depois da liturgia da Palavra vem a liturgia da ceia do Senhor, a refeição, de que a oração eucarística foi uma verdadeira “bênção da mesa”.

Na celebração eucarística celebra-se o mistério da Páscoa do Senhor, que Ele instituiu na última ceia e entregou à Igreja para ela o celebra como sinal da sua morte, na qual Ele ofereceu a vida ao Pai em sacrifício de reparação, louvor e acção de graças para salvação de toda a humanidade, “até que Ele venha” no fim dos tempos.

A eucaristia é assim o sacrifício do “entretanto”, que vai desde o calvário até à vinda do Senhor, o sacrifício que acompanha toda a vida da comunidade cristã neste mundo, como corre uma torrente de vida que nasce do coração de Cristo aberto na cruz até desaguar no mar da vida eterna em Deus.

A comunhão é o rito central da celebração da Eucaristia segundo a palavra do Senhor: “Tomais e comei, tomai e bebei”, mas, com o tempo, tornou-se um momento menos participado pelas pessoas, certamente pela consciência que elas muitas vezes têm de Leia o resto deste artigo »

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