As manobras para matar o jornalista afro-americano Mumia Abu-Jamal sucedem-se a um ritmo alarmante. Só neste ano, à revogação da anulação da sua pena de morte e à apresentação do argumento inicial para o executar, seguiu-se uma intensa campanha de promoção da estreia do documentário “Do cano de uma arma” e, mais recentemente, tornou-se público um novo e tenebroso ataque, desta vez oriundo de certos líderes do movimento para a abolição da pena de morte nos Estados Unidos.

O Parlamento Europeu aprovou, por larga maioria, o acordo SWIFT, que permitirá a transferência de dados bancários de cidadãos europeus para as autoridades norte-americanas, como parte de um programa destinado ao combate ao terrorismo, denominado TFTP (Terrorist Finance Tracking Program). Em troca, os EUA comprometeram-se a ajudar a UE a criar este sistema, o que abre as portas a igual violação da privacidade em solo europeu.

Os líderes mundiais começaram a chegar, no dia 26 de Junho, para a cimeira do G8/G20, em Toronto. O Canadá já gastou mais de um bilhão de dólares para garantir a segurança das cúpulas do G8 e do G20, na esperança de evitar graves distúrbios. Grandes áreas da baixa de Toronto têm a aparência dum estado policial, com 19.000 pessoas ligadas à segurança, cerca de 5 vezes o número das forças mobilizadas para a reunião do G20 do ano passado, em Pitsburgh.

Os dois jovens rappers, que há pouco tempo actuaram nas comemorações oficiais do 25 de Abril, são as mais recentes vítimas da repressão policial nos bairros periféricos de Lisboa. Hezbollah e LBC foram violentamente agredidos por agentes da PSP no passado Domingo, na Amadora. “Se nada for feito para dar publicidade a esta situação, continuarão a ser alvo da brutalidade policial.”