quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SWU PARTE 2 - OS SHOWS

Conforme prometido retorno hoje com a segunda parte das minhas impressões sobre o festival SWU. Hoje abordando os shows, razão principal de tudo. Ou você acha que algum fórum sobre sustentabilidade vai levar uma galera para Itú?

Segue então meu relato sobre o que vi (mesmo que não seja o show inteiro). No final deixei uns vídeos como momentos lindos para ilustrar o texto.


Dia 9 de outubro (sábado)
  • Infectious Grooves - Assisti somente a metade do show devido a fila para entrar que eu citei no post anterior. Fiquei com a sensação de não ter perdido grande coisa. Até comentei com o Pancho que fazia uns 10 anos que eu não escutava nada deles, apesar de ser grande entusiasta quando o grupo foi formado. A banda me pareceu datada e o show não foi nada demais. Mike Muir até chamou uma molecada para subir no palco enquanto eles tiravam um cover do Suicidal Tendencies (banda principal do Muir), mas definitivamente eles não conseguiram empolgar e para mim será aquele típico show apenas para engrossar a lista dos já vistos.
  • Mutantes - Confesso que não tive paciência para a chatice do Sergio Dias. Enquanto íamos dar uma volta de reconhecimento do local, as primeiras músicas ficaram para trás e eu nem senti remorso.
  • The Apples in Stereo - Este eu queria ver desde o começo. E não me decepcionei. Com um visual que me lembrou os shows que assisti do Man Or Astro Man num passado remoto devido a extravagância das roupas, que lembravam um pouco o visual do Devo também. O líder Robert Schneider é bem simpático e pareceu estar se divertindo o tempo todo. Não conheço o suficiente sobre a banda para saber se a frase: "Olá, nós somos o Apples in Stereo e nós viemos do futuro!" era séria (e o cara é meio pinel) ou apenas uma brincadeira repetida diversas vezes durante o show. O fato é que suas leves canções são tão agradáveis e funcionam tão bem ao vivo que o resultado foi excelente. Um show muito, mas muito bom mesmo. Uma pena que foi visto por pouca gente (umas 500 / 600 pessoas) em razão da concorrência de MSTRKRFT e Los Hermanos tocando no mesmo horário.
  • Los Hermanos - Como disse acima eu estava em outro show enquanto eles tocavam. Peguei as duas últimas músicas e tive a impressão de que os caras não estavam tão bem ensaiados. Me perguntei também se o Marcelo Camelo sempre foi assim tão desafinado e eu tinha esquecido ou era só naquela tarde mesmo.
  • The Mars Volta - Um caso a parte. Esta banda é uma das poucas que eu gosto mesmo gravando músicas longas com uma frequencia mais do que o recomendável. E eles tiveram a manha de tocar várias destas musicas compridas em versões até mais esticadas, sem comprometer o pique do show. Apesar de ser um som para iniciados (é difícil de entender na primeira audição) a performance frenética no palco, o alto gabarito dos músicos e um vocalista que é um show a parte garantiram um ótimo espetáculo para quem estava lá.
  • Rage Against the Machine - Os gritos de "Rage, Rage, Rage!" vindos da galera antes do começo do show foram retribuidos assim que os quatro revolucionácios (força de expressão) pisaram no palco com a matadora "Testify". A fúria tão característica em seu som e letras estavam ali, explodindo na cara de quem teve o privilégio de assisti-los de perto (e não estava sendo pisoteado...). Se a volta da banda foi por dinheiro, eles não deixam isso transparecer. A performance é raivosa e cheia de vontade e sepulta qualquer clima de "paz e amor" que este tipo de festival deseje suscitar. Show excelente, que não foi ainda melhor porque na minha opinião não cabe numa apesentação com este grau de intensidade as interrupções que acabaram rolando. Isso traz um certo anti-climax e aquela sensação de coito interrompido para o público, o que pode ser bom para esfriar os ânimos, mas atrapalha no resultado final.

Dia 10 de outubro (sábado)
  • Joss Stone - Vi pela TV. Só queria comentar que achei a artista que mais entrou "louca" no palco, se é que vocês me entendem.
  • Regina Spektor - Não vi e gostaria muito de ter visto. Alguém podia ter trazido ela sozinha para shows em lugares fechados que ia cair muito melhor.

Dia 11 de outubro (segunda-feira)
  • Yo La Tengo - Devido a demora para entrar (50 minutos de fila) eu perdi praticamente o show inteiro. Peguei as duas últimas músicas onde eles abusaram da microfonia. Não deu para formar uma opinião sobre a apresentação. Só acho que não é o tipo de banda para um palco principal de festival. Eu os vi no Sesc Pompéia em 2001 e o show funcionou muito bem, parecendo ficar perfeito em lugares fechados e menores.
  • Cavalera Conspiracy - Só de ver os irmãos Max e Igor Cavalera tocando juntos novamente aqui no Brasil já seria bacana. Mas eles fizeram um show muito competente calcado nas músicas de seu único disco (o Max anunciou um novo para o próximo ano) e com um recheio especial da fase Sepultura, devidamemnte representada por "Refuse/Resist", "Atittude", "Troops of Doom" (esta foi desencavada...) e "Roots Bloody Roots". Clássicos bons de se ouvir de novo.
  • BNegão e Seletores de Frequencia - Vi só os 10 minutos finais e fiquei com uma sensação de quero mais absurda. Numa tenda OI FM (a mesma onde tocou o Apples in Stereo) totalmente lotada, fiquei de boca aberta com a força dos caras no palco. Preciso ir num show deles com urgência.
  • Avenged Sevenfold - Depois do BNegão, peguei partes deste show enquanto andava a procura de comida e bebida. Metal cheio de clichês, eu detestei. Achei horroroso e tive a certeza de que eu era feliz e não sabia quando nunca tinha ouvido falar disso aí.
  • Incubus - Banda que eu nunca tinha parado para ouvir com atenção mas que sempre foi muito bem recomendada por amigos. Tive a boa vontade de assistir o show inteiro e posso dizer. Não gostei. Achei chato demais. Pode até ser o efeito da minha ansiedade pelo QOTSA e Pixies, mas sinceramente, não bateu.
  • Queens of the Stone Age - Eu já tinha escrito por aqui que este provavelmente seria o show do ano no Brasil. Josh Homme é quase que uma entidade no rock atual, muito também pela sua atuação em diversos projetos de qualidade e pela influência que sua "mão" traz em qualquer coisa que ele toca. Eles abriram o show com o baixo "falando" na sensacional e poderosa "Feel Good Hit of the Summer" e já deram o cartão de visita do que seria um show barulhento e pesado na medida exata. Os caras juntam uma simplicidade a uma gana de tocar que é admirável. Na segunda música quando eles mandaram "The Lost Art of Keeping a Secret", uma de minhas preferidas, percebi que o jogo já estava ganho. Durante o show houve alguns problemas com o som, é verdade, mas nada que impedisse a banda de fazer o melhor show do festival tecnicamente falando. Foi maravilhoso e entra desde já para o time dos mais relevantes já vistos.
  • Pixies - O amor é cego? Dizem que sim. Os Pixies fizeram um show onde a empolgação e a vontade não foram o ponto alto. Dava para ficar na dúvida se a voz cansada de Frank Black era o peso da idade ou apenas má vontade mesmo. Então por que eu acho que vi um dos melhores shows da minha vida? E por que se eu acho que se o QOTSA fez o melhor show do festival tecnicamente falando, eu preferi o dos Pixies? Simples. É uma questão afetiva. Coisa de amor mesmo. E tenho certeza de que falo pela multidão que se deliciou com os clássicos do rock alternativo que eram enfileirados um atrás do outro por uma das maiores bandas de rock alternativo de todos os tempos. Foi emocionante poder vê-los pela primeira vez e poder cantar, dançar, gritar ao som de "Debaser", "Velouria", Monkey Gone To Heaven", "Waves of Mutilation", "Here Comes Your Man", "Hey", "Gouge Away" "Where Is My Mind" e "Gigantic". Eu anotei o set list no meu celular que eu viria a perder depois e nem vou querer lembrar de tudo na ordem para não escrever besteira. Enfim, eles não são mais os mesmos? Eles não tem mais o vigor de outrora? Foda-se! Para mim o show foi espetacular e fez valer todo o perrengue "chorado" no post sobre a organização. Inesquecível. Mais uma daquelas que eu não poderia morrer sem ssistir.
  • Linkin Park e Tiesto - Desculpem. Eu sei que estava lá na balada e era só esperar um pouco para acrescentar mais estas duas atrações gringas na minha lista. Só que depois de ver o Queens Of The Stone Age e os Pixies na sequencia eu não precisava ouvir mais nada. Para mim estava bom.

Sandro













quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SWU PARTE 1 - A ORGANIZAÇÃO (#SWUfail) -

Estou de volta. Como bem disse o Anselmo no post anterior eu estava em fase de recuperação. Mas não da maratona (dura, sem dúvida) SWU. Ainda estou me recuperando do trauma psicológico de ter perdido (ou ter sido roubado, sei lá) meu estimado iPhone lá em Itú. É uma tortura. O consolo é ter que antecipar a compra do modelo 4G e saber que a pessoa que está com o aparelho na mão está com um objeto á ser descartado, visto que tanto a linha quanto todas as funções do mesmo estão devidamente bloqueadas.
 
Feito este desabafo, vamos ao que interessa. Contar para vocês como foi este tão falado SWU na visão deste blog, que esteve lá no sábado e segunda-feira. E tem tanta coisa para falar, que optei em dividir minhas opiniões em dois posts. Neste primeiro eu vou escrever sobre a organização. Amanhã eu volto ao assunto e escrevo sobre os shows e vejo se até lá esta impressão de que vi um dos melhores shows da minha vida (Pixies) resiste ao tempo.
 
Antes de entrar nos detalhes, vou dimensionar a coisa citando a hashtag #SWUfail criada no twitter. Para quem não sabe (alguém não sabe?), as hashtags são usadas para destacar determinados assuntos no twitter e vem sempre acompanhadas do símbolo # antes do termo, facilitando assim a identificação e busca pelos demais usuários da rede. Quando eu cheguei de Itú no domingo de manhã, após poucas horas de sono, ja entrei na rede e identificando meus posts com a hashtag #SWUfail fui relatando minha péssima impressão sobre a organização do festival. Eu nem sabia que esta hashtag já tinha sido criada horas antes e que seria alimentada por vários tweets durante todos estes dias. Dentre os vários, vou deixar um um postado pela @itsous. Não sei se a frase é dela ou não. O que sei é que representa a opinião de uma grande quantidade de pessoas que foram nesta balada. Segue: "SWU devia mudar o nome pra FWU. Fail with you. Fuck with you. Fila with you. Firula with you. Frio with you. #SWUfail".
 
Agora vou relatar por partes minha aventura.
  • Viagem: No sábado, tinha decidido usar um opção dada pela organização que me pareceu interessante. Deixar o carro em São Paulo e seguir para Itú de ônibus. Havia duas possibilidades e como eu havia deixado para a última hora, tive que ir para a Barra Funda (a outra era o Anhembi). Chegando lá a primeira surpresa. Não vi a simplicidade demonstrada no site do evento. Não havia o tal bolsão de estacionamento e nos guichês da Viação contratada a zona e a fila eram enormes. Os próprios funcionários recomendavam para que as pessoas fossem até o Anhembi. Ignorei a dica e preferi seguir direto para Itú de carro mesmo. Na segunda, nem pensei duas vezes e já sai de casa direto para o interior.
  • Acesso: Quando cheguei em Itú no sábado, optei por utilizar outro serviço bastante divulgado pelo site, que era o de deixar o carro num estacionameto na cidade e seguir de ônibus para a Fazenda Maeda. Estacionei meu carro no Kartódromo de Itú (R$ 50,00) e enfrentei minha primeira fila. Apesar da grana no estacionamento, era preciso comprar o bilhete para o transporte e para isso, lá se foi uma fila de quase meia hora. Bilhetes comprados (ida e volta) mais um fila básica para esperar o bus. Dentro do veículo, a viagem foi tranquila. Cerca de 25 minutos até chegarmos ao destino. O fato é que andando na estrada de terra que nos levou até lá, já dava para prever que na volta quando todo mundo fosse sair ao mesmo tempo, a chance de dar alguma coisa errada era grande. Na segunda-feira ainda com o trauma (leia mais abaixo) decidi estacionar o carro direto lá na Maeda, mesmo pagando R$100,00.
  • Entrada: Eram umas cinco da tarde do sábado e eu me assustei com o tamanho das filas que se formavam para quem quisesse comprar um ingresso ou apenas trocá-lo em função de uma aquisição feira pela internet. Dava até medo. Na segunda, estes locais estavam sossegados. Mas como eu já estava com o ingresso na mão, minha aventura era na entrada oficial para o evento. Uma zona. Apenas quatro "filas" e muita gente amontoada. No sábado demorei 30 minutos, já na segunda a espera chegou a 50 minutos. Legal, né?
  • Local para os shows: Grande e como já era de conhecimento de todos,com um piso de terra (claro, era uma fazenda). O espaço foi bem aproveitado e a distribuição dos palcos e tendas ficou bem bacana. Os dois palcos principais colocados um ao lado do outro, numa espécie de descida propiciavam uma vista mesmo que pequena até para quem ficasse mais a distância. A Tenda Heineken (música eletrônica) e a da Oi FM (música alternativa) também eram bem legais.
  • Telão: Fiquei muito bem impressioando com a qualidade da imagem que eram mostradas nos dois telões instalados no fundo de cada palco. Uma nitidez absurda. Para completar, mais quatro telões instalados ao lado dos palcos traziam uma fartura de imagens. Esta fartura só não existiu durante o show do Rage Against The Machne, quando os dois telões maiores ficaram apenas mostrando a estrela vermelha, provavelmente á pedido da banda. Já no caso da apresentação do Queens Of The Stone Age, certamente foi caso de falha mesmo, pois além dos dois telões ficarem totalmente apagados, mesmos os quatro menores ficaram fora do ar a maior parte do show. Felizmente para mim, eu estava perto o suficiente para assistir sem a necessidade deste auxílio. Nos outros shows a coisa funcionou bem.
  • Som: Dentro do que se pode esperar de shows ao ar livre, na grande maioria das apresentações o som esteve bom. O fato triste, para não dizer revoltante, foi o que ocorreu durante o show do Rage Against The Machine. Durante duas vezes o som simplesmente sumiu. O pior é que o retorno para banda no palco permaneceu e eles continuaram tocando normalmente. Não sei se foi falha ou se o pânico da produção era tão grande (o bicho estava pegando mesmo no meio do público e nem sei como não morreu ninguèm) que eles desligaram de propósito. Uma terceira interrupção no som deu-se numa hora em que foi feito um pedido especial (pela produção e pela banda) para a galera maneirar, inclusive com uma "ameaça" da produção de que o Rage não voltaria. Ridículo.
  • Horários dos shows: Na maioria dos casos os horários foram cumpridos. Vi apenas três atrasos. Uns 20 minutos para o início do Apples in Stereo que não pegou nada. Uns 10 minutos para o começo do Rage Against The Machine que pegou tudo, pois foi o suficiente para que as pessoas que estavam na frente do palco onde o Mars Volta havia tocado tentassem ocupar o mesmo espaço das pessoas que já aguardavam em frente o palco do Rage, o que foi um ingrediente a mais para o caos. E teve também o atrado de "só" 1 hora para o show do Queens Of The Stone Age, que se estivesse previsto para a hora que efetivamente começou, permitira que eu assistisse pelo menos uma meia hora da apresentação do Cansei de Ser Sexy.
  • Estrutura para alimentação e bebidas: Lamentável. No sábado a situação era de calamidade. As filas para a compra das fichas eram enormes. A alardeada possibilidade de utilizar cartões de débito / crédito não funcionava. As próprias fichas acabaram em vários caixas. As filas para pegar a comida também eram gigantes. Ainda antes da meia-noite do sábado, grande parte das "lanchonetes" estavam sem comida. A coisa melhorou sensivelmente na segunda-feira e até onde eu vi faltaram somente as fichas, repostas uns 15 minutos depois. Pelo relato de amigos, a situação na área VIP foi bem melhor, mas isso não alivia em nada para a organização, já que a maioria dos presentes não estava na pista premium (R$640,00).
  • Saída: No sábado, a saída do evento parecia cena de filme de terror. Milhares de pessoas sairam ao mesmo tempo e grande parte em busca dos ônibus que os levaraim de volta para a cidade. Só que não havia ônibus nenhum. O local estava uma zona completa com os transportes fretados disputando espaço com táxis, vans e os citados ônibus que começavam a chegar somente naquela hora. As pessoas pareciam zumbis andando perdidas de um lado para o outro sem nenhuma informação e tentando desesperadamente entrar em algum veículo. Consegui entrar num ônibus que ficou super lotado, não cabia mais ninguém e as pessoas batiam e se penduravam pelo lado de fora querendo entrar a qualquer custo. Caos total. A coisa não fluia e os veículos praticamente não saiam do lugar. Como resultado, mais de três horas para retornar ao Kartódromo. Isso por que nosso motorista (grande Marcos) foi valente e pegou um atalho pelo meio do mato numa estrada paralela que deve ter economizado pelos menos uma hora de congestionamento. Quando peguei meu carro o estacionamento ainda estava cheio, o que me leva a concluir que os demais tiveram ainda pior sorte. Quem estacionou direto na Maeda se deu melhor e demorou apenas duas horas para sair. Foi isso que fez com que eu fosse de carro até lá na segunda-feira e disto não me arrependo porque pelo menos consegui sair numa boa, apesar de não saber se isso era devido a uma melhoria na organização (vi ônibus estacionados lá fora com bastante antecedência) ou apenas ao fato de eu ter saído antes do final do show do Linkin Park.

Se vocês acham que eu exagerei, saibam que teve muita gente que foi ao SWU no sábado e mesmo tendo ingressos para os outros dias procurou vendê-los ou simplesmente perderam o dinheiro e não foram. E eu confesso que se não fossem os Pixies e o Queens Of The Stone Age, eu teria feito o mesmo.

Com esta organização muito fraca, neste local com acesso horrível, com esta falta de respeito e com este papo de sustentabilidade que não me convenceu, pois pareceu mais discurso para render patrocínio e ajudar a divulgar o festival, chego numa conclusão.
Junto ainda o fato de eu não curtir muito shows ao ar livre e não estar mais no pique juvenil para passar tanto perrengue e ficar gritando "valeu a pena!!!".
SWU 2011 (se é que vai ter) só verá meu dinheiro se estiverem presentes uma das duas bandas dentre as minhas favoritas cujos shows eu ainda não assisti. Manic Street Preachers ou Weezer.

Caso contrário, verei pela TV. Mesmo correndo o risco deles censurarem a imagem do Tom Morello (Rage Against The Machine) usando um boné do MST. Tom inclusive comentou em seu twitter "I understand the network cut away when I put on the PST hat. That means we're winning".

Amanhã tem mais.

Sandro

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ENCONTROS E DESENCONTROS - Filme & Música


Enquanto nosso bravo blogueiro Sandro está se recuperando da maratona SWU, eu vou comentar de mais um filme “legal” que tive o prazer de assistir nesse feriadão, “Encontros e Desencontros” (Lost In Translation).

Filme de 2003,com direção de Sofia Coppola, conta a história de um ator de meia-idade (Bob Harris, interpretado por Bill Murray) que está em Toquio para filmar uma série de comerciais para uma marca de Whisky. Casado, sua vida comjugal entrou numa fase entediante, e toda essa chatisse está atormentando seu dia-a-dia.No hotel em que está hospedado, conhece Charlotte (Scarlett Johansson), que devido ao fato de seu marido ter de trabalhar em outras cidades do Japão, também se sente sozinha. Após se conhecerem, começam a passar momentos juntos, e entre os dois começa a se estabelecer uma relação de forte amizade, que vai se fortalecendo a cada dia.

Pra variar, o grande lance do filme também é a trilha sonora, a qual conta com canções de My Bloody Valentine , Air, The Jesus and Mary Chain, Kevin Shields, Girls, dentre outros.

A fotografia do filme é belíssima, proporcionando imagens de rara beleza natural, não muito notada nos dias de hoje. A relação entre as culturas ocidental e oriental beira a diversão e o stress, muito bem retratado. Vide que ganhou o Oscar com melhor roteiro original de 2004 (apesar que esse prêmio é questionável).

Podem conferir que vale a pena, segue trailer.



Anselmo



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Filme APENAS UMA VEZ - Banda THE FRAMES

Desde o seu lançamento em 2007, o filme “ONCE” (Apenas Uma Vez) me chamou a atenção de cara, mas nunca tive a aportunidade de conferir o trabalho. Nesse final de semana comprei o DVD, alguns pontos para conhecimento:

É um filme irlandês escrito e dirigido por John Carney, que se passa em Dublin, protagonizado pelo músicos Glen Hansard (The Frames) e Markéta Irglová , os quais compuseram e executaram todas as canções originais do filme. Mesmo com um baixo orçamento de 160.000 dólares, o filme foi vencedor do Oscar de melhor canção em 2008.

Sinopse: (conforme a contra-capa do DVD): “Ele é um talentoso músico, que ganha a vida com seu violão nas ruas de Dublin e ajuda o pai em uma loja de aspiradores de pó. Ela é tcheca que anda pelas mesmas ruas, vendendo rosas para sustentar sua família e tem como hobby o piano. O acaso fez com eles se encontrassem e a paixão pela música fará com que eles vivam uma experiência inesquecível. Uma linda história de amor embalada por músicas que traduzem os caminhos do coração.”

Aproveitando o tema do filme, importante mesmo é falar do “The Frames”, uma banda irlandesa sediada em Dublin, fundada em 1990 por Glen Hansard. O grupo lançou seis álbuns. Além de Hansard, formação atual da banda inclui o membro original Colm Con Mac Iomaire, Joe Doyle, Rob Bochnik e Graham Hopkins.

Sugestão é que voce assista ao filme e pesquise o trabalho dos artistas que nele trabalham, vale a pena. Abaixo o vídeo de "Falling Slowly", com cenas do filme, e um do "The Frames".


Anselmo





sábado, 9 de outubro de 2010

ESQUENTA - SWU

É Hoje. Em menos de uma hora este blogueiro estará partindo com destino a para Itú para assistir o primeiro dia do badalado festival SWU.

Para quem não vai e gosta dos artistas que tocarão por lá, fica a dica de que o Multishow transmitirá parte da balada. A programação anunciada pelo canal de televisão da Globosat é a seguinte:
Sábado:
19h45 - Los Hermanos
21h - Mars Volta
22h - Rage Against The Machine

Domingo:
20h - Joss Stone
21h - Dave Matthews Band
23h - Kings Of Leon (45 minutos)

Segunda:
20h30 - Melhores momentos dos dois primeiros dias
21h - Queens Of The Stone Age
22h30 - Pixies
0h - Avenged Sevenfold (íntegra do show gravado)

Para quem vai, fica um "esquenta" básico com algumas das atrações de hoje:
Infectious Grooves, MSTRKRFT, Apples in Stereo, The Mars Volta e Rage Against The Machine.

Quarta-feira, eu escrevo um post com minhas impresões sobre o festival.


Sandro


MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

MONSTER MAGNET - Mastermind


Hoje o post é bem curto, direto  e sem frescura. Assim como o novo disco do Monster Magnet, "Matermind". A troupe de Dave Wyndorf  volta com força total nesse mês de outubro com sons poderosos , pelo selo austriaco Napalm Records. Confira o set list:

01. Hallucination Bomb
02. Bored With Sorcery
03. Dig That Hole
04. Gods and Punks
05. The Titan Who Cried Like A Baby
06. Mastermind
07. 100 Million Miles
08. Perish In Fire
09. Time Machine
10. When The Planes Fall From The Sky
11. Ghost Story
12. All Outta Nothin'

Pra "esquentar", segue vídeo de "Gods and Punks":


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

SHOWS EM 2010 - TRÊS MESES DE ARREPIAR

Sem dúvida alguma este ano ficará marcado para gente que como estes blogueiros adora assistir shows de seus artistas preferidos. A quantidade, variedade e qualidade de atrações que apareceram ou irão aparecer no Brasil em 2010 é impressionante.

Lembrando os mais bacanas que tocaram por nossas terra até agora temos:
Coldplay (aqui), Franz Ferdinand (aqui),  Social Distortion (aqui), Placebo (aqui), Moby (aqui), Camera Obscura (aqui), Girls (aqui), Mark Lanegan (aqui), Vive La Fete (aqui), Erykah Badu, Lauryn Hill, She Wants Revenge (aqui), The Adicts, Diana Krall, Supersuckers, New Model Army (aqui) e Dinosaur Jr.

E para continuarmos espertos segue mais uma listinha com o melhor do que ainda está por vir até o final do ano. O último post que eu havia soltado nestes moldes foi em 01 de agosto (leia aqui). 
Perceba que boas novas surgiram desde então. Por isso fique ligado, faça suas escolhas e garanta seu ingresso.

Por ordem de data dos shows em São Paulo (vários passam por outros Estados):
  • Dia 9 de outubro (sábado) na Fazenda Maeda em Itú. Festival SWU com The Mars Volta, Infectious Grooves, MSTRKRFT, The Apples in Stereo, Rage Against the Machine entre outros. R$ 210,00 á venda no site da ingresso rápido e no estacionamento do Ginásio do Ibirapuera .
  • Dia 10 de outubro (domingo). Festival SWU com Sublime with Rome, Joss Stone, Kings of Leon, Regina Spektor, Dave Matthews Band e outros. R$ 210,00 á venda no site da ingresso rápido e no estacionamento do Ginásio do Ibirapuera .
  • Dia 11 de outubro (segunda-feira). Festival SWU com Cavalera Conspiracy, Incubus, Tiesto, Yo La Tengo, Pixies, Queens of the Stone Age, Linkin Park e outros. R$ 210,00 á venda no site ingressorápido e no estacionamento do Ginásio do Ibirapuera .
  • Dia 11 de outubro (segunda-feira) no Credicard Hall. Echo and The Bunnymen. R$ 120,00 á venda na bilheteria da casa ou no site da ticketmaster.
  • Dia 16 de outubro (sábado) na Chácara do Jóckey. Festival Natura About Us com Jamiroquai, Snow Patrol e Air. R$ 190,00 á venda no posto do Shopping Morumbi ou no site livepass .
  • Dia 20 de outubro (quarta-feira) na Arena Anhembi. Green Day. R$ 180,00 á venda em postos nos shoppings Anália Franco e Morumbi, além do site livepass.
  • Dia 04 de novembro (quinta-feira) na Via Funchal. Corinne Bailey Rae. R$ 300,00 á venda na bilheteria da casa ou no site da Via Funchal.
  • Dia 05 e 06 de novembro (sexta e sábado) no Hangar 110. Jello Biafra and The Guantamo School of Medicine. R$ 70,00 á venda na Flame ou no site ticketbrasil.
  • Dia 10 de novembro (quarta-feira) na Via Funchal. Belle and Sebastian. R$ 180,00 á venda na bilheteria da casa ou no site deles.
  • Dia 16 de novembro (terça-feira) no HSBC Brasil. Massive Attack. R$ 120,00 á venda no site da ingressorápido.
  • Dia 18 de novembro (quinta-feira) no Citibank Hall. Stereophonics. R$ 140,00 á venda na bilheteria da casa ou no site da ticketmaster.
  • Dia 20 de novembro (sábado) no Playcenter. Planeta Terra Festival com Smashing Pumpkins, Pavement, Phoenix, Hot Chip, Passion Pit, Of Montreal, Mika e outros. Ingressos esgotados.
  • Dia 21 de novembro (domingo) no estádio do Morumbi. Paul McCartney. Informações sobre os ingressos durante sta semana.
  • Dia 22 de novembro (segunda-feira) na Via Funchal. Scissor Sisters. R$ 200,00 á venda na bilheteria da casa.
  • Dia 25 de novembro (quinta-feira) no Clash Club. Buzzcocks e Adolescentes. R$ 60,00 á venda na London Calling ou no site ticketbrasil.
  • Dia 03 de dezembro (sexta-feira) na Via Funchal. Pennywise. R$ 120,00 aá venda na bilheteria da casa.
  • Dia 14 de dezembro (terça-feira) na Via Funchal. Stone Temple Pilots. Ainda não tenho informações sobre os ingressos.
Abaixo selecionei vídeos com apresentações recentes dos shows que eu não perderei por nada. Pixies, Queens Of The Stone Age, Belle and Sebastian e The Buzzcocks.







segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PAUL McCARTNEY NO BRASIL


Vamos deixar uma coisa bem clara aqui, entre os Beatles e os Rolling Stones, sempre achei os Stones mais legais. Nem tanto na questão musical, porém, integrantes de banda rock tem que ter estilo, e Brian Jones e sua turma sempre foram mais vorazes (tá certo que há controvérsias se analisarmos Bill Wyman e Charlie Watts).

Do lado dos “Garotos de Liverpool”, eu gosto mesmo é de Stuart Sutcliffe, e depois o John Lennon. Acho legal o Ringo e o George, mas nem de longe tem a mesma importância.

Mas se é pra falar sobre o mais sério, determinado, estudioso, visão de negócios, criador de hits, e porque não dizer, o mais “Mala”, não podemos deixar de saudar “Sir” James Paul McCartney (Liverpool, 18 de junho de 1942).

Um dos maiores ídolos “POP” de todos os tempos vem ao Brasil para a realização de dois shows: 07 de novembro em Porto Alegre (estádio do Beira Rio) e 21 de novembro em São Paulo (estádio do Morumbi- onde mais seria?!).

Importante ressaltar como cantor POP, porque desde os Beatles , mas especificamente com “Rubber Soul” (1965) Mr. Paul não ficou “preso” aos compassos do puro Rock´n´Roll. A evolução musical, que se percebia nas canções e composições em parceria com Lennon já demonstravam sua genialidade (e também da dupla, é claro).

Não vou ficar “comentando” muito da biografia de McCartney, porque tem muito material na internet, e caso fale alguma “abobrinha” os beatlemaniacos me matam. Mas pra quem quiser se aprofundar em sua história, e carreira com os Beatles e o Wings, recomendo sua biografia autorizada intitulada “Many Years From Now, de autoria do britânico Barry Miles.

É isso pessoal, quanto ao show no Brasil, podemos esperar uma banda “poderosa”, bem diferente daquelas da época do Wings, ou dos anos 90. E torço pra haver muito som dos Beatles em SP.

Segue provável “set list” ( e vídeo):



1. Venus And Mars/Rock Show
2. Jet

3. All My Loving

4. Letting Go

5. Drive My Car

6. Highway (The Fireman cover)

7. Let Me Roll It / Foxy Lady (HendriX cover)

8. The Long and Winding Road

9. Nineteen Hundred and Eighty-Five

10. Let 'Em In

11. My Love

12. I've Just Seen a Face

13. And I Love Her

14. Blackbird

15. Here Today

16. Dance Tonight
17. Mrs Vanderbilt

18. Eleanor Rigby

19. Ram On

20. Something
21. Sing the Changes (The Fireman cover)

22. Band on the Run

23. Ob-La-Di, Ob-La-Da

24. Back in the U.S.S.R.

25. I've Got a Feeling

26. Paperback Writer

27. A Day in the Life / Give Peace A Chance

28. Let It Be

29. Live and Let Die

30. Hey Jude

 

31. Encore:

31. Day Tripper

32. Lady Madonna

33. Get Back



34. Encore 2:

34. Yesterday

35. Helter Skelter

36. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Reprise)
37. The End




Anselmo